Equivocos da democracia portuguesa - 169
E o impensável aconteceu!... O Presidente da República, figura maior da nossa democracia, afinal anda muito desatento, talvez preocupado com a sua reforma que não dá para as despesas, ou pelo burborinho de alguns jovens estudantes do secundário. Não é que o nosso presidente ficou surpreendido com os níveis do desemprego entre nós?... Afinal em que mundo vive o nosso presidente? Em que país de mil maravilhas, onde as paredes escorrem leite e mel viverá Cavaco? Tudo isto é lamentável, e tanto mais lamentável, quando mais de um milhão de portugueses estão desempregados, vivendo em precárias condições, com cada vez menos capacidade para fazer face às despesas, procurando nas instituições de solidariedade, os alimentos que lhes matem a fome, a eles e aos filhos. E o nosso presidente ainda não tinha dado por nada!!! Nos últimos tempos, temos visto Cavaco esquecer-se que é o Presidente da República, é uma distracção que pode acontecer a qualquer, mas que ignore a fome que já se faz sentir no nosso país, é de facto demais. E enquanto isso, Passos Coelho lá continua a delapidar todos os direitos adquiridos e conquistados ao longo dos anos. Temos aqui afirmado, por mais duma vez, que este processo será para uma geração e não terminará no próximo ano, como alguns políticos distraídos - parece ser uma sina da classe! - afirmem o contrário. Alguns diziam que era-mos pessimistas. Agora que o Prof. Daniel Bessa já veio afirmar que Portugal não crescerá nos próximos dez anos, talvez alguém comece a olhar para o problema com outros olhos, e comece a sentir alguma preocupação. Afinal Daniel Bessa é um economista brilhante e com mais visibilidade do que nós, pobres amanuenses das questões económicas, embora já viesse-mos a alertar para este problema à muito tempo. É que não é preciso ser nenhum economista prestigiado para lá chegar, e os cálculos, bem como, o modelo que o suporta até nem são difíceis de fazer. (A economia não cresce e enquanto não houver crescimento não à criação de riqueza e de emprego. Até Cavaco já não fica calado e indiferente). Só estranhamos que Passos Coelho, ele também economista(!), não tenha chegado lá. Talvez porque pretende criar a ilusão de que tudo está bem em 2013, afinal é ano de eleições autárquicas, ou o seguidismo de Bruxelas, - melhor de Merkel -, é tal que impede que se afirme esta evidência, de depauperação da sociedade portuguesa. A UE e, sobretudo, o eixo franco-alemão, já destruiu a Grécia, pôs de joelhos Portugal, criou dificuldades à Irlanda e, mesmo com o apoio a mudanças de políticos e de governos, - como aconteceu em Portugal - afinal não melhorou nada, apenas conseguiu um governo mais dócil. Se calhar era isso que pretendiam. No entretanto, continuamos na "espiral de pobreza" - conceito bem conhecido dos economistas - em que entramos à já algum tempo, mas o que nunca saberemos é quando dela saíremos.
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