O fenómeno WikiLeaks!
À dias, Julian Assange, o homem que dá a cara pelo WikiLeaks, enfrentou os tribunais britânicos, acusado de ter molestado sexualmente duas mulheres. Muitos não sabem que, da primeira vez, a juíza do ministério público britânico achou que não havia matéria para ir a julgamento, vai daí, substitui-se a juíza por outra, que acha o contrário! Ainda falam da justiça portuguesa!!! A prisão e chamada à justiça de Assange, aparece aos olhos do mundo, como uma tentativa de silenciar o homem que tem mostrado a podridão em que se tornou a política mundial, com vista a obter os maiores dividendos possíveis. Contudo, não deixa de ser estranho que, os EUA, com a sua conhecida paranóia de segurança, tenha tido tão pouco cuidado em acautelar informação classificada, que pode por em causa o relacionamento entre os Estados. Apesar de tudo isso, e talvez por isso, a prisão de Julien Assange assume contornos do mais vil atentado ao direito de expressão levado a cabo nos tempos modernos. Todos sabemos que a informação que está a ser disponibilizada está a criar alguns engulhos à diplomacia norte-americana, mas a culpa não parece ser do WikiLeaks, mas sim, de quem não soube, ou não quis, acautelar tão melindrosa informação. Julian Assange, acabou por sair em liberdade condicional sujeito a fiança, ficou com o passaporte apreendido, estando em prisão domiciliária com uso de pulseira electrónica. Mas isto, por si só, não basta para calar o WikiLeaks. Achamos que este site não estará dependente de uma única pessoa, porque seria fácil concluir, que mais cedo ou mais tarde, ele seria neutralizado. Aliás, mesmo durante o processo de detenção, a informação continuou a sair, ainda com mais ritmo, visando vários agentes políticos e não só, pelo mundo inteiro, não tendo Portugal escapado às revelações. Pensamos ser importante apoiar todos aqueles que se esforçam por tornar o mundo mais transparente, trazendo junto dos povos a informação sobre situações que são "cozinhadas" nas suas costas, e que de outro modo, nunca chegariam à opinião pública. Os povos têm o direito de conhecer aquilo que, em seu nome, é negociado nos bastidores. Pensamos que por vezes, a diplomacia tem que seguir caminhos que não podem vir para a praça pública, mas daí até enganarem ou distorcerem as informações para as populações que deviam servir, isso não. Vão-se servindo, isso sim, da boa fé dos povos, inclusivé daqueles que os elegeram, para fins pouco claros, ou simplesmente, para fins de promoção pessoal. O WikiLeaks promete revelações ainda mais importantes e incómodas, vamos esperar para ver o que ainda vem por aí.
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