Turma Formadores Certform 66

Saturday, December 31, 2022

Feliz Ano Novo!

E mais um ano chega ao fim. Mais uma página do calendário virada. 2022 não foi um bom ano, se por um lado trouxe o fim da pandemia, por outro trouxe uma guerra à Europa com todas as suas funestas consequências. E isso não é bom sobretudo porque o seu fm não parece estar perto. Deixamos 2022 com um travo amargo e começamos 2023 com esse mesmo travo amargo. Talvez esteja enganado, mas penso que tempos muito difíceis por aí virão, bem mais difíceis do que aqueles que temos vindo a passar. Mas não será seguramente ao calendário que temos que assacar culpas, mas sim, a todos nós que parecemos que não sabemos o que queremos fazer com a vida. Fazemos sempre votos de prosperidade, saúde, etc., num cortejo de intenções que não passam disso mesmo, intenções. A vida encarrega-se de nos mostrar que nem tudo são rosas, embora também tenhamos que fazer algo para que nem tudo sejam cardos. Estou conscientemente pessimista, mas sempre com aquela ideia que posso estar enganado. Talvez assim seja... ou não. Feliz Ano Novo 2023 para todos.

Friday, December 30, 2022

"Fernão de Magalhães" -David Salomoni

Em agosto de 1519, 237 homens deixaram o porto de Sevilha a bordo de cinco navios. Todos faziam parte de uma expedição patrocinada e apoiada pelo imperador Carlos V e chefiada por Fernão de Magalhães, um capitão português que fora desonrado e afastado do seu país e que, à procura de redenção, se colocara ao serviço da Coroa espanhola. O objetivo da viagem era demonstrar que as ilhas Molucas, então famosas pela produção de especiarias, pertenciam a Espanha e não a Portugal, segundo as regras do Tratado de Tordesilhas. Tinha então início a primeira viagem em redor do mundo. Sobre o autor, David Dalomoni é investigador na área de História da Ciência e da Educação no Departamento de História e Filosofia da Ciência da Universidade de Lisboa, no âmbito do projeto ERC Rutter: Making the Earth GlobalColabora com as revistas EducazioneGiornale di pedagogia critica e Annali di storia dell’educazione e delle istituzioni scolastiche e é membro do Comité Editorial do Instituto Juan Andrés de Comparatística y Globalización. A edição é da Penguin Random House.

Thursday, December 29, 2022

Intimidades reflexivas - 1517

"Quem escreve poemas abre uma janela." - Mário Quintana (1906-1994)

Wednesday, December 28, 2022

Carta aos "amigos" da Meta

Caros 'amigos',

Foi com surpresa que ontem me vi bloqueado com a invocação de regras rígidas para determinadas publicações a determinar tal ato. E porquê? Porque publiquei uma foto dum fotógrafo francês com uma mensagem subliminar e nada mais do que isso. Foto que circula numa outra rede social é bom que se note. Se a sensualidade é confundida com pornografia, se a arte é confundida com sexo, se a cultura é confundida com arrogância, então meus 'amigos' algo anda muito mal no reino facebookiano. Porque já não é a primeira vez que as tais 'regras' me colocam nesta posição. Não seria mais interessante que as tais regras rígidas se aplicassem a vocês mesmos quando são roubadas identidades e nada acontece, pelo menos que se saiba? É tudo isto que me deixa um tanto ou quanto perplexo. Sei que se tornaram nos defensores da política dos bons costumes mas daí a serem uma espécie de censores do século XXI vai uma grande distância. Que hajam regras para o que se publica, estou de acordo, que essas regras se confundam com censura já é algo muito diferente. Repito: se a confusão é entre a cultura ou a falta dela, algo anda mal por aí e eu estarei sempre do lado da cultura. Mas não deixo de me espantar com conteúdos que vejo noutras páginas. Que passam da vulgaridade sobre a forma mais baixa, até ao ódio mais primário e não vejo essas publicações bloqueadas. Será que a vossa 'inteligência' artificial está virada para as imagens e não para os vídeos ou palavras explícitas do mais baixo quilate? Sei que a 'inteligência' artificial poderá não ser tão inteligente assim, mas certamente que a vossa instituição terá quem avalie as situações quando tal acontece. Ou não é assim? No meu perfil nunca se fez apologia do sexo pelo sexo, pornografia ou outra, como também nunca se divulgaram mensagens de ódio sob que forma fosse. Este perfil dedica-se à cultura, à arte e à defesa de animais. Se estes pilares vos incomodam pois tenho pena. Assim é, assim continuará. E, já agora, se este meu desabafo vos causa qualquer tipo de embaraço podem bloquear esta conta 'ad æternum' porque eu não preciso do Facebook para nada. Talvez o Facebook precise de pessoas como eu, - que não diminuem mas acrescentam -, que espalham o conhecimento e a cultura onde só existe baixeza da pior espécie e ignorância sem limites que parece não vos incomodar. Eu sou o que sou e nunca me escondi atrás de fotos de animais, bonecos ou seja lá o que for. Sou conhecido responsabilizo-me pelo que faço sem tergiversações. Assim é e assim continuará a ser. Se tal não se enquadra nos vossos padrões agradeço que me digam que imediatamente encerrarei a conta sem necessidade daquelas mensagens serôdias que são muito do vosso agrado como aquela que recebi. 'Conta restrita' e depois 'só tu podes ver isto'. Porque o escondem dos outros? Será que têm vergonha? Por mim podem mostrá-la com clareza a todos. Quem não deve não teme. Ou será que até vocês têm vergonha do que fazem?

Atentamente.

José Ferreira

Tuesday, December 27, 2022

Rejubila a Criação!

E porque hoje rejubila toda a Criação! "Todos os seres da criação são filhos do Pai e irmãos do homem...Deus quer que ajudemos os animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida" - Francisco de Assis

Monday, December 26, 2022

Intimidades reflexivas - 1516

"O bom do caminho é haver volta, para ida sem vinda basta o tempo." - Mia Couto

Sunday, December 25, 2022

Feliz Natal!

E depois da ceia de Natal e do almoço que se lhe segue, sempre me interrogo sobre se valeu a pena sacrificar uma outra vida para que a nossa se envolva numa orgia de prazer. O pecado da gula é um dos mais comuns entre nós e, mais cedo ou mais tarde, pagamos uma fatura elevada por isso. Mas repetimos o erro diariamente. Afinal o Natal de algumas pessoas resume-se a isso mesmo, comer cadáveres de seres a quem tiramos a vida, a umas prendas que muitas vezes de nada servem e que logo se põem de lado e pouco mais. É a isto que comummente se chama de Natal. Este é o tal Natal que rejeito porque o Natal não é isto. Quantos se lembram do semelhante que não tem um teto para se abrigar ou uma prato quente para comer muitas vezes ostracizado pela vida e pelo seu igual ou do outro já ausente da nossa vida, quantos se lembram do animal sofredor por vezes acorrentado ou a vaguear ao frio e à chuva com fome e sede, quantos se lembram da natureza que destruímos diariamente colocando o nosso planeta à beira do abismo. Ofuscados pelas luzes tremeluzentes, a mesa opípara, os presentes quase sempre inúteis, quem se lembra realmente de tudo o resto? E afinal o dia seguinte será sempre igual a tantos outros e tudo volta ao normal. Mas o mal que produzimos, esse não terá remédio. Que redenção procuramos então? Será que a temos? Será que nos será concedida? Feliz Natal!

Saturday, December 24, 2022

Feliz Natal, amigos!

E eis-nos de novo no Natal. Festa importante do calendário litúrgico cristão porque nele se celebra o nascimento de Jesus. (Hoje sabe-se que Jesus não nasceu a 25 de Dezembro, mas o que importa é o simbolismo do nascimento, dessa vinda inspiradora que floresceu para elevar os nossos espíritos). Como sempre, a comunidade humana faz desta celebração mais um horrível holocausto para os animais. (Nunca percebi porque se tem que celebrar alguma coisa sacrificando outro ser que tem tanto direito à vida quanto nós. E neste caso até se trata dum nascimento!) Por isso, estas celebrações, para além da alegria que encerram, não deixam de me trazer também alguma tristeza. Desde logo, daqueles que já não estão por cá - por isso, na minha mesa natalícia há sempre um prato vazio para quem quiser aparecer, uma espécie de símbolo dos ausentes -; tristeza também pelo sacrifício de vidas inocentes de muitos animais que encontraram a morte duma forma horrível para gaudio da mesa de alguns que dura apenas algumas horas; e, amargura pela natureza mais uma vez vilipendiada. Árvores que são massacradas para alguns dias depois serem atiradas fora ou consumidas nas lareiras. Por tudo isto a celebração do Natal sempre teve uma dupla face: a alegria da celebração e a tristeza por tudo o resto. Se há algum tempo atrás o Natal voltou a assumir o lado mais festivo, tal deveu-se à chegada da minha querida afilhada Inês. Como é costume dizer, o Natal é das crianças, e estes últimos natais assim o foram. Mas a Inês cresceu. E tudo mudou. Já não é o Pai Natal que importava na sua inocência infantil, mas sim, outra coisa, mais material que os jovens de hoje perseguem. Assim, o meu Natal voltou ao passado, aquele Natal mais espiritual mais focado na essência  singela e pequena duma outra inocência de à mais de dois mil anos atrás. E esse é o Natal que gosto, mais frugal, mais calmo, mas espiritual. Este sim para mim é o verdadeiro Natal. Aproveito para desejar a todos os meus amigos - reais ou virtuais -, a todos os que gostam de mim, a todos os que não gostam tanto, um Feliz Natal! Que a essência da celebração da Vida, não seja feita à custa da Morte de outros seres. Se assim for, já um caminho importante foi percorrido. Boas Festas!

Friday, December 23, 2022

Intimidades reflexivas - 1515

"O medo sempre me guiou para o que eu quero; e, porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo quem me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado." - Clarisse Lispector (1920-1977)

Thursday, December 22, 2022

Intimidades reflexivas - 1514

"Sou biólogo e viajo muito pela savana do meu país. Nessas regiões encontro gente que não sabe ler livros. Mas que sabe ler o seu mundo. Nesse universo de outros saberes, sou eu o analfabeto. Não sei ler sinais da terra, das árvores e dos bichos. Não sei ler nuvens, nem o prenúncio das chuvas. Não sei falar com os mortos, perdi contacto com os antepassados que nos concedem o sentido da eternidade. Nessas visitas que faço à savana, vou aprendendo sensibilidades que me ajudam a sair de mim e a afastar-me das minhas certezas. Nesse território, eu não tenho apenas sonhos. Eu sou sonhável." - Mia Couto

Wednesday, December 21, 2022

Chegamos ao Inverno!

O inverno tem início hoje, 21 de dezembro pelas 21,48 horas e termina em 20 de março. É o chamado solstício de Inverno. E com ele o chamado vórtice polar. As temperaturas baixas, bem como as chuvas e os dias pequenos assinalam a chegada da estação mais fria do ano. Enquanto o primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano, o primeiro dia do inverno é o mais curto. Tempo frio, chuvoso, inclemente é o que se espera desta estação. Até que a Primavera chegue.

Tuesday, December 20, 2022

"Uma História se Xadrez" - Stefan Zweig

Mirko Czentovic, um campeão mundial de xadrez em viagem para Buenos Aires, entretém-se a derrotar os restantes passageiros, até que se descobre que a bordo do transatlântico segue outro apaixonado por xadrez, o doutor B., um enigmático passageiro recém-libertado pelos nazis que sobreviveu à prisão a jogar partidas de xadrez na sua cabeça. Do inevitável confronto entre os dois jogadores, nasce o relato de um jogo cativante e caricato. Um retrato comovente da loucura de um homem, Uma História de Xadrez é uma ardente análise do poder da mente e do mal que esta pode gerar, mostrando simultaneamente a resistência do ser humano, mesmo sob extraordinária pressão. Pequena, mas intensa, esta obra permite a Stefan Zweig escrever sobre a guerra, a violência, o nazismo e o autoritarismo. Enviada para o editor no dia anterior ao seu suicídio, Uma História de Xadrez, seria adaptada várias vezes ao cinema e fica como a obra-prima do romancista austríaco. Sobre o autor, Stefan Zweig nasceu em 28 de Novembro de 1881, em Viena, no então Império Austro-Húngaro. Oriundo de uma família judaica abastada, dedicou-se ao estudo da filosofia e da história da literatura, tendo-se doutorado em Filosofia na sua cidade natal, em 1904. Viajou muito e foi tradutor antes de se notabilizar como escritor, mas aos 40 anos já tinha conquistado fama na literatura, atingindo a plena maturidade como romancista, dramaturgo, poeta, ensaísta e biógrafo e publicando as suas principais obras nos anos seguintes, como Amok (1922) ou Confusão de Sentimentos (1927). Viveu em Salzburgo depois da Primeira Guerra Mundial, mas, com a ascensão do nazismo, em 1934, decidiu mudar-se para Londres, tendo obtido a nacionalidade britânica. Depois de um curto período em Nova Iorque, em 1940, instalou-se, no ano seguinte, no Brasil, país sobre o qual escreveu a obra Brasil – País do Futuro e onde concluiu o seu aclamado livro de memórias O Mundo de Ontem. Suicidou-se, juntamente com a segunda mulher, Elizabeth Altmann (Lotte), em 1942, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Com uma vasta obra – incluindo biografias de Nietzsche, Fernão de Magalhães, Dostoiévski ou Maria Antonieta, entre muitas outras –, era então um dos escritores mais lidos e traduzidos do mundo. Este foi um dos primeiros escritores que me entusiasmaram para a leitura. Este é só mais um dos seus formidáveis livros. A edição é da Guerra & Paz.

Monday, December 19, 2022

Intimidades reflexivas - 1513

"Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos." - Miguel Esteves Cardoso in 'O que Distingue um Amigo Verdadeiro'.

Sunday, December 18, 2022

"Os Pilares da Terra" - Ken Follett

Publicado pela primeira vez em 1989, Os Pilares da Terra surpreendeu o universo editorial, tornando-se um clássico da ficção histórica, que continua a maravilhar leitores de todo o mundo, como só Ken Follett sabe fazer. Agora, numa edição especial e limitada, num único volume, (na versão original eram dois volumes), a Editorial Presença celebra 15 anos de um dos mais importantes autores contemporâneos no seu catálogo. Na Inglaterra do século XII, com a guerra civil como pano de fundo, Tom, um humilde pedreiro e mestre de obras, tem um sonho majestoso - construer uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que acompanhamos Tom e a sua família e vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história: Ellen, uma mulher enigmática que vive à margem da sociedade e cujo passado esconde um segredo; Philip, prior da cidade de Kingsbridge, que vai supervisionar a construção da catedral; Aliena e Richard, ricos herdeiros destituídos das suas terras e títulos; William, o cavaleiro sem escrúpulos; e Waleran, o bispo disposto a tudo para obter o que pretende. À medida que assistimos à edificação de uma obra única envolvendo suspense, corrupção, ambição e romance, a atmosfera autêntica do quotidiano da Europa medieval em toda a sua grandeza absorve-nos irremediavelmente, ousando desafiar os limites da nossa imaginação. Recriação magistral de um tempo de conspirações, frágeis equilíbrios de poder e violência, Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de Ken Follett. Quanto ao autor, Ken Follett nasceu a 5 de junho de 1949, em Cardiff, no País de Gales, e licenciou-se em Filosofia no University College, em Londres. Começou a sua carreira como jornalista no South Wales Echo e, mais tarde, no London Evening News. Trocou a profissão de jornalista pela de editor e continuou a escrever no tempo livre. A sua primeira obra foi publicada em 1978 sob o título Eye of the Needle, um thriller que venceu o Edgar Award e deu origem a um filme. Vive em Londres com a mulher, a deputada Barbara Follett, e os seus dois Labrador retrievers. Tem estado associado a diversas associações para a promoção da literacia e da leitura; é membro da Welsh Academy e Fellow da Royal Society of Arts. Follett é um grande apreciador de Shakespeare e um músico amador. A edição é da Editorial Presença.

Saturday, December 17, 2022

Feliz aniversário avô, José!

Celebraria hoje 119 anos caso ainda por cá andasse. Falo do meu avô materno e padrinho José. Ele foi o meu mentor, aquele que me colocou na rota que me havia de levar ao sucesso. A ele devo tudo pelo muito que fez para que um seu neto saísse da obscuridade, algo a que sempre está fadado quem nasce em berço pobre. Ele sonhou, ele idealizou, ele incentivou. Eu apenas segui a rota que ele tinha traçado e, mais tarde, acabaria por definir nova rota, não tanto para mudar, mas apenas para aprofundar, sem nunca me afastar dos princípios básicos que me tinha inculcado. Trabalho, honestidade, firmeza. Sempre que recordo esta data, vou retornando à minha feliz infância, aquela mais profunda que muito nos marca. É que o aniversário do meu avô era o prenúncio  das férias escolares, do Natal que se aproximava e dos tão ansiados brinquedos que só nessa época recebia. Embora não houvesse tradição de festejar aniversários na minha família, esta data era uma espécie de farol que avisava este pequeno marinheiro que estava a chegar a bom porto. Hoje apenas este cortejo de memórias perduram. Que estejas em paz. Feliz aniversário avô, José!

Feliz aniversário, Papa Francisco!

O Papa Francisco celebra hoje o seu 86º aniversário. Um homem que tem mostrado uma firmeza e clarividência de raciocínio formidáveis. Nunca virou a cara aos grandes combates que a Cúria e o mundo lhe têm colocado. Teve a força e a determinação de meter o arado em campo infértil quando tal se apresentou como necessário. Já com uma idade avançada, o Papa Francisco continua a ser um timoneiro num mar encapelado. Dentro de poucos meses estará entre nós para as Jornadas Mundiais da Juventude. Até lá, feliz aniversário, papa Francisco! 

Friday, December 16, 2022

Feliz aniversário, Margarida!

A Margarida Ferreira é uma grande protetora de animais muito conhecida de todos nós. Vive em Bragança e tem uma obra enorme em prol dos animais. Construiu o seu próprio abrigo onde alberga muitos infelizes que ela recolhe da rua ou que vai buscar ao canil do Vimioso, para não falar dos que lhe põem à porta. Já salvou a vida a mais de dois mil animais. Desde há muito que tem estado sob os holofotes dos media. Rádio, televisão e jornais, todos têm falado da, e com, a Margarida e a sua formidável obra. Ela nunca se deixou deslumbrar nem ofuscar. O seu objeto são os animais que tanto ama. Hoje é o dia do seu aniversário. Não podia deixar de o celebrar porque sou amigo da Margarida, porque a compreendo, porque me identifico com esse amor incondicional aos animais. A Margarida já me valeu num caso que muito me apoquentou durante muitos anos, falo do Repinhas que muitos de vós já me ouviram aqui citar. E se não fosse a sua ajuda e disponibilidade ainda hoje estaria ao deus dará na rua, ou quem sabe, já tinha sido recolhido pelo canil onde o esperaria uma morte horrível. Por isso, mas não só, estou grato à Margarida. Assim lhe quero aqui desejar um feliz aniversário. Que tenha um dia muito feliz e que continue com a sua magnífica obra onde tenta proteger os desvalidos que não têm voz e que só pessoas com uma consciência elevada são capazes de compreender. A Margarida é uma dessas pessoas. É uma força inspiradora. É o melhor de nós. É aquilo que muitos gostaríamos de ser. Bem haja, Margarida. Feliz aniversário!

Thursday, December 15, 2022

Dezembre se

Foi tudo tão rápido, que sentada na janela eu vi o ano passar. Começou com tantas promessas que acreditei e fui andando pelas nuvens lutando com as chuvas pelo caminho. Veio o outono e junto com ele ventos frios de céus alaranjados, mas por ele eu também passei. No inverno, o frio da noite quis secar a minha alma, mas algum anjo me puxou até a primavera. Agora no primeiro degrau de dezembro, eu vejo que tudo valeu a pena mesmo com muitos sonhos não realizados. Me olho no espelho e sei que aprendi com todas as curvas do caminho e cresci mais um pouco na alma mesmo envelhecendo um pouco com algumas cicatrizes a mais no coração. Mas o importante que estou aqui, pronta para uma nova batalha e que esse mês caiba todos os sorrisos que esqueci de dar o ano inteiro. Porque sei que sou privilegiada, pois muitos não tiveram a mesma oportunidade. Então "dezembre-se" e se abra para um mês de luzes e flores pelas ruas.

De volta ao pedido de ajuda para a Margarida

Ontem publiquei uma mensagem para apoiarmos a Margarida Ferreira. E disse sempre que era para apoiar e não para insultar. Depois de ler alguns comentários, verifiquei que poucos conhecem a Margarida e a sua obra. Eu conheço e sei do que falo. Aquilo que viram foi um vídeo produzido pela própria e deixem que vos diga que o espaço não é uma 'pocilga' como vi escrito por aí, nem a Margarida coabita com essas coisas. Este é e sempre será, infelizmente, o pior do mundo animal. Em vez de ajudas, lêem-se insultos; em vez de apoio, lê-se desprezo. A Margarida não merece isso porque é uma excelente cuidadora de animais. Não é daquelas que se vêm vangloriar e auto elogiar para as redes sociais como vejo muita gente por aí, que logo que se desligam das mesmas nem imaginam o que acontece. E eu conheço alguns casos desses. A Margarida sempre foi uma mulher muito escrutinada e alvo dos media. Muitas reportagens na rádio, jornais e nos quatro canais generalistas portugueses passou. Algumas delas que aqui trouxe para que todos soubessem quem é a Margarida. Parece que não adiantou nada porque, ou não viram, ou então estão de mal com a vida, e isso só a quem produz estas ideias diz respeito. Não posso ficar calado perante tamanho insulto vindo de pessoas que não a conhecem. Já agora deixo uma sugestão: saiam dos vossos confortáveis sofás onde vomitam tanta bílis e vão até Bragança conhecer a realidade, talvez assim percebam o erro que cometem. Tomara que todos os cuidadores e protetores de animais fossem como a Margarida, talvez tudo estivesse bem melhor e certas pessoas não tivessem tempo para estar nas redes sociais a dizer disparates. A Margarida tem e terá sempre o meu apoio. Não pactuo com vaidades que usam os animais como enfeites, não aceito o ódio que vejo por aí cujas principais vítimas são aqueles que se dizem proteger, os animais. Que ironia! Tenham bom senso e falem do que sabem porque só assim adquirirão a respeitabilidade que muito falta por aqui.

Wednesday, December 14, 2022

Ajudem a Margarida!

Este é o abrigo que a Margarida Maria Ferreira construiu à sua custa e com uma ou outra ajuda sempre insuficiente. A Margarida tem uma obra fantástica no resgate e proteção de animais como é do conhecimento de muitos de vós. Agora com a invernia por aí, vai havendo muita água no abrigo, embora os animais estejam bem, confortáveis e protegidos. Mas é evidente que precisa de melhoramentos. Apelo a quem o puder ou quiser fazer, que contactem a Margarida e que a ajudem com dinheiro, géneros ou materiais de construção para que este abrigo seja melhorado. A Margarida agradece e os seus amigos também já para não falar nos muitos animais que ela ajuda. Um obrigado sincero a todos.

"Il n'y a plus rien - Já não há nada" - Léo Ferré

Trago-vos um livro que é uma proposta de Léo Ferré, o grande compositor, maestro, poeta e intérprete nascido no Mónaco. Nele se pode ler um belo poema deste escritor e artista. O título do livro 'Il n'y a lus rien' é simultaneamente o título dum disco de 1983 e duma canção deste grande artista já desaparecido. Um livro com apenas 47 páginas mas duma grande dimensão cultural. Este livro, em edição bilingue em francês e português, é um daqueles que recomendo vivamente. Infelizmente é difícil encontrá-lo por estar permanentemente esgotado. Mas nada como não continuar na sua busca porque vale bem a pena. A edição é da Ler Devagar.

Tuesday, December 13, 2022

Ser ou não Ser substituível

Sobre a questão: "Ser ou não Ser substituível"... - deixe que ocupem o seu lugar, seja onde for... Pois o que tens de mais precioso é que, nunca, nenhuma pessoa vai ser igual a você...

Monday, December 12, 2022

A alegria

Sou, por natureza, o que se chama de uma pessoa alegre. E, no entanto, já atravessei momentos bem dolorosos, que talvez justificassem algum fundo de tristeza permanente. A perda de um filho, o divórcio de quem se ama, a ingratidão daqueles que ajudamos, podem tirar-nos a vontade de viver. E, no entanto, há quem passe por tais situações e continue com a sua vida, por considerar que há sempre uma razão para que as coisas aconteçam. Eu pertenço a este último grupo. Não porque aceite que o nosso destino está pré estabelecido, mas por acreditar que sou eu que traço o meu destino com as escolhas que faço. E que estas devem ser feitas com a alegria que representa a dádiva enorme que é viver! Obrigada Helena Sacadura Cabral.

Sunday, December 11, 2022

Por compaixão...

 POR COMPAIXÃO...

💔
A maioria das pessoas nunca vai entrar num canil.
A maioria dos cães nunca vai sair.
A maioria dos cães vai viver a atrofiar no mesmo espaço até nele morrer. Muitos entram em depressão, tal como nós entraríamos se estivéssemos no lugar deles.
Mesmo assim, a maioria das pessoas vai escolher comprar um cachorrinho de raça porque "são mais fofos" ou porque "só esses é que terão boa personalidade". Mesmo assim, alguém vai achar que será giro a cadelinha ter bebés porque "gosta muito de animais" e, sobrepopulação? "Não, isso não existe!"
A maioria das pessoas fica feliz porque os canis já não podem abater, enquanto vira as costas aos milhares que vão morrer, sim, e uma morte lenta e solitária.
Porque se a maioria dos humanos é bom em alguma coisa, é em como ignorar qualquer realidade que seja contra o próprio interesse.
😭😭😭😭😭

Saturday, December 10, 2022

Intimidades reflexivas - 1512

"Como são bonitas as mulheres que foram bonitas e nas quais a beleza reaparece, de súbito, num gesto, num olhar, num movimento da boca, em qualquer coisa difícil de definir que me atrai e enternece e onde a morte, de tão presente, dá ideia de se tornar a combustão de vida de um foguete de lágrimas. Mora a dois prédios, sobe a rua com dificuldade conquistando cada metro, de pernas difíceis, de vez em quando encosta-se à parede, recupera os pulmões, continua. O baton sobeja-lhe da boca, a pintura dos olhos desmorona-se mas mantém o orgulho de navio à vela e o perfume permanece a flutuar tempos depois da sua partida. Perguntei— Dá-me licença que lhe diga que é bonita? e respondeu com um sorriso de lamparina de azeite a tremer no baton, esses sorrisos dos pavios dos santos que ameaçam extinguir-se quando o guarda-vento da igreja se abre e ficam a tremer, coitados, antes de se desfazerem num fuminho." - António Lobo Antunes in 'Quarto Livro de Crónicas'.

Friday, December 09, 2022

Noite escura, amena. Lá fora a chuva faz a sua aparição. Céu cinzento como cinzento anda o meu coração. Sem perspetivas, com medos que se vão entranhando no corpo. Sem futuro, sem esperança. A chuva continua a cair lá fora, a noite está amena. Mas o coração sofre, chora lágrimas como os pingos que continuam a cair, sofre de dor, de desesperança, de infelicidade. Quando a porta da vida se fecha com estrondo face aos nossos olhos, é costume dizer-se que se abre uma janela. Mas não se abriu. Ou melhor, abriu-se refletindo a noite escura que se faz sentir, com a chuva a deixar cair as suas lágrimas como as que o meu coração não pode reter. A janela que se abriu é para uma noite escura e chuvosa. Não sei se o dia aparecerá e se será de sol ou de tempestade. Só sei que estou no escuro e choro. Sem sentir apoio, sem obter misericórdia. Choro tão só lágrimas como a chuva que se faz sentir lá fora, na noite escura tão escura como o meu coração.

Thursday, December 08, 2022

Intimidades reflexivas - 1511

"A braços com os meus fantasmas, que nunca deixam de estar presentes nesta data, vou atiçando o lume na lareira. É meu Pai, é minha Mãe, é meu Avô... Estão sentados a meu lado, calados, num recolhimento letal. Vieram porque eu vim, e como há muito me disseram tudo o que tinham a dizer, fazem-me apenas companhia. É uma consoada suplementar, consecutiva à outra, mas silenciosa e abstinente, de que não compartilha o resto da família, que já dorme. A noite é comprida, e nenhum de nós tem pressa. E vamos deixando correr as horas sacrais, à espera da luz da manhã." - Miguel Torga (1907-1995) in 'A braços com os meus fantasmas' (S. Martinho de Anta, 24 de Dezembro de 1977)

Wednesday, December 07, 2022

Luta contra o cancro

 Olá a todos!

Motivos muito pessoais para esta publicação. Estou triste
😥
, claro que nos momentos mais difíceis da vida você percebe quem é a sua família, amigos ou pessoas que realmente te valorizam . Pessoas verdadeiras saem quando não é a atenção deles...
Infelizmente, alguns amigos estão prestes a clicar em "Gostar" mas nem por isso - porque demora a ler tudo isto e quando vêem que é longo, ignoram.
Agora estou de olho em quem tem tempo de ler esse post até o final..... (Acho que vou descobrir 4-5, não muito mais
🤷🏼
♀️
).
O cancro é muito invasivo e prejudicial, mesmo após o fim do tratamento, seu corpo continua lutando para reparar os danos causados pela radiação/quimioterapia.
Este é um processo muito longo.
😩
Por favor, em homenagem a um familiar ou amigo que faleceu, ou que ainda está lutando contra um cancro, ou até teve cancro, mas está em remissão;
Copie e cole isto na sua página.
Então eu sei quem leu, e por favor escreva "feito" para que possamos ver o poder de uma equipa juntos!
A todos que perderam alguém ou estão a lutar contra o cancro, abraços a todos e a cada um de vocês.
Muita força.

Tuesday, December 06, 2022

Intimidades reflexivas - 1510

"(...) Fosse fantasia, fosse amor, fosse um capricho, naquela noite todas as suas forças espirituais estavam concentradas num só desejo – vê-la e amá-la." - Liev Tolstoy (1828-1910) in 'Contos Completos: Dois Hussaredos'.

Monday, December 05, 2022

Profetas hoje e aqui...

Todos os anos no 2º Domingo do Advento, sai ao nosso encontro a incontornável figura de João Batista como "voz que clama no deserto"... Voz, dura, clara direta, provocante, e sempre atual. E como é atual e pertinente o aviso que hoje nos deixa: "Não penseis que basta dizer que Abraão é nosso Pai!" Isto é: não penseis que o facto de terdes nascido neste ou naquele povo, nesta ou naquela religião, vos torna privilegiados perante Deus e vos dispensa de praticar justiça e do esforço quotidiano de conversão. A questão de fundo não é saber em que campo está plantada a árvore... mas antes, verificar se ela dá ou não frutos que lhes correspondam... E nós, no "campo" em que estamos plantados, estaremos a dar os fruto que de nós se esperam? O mundo só se renova e melhora quando descobrimos que o caminho por onde lhe pode vir mais justiça, mais solidariedade, mais harmonia e mais paz, passa por dentro de cada um de nós, e que nos compete, por isso, preparar e endireitar a parte que nos toca, vivendo com maior coerência a nossa Fé. É a esta conversão que o Advento nos chama.

Sunday, December 04, 2022

Intimidades reflexivas - 1509

"(...) O tempo é a substância de que sou feito. O tempo é um rio que me arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre que me devora, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo. O mundo, infelizmente, é real; e eu, infelizmente, sou Borges." - Jorge Luis Borges (1899-1986)

Saturday, December 03, 2022

Reflexões históricas

É a história de Gerhard Schröder, antigo chanceler alemão, de esquerda, contratado pelo gigante russo Gazprom, depois de ter supervisionado e financiado a construção de gasodutos quando estava no cargo. É a de François Fillon ou de Jean-Pierre Raffarin, amigos primeiros-ministros franceses, de direita, que puseram a sua experiência e as suas redes ao serviço da Rússia, no caso do primeiro, e da China, no caso do segundo. É a de Christian Kern, antigo chanceler austríaco, de esquerda, tornado presidente da Associação de Negócios Austro-chinesa, posto avançado dos interesses chineses no seu país. É a de Esko Aho, antigo primeiro-ministro finlandês, centrista, antes de se juntar ao diretório da banca russa, próxima do Kremelin Sherbank. É a de Yves Leterme, antigo primeiro-ministro belga, promovido a co-presidente da Direção do fundo de investimento chinês Tojoy. É também a história de Marion Scheller, alta funcionária que dirigia a política energética alemã no Ministério da Economia antes de se tornar lobista-chefe da Gazprom. Ou de Jacques Biot, antigo reitor da Escola Politécnica, que deixou entrar a Total e os interesses chineses no templo da formação francesa, antes de ter sido nomeado presidente do Conselho de Administração da Huawei France. É a história de dezenas de antigos chefes de governo, ministros ou burocratas, que se venderam a potências estrangeiras hostis. A história das elites esquece aquilo que a república exige em termos de virtude e de lealdade ao serviço da pátria. 

Friday, December 02, 2022

Em memória dos que já não estão connosco

Quando eu era criança, na época de natal perguntava para minha mãe: "O que você quer de presente?" Ela me dizia: Saúde e que ninguém falte no próximo ano! Então lhe dizia: "Não mãe um presente de verdade..." Hoje eu percebo que ela tinha razão, os presentes não são nada, se as cadeiras estiverem vazias... EM MEMÓRIA DOS QUE JÁ NÃO ESTÃO CONNOSCO.

Thursday, December 01, 2022

1º de Dezembro - Dia da Restauração

Celebra-se hoje os 382 anos sobre a restauração da independência de Portugal ocorrida em 1640. Este golpe de estado revolucionário chefiado por um grupo de quarenta conjurados alastraria pelo reino, como sinal da revolta dos portugueses face à usurpação castelhana. O golpe veio a culminar com a instauração da quarta dinastia portuguesa, que viria a celebrar a Casa de Bragança, com a aclamação de D. João IV.