Intimidades reflexivas - 1771

"O avô de alguém que me é querido dizia de uma pessoa boa: É bom como o pão e ao lado disto que maior elogio se pode fazer? A nossa língua torna-se maravilhosa com palavras como estas. É bom como o pão e lembro-me das mulheres que beijavam o pão duro antes de o deitar fora, da minha avó que se horrorizava ao ver um pão ao contrário: punha-o logo direito a pedir desculpa em silêncio, movendo a boca. Sempre me senti bem nas padarias: o cheiro, o lume, os padeiros enfarinhados que eu achava, acho ainda, serem anjos que se transviaram, de braços cobertos por uma poeira celeste. Tudo neles era branco até as sobrancelhas, as pestanas. O olhar branco também. Os gestos. Não olhos cegos, olhos brancos. E eu à porta a espantar-me. O eco das vozes nos tijolos, dos passos, da lenha no forno. Bom como o pão: ora toma, António. Aprende a escrever à maneira." - António Lobo Antunes

Intimidades reflexivas - 1770

Os que lutam

Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;

Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;

Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;

Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.

 Berthold Brecht (1898-1956)

Intimidades reflexivas - 1769

"O livro chama-se Levantado do Chão porque, no fundo, levantam-se os homens do chão, levantam-se as searas, é no chão que semeamos, é no chão que nascem as árvores e até do chão se pode levantar um livro." - José Saramago (1922-2010)

Intimidades reflexivas - 1768

"O prazer de comer vem de Deus." - Papa Francisco

Intimidades reflexivas - 1767

"Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas." - Mário Quintana (1906-1994)

Hoje vou ser feliz

Hoje iniciei a minha fase de processos simbólicos até conseguir te tirar da minha vida definitivamente. Hoje foi a última vez que reli aquela nossa conversa que por muito tempo funcionou como um vínculo entre nós. Parece loucura mas me apeguei aquilo como se fosse um bote salva vidas, e toda vez que o coração apertava eu corria pra ela, era como se tu estivesses perto. Hoje a ficha caiu e percebi que ela não me salvava de nada, pelo contrário ela estava me matando. O que eu estava fazendo comigo? Apegada a lembranças, vivendo dentro da minha cabeça, segurando pra ti um lugar cativo no meu coração, bloqueando qualquer pessoa que tentasse entrar. Hoje morreu a versão minha que te esperava, e era o estímulo que me faltava... Apaguei o teu número. As nossas fotos. E não vou mais me enganar fingindo que tenho controle sobre ti... Hoje estás livre..sim, eu deixo te livre... Encerro esse ciclo de dor na minha vida e me abro para receber tudo de melhor que a vida tem reservado pra mim. Conheço meu coração e se errei foi por amar demais, hoje volto para os meus sonhos, volto para minha essência e para o meu próprio amor... Hoje vou ser feliz...

Intimidades reflexivas - 1766

"Aconselho-vos a não derramar sangue, retirar prazer disso e fazer disso um hábito, pois o sangue nunca dorme." - Saladino (1138-1193)

Intimidades reflexivas - 1765

"(...) “o caráter de uma pessoa (...) como sabemos, só de forma inadequada pode ser classificado como ‘bom’ ou ‘mau’. Raramente um ser humano é totalmente bom ou mau; via de regra ele é ‘bom’ em relação a determinada coisa e ‘mau’ em relação a outra, ou ‘bom’ em certas circunstâncias externas e em outras indiscutivelmente ‘mau’." - Sigmund Freud (1856-1939)

Intimidades reflexivas - 1764

"Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar. Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras." - Joaquim Pessoa (1948-2023)

Dia de Nossa Senhora da Hora

Celebra-se hoje o dia de N.S. da Hora. Uma festa de cariz popular que hoje está bem longe da pujança doutros tempos. Nos dias de hoje é uma pequena festa, onde falta gente e animação. Poucas pessoas numa vila que se tornou dormitório onde já nem o feriado se sente. Coisas que não passam indiferentes a quem como eu lá passou muitos momentos da sua meninice mais profunda. Por lá passei há momentos. Esta foto foi tirada dentro da igreja velha, que muitos apelidam de capela, que tem um grande significado para mim porque foi aqui que os meus pais casaram e onde fui batizado. A igreja novo essa está fechada1 Talvez mais logo abra. E assim se vão destruindo as recordações de um povo. As memórias deste local são imensas banhadas pelo caldo da saudade. Hoje é dia de festa, embora quem por lá passe, não pareça de todo.

Intimidades reflexivas - 1763

"Considero-me estrangeiro em qualquer país, alheio, a qualquer raça. Pois a terra é a minha pátria e a humanidade toda o meu povo." - Khalil Gibran (1883-1931)

Intimidades reflexivas - 1762

"Quem não conhece a sua História está condenado a repeti-la." - Federico García Llorca (1898-1936)

"O Anjo Caído" - Daniel Silva

Depois de ter sobrevivido por um triz à sua mais recente missão, Gabriel Allon, o herói dos serviços secretos israelitas, refugiou-se por detrás dos muros do Vaticano, onde se encontra a restaurar uma das obras-primas de Caravaggio. Mas certa manhã, bem cedo, é chamado à Basílica de São Pedro por monsenhor Luigi Donati, o influente secretário privado de Sua Santidade o Papa Paulo VII. Foi encontrado o cadáver de uma bela mulher debaixo da magnífica abóbada de Miguel Ângelo. A polícia do Vaticano suspeita de suicídio, mas Gabriel não concorda. E, segundo parece, o mesmo se passa com Donati, que receia que uma investigação pública possa vir provocar no seio da Igreja e, por isso, chama Gabriel para que ele descubra discretamente a verdade. Com uma advertência: «Regra número um no Vaticano», diz Donati. «Não faça demasiadas perguntas.» Gabriel descobre que a mulher morta desvendara um segredo perigoso, que ameaça uma organização criminosa que anda a pilhar tesouros da Antiguidade e a vendê-los a quem oferecer mais dinheiro. Mas não se trata apenas de ganância. Um agente misterioso planeia uma sabotagem que irá mergulhar o mundo num conflito de proporções apocalípticas…Daniel Silva foi jornalista e trabalhou para a UPI, primeiro em Washington e depois no Cairo, como correspondente para o Médio Oriente. Nesse período cobriu diversos conflitos políticos e a guerra Irão-Iraque. Conheceu a sua mulher, correspondente da NBC, e regressaram aos Estados Unidos, onde Daniel Silva foi produtor da CNN durante vários anos, tendo sido responsável por alguns programas muito populares, como Crossfire, The International Hour e The World Yoday, entre outros. Em 1997, logo após o êxito do seu primeiro livro, The Unlikely Spy, Daniel Silva resolveu dedicar-se por completo à escrita, tendo entretanto publicado diversos best-sellers mundiais. O Washington Post coloca-o «entre os melhores jovens autores norte-americanos de literatura de espionagem» e é com frequência comparado a Graham Greene e a John Le Carré. A edição é da Bertrand Editores.

Feliz Dia da Mãe!

Celebra-se hoje o Dia da Mãe. Sempre um momento de memória e saudade para quem como eu já a perdeu. Quando era menino e moço, o Dia da Mãe celebrava-se a 8 de Dezembro. E é nesta data que essa memória é mais impactante para mim. Contudo, seja em Dezembro ou em Maio o importante é celebrar a Mãe, aquela que nos deu o ser, e que sempre se sacrifica pelos seus filhos. Se para muitas pessoas é um dia de festa para outras é um dia mais triste porque só o podem vivenciar através de memórias coletadas ao longo do tempo. Hoje recordo a minha Mãe e isso deixa-me feliz.

Notícias sobre a Paula Maia

Durante o dia de hoje a Paula Maia vai regressar a casa para junto dos seus. As análises que tem feito têm dado tudo em conformidade, mas outras duas análises, mais complexas, demorarão cerca de duas semanas a saber-se o resultado. Depois se verá que o tratamento que vai ter que fazer a seguir pode ser feito em hospital de dia ou em internamento. Até lá, ela ficará junto da sua família e dos animais que tanto ama. A situação ainda não está ultrapassada, e haverá ainda algum caminho a fazer. Por isso, apelo a todos os seus amigos que continuem a corrente solidária em torno da Paula. Ela ainda precisa muito da nossa ajuda. Se houver qualquer notícia relevante voltarei ao contacto. Obrigado a todos os que me têm contactado pelas mais diversas formas para saber do estado de saúde da Paula. Em meu nome e no dela o nosso muito obrigado.

Intimidades reflexivas - 1761

"Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas..." - Luís Fernando Veríssimo

Atualização sobre o estado de saúde da Paula Maia

Venho de novo agradecer a todos os que me têm contactado para saber do estado de saúde da Paula Maia. Lamento informar que a Paula ainda continua internada. É mais uma provação que a Paula tem tido com vista ao seu crescimento como pessoa. Há cerca de quatro anos, a Paula entrou num túnel bem escuro donde, com a sua força e resiliência, viria a sair para a luz do dia. Mas a Paula iria entrar num outro túnel bem diferente do anterior, onde se encontra neste momento. Estou certo que dele sairá mais uma vez, mas para isso precisa de toda a nossa ajuda solidária. Renovo aqui o meu apelo a todos os seus amigos para formarem uma corrente solidária em torno da Paula Maia, ela precisa de todos nós nesta altura, para que possa em breve voltar para a companhia da sua família e amigos, mas também, de todos os animais, os seus e aqueles que ela alimenta com tanto carinho e amor. Obrigado.

Viva o 1º de Maio!

Depois de ter visto as grandes manifestações do 25 de Abril que me fizeram lembrar outras de à 50 anos, espero que neste 1º de Maio aconteça o mesmo. Sem divisões apenas movidos pelo apego à liberdade e à democracia. São momentos importantes para a unidade e não para a divergência. Se celebramos os trabalhadores, que pelo menos as forças que mais próximas estão deles, deem esse sinal de união como aconteceu à 50 anos. Cada vez mais o cerrar de fileiras contra os saudosistas da ditadura, é necessário, sem medos ou tibiezas. É altura de mostrar que a união é um facto independentemente da cor partidária de cada um. É preciso mostrar que preferimos uma democracia em construção com todas as suas imperfeições do que as grilhetas duma ditadura castradora. É tempo de afirmar que unidos somos mais fortes. E unidos estamos na defesa da liberdade e da democracia. Viva o 1º de Maio!