"A Foot In The Door" - The Best Of Pink Floyd
Foi editado à dias a última colectânea - mais uma - da obra dos Pink Floyd. Normalmente não faço a apologia destas edições, porque vejo nelas uma de duas razões: Ou se amputam grandes obras apenas para reter as partes mais populares para o público ou, em alternativa, se repescam os temas mais interessantes para dar a ideia dum artista que, por vezes, não o merece nem tem estatuto para isso. Contudo, aqui não é o caso. Esta colectânea percorre toda a obra dos Pink Floyd desde os tempos de Syd Barrett até ao seu último álbum, com um rigor e uma mestria ímpar. Retirando as partes mais ouvidas pelo público, não se deixa enredar no facilistismo deste tipo de edições, promovendo um rigor de apresentação verdadeiramente notável. Esta colectânea dá uma ideia muito precisa - para aqueles que não seguiram os Pink Floyd - da sua vasta e excepcional obra. Como é do conhecimento geral, muitos dos álbuns dos Pink Floyd, são álbuns conceptuais, isto é, têm faixas longas e com estreita ligação umas às outras. Apesar disso, esta colectânea consegue quase fazer o mesmo, só que a ligação entre as faixas salta de álbum em álbum. Embora não trazendo nada de novo à obra dos Pink Floyd, quase me atrevia a dizer que, parece um novo álbum da banda, pelo rigor do alinhamento e pela selecção cuidada. Uma colectânea a reter, a ouvir obrigatoriamente, com deleite como sempre acontece com este grupo de artistas de eleição. Já agora, permitam-me uma palavra para a capa. Ela reproduz algumas das capaz icónicas dos discos do grupo num arranjo feliz e que faz lembrar aquelas excelentes capas que se viam noutros tempos ainda com os discos de vynil. Numa altura em que o Natal já se prefigura no horizonte, esta poderá ser uma excelente prenda. E como estamos em momentos de crise, diria que é uma prenda barata mas com um significado enorme, sobretudo, para todos aqueles que fizeram dos Pink Floyd uma banda de excepção. Não a deixem passar ao lado. Vão ver que vale a pena gastar algum tempo a ouvi-la. Rigorosamente a não perder.
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