Turma Formadores Certform 66

Sunday, October 14, 2012

Conversas comigo mesmo - CXVI

Hoje, 28º domingo do tempo comum, inicia-se em muitas paróquias o Ano da Fé que teve início oficial em Roma na passada quinta-feira, no âmbito do Concílio Vaticano II, com o intuito de aprofundar e esclarecer o que foi o Concílio e aprofundar os caminhos da fé. E neste âmbito será legítimo dizer que a palavra de Deus não é uma droga angelical para adormecer suavemente as consciências, mas, como diz a Carta aos Hebreus, uma palavra viva, atuante e eficaz, capaz de resolver e de despertar o coração do homem e de o abrir para a sabedoria que vem de Deus; essa luz que nos ensina a ver e a apreciar a vida e os acontecimentos, as coisas e as pessoas como Deus as vê e aprecia. Em última análise, para nós, cristãos, essa sabedoria, essa luz, é uma pessoa e tem um nome: Jesus Cristo. Por isso, domingo a domingo nos reunimos para O louvar, para O escutar e acolher num encontro que pode e deve ser renovador quer para a nossa vida pessoal, quer para a nossa vida comunitária. Infelizmente, pode ser também um encontro falhado, como nos mostra o Evangelho de hoje: "Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus". Tal acontece sempre que pretendemos um cristianismo que nos assegure a vida eterna, mas que não se meta com a nossa vida de cada dia, um cristianismo que nos deixe tranquilos nos nossos hábitos e nos nossos egoísmos e não nos exija outra coisa que não seja o cumprimento ocasional de uns certos ritos. Para quando um sim decidido ao "Vem e segue-Me" de Jesus? Este é o tema de reflexão que vos deixo neste domingo, na caminhada que vos estou a propôr até ao fim do ano lítúrgico, com vista a aprofundar os conhecimentos da fé que pensamos que dominamos e talvez não os dominemos tanto assim.

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