Conversas comigo mesmo - CXI
Lê-se em S. Marcos: "Jesus então perguntou-lhes: 'E vós quem dizeis que Eu sou?' Pedro tomou a palavra e respondeu: 'Tu és o Messias'. E chamando a multidão com os seus discípulos, disse-lhes: 'Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me' ". Neste vigésimo quarto domingo do tempo comum é de fé que tratamos. E o que é a fé? A fé é uma vida, uma confiança partilhada; um encontro, um caminho, uma aventura; é a certeza de ser amado e de poder, enfim, amar. A fé é também, em certas horas, em certos dias, uma dúvida, uma espécie de noite onde se procura. É uma promessa, uma herança, uma escolha, uma adesão, uma comunhão. É um povo a que nos agregamos, uma Igreja, um credo, um mistério que se celebra em conjunto. A fé é um testemunho, dia após dia, depois de tantos outros e antes de tantos outros ainda. É um Pai que dá seu Filho por amor. É um Filho que dá a sua vida por amor e que envia o Espírito, o espírito do amor. A fé é uma pequena semente que se torna árvore, é uma luta e um combate pela paz e pela justiça. A fé é a contemplação pacífica de um rosto amado, uma conversa familiar com um amigo; é, no fundo do coração, uma alegria secreta, uma esperança louca; é uma vida, um amor, uma fonte que jorra para a Vida Eterna. E como diz S. Marcos: "Tomemos as nossas cruzes diariamente e sigá-mo-Lo". Uma cruz bem pesada nos dias incertos que vivemos, mas também por isso, a obrigar-nos a uma mais profunda e melhor reflexão.
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