Conversas comigo mesmo - LVI
Hoje trago-vos meditações para um encontro. O encontro com Jesus Cristo - figura central da nossa cultura judaico-cristã - dá-se por muitos caminhos. Às vezes - muito poucos - é uma espécie de encontro imediato, de chamamento directo. É o caso da vocação de Samuel, de Paulo e de outros. Outras vezes - quase sempre - é um chamamento indirecto que nos vem através de amigos, pais, familiares, mestres, ou através das inquietações e anseios que nos levam à procura de um sentido mais profundo para a nossa vida, ou ainda, através dos acontecimentos e situações que vamos vivendo ou testemunhando. O importante é que o Senhor nos encontre em condições de sintonizar a Sua voz e os Seus apelos, atentos e disponíveis como Samuel: "Falai, Senhor, que o vosso servo escuta", livres e prontos para O seguir e estar com Ele, lá onde Ele continua a "morar". No Evangelho, palavra que nos fala, nos Sacramentos, prolongamento e actualizações dos seus gestos de amor e de salvação. Nos cristãos reunidos em seu nome, templo que Ele habita e de que nós somos as pedras vivas. No próximo carente e sofredor, no animal acossado, na natureza desrespeitada, onde nos chama a uma vida mais atenta e de comunhão fraterna. Na missa dominical, onde convergem todas estas formas de estar para um encontro festivo e renovador. Quantos de nós que nos afirmamos cristãos já parámos para pensar nisto? Quantos de nós sabem o significado da sua religião? Quantos de nós vão "maquinalmente" à missa e sabem o que ela encerra? Se nos dizemos cristãos temos que ter uma atitude mais participativa e conhecedora da religião que professamos. Caso contrário, não passa de meia dúzia de rituais que se alinham carentes de significação e até de sentido.
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