Turma Formadores Certform 66

Monday, April 22, 2013

José Vianna da Motta - 145º aniversário do seu nascimento

José Vianna da Motta nasceu na ilha de S. Tomé em S. Tomé e Príncipe a 22 de Abril de 1868 -celebrando-se hoje os 145 anos do seu nascimento - e viria a falecer em Lisboa a 1 de Junho de 1948 com 80 anos de idade. Celebrou-se como um grande compositor português e pianista famoso. José Vianna da Motta desde cedo revelou a sua grande proficiência para a música e particularmente para o piano. Com 14 anos de idade concluiu os estudos no Conservatório Nacional. No mesmo ano (1882), partiu para Berlim, com os seus estudos financiados pelo rei D. Fernando e pela Condessa de Edla que nele apostaram depois de o ouvir tocar. Em Berlim estudou com Xaver Scharwenka (piano) e com Philipp Scharwenka (composição). A sua primeira apresentação, no mesmo local, data de 1885 e foi um inegável exito. Na mesma cidade, teve também aulas com Carl Schaeffer, membro da Sociedade Wagneriana. Em 1884 já Vianna da Motta descobrira o encanto de Wagner, em Bayreuth. Tornou-se então membro da mesma Sociedade, e foi fiel a Wagner até ao fim da sua vida. Em 1885, devido ao desejo de trabalhar com Liszt, parte para Weimar e foi um dos seus últimos alunos. Dois anos depois, em Frankfurt, trabalhou com Hans Von Bullow, que o considerou um dos mais brilhantes discípulos de Liszt. Fixou residência em Berlim e apresentou-se em várias cidades alemãs. Rússia, Paris, Estados Unidos, Inglaterrra, Espanha, Itália, Dinamarca, Brasil, Argentina, foram países que presenciaram as suas atuações. Em 1893, no mês de Abril, fez a sua primeira grande digressão em Portugal. O público e a crítica sempre o aplaudiram e distinguiram a sua técnica, clareza, expressão, o rigor das suas interpretações dos mestres clássicos. Foi considerado um brilhante intérprete de Liszt, Bach e Beethoven. A ele devemos a primeira apresentação da audição integral das 32 Sonatas para piano de Beethoven. Anos antes de regressar definitivamente a Portugal, ao eclodir a 1ª Guerra Mundial, Vianna da Motta fixa-se em Genebra. Nesta cidade foi professor de virtuosismo na Escola Superior de Música de Genebra. Já em Portugal, manteve a sua actividade como pianista até 1945 a par com a sua acção pedagógica. Fundou a Sociedade de Concertos, da qual foi o primeiro director artístico, em 1917, foi director do Conservatório Nacional de Lisboa entre 1918 e 1938, foi Director musical da Orquestra Sinfónica de Lisboa entre 1918 e 1920. Em 1919 reforma o ensino da música com a colaboração de Luís de Freitas Branco, modernizando os programas e os métodos pedagógicos. Publicou assiduamente artigos sobre a técnica e interpretação pianísticas, assim como estudos acerca da música de Wagner e Liszt. Exerceu a crítica musical e publicou artigos para revistas especializadas alemãs e portuguesas. Entre os seus discípulos, os que o seguiram desde pequenos e até ao seu falecimento, destacam-se os pianistas José Carlos Sequeira Costa e Maria Manuela Araújo, o musicólogo João de Freitas Branco e o compositor Fernando Lopes Graça. Foi professor também de, entre outros, Luiz Costa, Maria Helena Sá e Costa, Maria Cristina Lino Pimentel, Marie Antoinette Aussenac, Nella Maissa, Guilherme Fontainha, Maria da Graça Amado da Cunha e Fernando Correia de Oliveira. Escreveu ainda: "Nachtrag zu Studiem bei Hans von Büllow von Theodor Peiffer" (Berlim, 1896; do qual existe tradução inglesa); "Pensamentos extraídos das obras de Luís de Camões" (Porto, Renascença Portuguesa, 1919); "Vida de Liszt" (Porto, Edições Lopes da Silva, 1945); e "Música e músicos alemães", 2 vols. Coimbra: (Coimbra Editora, 1947). Foi Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (28 de Junho de 1920), Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo (19 de Abril de 1930) e Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (2 de Junho de 1938). Deixo-vos o link http://www.youtube.com/watch?v=At5TNoe7kLI onde podem escutar a peça "Algumas Imagens" uma obra descritiva sobre o nosso país.

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