Turma Formadores Certform 66

Monday, May 28, 2007

Quase 1 ano depois


Meus amigos, quase um ano depois de nos conhecer-mos e de se ter arrancado com este blog, gostava de vos convidar a uma comemoração especial. Comecem desde já pensar no que cada um dará de contributo, mas penso que todos deveremos participar em nome da amizade que foi ficando desde então. Não sei se estão de acordo comigo, mas gostava que todos participa-se-mos na elaboração dum texto ou de algo que lembre os momentos que passamos. Aqui fica o desafio, e uma foto que lembra um momento desse tempo de à 1 ano atrás.

A "Luz" de Pedro Abrunhosa


Chega dia 25 de Junho ao mercado o novo disco de Pedro Abrunhosa (segundo o site do autor) que tem por título "Luz". Depois do calmo album "Momentos" onde o cantor expôs a sua faceta intimista, a que não foi alheio o drama familiar que viveu, aparece agora com um disco mais fresco. Com a secção de metais que habitualmente actuam com Prince, os The Hornheads, e com um grupo de Gospel, o St. Dominic's Gospel Choir, aparece um som radioso e luminoso. Um pequeno agrupamento de cordas composto por 15 elementos remata o som. Este é o quinto disco na carreira de Pedro Abrunhosa com os Bandemónio, um disco para se ouvir com muita atenção e devoção. Já por aí anda desde o mês passado o tema "Quem me leva os meus fantasmas" que constitui o primeiro avanço do album que ansiamos por ouvir. A edição especial contará com um livro de 64 páginas com uma fotobiografia do cantor e da autoria de Augusto Brázio. Deixemo-nos iluminar por esta "Luz".

Thursday, May 24, 2007

A saudade da ausência


Hoje, caso fosse viva, a minha mãe faria 73 anos. Deixou-me à 6 anos, vítima da incompreensão de pessoas que ela tanto ajudou em vida, e à qual não foi capaz de sobreviver. A depressão que lhe foi causada, levou ao despoletamento de uma doença que a viria a vitimar. Hoje, perante todos, lhe presto a minha homenagem, bem como àqueles que me ajudaram a minimizar a dor que esta situação me causou. A estes amigos, os meus agradecimentos profundos, nunca serei capaz de lhes pagar aquilo que me deram em troca.

A ela só me resta esperar que descance em paz.

José

Wednesday, May 23, 2007

A Ilha das Trevas - O drama de Timor


Hoje trago-vos um livro interessante, chama-se "A Ilha das Trevas", que relata o segredo terrível de Paulino da Conceição. Este é um romance com cenas ficcionadas plasmadas sobre factos reais. Os acontecimentos vividos pelo personagem prendem-se com o drama da ocupação de Timor Leste pela Indonésia. Um livro plangente sobre o nascimento doloroso duma nova nação, bem como, pelo que Portugal tem de responsabilidade nessa matéria. Hoje, que assistimos a alguns problemas na jovem nação de Timor, que à bem pouco não pensava que seria possível ser independente, é bom reflectir sobre esta questão, que definitivamente uniu o sentimento nacional português sobre um mesmo tema, independentemente de credo político ou religioso. O seu autor, José Rodrigues dos Santos, é uma figura que, quase diariamente, nos entra pela porta dentro, como jornalista da RTP1, onde assegura alguns telejornais. Vale a pena dar uma olhada, sobre o derradeiro acontecimento do famigerado império português.

Friday, May 18, 2007

Dia Internacional dos Museus


Hoje celebra-se o dia internacional dos museus. Num país onde a cultura é um valor desprezível, porque não quebrar a rotina e ir visitar um museu. Um museu não é algo morto, ele fala através das suas peças, dum outro tempo e/ou espaço, que devemos conhecer. O conhecer o passado é uma forma de vislumbrar o futuro e de nos conhecermos melhor. Hoje os museus estão aberto até tarde, e amanhã existem muitas manisfestações culturais no âmbito desta efeméride. Se não tiver programa para o fim-de-semana, porque não optar por este? E se tiver, porque não mudá-lo um pouco. A praia vai continuar, o futebol também, a cultural é intemporal. Vá e se tiver filhos não deixe de os levar, afinal como diz o ditado "é de pequenino...".

Deixo-vos, como aperitivo, uma foto do interior e dos jardins do Museu Nacional de Soares dos Reis no Porto.

Friday, May 11, 2007

Joshua Bell - Ignorado no metro de Washington


Numa experiência inédita, Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do Mundo, tocou incógnito durante 45 minutos, numa estação de metro de Washington, de manhã, em hora de ponta, despertando pouca ou nenhuma atenção. A provocatória iniciativa foi da responsabilidade do jornal "Washington Post", que pretendeu lançar um debate sobre arte, beleza e contextos. Ninguém reparou também que o violinista tocava com um Stradivarius de 1713 - que vale 3,5 milhões de dólares. Três dias antes, Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam 100 dólares, mas na estação de metro foi ostensivamente ignorado pela maioria.A excepção foram as crianças, que, inevitavelmente, e perante a oposição do pai ou da mãe, queriam parar para escutar Bell, algo que, diz o jornal, indicará que todos nascemos com poesia e esta é depois, lentamente, sufocada dentro de todos nós. "Foi estranho ser ignorado"Bell, que é uma espécie de 'sex symbol' da clássica, vestido de jeans, t-shirt e boné de basebol, interpretou "Chaconne", de Bach, que é, na sua opinião, "uma das maiores peças musicais de sempre, mas também um dos grandes sucessos da história". Executou ainda "Ave Maria", de Schubert, e "Estrellita", de Manuel Ponce - mas a indiferença foi quase total. Esse facto, aparentemente, não impressionou os utentes do metro. "Foi uma sensação muito estranha ver que as pessoas me ignoravam", disse Bell, habituado ao aplauso. "Num concerto, fico irritado se alguém tosse ou se um telemóvel toca. Mas no metro as minhas expectativas diminuíram. Fiquei agradecido pelo mínimo reconhecimento, mesmo um simples olhar", acrescentou. O sucedido motiva o debate foi este um caso de "pérolas a porcos"? É a beleza um facto objectivo que se pode medir ou tão-só uma opinião? Mark Leitahuse, director da Galeria Nacional de Arte, não se surpreende: "A arte tem de estar em contexto". E dá um exemplo: "Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante, ninguém a notará". Para outros, como o escritor John Lane, a experiência indica a "perda da capacidade de se apreciar a beleza". O escritor disse ao "Washington Post" que isto não significa que "as pessoas não tenham a capacidade de compreender a beleza, mas sim que ela deixou de ser relevante".

Thursday, May 10, 2007

Como tratamos os animais - que vergonha!


Foi-me ontem disponibilizado um e-mail duma associação animal sobre uma situação ocorrida no canil da Câmara Municipal de Beja. É incrível o que lá se passa, e todos devemos tomar posição sobre esta barbárie, com a cobertura da própria autarquia. O e-mail diz o seguinte:


"No dia 27 de Março de 2007 foram abatidos indiscriminadamente 16 cães que estavam no Canil Municipal de Beja.
O que me leva a denunciar esta triste ocorrência é um conjunto de situações que descambou neste triste fim.
Os animais errantes do concelho de Beja são capturados e levados para o canil municipal que se divide num canil exterior com cerca de 3 por 7m e um edifício com quatro levas que, por sua vez estão divididas em boxes de 80 por 80cm.
Durante meses, os animais capturados foram "empilhados" dentro do espaço exterior. Cadelas com cio misturadas com vários machos, cachorros misturados com animais doentes...
Por várias vezes foi esta situação reportada pessoalmente no gabinete do Pelouro responsável. Foi feito envio de fotos por email mas a situação manteve-se.
Chegou ao ponto de o nº de animais dentro do canil exterior de 3 por 7m ascender a 30. O animais nem tinha espaço para mexer-se.
O Cantinho dos Animais de Beja, cujo canil está alojado paredes-meia com o Canil Municipal (o terreno pertence à Autarquia) disponibilizou-se a, em conjunto com as duas associações estrangeiras (uma sueca e outra alemã) tirar fotos dos animais e a tentara encontrar donos para os mesmos, inclusivé em detrimento dos animais da Associação, tal não era a situação precária em que se encontravam.
Isto passou-se entre 20 a 22 deste mês. Tínhamos já agendado a data para tirar fotos e fazer análises ao sangue (sem qualquer custo a imputar à Câmara!) quando, na sequencia de contacto com o encarregado do Canil, o sr. informa que já não tínhamos autorização para tirar as fotos.
De imediato contactou-se pessoalmente o Pelouro e foi-nos confirmada a não-autorização mas que, em alternativa, um funcionário da Câmara iria fazê-lo. Embora a situação fosse caricata aceitou-se a decisão.
O referido funcionário tirou fotos a apenas 18 animais, sem dúvida os que teriam melhor aspecto. O fim dos outros ficou determinado a 27 de Março quando, sem pré-aviso algum, a Veterinária Municipal, fazendo-se acompanhar de um auxiliar, dirigiu-se às instalações para abater todos os seus ocupantes.
O funcionário da associação, que há muitos anos conhece o procedimento de tratamento e abate da Veterinária Municipal intercedeu junto da mesma para que não continuasse, ao que foi ameaçado com a pessoa do Vereador e a Polícia.
Talvez a forma como o nosso funcionário intercedeu na matança não fosse a melhor, mas é ele quem, dia após dia, testemunha as situações, tendo por várias vezes feito tratamento a alguns animais porque a Veterinária apenas se desloca ao Canil para abater cães vadios ou para vacinar os cães em tempo estipulado pela legislação. Por várias vezes, vários amigos do Cantinho arcaram com as despesas de eutanásias devido à ausência/incompetência da Veterinária. Ontem o método de abate que foi testemunhado foi o seguinte: a Veterinária e o auxiliar usaram luvas de aço (iguais às usadas nos talhos), colocaram açaimes nos focinhos dos cães e injectaram o produto directamente no coração provocando uma tortura atroz que nem sempre causava a morte (alguns animais ainda estavam vivos enquanto os atiravam para a pilha de cadáveres). Além das óbvias questões de ética que se levantam, cabe-nos divulgar este tipo de acontecimento para que não se repita no futuro. Para tal, contamos com o V. apoio para mostrar à Câmara Municipal de Beja a força das associações, agrupamentos e particulares que lutam pelos Direitos dos Animais."


O Cantinho dos Animais de Beja pede também que escrevam todos para a Câmara Municipal a fim de se pôr cobro a esta barbárie. Quem o quiser fazer deverá utilizar o endereço geral@cm-beja.pt . Nem parece que estamos no século XXI. Como dizia alguém um dia destes, "o desenvolvimento dum país também se mede pela forma como tratamos os nossos animais". As fotografias que juntam são horríveis, apenas vos deixo aqui um exemplo. Como poderemos educar as gerações futuras, se nem sequer somos capazes de ter alguma humanidade para com os pobres animais indefesos?

Friday, May 04, 2007

Ute Lemper - Hoje na Casa da Música


Ute Lemper, a grande soprano alemã, está hoje na Casa da Música. Da música de cabaret, passando pela clássica e jazz, aqui está um programa assaz interessante para esta noite. A todos os que apreciam as grandes vozes, não deixem passar ao lado este espectáculo. Vão ver que não se arrependem. Ute Lemper tornou-se famosa por recriar os ambientes sonoros do período da II Guerra Mundial, nomeadamente pelos cabarets, fazendo renascer vozes famosas da época como Marlene Dietrich. Esta é, seguramente, uma oportunidade única de a ver-mos entre nós.

Thursday, May 03, 2007

Religião - Será que chegou ao fim?


Hoje trago à colação um livro muito interessante que se chama "Religião - Tudo o que é preciso saber" da autoria de Karl Heinz-Ohlig. É um livro muito interessante que faz a abordagem da concepção do divino e do transcendental desde os primeiros seres humanos na terra. Baseado em elementos arqueológicos desenvolve teses surpreendentes. Utiliza, também, alguma documentação muito antiga, sobretudo na análise das religiões universais: o Cristianismo, o Islamismo e o Judaismo. São teses que se desenrolam duma maneira interessante e coerente, deixando sempre ao leitor a opção final, como não poderia deixar de ser, em matéria tão controversa. Sabiam que o Templo de Salomão, tão falado ao longo da Bíblia, afinal já existia antes, e que Salomão apenas o remodelou e ampliou? São temas sempre actuais, numa época em que se mata e se morre em nome da religião, perante a indiferença da maioria. Afinal de contas, se analisarmos com cuidado, verificamos que as diferenças não são tão acentuadas quanto parecem... Será que isso é, apenas e só, o sinal de que a região está a chegar ao fim? Deixo-vos com um fax-simile da capa para os interessados. Aconselho-vos uma leitura atenta.