Turma Formadores Certform 66

Monday, January 23, 2012

Conversas comigo mesmo - LVII

Ao contrário do que pensava Jonas, Deus não é Judeu, nem Grego, nem Árabe, nem faz acepção de pessoas, raças ou culturas. O seu amor é universal e inteiro para todos e para cada um, e a todos chama e convida a uma relação de confiança e de intimidade filial, a uma comunhão que será para sempre e na qual a vida humana atingirá a plenitude para que foi criada. É este Evangelho - a boa notícia - que Jesus veio proclamar com actos e palavras e nos exorta a acreditar com toda a alma e com toda a coerência. Mas quem acredita neste Evangelho não pode senão seguir o caminho que Jesus é e nos propõe. Por isso, o convite feito há 2000 anos junto ao mar da Galileia é o mesmo que Ele nos dirige hoje: "Vinde comigo". Mas para O seguirmos, como André, Simão, Tiago, João e tantos mais, há redes a deixar. Redes que têm muitos nomes: As redes da rotina e do comodismo que nos impedem os passos da renovação, a aceitação de compromissos e o empenhamento apostólico; as redes do egoísmo que nos impedem de pensar nos outros - humanos, animais e natureza - e nos gestos fecundos da colaboração e da partilha; as redes do orgulho e do ressentimento que nos imobilizam no passado e nos impedem a reconciliação e a paz. Enfim, aquilo que prosaicamente chamamos a nossa área de conforto. E daí o sentido de ser feliz. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa os seus limites é que leva o prémio. Não sejamos vítimas ingénuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

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