Equivocos da democracia portuguesa - 313
Precisamente ontem, dia de Natal, e cumprindo o tempo que a legislação lhe confere, veio-se a saber que o Presidente da República não vai enviar o OE2014 para fiscalização preventiva. Se já aqui, e por diversas vezes, assumimos a divergência com Cavaco Silva sobre a sua atuação durante este período difícil que Portugal atravessa, neste caso, não poderíamos estar mais de acordo. Desde logo, porque tal implicaria que o próximo ano se iniciasse com uma gestão por duodécimos, depois pela imagem que iríamos projetar no exterior. Neste momento difícil porque passamos, somos de opinião que algumas atitudes têm que ser preservadas para não criar ainda mais turbulência do que aquela que, o próprio executivo só por si, teima em criar no país. O Presidente da República tem sempre a oportunidade de, caso tenha alguma dúvida sobre algumas normas, de enviar o documento para a fiscalização sucessiva dessas mesmas normas que lhe causam mais dúvidas, salvaguardando assim, a fiscalização das mesmas, bem como, evitando que o país entre no novo ano sem um orçamento aprovado. Isto não quer dizer que estejamos de acordo com tudo aquilo que nele se diz, mas como existe sempre a possibilidade duma fiscalização "à posteriore", pensamos que é melhor assim. Aceitamos que alguns critiquem esta atitude de Cavaco, mas estamos certos de que o fazem mais por tática política do que por pensarem que isso seria o melhor para Portugal. Assim, neste caso, achamos que esta foi a atitude correta.
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