Turma Formadores Certform 66

Tuesday, January 10, 2012

Equivocos da democracia portuguesa - 160

E o circo continua!!!... Agora que os "efeitos colaterais" do caso das "secretas" provocou mais estragos do que aquilo que muitos pensavam. Afinal o aparelho do PSD, segundo o Expresso, é dominado por esta sociedade secreta, embora os partidos que travaram a alusão à Maçonaria fossem o PS e o... CDS! Quem diria, que este último também tivesse tais conexões, afinal parece que "frequentam todos a mesma praia" contrariando as afirmações do seu líder Paulo Portas. Nesta "trapalhada" digna dum 007, versão Mr. Bean, ninguém saiu limpo. Agora, apressadamente, tentando atirar areia para os olhos dos portugueses, todos vêm reclamar que se deve afirmar esta filiação quando se assume um cargo público. Fernando Nobre foi o primeiro, como não podia deixar de ser, mas outros se lhe seguiram. Achamos isto tudo dum péssimo mau gosto, porque se assim se fizer também será necessário saber quem são os membros da "Opus Dei" que, segundo alguns, também são muitos. E daí a saber-se qual o clube que apoiam ou são sócios, quantas são as amantes que têm e por aí fora, vai um passo. Meus senhores, deixem de ser ridículos. O ser maçon não é crime no dias de hoje, por isso, seria mais importante que se centrassem nos problemas graves do país, que são esses que interessam à maioria dos portugueses, e não em discussões bizantinas para entreter e dar ainda uma pior imagem da actividade dos deputados do que a que já têm junto da grei. Não seria mais útil trabalharem em conjunto para travar mais medidas de austeridade que se planeiam no silêncio do ministério das finanças para colmatar o desvio que se irá verificar nas contas públicas em 2012? Afinal o PSD que tinha a solução para o problema do país, quiçá da Europa e talvez do mundo, nem é capaz de controlar um déficit depois de ter agravado a vida de todos nós desde que chegou ao poder e, essencialmente, a partir de Janeiro do corrente ano. Afinal onde estão esses cérebros iluminados? Será que quando chegaram ao governo se lhes pegou uma qualquer amnésia ou, simplesmente, dentro das suas cabeças nada existia a não ser a verborreia eleitoral quando chegou a hora de "ir ao pote"? E a pobre Madeira, em que o seu ridículo "governador" gastou o dinheiro que era para as farmácias aplicando-o em obras públicas!!! Os madeirenses, dum dia para o outro, começaram a pagar o dobro pelos medicamentos, enquanto os "nabanos" se excitavam em orgias de inaugurações exibindo os seus charutos. Mas para os madeirenses é importante passarem por isto, para saberem quem os governou e o que fez. Afinal foram eles que o têm mantido no poder. Agora chegou a hora de pagarem a factura. Entretanto no continente a "dança das cadeiras" não pára. O que se está a passar na EDP é verdadeiramente uma vergonha. Desde Catroga que vai ganhar mais de 45 mil euros mês (!) até à distribuição das cadeiras por gentes dos partidos do governo. (Afinal a crise não é para todos, especialmente, para aqueles que têm conexões com o governo actual). Achamos curioso que ontem na SIC Notícias, António Capucho, tenha vindo afirmar que não compreende a polémica, afirmando que o PS é quem tem falado mais alto e que não o poderia de todo fazer, o que é verdade, mas isso não significa que se continue com a vergonhosa criação de "jobs for the boys", sobretudo, depois de o terem criticado a outros. Isto é a ignomínia na sua pior vertente. Num país a caminhar para o abismo, onde as políticas ultraliberais não estão a dar resultados, como nunca o deram noutras latitudes, Christine Lagarde, a directora-geral do FMI, disse a semana passada que 2012 não será o ano do fim do euro. E isso é preocupante porque nada disse sobre o que achava que iria acontecer nos anos seguintes. A maneira como a questão foi abordada dá a ideia, cada vez mais evidente, de que o euro pode desfazer-se em pouco tempo, levando à implosão da própria UE. Duma UE que já está a braços com uma possível saída da Grécia do euro, situação que se torna cada dia mais real. E se isso vier a acontecer, os países periféricos como Portugal, terão que enfrentar uma situação verdadeiramente apocalíptica, não se sabendo o que pode vir a acontecer, com o desespero das populações que se verão atiradas para a pobreza mais ignominiosa que se possa imaginar. E a Europa dificilmente escapará a um terceiro conflito, que será mundial, porque outras economias, como a americana por exemplo, não poderão ficar de fora, porque elas também serão atingidas duma forma violenta. E chegados aqui é legítimo questionar se isto significará o fim do modelo da sociedade moderna que conhecemos, será o anunciar apocalíptico do fim dos tempos, ou será o começo duma nova Era assente em mais verdade, mais solidariedade, mais partilha? Neste ponto vêm-nos à memória a frase célebre de Keynes: "...No médio, longo prazo estamos todos mortos".

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