BES - Salgado apanhado em operação falhada na Suíça
Duarte Lima foi o primeiro a denunciar o esquema que inclui Michel Canals e Nicolas Figueiredo, gestores e mentores da sociedade suíça Akoya. O branqueamento de dinheiro (leia-se milhões de euros) acontecia pelas mãos destes dois gestores e as dúvidas começaram a levantar-se. Mais de um mês antes do escândalo que envolve algumas empresas do Grupo Espírito Santo (GES), os suíços abriram as contas de Ricardo Salgado ao Ministério Público (MP) português, conta o Diário de Notícias (DN). O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) recebeu das autoridades suíças, há mais de um mês, informações bancárias de Ricardo Salgado e de Amílcar Morais Pires. Os dados bancários do antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) chegaram ao Ministério Público antes de se desenrolar toda uma série de escândalos que envolvem empresas do Grupo Espírito Santo (GES) e deram a conhecer quase todas as movimentações bancárias de Ricardo Salgado, lê-se no Diário de Notícias (DN). Estes novos dados permitiram trazer de novo à luz do dia o processo que ligava Salgado à venda da ESCOM à Sonangol, e que estava arquivado há já dois anos. Os “novos indícios” apresentados pelos suíços abriram o caminho aos investigadores para o rasto de milhões de euros que terão circulado nas contas suíças do banqueiro. E desses milhões, destacou ontem o SOL, estarão 17 milhões de euros retirados do património do GES e colocados para património pessoal de Salgado. Este dinheiro terá sido retirado de um sinal pago pela Sonangol, em 2012, aquando da compra da ESCOM. Salgado é agora suspeito de se ter apropriado de algo a que tinha acesso mas que não lhe pertencia. Além disso, o antigo presidente do BES terá colocado este ‘seu’ dinheiro nas mãos dos gestores de fortuna Michel Canals e Nicolas Figueiredo, mentores da sociedade suíça Akoya, e já denunciados por Duarte Lima aquando do caso BPN. O dinheiro entregue a estes gestores - já denunciados por Duarte Lima - era depositado numa conta sedeada no BPN IFI de Cabo Verde e mais tarde transportado, por carro ou avião, até à Suíça. Isto é o que até agora se sabe. Mas a novela não irá ficar por aqui, seguramente.
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