O último adeus
Hoje de manhã procedeu-se ao enterro da nossa querida Tuxa. Foi sepultada no local onde ela gostava de estar ao sol. Era o seu local de eleição. Ali ficou no seu relvado, junto do pequeno lago onde gostava de ir beber. Ainda ontem foi beber lá horas antes de partir. Na sua sepultura ficou plantada uma grande planta como sempre acontece nas sepulturas dos nossos animais. É uma espécie de vida que se sobrepõe à morte. Um sinal de continuidade para além do nosso mundo visível em que vivemos. A Tuxa partiu depois de 15 anos na nossa convivência. Foram muitos anos para perceber o carácter determinado e firme que ela tinha, mas também foram muitos anos para ver o seu lado dócil e maternal que imprimia em tudo. A maneira como tratou o Nicolau quando este veio para casa com 3 semanas, depois de ter sido abandonado; a maneira como tratou sempre a minha afilhada alertando-a para os perigos iminentes; a maneira como nos olhava cheia de amor e ternura. Deste-nos muito. Tentamos dar-te o melhor. Se não o conseguimos foi por incapacidade nossa. A Tuxa deixou-nos à bem pouco, mas as saudades já corroem a nossa existência. Sofreu muito em vida, espero que agora, liberta da canga do corpo que a prendia, seja hoje um ser livre a correr pelos prados do paraíso em que acredito. Hoje para nós é o dia da ressaca. Espero que para ela seja o dia da felicidade liberta da doença que a apoquentou e que a consumiu. Descansa em paz, Tuxa! Nunca te esqueceremos.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home