Turma Formadores Certform 66

Wednesday, December 08, 2010

Conversas comigo mesmo - V


Estamos a chegar ao Natal. A nossa esperança chama-se Jesus. (Para os que professam o cristianismo, dentro da tradição judaico-cristã que professamos, mas poderia ser Maomé, Buda ou outro líder espiritual porque no essencial, todos eles professaram o bem da humanidade, foram os homens que dividiram aquilo que Deus quis que fosse uno). O amor é a ponte que une o ínfimo ao infinito. A vida não nos é roubada na morte, porque ela nunca foi nossa, nunca possuímos a vida como um bem pessoal que conquistamos por direito. Foi-nos dada para a restituirmos, para a darmos. E esta lei é tão forte como a morte. A vida para o outro está inscrita em cada um de nós, é a luz e a seiva do nosso coração. E está em cada um de nós como em mais ninguém. Há laços que nos vinculam para a eternidade e é preciso bem mais do que a morte para os quebrar. A morte mata apenas o que conhecemos como vida, não as relações. Se da nossa vida na terra só podemos levar aquilo que demos, compreendemos que Deus, ao dar-nos mãos, mostrou ter para connosco tanta bondade e tanto amor como se nos tivesse dado asas. Lidamos mal com as palavras gastas, mas há palavras que são faróis da vida. A esperança leva dentro a confiança e a Fé. Nada do que fomos e demos será perda. Será apenas diferente. Será regresso a Casa, depois do que experimentámos no fio da vida, entre momentos de alegria e de dor, de riso, de prazer, de esforço, vitórias e fracassos. Mais do que fim, será princípio, em comunhão com o Amor inteiro, com aquele mais que nos faltava quando, por aqui, fomos felizes. A nossa confiança tem nome de ressurreição e garantia de pessoa: Jesus Cristo. Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine. Ainda que eu tivesse toda a fé a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria. Ainda que distribuísse todos os meus bens aos famintos ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A caridade jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, O que é limitado desaparecerá. "Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face." (1º Cor. 13).

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