Conversas comigo mesmo - LIV
"A vida me ensinou, A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração; Sorrir às pessoas que não gostam de mim, Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam; Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar; Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor. A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. A ser forte quando os que amo estão com problemas; Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho; Ouvir a todos que só precisam desabafar; Amar aos que me magoam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos; Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão; Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; A alegrar a quem precisa; A pedir perdão; A sonhar acordado; A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); A aproveitar cada instante de felicidade; A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar; Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las; A ver o encanto do pôr-do-sol; A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; A abrir minhas janelas para o amor; A não temer o futuro; Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher." Este é um texto de amor, de desapego de Charles Chaplin, o célebre Charlot - como a imagem junta imortalizou, uma entre muitas - que alegrou os nossos dias noutros tempos, e porque não agora, pleno de ternura e sentimento. Charles Chaplin foi mais conhecido como actor e realizador, mas ele era um homem de muitos talentos, o da escrita também era um deles. Já em tempos vos trouxe a este espaço um outro texto de Charles Chaplin, agora trago-vos este, pleno de sentimento, ternura, amor, desapego. Os grandes homens são assim, também têm o seu lado mais frágil, mais introspectivo, mas intimista. Fiquem com este texto. Mastiguem-no, reflitam sobre ele, meditem. Ele encerra em si, um universo de sentimentos que podem e devem modificar o nosso mundo, conduzindo-o para o que ele tem de melhor.
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