Turma Formadores Certform 66

Wednesday, August 26, 2009

As luzes brancas de Paris - Theresa Révay


Trago-vos hoje um livro muito interessante, que muito tem a ver com aquilo que se tem escrito neste espaço, sobretudo, aos mais recentes sobre o título "os equívocos da democracia portuguesa". Este livro tem o nome de "As Luzes Brancas de Paris", no original "La Louve Blanche", da autoria de Theresa Révay. Este poderia ser um bom livro de férias, agora que elas estão a terminar para a maioria dos portugueses, mas é muito mais do que isso. "Este é um romance que é mais do que uma simples história de amor. Fala das grandes calamidades que a Europa suportou durante o século XX. É uma história de esperança, de dignidade e de tragédia. É a história de todos nós...", como se pode ler na contra capa do mesmo. É interessante ver como os acontecimentos se encadearam, criando condições para que o nazismo chegasse ao poder, e criasse as condições para o eclodir da II Guerra Mundial. Os sinais foram dados e eram evidentes, mas parece que ninguém os viu, ou pelo menos subestimou-os. Tudo aquilo para que vimos chamando à atenção, sobre os sinais que a sociedade nos dá e que não vemos, ou nos recusamos a ver, pode conduzir a um descontrolo de situações que, devidamente acauteladas, não causariam grandes males. Muito do que assistimos hoje tem algum paralelismo com o que este livro nos revela, sobretudo no seu cenário de fundo, baseado em factos históricos reais. Muitas vezes não olhamos para o que nos rodeia, porque simplesmente temos medo de enfrentar a realidade, e é mais cómodo fazer de conta que os factos não existem ou são irrelevantes. Outras vezes ignorámos estes factos, porque nos interessa que as coisas corram assim, é a política do "quanto pior melhor", para que consigamos conduzir as situações para o espaço que nos interessa. À que aprender com os erros do passado, para que não os repitamos no futuro. Como já neste espaço foi dito, mais do que uma vez, compete a todos nós evitar que as coisas sigam rumos menos agradáveis. Há sempre "sereias" por aí, que nos vão cantando doces canções, sobretudo agora que estamos em época eleitoral, mais saibamos separar o trigo do joio. Nem sempre o caminho mais fácil é o melhor, por vezes, o mais espinhoso é aquele que nos conduz a algo bem melhor, senão para nós, pelo menos para as gerações vindouras. Resta apenas algumas palavras sobre a autora. Theresa Révay nasceu em Paris. Depois de estudar Letras, dedicou-se à tradução de romances anglo-saxónicos e alemães. O seu primeiro romance histórioco, Valentine ou le Temps des adieux, foi publicado em 2002, seguido, em 2005, de Livia Grandi ou le Soufflé du destin, com o qual foi finalista do Prix des Deux-Magots 2006. Os seus livros estão traduzidos em numerosos paises, como a Alemanha e a Itália, e a autora impõe-se actualmente como uma das principais romancistas de grandes frescos históricos. As Luzes Brancas de Paris é o seu terceiro romance. A edição é do Círculo de Leitores.

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