Conversas comigo mesmo - CXXXII
Sobre a liberdade, deixo-vos aqui um texto de Augusto Cury. Augusto Cury é médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Os seus livros já venderam mais de 16 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 60 países. O texto que vos trago diz assim: "Duas lagartas teceram cada uma seu casulo. Naquele ambiente protegido, foram transformadas em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações. Uma borboleta, sentindo-se frágil, pensou consigo: 'A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e comida por um pássaro. E, mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá atingir-me. As chuvas poderão quebrar as minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a primavera está a acabar, e se faltar o néctar? Quem me socorrerá?' Os riscos de facto eram muitos, e a pequena borboleta tinha as suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas, como não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera. A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais do que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direção a todos os perigos. Preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência." Aqui fica um bom tema para reflexão.
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