Turma Formadores Certform 66

Wednesday, April 27, 2011

Conversas comigo mesmo - XI


A Páscoa que celebramos a semana passada é a festiva proclamação do acontecimento que dá sentido e força à nossa fé e à nossa vida. "Cristo ressuscitou!" "A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular". A Ressureição constitui, antes de mais, a confirmação de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por isso, a fé no Ressuscitado implica a nossa adesão a toda a sua mensagem, assumindo-a e vivendo-a, para testemunhar e transmitir. Crer na Ressureição não é aderir a um dogma: é aderir a uma Pessoa: Jesus Cristo, o Vivente que é fonte de luz, de vida e de esperança. Ele é, como nos diz S. Paulo, o fermento da nova Humanidade. Celebrar e viver a Páscoa é abrir-se à presença e à acção deste fermento, é vivê-la, dia a dia, num infatigável esforço de passagem da morte para a vida, ou seja: da rotina para a criatividade, do pessimismo para a esperança, do conformismo para a renovação, do legalismo para o amor, do individualismo e do isolamento para a participação comprometida na vida da comunidade, do egoísmo para a entrega generosa ao serviço do bem comum e de tudo o que o constrói. A Ressureição de Jesus Cristo é vida que n'Ele e por Ele Deus nos oferece e garante. Neste momento de passagem, devemos ter uma palavra para todos aqueles que veneram outras forma do Ente Supremo. Sejam muçulmanos, cristãos, budistas, hinduístas, pouco importa, a tolerância que nos foi ensinada deve ser exercida. Temos que olhar para os outros - a diferença, se quiserem - como manifestações outras de celebrar o Ente Superior, de mitigar as dificuldades e agruras que, por vezes, experimentamos na vida. Ao fim e ao cabo, não devemos separar aquilo que esse Ente Superior, a que chamamos Deus, quis uno.

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