Turma Formadores Certform 66

Monday, April 12, 2010

Giuseppe Tartine - A homenagem no 318º aniversário do seu nascimento

Giuseppe Tartini nasceu em Pirano a 8 de Abril de 1692 e viria a morrer em Pádua a 26 de Fevereiro de 1770. Notabilizou-se como violinista, pedagogo e compositor. Formou uma famosa escola de violino – a Escola das Nações – de onde saíram eminentes violinistas, entre os quais Nardini. Tartini afirmou que sonhou que fez um pacto com o Diabo e que este era seu servo e lhe realizava qualquer desejo. Giuseppe entregou-lhe o seu violino e o Diabo tocou-lhe aquela que seria a sua Sonata do Diabo. A sua obra mais conhecida é a sonata "O trilo do diabo", publicada após a sua morte. Escreveu tratados de violino e expôs a sua concepção harmónica do modo menor. Desde cedo recebeu lições de música e violino, mas até aos vinte anos pouco se interessou pela música, dedicando-se ao direito na universidade de Pádua, vindo a casar-se secretamente com a sobrinha de um cardeal de que resultaria numa ordem de prisão. Disfarçando de frade, Tartini conseguiu fugir encontrando refúgio no convento dos franciscanos de Assis. Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou a Pádua à companhia da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O sucesso enorme atraiu-lhe inúmeros discípulos de vários países, fundando ele uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada Escola das Nações, como atrás já referi. Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, onde teve Nardini como aluno. Tartini morreu em Pádua a 26 de Fevereiro de 1770. Durante o seu retiro, Tartini entregou-se intensamente ao estudo do violino, inclusive pesquisando novas possibilidades sonoras do instrumento. Ao mesmo tempo dedicado à composição, escreveu a célebre Sonata n.º 2 Op. 1 - Trilos do diabo, cujo apelido provém do espantoso encadeamento de trilos no terceiro movimento. Segundo depoimento que o compositor fez a Lalande - e que este reproduziu durante a sua Viagem à Itália (1790) - a realização dessa sonata teria sido sugerida em sonho pelo próprio demónio. Até hoje a obra permanece como "peça de resistência" no repertório dos virtuosos. A sua devoção ao ensino resultou na feitura de trabalhos didáticos, entre os quais o Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia (1754). Além de ser o maior violinista do século XVIII, Tartini distinguiu-se como compositor responsável pela evolução do concerto e da sonata. São as sonatas que mais lhe valem a dupla glória de intérprete e criador. Entre elas se destacam a Sonata n.º 11 em sol menor Op. 11 - Didone, a Sonata n.º 1 em si bemol maior Op. 6 - Imperador, além da já mencionada Sonata n.º 2 Op. 1 - Trilos do diabo. Também são notáveis as Variações sobre um tema de Corelli. Aqui fica a homenagem quando se cumpriram, a semana passada, 318 anos sobre o seu nascimento.

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