Turma Formadores Certform 66

Friday, September 18, 2009

Equivocos da democracia portuguesa - 16


A democracia vai por maus caminhos quando se começa a buscar assuntos "déjà vu", com vista a denegrir a imagem pessoal seja de quem for. Tal prende-se com a insinuação dum jovem da JSD sobre a licenciatura de Sócrates, mais uma vez. Se é isso que os meninos laranja vão aprender para a Universidade de Verão melhor seria que ficassem em casa a estudar para ver se passam melhor nos exames que têm para fazer. É que, como diz o povo, só fala quem tem que se lhe diga. Manuela Ferreira Leite veio logo defender o seu menino, justificando-se com a irreverência da juventude. Se a visada fosse ela estamos certos que teria outra opinião. E quando o menino é o líder da JSD nem adianta dizer mais nada. Apenas esta reflexão: que futuro, representam esses jovens, para um dos grandes partidos portugueses!? Mas à imagem do seu menino, MFL, a "padeira de Aljubarrota", coleccionou mais um amargo de boca, ainda a propósito do TGV. É que o líder do Partido Popular Espanhol, Mariano Rajoy, veio dizer que está ao lado do PSOE, e que o TGV é vital para ambos os países. Mais um engulho para MFL. Mas como não há duas sem três, veio ontem a lume a compra interna de votos no PSD. Deve ter sido alguma coisa importada da "democrática" Madeira de Alberto João Jardim. Claro que Guilherme Silva, um madeirense, pois então, veio logo a terreiro dizer que isto era coisa do PS para denegrir a imagem de MFL. Mais tarde, veio-se a confirmar, com imagem e tudo, que António Preto e Helena Lopes da Costa, lá tinham, não multiplicado os pães, mas os votantes PSD. Tudo isto é uma vergonha, e logo colada a um dos grandes partidos portugueses. Porque caminhos estreitos vai a nossa democracia? Quem no seu seio tem estes graves problemas, que garantias dá que, a outro nível, será diferente. Hoje as sondagens (Universidade Católica) dão um atraso maior do PSD face ao PS, e logo, como que por magia, voltou a entrar na campanha as escutas de Belém. A fonte anónima, que já à muito todos sabiam quem era, Fernando Lima, um dos assessores de Cavaco Silva, teria tirado do baú mais um coelho. A isenção do Presidente da República, tantas vezes alardeada, tem que ser coerente, e quando as coisas pioram para o seu partido aparece logo algo para tentar equilibrar a balança. Os PR's têm que ser como a "mulher de César", o que não parece ser aqui o caso. Os equívocos, os tropeções passaram a fazer parte do nosso imaginário político, o que é grave. Olhamos para tudo isto com um sentido de indiferença, indiferença face aos partidos, indiferença face à política, indiferença face à democracia. Não se esqueçam que a democracia é como o ar que respiramos, só damos pela sua falta quando não o temos.

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