Turma Formadores Certform 66

Sunday, October 02, 2011

Equivocos da democracia portuguesa - 137

Afinal o "buraquinho" da Madeira é de cerca de 7.000 milhões de euros!!! Há até quem pense que estará mais próxima dos 8.000 milhões de euros. (Existe uma "dívida oculta" segundo alguns, que não está contabilizada e que se prende com as obras efectuadas e respectivos pagamentos diferidos no tempo). De "colossal" buraco (Passos Coelho dixit) passou a "cratera" que todos nós iremos pagar, mais uma vez para que Alberto João - o "governador" da ilha, como José Gomes Ferreira lhe chamou -, continue com as suas inaugurações de telhados e de alguns metros de estrada, para iludir as populações, ajudando a perpectuar este "tiranete" no poder que ocupa desde à mais de trinta anos. Quando as pessoas começam a não suportar mais a carga que lhes estão a colocar às costas e começam a invadir as ruas - vejam-se as manifestações de ontem da CGTP -, este senhor acha que está ali para alegrar as populações e não para seguir directrizes do Ministério das Finanças (Alberto João dixit), com a firme convicção de que alguém há-de resolver o problema que não ele. E nem vale a pena Manuela Ferreira Leite vir dizer que o PS não devia falar sobre o assunto para que ele não exista. Manuela Ferreira Leite sabe que nunca foi capaz de enfrentar o seu "companheiro" de partido, nem enquanto ministra, nem enquanto líder do PSD. Sempre foi forte para com os fracos e fraca para com os fortes. Esta é a imagem que deixou na política. Assim, não vale a pena entrar neste folclore que a ninguém interessa porque a memória dos portugueses não é tão curta assim. Mas é com tristeza que vemos o nosso país caminhar para uma verdadeira "república das bananas", sobretudo, quando os principais pilares do estado democrático são atingidos por verdadeiros "boomerangs". Se na política as coisas andam como andam, - entraram ontem em vigor a nova taxa do IVA para o gás e electricidade e novos impostos vão sendo ensaiados para aparecer este mês a quando da entrega do OE na AR -, na justiça não vão melhor. Foi ver a semana passada, a prisão de Isaltino Morais para que este fosse libertado horas depois, pelo mesmo tribunal, podendo este vir ainda a pensar numa possível indemnização. Se não fosse Isaltino Morais quem é, e não tivesse o dinheiro que tem para contratar bons advogados, e hoje estaria na cadeia onde passaria os próximos dois anos. Como diz o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto: "Só é condenado em Portugal um pobre que rouba um pão para comer". Já aqui o citamos por diversas vezes, e é altura de pensarmos que ele é quem tem razão, não fosse o seu grande conhecimento da justiça por dentro. Na Europa que nos é tão cara, as coisas também não andam melhor. Foi com surpresa - ou talvez não -, que assistimos ao inverter de posição de Durão Barroso sobre a questão das "eurobonds". Já à umas semanas atrás pensamos que ele estava a alterar a sua posição e agora fê-lo duma forma clara e inequívoca. Aliás, é justo dizê-lo, o seu discurso da semana passada foi por nós visto como um marco importante na viragem que se deseja para a UE. Não sabemos o que motivou tudo isto - talvez a grave situação em que a Europa se colocou desde à algum tempo -, ou se tal se prende com uma evolução do pensamento do presidente da Comissão no sentido de aprofundar a própria UE. Talvez a primeira asserção seja a verdadeira, contudo, não deixa de ser interessante esta nova posição com a qual estamos perfeitamente em sintonia. Veremos se tudo isto não passa também duma mera manobra política - não esqueçamos que se falou de uma possível moção de censura a Barroso - que é muito habitual nos corredores de Bruxelas, ou se se trata de algo mais consistente. Aguardaremos com expectativa o desenrolar da situação no futuro próximo para ver o que dali sairá de definitivo.

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