Turma Formadores Certform 66

Friday, September 30, 2011

Conversas comigo mesmo XXXI

Talvez porque a época das vindimas ainda vai decorrendo, mais uma vez vos falo de vinhas e de vindimadores. Mais uma vez recorro às parábolas: "Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha'. Mas ele respondeu-lhe: 'Não quero'. Depois, porém, arrependeu-se e foi. O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: 'Eu vou, Senhor'. Mas de facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?" Esta é a linguagem dos factos. A parábola que Jesus nos propõe hoje - mais uma vez recorro à Bíblia - denuncia a postura daqueles que dizem sim com a boca e não com a vida. Lembra-nos, pois, aquela advertência que Ele nos deixou noutra passagem do Evangelho: "Nem todo aquele que Me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus". Lembra-nos, ainda, aquela pergunta, bem pertinente, de S. Tiago na sua Carta: "De que serve alguém dizer que tem Fé se não tem obras?" É sempre a mesma mensagem: a linguagem da vida é muito mais importante e decisiva do que a linguagem dos lábios. Jesus proclama, assim, o primado do fazer sobre o do dizer, convidando-nos, mais uma vez, a rever a nossa Fé e a nossa vida cristã. É que não temos Fé nem somos cristãos só pelo facto de afirmar verbalmente um credo, de seguir certas tradições religiosas ou de confessar a nossa simpatia pela concepção cristã da vida ou por certos valores do Evangelho. A Fé consiste em percorrer o caminho percorrido pelo Mestre. Somos crentes e cristãos na medida em que a Fé desencadeia em nós uma maneira nova de viver segundo o pensar, o sentir e o agir de Jesus Cristo, e nos esforçamos, dia a dia, por Lhe sermos fiéis, de facto e com factos.

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