Turma Formadores Certform 66

Thursday, July 12, 2012

Conversas comigo mesmo - XCIX

Nove meses cumpridos, o tempo duma gestação. Nove meses de conquistas, nove meses de avanços, nove meses de descobertas. Hoje a Inês do meu contentamento completa nove meses duma existência que se deseja longa e luminosa. Nove meses que são sempre o princípio de algo, porque em tão curto espaço de vida ainda muito há para descobrir. A mais bela flor do meu jardim de Outono está a firmar-se mais no terreno que é o seu. Com uma vontade indómita de andar, de descobrir, de observar. Esta bela flor vai destacando-se no meu jardim já de Outono vestido, com uma simpatia irradiante, com uma alegria contagiante. Nove meses volvidos, parece que ainda ontem tinha nascido, na sua fragilidade de bebé recém-chegado, a Inês vai aprimorando a sua ainda indefinida personalidade, onde não se pode deixar de ler, a vontade firme, a tenacidade, a fibra, a resiliência. Para mim, também foram nove meses de acompanhamento, nove meses de descoberta, nove meses de anseios e angústias, nove meses de felicidade. Nove meses, tempo duma gestação, mas também do contentamento de ver a Inês a desenvolver-se rapidamente, - diria com todo o exagero do mundo! -, a desenvolver-se à velocidade da luz! Nove meses passados, quantas alegrias me deste sem teres a noção disso, quantas expectativas criaste, estas a consolidarem-se com o tempo. O tempo. O tempo da chegada de uns e da partida de outros, nesta encruzilhada que é a vida, onde uns chegam e outros partem, chegam com expectativas e partem, muitas vezes, com o amargo sentido de que algo - normalmente muito - ficou por fazer. É este o ciclo inexorável da vida. Nove meses é um nanosegundo na vida do cosmos (porque ainda não descobrimos medida mais pequena!) mas já é o aproximar-se do primeiro degrau duma existência. E nesta caminhada em busca do tempo - do seu tempo - estamos cada vez mais próximos de revelar o que até agora tem estado oculto. Diria melhor, semi-oculto, porque já muitos o sabem, mas para outros a incerteza ainda domina. E é a estes que me dirijo, na paciência demonstrada depois de muitas perguntas e muitas tentativas de adivinhação, o vosso tempo de satisfazerem a vossa curiosidade está a chegar. Até lá, temos a Inês nos seus simpáticos nove meses. Inês amor, Inês flor, a mais bela do meu jardim de Outono, parabéns por mais este pequenino degrau que subiste dos muitos que tens pela frente. Onde eu estarei presente quando e se assim o quiseres. Por mim, a resposta já é conhecida e assumida. Deixo-te aqui um lindo vídeo "Slumber my darling" (Adormece minha querida) (cliquar aqui: http://www.youtube.com/watch?v=IlXuMCOtiXs). Esta bela melodia te embalará, quando nos braços de Morfeu, as asas do teu pensamento te conduzirem à cidade da luz, para que quando regressares, venhas mais luminosa para com a vida, com os teus semelhantes, com os animais, com a natureza. Quanto ao resto, não tens que te preocupar. Enquanto tiver força e discernimento para isso, sabes que nunca caminharás sozinha porque me terás sempre a teu lado. Celebra mais um pequeno passo, mais um pequenino degrau. Ele é também a minha felicidade. "A dimensão dum homem é a dimensão dos seus sonhos" dizia Fernando Pessoa, e a dimensão dos meus sonhos são incomensuráveis, meus e daqueles que sonho em nome da minha bela Inês. Sou um homem de horizontes largos e estou certo que a Inês do meu contentamento também o será. Afinal ela transporta em si um nome de rainha que vai honrar. Agora, a Inês já começa a escrever a sua lenda pessoal, ainda com letra incerta e mão hesitante mas em breve, estou certo, ela se aprimorá na caminhada que terá que fazer, num caminho que é o seu e que só o fará caminhando, sem esquecer o dever de solidariedade e partilha, no saber de que só puderá olhar alguém de cima para baixo quando lhe estender a mão para o fazer erguer. É minha convicção de que a Inês não me irá desiludir. Eu estarei, seguramente, por perto para ajudar. E no entretanto, nove meses passaram, o tempo duma gestação!...

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