Turma Formadores Certform 66

Thursday, October 30, 2014

Intimidades reflexivas - 44

Procuram-se pessoas que saibam...
... ser é mais que parecer.
... amar não é só um sentimento, e sim um jeito de tratar a pessoa amada.
... quando um dos dois perde, todos perdem juntos.
... é melhor uma derrota honesta do que uma vitória sem escrúpulos.
... pedir desculpas engrandece a alma.
E que sejam capazes de...
... chorar de saudade.
... vibrar com uma noite estrelada.
... aprender com o sorriso da criança.
... falar de Deus com alegria no coração.
Procuram-se pessoas simples, com olhar sincero e coração grande.
Heróis de verdade...
O tipo de gente que não precisa de aplauso para ter uma noite de sono em paz!

Intimidades reflexivas - 43

Aprenda a confiar no que está acontecendo. Se há silêncio, deixa-o aumentar, algo surgirá. Se há tempestade, deixa-a rugir, ela se acalmará. Boa noite Vida... Boa noite pessoa... Boa noite Universo!!! Que o amanhecer seja com muita luz... esperança... Fé... Paz...é o que vamos precisar nos próximos anos...é o que os seu filhos ou netos vão precisar para ter um mundo melhor!!!

Wednesday, October 29, 2014

Intimidades reflexivas - 42

Há tanta beleza no simples. Num simples sorriso, no olhar de quem te ama. Tanta riqueza, tanto poder no que não se compra, no que é realmente teu. Sabe o que de facto te pertence? O que o amor fez brotar em ti. O resto é poeira, mesmo que tenha custado todo o teu dinheiro... Lembre-se, a doçura é fundamental.

Intimidades reflexivas - 41

Devia ter uma lei contra não ser feliz hoje! Como se fosse o último dos dias... Lei que proibisse não enfrentar os desafios com um baita sorriso! E muito menos desanimar diante das provações. Proibisse estagnar diante dos sonhos. E não se entregar de vez à um existir apaixonado! Ah...mas tem essa lei sim! Se chama fé! Uma lei que nos impulsiona, nos levanta, nos enche de coragem... Uma lei invariável que nos afirma que não estamos sós... Lei divina! Que não é nada mais que Deus estabelecendo que é Pai... E que sempre vai estar aí, do teu lado. Pro que der e vier! Força então né? E bom dia!

Tuesday, October 28, 2014

Erasmo de Roterdão (1466-1536)

"A maior das estultícias é querer ser normal num mundo de loucos" afirmava Erasmo de Roterdão - de seu nome completo Desiderius Erasmus Roterodamus - num dos seus manuscritos mais célebres "O Elogio da Loucura". Isto a propósito de hoje de comemorar mais um aniversário deste pensador holandês, que nasceu na noite se 27 para 28 de Outubro de 1466 em Roterdão. (Viria  a  falecer em Basileia na Suiça a 12 de Julho de 1536).  A sua educação passou-se no Collège Montaigu e na Universidade de Turim. Uma das suas obras cimeiras foi o "O Elogio da Loucura", como atrás referi, obra que descobri a par com o seu autor pela mão de grandes professores - diria melhor, de grandes mestres - que me transmitiram o conhecimento com vista a me tornarem um ser melhor. Esse conhecimento que adquiri tenho tentado partilha-lo com os mais novos, embora o desígnio de os tornar seres melhores seja algo hipotético face ao mundo que vivemos quando para ele olhamos com olhares mais atentos. Daí, talvez, o interesse de rever esta obra maior de Erasmo de Roterdão que tem plena atualidade nos nossos dias. Muito havia a dizer sobre Erasmo de Roterdão, mas hoje aqui quero apenas celebrar a data do seu nascimento. Espero que esta nota sirva para que tentem descobrir este grande pensador e, sobretudo, descobrir a sua fantástica obra. Verão que não darão o vosso tempo por mal empregue.

Intimidades reflexivas - 40

Diz-se que, antes de um rio entrar no oceano, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar! Voltar é impossível na existência. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas TORNAR-SE oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar. Coragem!! Avance firme e torne-se Oceano!!!

Monday, October 27, 2014

National Geographic - Einstein

Foi editado este mês pela National Geographic, - sob a forma de edição especial -, uma revista sobre a "A Teoria da Relatividade - O espaço é uma questão de tempo". Nesta edição aparece muita informação sobre a vida de Einstein, mesmo com algumas curiosidades que não estão à mercê do domínio público. Depois é o desfiar da Teoria da Relatividade e do impacto que ela teve, diria mais, que ela tem, nos nossos dias. Desde o GPS, às células solares, passando pelo leitores de DVD, todos estes avanços científicos acabam por acolher muito da descoberta de Einstein. Desdobrando a análise nas duas vertentes que passam pelo teoria nas suas abordagens relativa e absoluta, é apresentada ao leitor muita informação que levará a uma compreensão, senão total, pelo menos fazendo aperceber na sua forma genérica muito do que esta teoria revolucionária encerra. Numa apresentação gráfica cuidada, como é timbre da National Geographic, este exemplar vale para profundidade do tema e pela qualidade da sua apresentação, mesmo para o leitor comum e interessado nestas matérias. Assim, aconselho vivamente a aquisição a todos aqueles que se interessam pela ciência. (O "fac-simile" que publico da capa, é da edição em espanhol, embora exista, como atrás referi, a edição em português com uma capa exatamente igual a esta que publico). Recomendável a todos os títulos.

Intimidades reflexivas - 39

Às vezes para sobreviver ao "quotidiano" é bom submergir num mundo completamente distinto, o mundo da fantasia, de estórias de outras gentes, doutros pontos de vista que nos proporcionam uma boa leitura.

Sunday, October 26, 2014

Intimidades reflexivas - 38

Natureza: maravilha, uma nova aventura,
muito mais do que ver que o céu é azul.
Oferece-nos tanto. Abre os olhos
Esperança para hoje, esperança em cada amanhecer.


Intimidades reflexivas - 37

"Escuta: é o grito do marinheiro, ouve o mar,
ouve o mar, e sente o céu
deixa que a alma e o espírito voem, em direção ao místico"

In "The King Lizard" - Jim Morrison



Intimidades reflexivas - 36

Se nunca montaste um cavalo: fá-lo. A experiência é inolvidável. Serás um: o cavalo e tu. Serás dois: vós e o mundo. Sereis três: vós e os elementos.

Saturday, October 25, 2014

Mudança da hora 2014


Texto incluído no site do Instituto Nacional do Mar e da Atmosfera:

HORA DE INVERNO E VERÃO PARA 2014

Portugal continental

Em conformidade com a legislação, a hora legal em Portugal continental:
será adiantada 60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 30 de Março e atrasada 60 minutos às 2 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 26 de Outubro.

Região Autónoma da Madeira

Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma da Madeira:
será adiantada 60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 30 de Março e atrasada 60 minutos às 2 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 26 de Outubro.

Região Autónoma dos Açores

Em conformidade com a legislação, a hora legal na Região Autónoma dos Açores:
será adiantada 60 minutos às 0 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 30 de Março e atrasada 60 minutos à 1 hora de tempo legal (1 hora UTC) do dia 26 de Outubro.

Assim hoje devem-se atrasar os relógios uma hora. É o retorno à chamada hora de Inverno.

Intimidades reflexivas - 35

Não tenho medo de errar, de tropeçar... Da mesma forma que alguma dor possa me causar, também uma lição irá me ensinar e sobretudo, me fazer lembrar de fortalecer a minha fé para seguir o meu caminhar!

Friday, October 24, 2014

Sobre os livros e a leitura

Esta foto chegou-me às mãos há dias e fez-me refletir sobre os livros e a leitura que deles se faz ou não se faz. A leitura passou a ser algo em desuso nos tempos que correm. Antes eram fruto da falta de literacia das gentes, hoje porque os jovens têm solicitações que os distraem do tema. Contudo, a leitura é uma das mais eficientes formas de conhecimento, ajudando a pensar, ajudando a escrever, ajudando a falar. Questões tão prementes nos nossos dias, onde o pensar dá muito trabalho, o escrever é cada vez mais um calvário de erros, de frases mal construídas, de verbos mal aplicados e, mesmo quanto ao falar, bem vemos que para além dos temas básicos de futebol, ou de uma qualquer intriguice digna duma revista cor-de-rosa, pouco mais é produzido com ideia profunda e bem arrumada. Os conteúdos escolares são cada vez mais pobres, o que vem potenciar a questão. As leituras aconselhadas ou obrigatórias são, quase sempre, substituídas por resumos de obras, sempre pobres e redutores, que apenas servem para atrofiar a mente já de si anquilosada de muita juventude. Muito se tem falado, muito se tem escrito sobre o tema, mas a superação destas limitações tardam. Quem é capaz de perceber que se dê uma aula de economia tendo por base temas da Bíblia? Ou os poemas de Miguel Torga? Parece difícil. Parece incompreensível, mas não o é. Contudo, para que tal se faça, é preciso não só dominar o tema, mas a forma. Ter ideias precisas e arrumadas, Pontuações corretas. Temas agrupados e ordenados. Já em tempos escrevi sobre um livro que parece estar agora na moda e tudo isto à custa de um filme. Trata-se de "Os Maias" de Eça de Queiroz, que aparece na tela pela mão de João Botelho. É que este livro é muito interessante sobre o ponto de vista da economia e finanças. Ele foi escrito numa altura em que Portugal estava na bancarrota. E será bom ver como Eça lida com o tema à luz da época. Já agora, uma curiosidade. Esse empréstimo feito por um banco inglês, só viria a ser pago em Janeiro de 2001, depois da dívida ter sido reestruturado por Salazar. Curiosidades que só o estudo e a leitura nos trazem. É bom perder o medo dos livros porque eles não nos fazem algum mal, bem pelo contrário, ajudam-nos a compreender os tempos que vivemos à luz do passado para melhor projetar o futuro. O saber não ocupa lugar é suez dizer-se, mas para isso, é necessária a curiosidade inerente à juventude de descobrir o mundo em que vive. Não basta saber falar sobre o jogador do momento, ou a música da moda. Há mais, muito mais a descobrir, e os livros são os grandes veículos para isso. Vamos à leitura e verão o prazer que daí advirá. É tempo de ler porque os tempos exigentes que vivemos querem pessoas pensantes e para isso os livros aí estão para dar a sua ajuda preciosa.

Intimidades reflexivas - 34

As coisas mais belas e melhores do mundo, não podem ver-se nem tocar-se, mas sentem-se com o coração. E quantas vezes já passamos por isso e não nos apercebemos. E quantas vezes já passamos por isso e ignoramos. E quão poucas lhe damos a necessária atenção. Só quando as sentimos deste jeito podemos encontrar o equilíbrio interior e, simultaneamente, com o exterior com o mundo que nos rodeia, seja ele qual for.

Intimidades reflexivas - 33

Eu olho para ele,desejo-o,é verdade, nunca negarei isto,mas...preciso dizer em tempo de valsa te quero abraçar. Com a força dos ventos que possam soprar. Como se fossem brisa ou um furacão. Um tempo de paixão. Em tempo de valsa eu te beijo... Em tempo de valsa assim vamos então. A "gritar" pelo espaço de um imenso salão. Que viu começar uma historia de amor. Que eu descobri em mim assim que eu te vi!, que a cada dia que passa, nossa "relação" fica só nesse "namoro", não o rejeito, jamais cometeria um crime desses, mas "sonho"queria que soubesses que eu sempre quero valsa, peso na balança,e essa "mala" já está com a alça calejando minhas mãozinhas que um dia sonha te devorar, e você aí rindo de mim, Coloquei-o a salvo num cantinho, e eu sentada nesse "tamborete"duro fico-o namorando, namorando haha,...ahah.

Thursday, October 23, 2014

Intimidades reflexivas - 32

O amor do meu cão não conhece malícia. Não conhece o mal nem o procura. Não quer mais do que umas carícias, não quer mais do que estar ao meu lado, não quer mais do que um passeio... talvez uma bola, um lugar onde se sentir seguro, um pouco de comida, não importa qual é o menú do dia, comerá o que lhe puser e tratará de conseguir algo mais. O amor do meu cão é incondicional, seja rico ou pobre... o amor do meu cão, infelizmente, será um romance curto porque curta
é a sua vida.

Intimidades reflexivas - 31

.A vida é uma luta constante, mas nada impossível com Deus no comando...o Universo conspira bondade ...Paz...alegria basta acreditar!!! Nossas impressões digitais nunca se apagam da vida daqueles que tocamos. Por isso, faça uma história linda de amor por onde passar. De forma que deixe o perfume de Deus na vida de quem encontrar pelo caminho.

Intimidades reflexivas - 30

A vida é curta. Quebre as regras, perdoe rapidamente, beba lentamente, ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente e nunca se arrependa de nada que te faça sorrir e tenha um ótimo dia! Vamos agradecer muito por mais um dia...mais uma chance que Deus nos dá para a vida!!!

Intimidades reflexivas - 29

De mim dou o que posso, um carinho, um abraço, um abrigo, um ombro amigo, minhas mãos, meus ouvidos, minha atenção, minhas palavras, meu sentir, meu seguir, meu existir. É pouco, eu sei que é pouco, mas dou o que posso.

Wednesday, October 22, 2014

Intimidades reflexivas - 28

Um dia eu descobri que a vida vale a pena ser vivida e aproveitada ao máximo, independente das circunstâncias. Sempre haverá um novo dia, uma nova chance, um novo amor, uma nova oportunidade… Mas a vida, essa é única...

Intimidades reflexivas - 27

É duro você ver que as pessoas não dão se quer um passo por você. Enquanto você andou quilómetros por elas. É duro você olhar ao seu redor e não reconhecer aqueles que você estendeu a mão, porque eles simplesmente te viraram as costas. Difícil seria se não existisse um novo amanhã, pois é na esperança que me apego e na Fé em Deus que me renovo e mantenho-me de pé. Pois muitos podem ter me virado as costas quando precisei, mais Deus me retribuiu de uma forma que eternamente grato eu serei!

Tuesday, October 21, 2014

Intimidades reflexivas - 26

O amor encurta distâncias, traz para perto, rompe barreiras. Chega um certo momento da vida, em que passamos a valorizar o que realmente importa. Talvez seja a maturidade, que vai nos ensinando que não se deve perder tempo, pois esse tempo perdido não volta. Talvez seja a forma de olhar o mundo, a forma de enxergar qualidades onde só existem defeitos, a forma de achar belo, o que todos acham feio, dando valor ao que realmente faz sentido. O tempo vai nos ensinando a amar, de uma forma intensa, profunda e verdadeira. O tempo vai nos ensinando que não existe tempo para perder tempo, pois ele passa, e muito rápido. A vida nos mostra que o sentido do amor está intrínseco nas atitudes, gestos e ações. Não se diz sobre o amor em qualquer momento, nem tampouco para qualquer pessoa. Se diz sobre amor, sobre amar, somente para aqueles que conseguem tocar o coração, despertando um sentimento verdadeiro. Alguém que você ame muito, e que talvez esteja perto de você, pode não entender essa linguagem do amor. Muitas vezes as inúmeras tentativas de demonstrar amor, se esvaem no infinito. É preciso amar, mas para que esse amor floresça, é preciso semeá-lo. O amor tem várias faces, porém em todas elas, a essência é a mesma. O que muda, são as intenções, a forma de amar, a forma de sentir e refletir esse amor ao mundo. Amar alguém que está perto de você, que você vê diariamente, é bem mais fácil, do que amar alguém, que por alguma razão esteja distante. A distância é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo em que separa, também une, aproxima, traz para perto. Ao mesmo tempo em que inspira motivos para desconfiar, desperta a confiança. Talvez seja porque não existem opções. A única opção é amar, se despindo dos medos, enfrentando a desconfiança, a incerteza, a distância em si, percorrendo o caminho mais rápido para chegar em um consenso com o coração, buscando razões para explicar as incertezas que permeiam esse amor. Nesse momento, alguém que você ame muito, pode estar longe de você. De alguma forma essa pessoa poderá sentir esse amor. É preciso demonstrar, dizer, sentir, escrever. O sentimento verdadeiro é como o pensamento positivo. Em algum momento ele vai chegar ao seu destino. Nesse caso, o destino é o coração da pessoa amada. Portanto, ame, sem medir esforços, sinta sem ter medo, se entregue sem se arrepender, pois não existe tempo para perder tempo!

Monday, October 20, 2014

Intimidades reflexivas - 25

Voa tu que tens asas voa por mim, que fico em terra observando com inveja como sulcas os céus. Talvez seja por isso que levantamos os olhos humanos para ver os pássaros voar. A inveja tem sido sempre a condição humana.

O equívoco tributário

À medida que vamos analisando o OE 2015 ficamos cada vez mais surpreendidos, (se é que ainda é possível ficar surpreendido) com esta governação. O equívoco tributário é uma daquelas coisas que pretende fazer de cada português um inculto, um lorpa, no limite, um mentecapto. Depois de todos termos visto que a tributação aumentava neste OE, - embora a governação dissesse o contrário -, a ministra das finanças acabou por ter que admitir a situação em entrevista à TSF/Diário de Notícias na passada semana. É que a tributação aparece duma forma cabotina, nem sempre percetível ao comum dos mortais. Isto para já não falar na famosa "tributação verde" que, para além da coloração que lhe pretendem dar, não passa de mais impostos sobre as populações. E no dia em que a gasolina teve o seu abaixamento histórico, - apesar de ela já ter baixado à muito na origem -, é bom dizer que, mesmo que esta situação se prolongue no tempo, a partir de Janeiro toda a vantagem será comida pela tributação dita verde. Num país em que o automóvel ainda é visto como um luxo, - visão terceiro mundista que parece continuar a fazer escola entre nós -, até parece ser lógica, mas se olharmos para o automóvel como uma ferramenta de trabalho vemos da falta de bondade da medida. Isto para já não falar das deduções na educação que são exatamente iguais a por exemplo uma ida à manicura! Aqui já não nos surpreendemos tanto assim. Com a maneira como a educação e a cultura são tratados neste país, talvez não haja motivo para tanta surpresa. Estas são apenas pequenas questões dum OE que encerra muitas mais. Esta maneira de fintar as populações, numa certa esperteza saloia, parece ter cada vez mais os seus seguidores. E até dentro da coligação. Que o diga Portas que só soube da sobretaxa à última hora. A tal que este governo cobra e deixa a sua devolução para o governo seguinte. Medida que para além de falsa, porque tal nunca irá acontecer, ainda passa a ser desleal, - talvez nos atrevemos a considerar desonesta -, para com o executivo que se lhe seguirá. Esta será seguramente a marca que esta governação nos deixará, entre tantas outras de igual jaez.

Intimidades reflexivas - 24

E se não houvesse amanhã , talvez as pessoas seriam menos amargas , menos intolerantes , e aproveitariam mais a estadia em outros corações... teriam mais vontade de sentir amor e pouca pressa de ferir ou partir... As pessoas não deixariam para depois ... o bem preparado de hoje... Ainda bem que ele sempre vem, mas nem sempre a gente volta com ele ... Ele é certo a nossa vida que é incerta..

Intimidades reflexivas - 23

Deus é Bom o tempo todo. Por vezes não sei para onde ir, qual caminho escolher. Me encolho com medo. Não ouso dar um passo sequer. Eu nem sempre sei o que é melhor pra mim, mas Deus sabe. Ele cuida de mim. Aquieta o meu coração quando tudo foge ao meu entendimento. Ameniza minhas dores quando a incerteza me cega diante dos obstáculos que devo enfrentar. Ele sustenta minha fé quando os percalços insistem em me fazer desequilibrar. E é assim que me encontro. Sei que por vezes Ele me carrega ao seu colo e diante das dificuldades quando penso em desistir sopra baixinho no meu ouvido: tem calma, tudo vai terminar bem. E sempre termina, porque é por esse amor incondicional que me mantenho de pé. E por essa fé que movo o meu mundo. Que Ele tranquilize meus pensamentos e me ilumine.

Sunday, October 19, 2014

Intimidades reflexivas - 22

O problema é que as pessoas dizem "EU TE AMO" mas esquecem daquele bilhetinho de "BOM DIA" daquela mensagem de "BOA NOITE" estou com saudade, esquecem de perguntar se você esta bem, assim sabe, só por perguntar mesmo. Esquecem do abraço sem pretexto, do PRESENTE FORA DE ÉPOCA, esquecem de dar atenção nos detalhes e isso, faz com que esse "EU TE AMO" perca o valor. Porque o AMOR não se alimenta de palavras, se alimenta de atitudes.

Friday, October 17, 2014

Intimidades reflexivas - 21

Não permita que o mau humor, o mal querer, as ofensas, a inveja e a amargura alheia sequestrem a sua alegria... Você sempre será precioso aos olhos de Deus e o Seu amor já lhe basta! Há um precioso segredo que envolve os que não se permitem o desencanto... Esses tais se assumem frágeis, e carentes de afagos... E é por não se envergonharem dessa lacuna, sempre aberta ao amor... Que são tidos como anjos.

Intimidades reflexivas - 20

Sou a pessoa que vive simples com a vida...Porque a beleza interior, que enxergo além do olhar me fascina. Porque a simplicidade da alma, e o amor que carrego no coração são as maiores riquezas que sinto dentro de mim...simples assim. Às vezes nem é de sorte que precisamos, e sim, de "amor".

Intimidades reflexivas - 19

"Há dias tão lindos.
Há momentos tão simples.
O que nos move é essa sensação,
de sentir que alguém que se importa,
e gosta da gente de verdade."
Patty Vicensotti

Obrigado pelos votos e mensagens a propósito do meu aniversário



Queria aqui agradecer a todos os que me enviaram mensagens de parabéns. Sei que é incorreto destacar uma em relação a outras. Mas gostaria de deixar esta que me sensibilizou pelo conteúdo e por vir de quem vem.

"Parabéns por hoje, felicidade para sempre!
Felicidades para você, por este dia tão especial que é o seu aniversário.

Parabéns, que possa ter muitos anos de vida, abençoados e felizes, e que estes dias futuros sejam todos de harmonia, paz e desejos realizados.
Que seu coração, esteja sempre em festa, porque você é um ser de luz e especial!


Felicidades pelo seu aniversário.
Que seu caminhar seja sempre premiado com a presença de Deus, guiando seus passos e intuindo suas decisões, para que suas conquistas e vitórias, sejam constantes em seus dias.

Neste dia tão especial...

Que neste dia tão especial que Deus
esteja na tua frente
para te mostrar o caminho certo...

Que Deus esteja ao teu lado,
para te abraçar e proteger...

Que Deus esteja atrás de ti,
para te salvar de pessoas falsas...

Que Deus esteja debaixo de ti,
para te amparar quando caíres
e que te tire das armadilhas...

Que Deus esteja dentro de ti,
para te consolar quando estiveres
triste...

Que Deus esteja ao redor de ti,
para te defender quando outros te
atacarem...

Que Deus esteja sobre
ti abençoando-te sempre...

Que seus caminhos permaneçam sempre
iluminados, para que você possa
continuar a iluminar também
aqueles que têm a oportunidade de
trilhar com você, um trechinho desta
longa jornada!

Muita saúde, paz, felicidade
e alegria...
Tudo de melhor para você...
neste dia tão especial!

São os meus votos sinceros!
Elisabete Batista"


Obrigado a todos pelos votos que me desejaram. Beijos e abraços.

Thursday, October 16, 2014

O equívoco Orçamento de Estado (OE) para 2015

E aí temos o novo - ou será velho? - Orçamento de Estado para 2015 (OE 2015). Sim, porque a austeridade mantém-se apesar de dar a ilusão de se alterar, - só para termos uma ideia cada português verá aumentados em média os seus impostos em 175 euros -; o desemprego ainda com valores bem longe do aceitável - 13,4% é um número que não pode deixar ninguém satisfeito -; a dívida em mais de 135% do PIB, enfim, todo um chorrilho de problemas que levam a acreditar que este, embora sendo o primeiro OE sem a "troika", é como se ela aí estivesse em toda a sua pujança. Depois ainda temos algo de singular que é a chamada "tributação verde". Como dizia Manuela Ferreira Leite, "sendo verde ou não o que se trata é de mais um imposto". Assim, os combustíveis serão atingidos logo repercutindo-se sobre todos nós, - desde logo, nos transportes, nso custos energéticos para a indústria, etc. -, bem como a eletricidade que deverá ter um aumento de 3,3%! Embora a inflação prevista seja de 0,7% o que dá bem a ideia do aumento de impostos por mais que o executivo o negue. Mesmo os empresários que poderiam ver aligeirada a sua carga fiscal, poderão por via deste imposto, vir a ter um efeito nulo. Já para não dizer o que se passará com os restantes trabalhadores que continuarão, cada vez mais, esmagados pelos impostos. Mesmo assim, o valor do défice que deveria ser de 2,5% será de 2,7%, - veremos se não vai ser mais -, o que significa que apesar de toda esta política os resultados não são visíveis e as metas não são atingidas, o que já levou a UE a mostrar o seu incómodo por não ver cumprida a meta acordada pelo governo. Mas mais grave do que isso, é sabermos pela boca da ministra das finanças que é quase impossível cortar na despesa do Estado. Afinal, sempre é mais fácil cortar nas pensões e nos salários! (Para quem defendia que se deveria seguir o corte nas "gorduras do Estado" parece que se está a sair muito mal). Coisa que a UE também já veio dizer, acusando o executivo de ter abandonado a ajustamento por parte da despesa e transferindo-o para a receita. Coisa que todos sentimos, diariamente, no nosso bolso. (Vejam o caso da sobretaxa que poderá ser devolvida mas só no ano de 2016! - Quando este executivo já não estiver em funções! - Ou o coeficiente de família visando famílias com filhos, ou mesmo numerosas, mas que será anulado pelo aumento dos outros impostos.  Como diz Bagão Félix em artigo no Público; "Primeiro paga-se depois logo se vê"). Chegados aqui, cumpre olhar para o OE 2015 e tentar ver a sua exequibilidade. E aqui é uma enorme interrogação. Porque um OE parte da base de crescimento da economia de 1,5%, - quando a UTAO já previu que não crescerá mais de 0,8% -, não deixa de ser preocupante. Porque se a economia não crescer dentro dos valores de base, tudo o resto se tornará inexequível, e aquilo que temos vindo a verificar não nos augura nada de bom. Com um OE que não se poderá executar na sua amplitude, significa que tudo o mais será transferido para o próximo executivo que, como tudo leva a crer, não será desta maioria. Poder-se-à dizer que não é muito ético. Mas quem espera alguma ética desta gente que nos (des)governa vai para quatro anos? O desconforto de alguns deputados do PSD, bem como, a dificuldade com que o CDS apoia este OE, diz bem da real situação que estamos a viver. O orçamento que se previa de alívio da carga fiscal afinal não o é, vindo até esta a aumentar duma forma cabotina, através de fiscalidade verde, taxas, etc. , de novo é caso para dizer que fomos enganados. O que se pode concluir, é que continuaremos em austeridade "ad aeterno", pelo menos, enquanto este governo estiver em funções.

Intimidades reflexivas - 18

Que todos os dias eu possa...
Cultivar pensamentos de otimismo e serenidade...
Ter gestos de bondade e gentileza...
Que minha fé fortalecida seja capaz de afastar tudo aquilo que tenta ofuscar o meu brilho e apagar a chama da minha esperança!
Seja luz, mesmo estando rodeada de gente nublada.

A poesia de Vitorino Nemésio - 3 - "Prece" (Num dia especial...)

Neste dia que pretende ser de celebração do que de bom encerra, também não deixa de indicar aquilo que de aziago trás no seu ventre. Daí que este é sempre um dia difícil em que me encontro dividido entre a esperança e o desespero, entre a alegria e a tristeza, entre a euforia e o desencanto. Como espero sempre que ele passe o mais rápido possível, vejo nele sempre o conflito entre a vida e a morte. A homenagem a uma mãe que deita ao mundo um ser e o desencanto de neste dia lembrar a mãe que já não existe. Deste conflito de contrários, de antagónicos pensamentos, nada melhor do que recorrer à poesia. Sobretudo àquela poesia que nos diz mais, ou melhor, ilustra com mais acuidade o momento, naquilo que se passa à nossa volta face àquilo que sentimos no nosso coração. Daí que vos trouxe, de novo, a poesia de Vitorino Nemésio (1901-1978), destacando um célebre poema inserido no seu livro "A Vida e a Morte" (1959) que tem por título "Prece". Diz assim:

"PRECE

Meu Deus, aqui me tens aflito e retirado,
Como quem deixa à porta o saco para o pão.
Enche-o do que quiseres. Estou firme e preparado.
O que for, assim seja, à tua mão.
Tua vontade se faça, a minha não.

Senhor, abre ainda mais meu lado ardente,
Do flanco de teu Filho copiado.
Corre água, tempo e pus no sangue quente:
Outro bem não me é dado.
Tudo e sempre assim seja,
E não o que a alma tíbia só deseja.

Se te pedir piedade, dá-me lume a comer,
Que com pontas de fogo o podre se atormenta.
O teu perdão de Pai ainda não pode ser,
Mas lembre-te que é fraca a alma que aguenta:
Se é possível, desvia o fel do vaso:
Se não é, beberei. Não faças caso."

Wednesday, October 15, 2014

Intimidades reflexivas - 17

PARA OS QUE CRÊEM EM ALMAS GÉMEAS...
E se Deus nos cria em pares...há parte de mim perdida, disforme, faltando uma asa...tão incompleta quanto eu. E se Deus nos cria em pares...são esperanças em dobro, vontade em dobro, fé em dobro...intuição em dobro. E tudo isso em sintonia... E se assim é, aquietarei minhas angústias e esperarei. Sem desanimar dessa crença, sempre alerta, com o coração pronto a reconhecer a face que me falta, e que me busca também... Que ouve meu chamado...como lhe escuto o seu. Sem precipitações. Com o espírito ouço... não com a ansiedade. E se prepara, se melhora, se lapida para mim, e eu para ele... e um dia seremos um só. Se Deus nos cria em pares, já não me sinto tão sozinha. Essa certeza me acompanha. E também a você, parte minha... Nos consolando até o encontro. Sagrado e eterno, escrito desde sempre.

Intimidades reflexivas - 16

Tudo está distante, meus momentos são sempre iguais. Tão distantes, sempre distantes...Eu continuo usando as mesmas palavras. Talvez seja melhor assim... É difícil compreender o rumo da vida em alguns momentos. Mas de uma coisa não se pode esquecer: Nada é a toa. Às vezes, o melhor parece ser o pior, e o certo aparenta ser errado, mas tudo faz parte, tudo contribui ao crescimento e tem um porquê. Viver vai muito além de explicações e ultrapassa todo e qualquer entendimento..!

Intimidades reflexivas - 15

Toda vez que você pensar em desistir, dê abrigo para que a esperança possa renascer dentro de ti... Quem é rico em sonhos não envelhece nunca. Pode até ser que morra de repente. Mas morrerá em pleno voo...

Tuesday, October 14, 2014

Intimidades reflexivas - 14

A regra é clara. Mantenha o respeito, por você e pelo próximo. Não machuque, não invada a privacidade, não desconsidere nenhuma opinião, não aceite migalhas, não implore afeto. Tenha sensibilidade nos olhos, força nas palavras e confiança nas atitudes. Não ignore, apenas deixe passar. A gente vence aos poucos, não adianta se desesperar! SEJA FELIZ COM DIGNIDADE!

Intimidades reflexivas - 13

O melhor lugar é onde estamos. O melhor momento da vida é o presente. A melhor companhia é a nossa consciência tranquila. E a maior fortuna que alguém pode ter é a paz. Sempre!

O ecletismo da língua portuguesa

Achei brilhante. Para provocar pensadores ... A língua portuguesa, junto com a francesa, são as ÚNICAS línguas neolatinas na face da Terra que são completas em todos os sentidos quem fala português ou francês de nascimento, é capaz de fazer proezas como esse texto com a letra "P". Só o português e o francês permitem isso a língua inglesa, se comparada com a língua portuguesa, é de uma pobreza de palavras sem limites... portanto, antes de estudar uma outra língua, se aperfeiçoe na sua, combinado?!

A LETRA "P"

"Apenas a língua portuguesa nos permite escrever isso...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.

Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois pretendia pintá-los.

Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.

Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.

Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.

Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo. Pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei."

Monday, October 13, 2014

A triste sina dum animal tão nobre

Recebeste mais do que uma pedra, pontapés, o desprezo, medo, solidão, frio, fome, calor ... Buscaste refúgio quando foste ameaçado, sem encontrar uma mão amiga ... Vagueaste sem saber para onde ir, onde encontrar algum conforto, alívio para a tua tristeza infinita que reflete o teu olhar suplicante. Fugistes de carros, de pessoas privadas de qualquer sentimento de piedade. De vez em quando, alguém com um bom coração te deu um pouco de comida, ou te deram água, mas tu estás na rua, onde algum bastardo te deixou à mercê de todo o sofrimento. Mas o pior de tudo que sofreste, cão da rua, foi a indiferença, mas o coração de um animal é tão grande que nele não cabe o rancor.

Sunday, October 12, 2014

Carta à Inês no dia do seu 3º aniversário

Olá, Inês.

Cumprem-se hoje 3 anos desde o dia em que fizeste a tua entrada no mundo e, simultaneamente, na minha vida. Três anos é tão pouco na vida dum ser, mas pode simultaneamente ser tanto e tão marcante e significativo. Sobretudo, quando o nosso tempo se vai esgotando, neste Outono da vida a caminho do Inverno. Quando o nosso tempo é curto, qualquer segundo é importante. Não compreenderás agora o que te digo, na tua ainda tão tenra idade. Mas gostava que soubesses que desde o dia em que te peguei ao colo pela primeira vez - horas depois de teres nascido - não mais deixaste de ocupar um lugar cada vez mais amplo na minha vida. (Quando falo aqui no singular, deves entendê-lo no plural, porque tudo aquilo que aqui te digo é válido para a tua "mamie"). Foram as primeiras conquistas, a primeira papa, os primeiros dentes, os primeiros passos, as primeiras palavras, as primeiras traquinices. Tudo era novo para ti, mas para mim o não era menos. No Outono da minha vida aprendi a viver com uma criança, a descobrir os seus gostos, os seus quereres, as suas ânsias. Aprendi a brincar contigo, ou melhor, recordei os meus tempos já longínquos de brincadeira com outros que me ensinaram a brincar. E isso foi um retorno aos meus tempos de menino, no aconchego do lar e da família, bastiões importantes que cedo me ensinaram a respeitar. Três anos passaram, e transformaste-te dum bebé lindo, numa bela menina, na mais bela flor do meu jardim de Outono, como gosto de dizer. Tiveste o primeiro contacto com o jardim de infância, os primeiros amigos surgiram, os primeiros mestres fizeram a sua aparição, as primeiras regras vieram por arrasto. (Agora na pré-escola vais subindo mais um degrau descobrindo novos saberes, privando com novos mestres, fazendo conhecimento com novos amigos.) Foste crescendo nesse anseio de novidade, de descoberta do mundo, deste mundo desalinhado que ainda não entendes, e que achas belo, como belo o deveríamos achar todos nós. Começaste a frequentar a minha casa, a brincar com os meus cães de que tanto gostas, começaste a aprender que um animal é puro e belo, sente dor e prazer, frio e calor, como todos nós e, por isso, deve ser respeitado. Fui-te tentando ensinar os três pilares fundamentais duma sã convivência com o mundo: a solidariedade para com o teu semelhante, o amor pelos animais e o respeito pela natureza. Três pilares importantes sem os quais nunca serás um ser perfeito se não os considerares na tua vida. Podes ter uma formação elevada - e espero que isso venha a acontecer - mas se não entenderes estas três questões fundamentais da vida, nunca serás um ser de parte inteira. (Desculpa insistir sempre nesta questão. Mas com a persistência da mensagem mais facilmente a assimilarás). Mas ainda tens muito tempo para aprender estas e outras coisas, embora ache que é na tua idade que estes valores devem ser inculcados, porque é este o tempo certo. Aprender coisas sérias a brincar é o meu lema. Por isso a tua idade é a justa para isso. Ainda espero que o destino me deixe caminhar algum tempo nesta vida para que te possa ajudar a caminhares na tua. Com a experiência dos mais velhos para evitares alguns obstáculos que o futuro te colocará, ou para melhor saberes ultrapassá-los. Mas isso não significa que desperdicemos o tempo. Porque ele urge, porque ele é precioso, e ainda tenho tanta coisa que gostaria de te ensinar. Mas hoje é o teu dia de aniversário, o terceiro. É tempo de fazermos aqui um parêntesis para celebrarmos este dia. O dia em que chegaste até nós. O dia em que entraste na minha vida e lhe deste outro rumo e sentido. O dia duma felicidade adiada que chegou numa madrugada cálida de Outubro vai para três anos. Estou grato pelo que me tens dado embora ainda não o percebas, como espero que sempre te sintas bem comigo. És de facto algo muito importante para mim. Nunca o esqueças. Não quero aqui dizer que sou melhor que ninguém, que sou imprescindível, muito menos substituir-me a quem quer que seja, longe disso, mas seguramente que em mim terás sempre um companheiro que tentará caminhar sempre ao teu lado, mesmo quando as forças me forem faltando e já não puder acompanhar o teu passo. Mas tentarei porque és muito importante para mim. És uma parte da minha vida. És o sol brilhante que ilumina o meu Outono. És o calor dos dias frios que a vida pré anuncia, és a alegria quando o riso desaparecer dos meus lábios. És o meu futuro, Inês, quando o meu já deixar de existir. Como gostaria de ter tempo de o preparar para bem de ti e tranquilidade da minha consciência. Afinal seguindo o trilho do que outros fizeram por mim quando tinha a tua idade. São coisas que ficam. Legados passados como testemunho, a que nós daremos o nosso cunho pessoal, mas o essencial aí estará. Porque o essencial da nossa vivência acaba por ser sempre o mesmo, pautado pelos mesmos princípios basilares, embora adaptados ao novo tempo, ao tempo que é o nosso, ao tempo que é o teu. E agora vamos à festa. Porque ela promete e a tua ausência já dói. Parabéns, Inês. Feliz aniversário.

Com muito amor do teu,

Padrinho. (O Pi como tão carinhosamente me chamas!)

Saturday, October 11, 2014

Sem abrigo uma questão social - Para refletir

"Nossa sincera homenagem a todos Joaquins deste mundo ! Foi esta madrugada em plena baixa de Lisboa que morreu Joaquim. Não era actor nem artista. Não era famoso, nem conhecido. Não tinha fama. Era só o Joaquim. Era apenas um homem que tinha passado pela guerra, que tinha sido abandonado pela nação e pelo povo pelo qual lutou. Um homem cuja vida era passada entre um embrulho de papel e uma resma de jornais sendo estes o cobertor que noite após noite abraçava o seu corpo cansado das cicatrizes dos homens e das mulheres que por ele passavam e nem um olhar lhe dirigiam. Era o Joaquim. Homem que não se achava merecedor de uma cama quente, de um duche tranquilizante, de um prato de sopa que lhe apazigua-se o rato que amiúde lhe roía o estômago. Era o Joaquim de botelha na mão, carro do mercado nas unhas com o qual transportava os seus bens mais preciosos. O Joaquim... O homem de sobretudo roto, barba comprida entrançada pela sujidade do ar, rugas profundas resultado de uma vida cansada, desnorteada, carente de um ombro amigo, de uma palavra de alento, de um sorriso infantil. Morreu o Joaquim. Aquele que sorria para todos sem troco, que brincava aos loucos com plena consciência do seu estado de miséria, aquele cujo os seres passavam e diziam: "- Este é que a leva bem sem preocupações." Sim... Foi esse o Joaquim que morreu. O Joaquim que tu, eu e ninguém quer ser mas que ninguém está livre de lá chegar. Morreu o Joaquim. Sem honras, sem reconhecimento. Profundamente esquecido por uma sociedade hipócrita e egoísta de falsos principais apregoados à vista de todos e olvidados em privado. Morreu o Joaquim... Aquele que um dia pode vir a ser qualquer um de nós. Morreu e foi enterrado em pleno silencio." (Dinis Portugal Neto). Palavras para quê, só iriam incomodar o silêncio, a paz do Joaquim. Daquele que ignoramos, Daquele de quem viramos a cara ao passar com a consciência a acusar-nos. Daquele que poderia ser um de nós. Palavras para quê, se ele apenas quer a paz e a tranquilidade que não teve em vida. Daquele que apenas quer uma sepultura para lhe aconchegar o corpo masserado. Palavras para què, se não as tivemos em vida do Joaquim, de que serviriam agora. Ele apenas queria um olhar amigo, uma palavra de compreensão. Tu, eu, e todos os outros não lha demos. Covardemente o ignoramos. Que palavras teríamos agora para lhe dizer, nós que o ostracizamos, que o repudiamos. Não conhecia o Joaquim, mas conheço outros Joaquins. Infelizmente existem muitos Joaquins no mundo. E no mundo existem ainda mais pessoas que covardemente olham para o lado para que as suas consciências não os acusem. Palavras para quê, afinal?...

Friday, October 10, 2014

Intimidades reflexivas - 12

Acredito no meu amanhã..sempre vou acreditar, porém, faço a parte que me cabe hoje, vou lançando as minhas melhores sementes na estrada da minha vida porque eu sei, a minha colheita farta e feliz no futuro será fruto de todo o bem que eu plantei no presente! Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.

Thursday, October 09, 2014

Incongruências

Já nos vamos habituando a mudanças de discurso neste governo estouvado. Mas confesso que tenho algumas dificuldades em lidar com algumas delas, porque indiciam que o que foi dito antes não passou duma terrível mentira. Vimos ontem o primeiro-ministro e a ministra das Finanças admitirem que afinal se a venda do Novo Banco não for de montante pelo menos igual ao fundo de resolução, que então os contribuintes serão chamados a contribuir para o buraco. Mais um. O mais estranho é que há tempos atrás a governação não dizia isso, até se insurgindo a quem pensasse o contrário. isto só vem indiciar que se começa a pensar que a venda do Novo Banco não será o sucesso que afirmavam. Mas mais surpreendente ainda é a posição de Vítor Gaspar, o ex das Finanças, agora com um pelouro no FMI. Curiosamente, aquele que foi o autor do "aumento brutal de impostos" segundo a sua própria expressão, vem agora admitir que se foi longe de mais e que a austeridade é excessiva e até questionável para reerguer as economias dependentes. Uma verdadeira cambalhota que tenho dificuldade em perceber. Por mais bom profissional que se seja - e Gaspar é-o seguramente - não será admissível que depois de por um país de rastos, venha afirmar que afinal não é esse o caminho que se deveria ter seguido. Será que Gaspar, também ele, foi influenciado por este "disse que não disse" em que a governação é fértil? É que depois disto, não posso ficar surpreendido com um ministro da Educação que se refugia numa questão semântica para ocultar a maior barafunda que já se viu num início de aulas, com um secretário de Estado que acha que os professores se tiverem alguma questão deverão ir para os tribunais (!); como não posso ficar confuso com uma ministra da Justiça que acha que tudo vai bem na pasta, e que os problemas dos Citius são coisa de pouca monta e que os tribunais, afinal, estão a trabalhar sem problema algum. Confesso que tenho alguma dificuldade em entender o que se passa com os nossos governantes. Algo como uma qualquer espécie viral os deve ter atingido, ou então, a minha limitada inteligência não consegue enxergar raciocínios tão elaborados. E depois desta minha dúvida existencial nem sei bem o que fazer. Se calhar o mais sensato será esperar que este nevoeiro passe para ver se depois vem um dia radioso, mais claro, com ideias mais inteligíveis. Como dizia a minha avó de cima dos seus quase 90 anos: "Manhã de nevoeiro, tarde de soalheiro". Só que a manhã está a durar tempo que se farta...

"Un amigo duerme" (Fragmento) - Jean Cocteau

Hoje deu-me para ler Jean Cocteau em castelhano. Deixo-vos aqui um fragmento do seu poema "Un amigo duerme" de que gosto particularmente.

“Un amigo duerme”
(Fragmento)


Tus manos por las sábanas eran mis hojas muertas.
Mi otoño era un amor por tu verano.
El viento del recuerdo resonaba en las puertas
de lugares que nunca visitáramos.

Permití la mentira de tu sueño egoísta
allá donde tus pasos borra el sueño.
Crees estar donde estás. Qué triste nos resulta
estar donde no estamos, así siempre.

Tu vivías hundido dentro de otro tú mismo,
abstraído a tal punto de tu cuerpo
que eras como de piedra. Duro para el que ama
es tener un retrato solamente.

Inmóvil, desvelado, yo visitaba estancias
a las que nunca ya retornaremos.
Corría como un loco sin remover los miembros:
el mentón apoyado sobre el puño.

Y, cuando regresaba de esa carrera inerte,
te encontraba aburrido, con los ojos cerrados,
con tu aliento y con tu enorme mano abiertos,
y tu boca rebosante de noche…

Jean Cocteau

Descansa em paz, Excalibur!

Ontem viemos a saber o inevitável. O Excalibur tinha sido abatido e de nada serviu os apelos quer do seu dono, quer dos manifestantes que o tentaram salvar. Como a ignorância e a cobardia normalmente andam de mãos dadas, o carro que transportava o corpo do pobre animal ainda atropelou dois dos manifestantes. A histeria coletiva que se está a criar face a este caso, lembra-me aquela outra, a das vacas loucas, ou a das aves, onde a Humanidade se revelou no seu pior. (Será que existe melhor?) Desta vez foi um pobre animal que era muito acarinhado pelos seus donos. É um animal, mata-se. Não tem direitos. É assim que a nossa espécie lida com o mundo colorido e belo que lhe foi dado para viver. Para mostrar isto mesmo à evidência - se isso ainda fosse necessário - li ontem a intervenção dum antigo líder do Partido Republicano americano que dizia que quem tivesse Ébola deveria ser abatido. "Se numa aldeia existir pessoas com Ébola, pois queimem toda a aldeia com as suas populações". Depois disto que pensar do ser humano, que é como quem diz, de nós todos. Que legitimidade temos para fazer isto? Que poder nos foi dado para tomarmos estas decisões? Que futuro será esse que nos espera? Como pode haver redenção para o ser humano? Em nome dum terrível vírus como o Ébola, e face à ignorância generalizada para como lidar com ele, cometem-se as maiores atrocidades. o Excalibur foi apenas mais uma vítima. Quantas mais se lhe seguirão? (A foto que vos deixo, mostra o pobre Excalibur a dormir no sofá onde, certamente, o fez muitas vezes com os seus donos. Local onde nunca mais dormirá. Donos que nunca mais verá). Descansa em paz, Excalibur!

Homenagem ao Excalibur

Ontem a Humanidade cometeu mais um crime sobre um animal, espelhando a sua ignorância. Chamava-se Excalibur. Viu os seus donos saírem de casa devido ao vírus do Ébola. A dona com o vírus, o dono em quarentena. Daí a assassinarem o animal foi um instante. De nada valeu o apelo desesperado que o dono fez nas redes sociais. Hoje correm muitas notícias sobre este caso nas redes sociais. Vi uma que muito me emocionou, que veio de uma amiga catalã de nome Rosa Maria Rosés Gomis. Que belo texto. Que linda homenagem ao Excalibur! Ele foi mais uma vítima da ignorância humana que não sabendo que fazer sacrifica os mais fracos. (Fez-me lembrar a histeria das vacas loucas, se bem se lembram onde tantas foram sacrificadas mesmo contra as indicações dos veterinários). Triste e horrível destino este da Humanidade. Obrigado por haver gente como tu, Rosa Maria, pelo coração grande que tens. Neste momento o teu coração está em sintonia com muitos no mundo que defendem os animais. Um bem hajas por tudo. Sinto-me feliz por ter no meu grupo de amigos uma pessoa como tu. Obrigado. (Deixo o texto no original em castelhano para que não se perca a beleza do mesmo com a tradução).

"Te encontré perdido, gemías de hambre y frío,
nunca fuí un amante de responsabilidades, me reconozco, algo frívolo,
pero no pude ignorar tus ojos, que, miraban suplicantes...y en un impulso,
te arropé con mi abrigo.
Justo al momento, empezé a pensar, adonde llevarte, qué hacer contigo.

Tal vez una amiga....quizás aquel amigo....
Pero la noche, por fuerza, la pasarías conmigo.
¿Qué come un perro ?...ni idea...¿ pero en qué lío me he metido?
Compartimos pizza, ¡ por Dios que hambre tenías !
Y que mal hueles amigo....
Un baño y el agua negra se fué colando por la tubería....
y dejó al descubiero un pelaje hermoso, no gris oscuro...¡pero si hasta eres bonito!...
Algún rasguño que curar....a ver si sabes estar quietecito....¡Por todos los santos si es una hembra!...y esa barriga.............
Quieta, mientras curaba tus llagas, lamiendo mi mano aunque te dañara...
y te quedaste acurrucada a mi lado, muy, muy cerquita...y noté una lengua
¡ay por favor!...que mi mano lamía, y esos ojos, esos malditos ojos que me
cambiaron la vida, clavaditos en los míos.
Te acaricié un poco, suave tacto, eres bonita, si no fuera por esa barriga...
y mueves la cola, y sueltas un tímido ladrido. Y reconfortada te quedas 
dormida a mi lado....
Y no sé como, aquella noche de invierno, cambiaste mi vida.
Ni amigo ni amigas, te quedas conmigo, porque nunca he sentido 
tanta compañia, la compañía de un ser que no te habla, te mira.
Y bueno esa barriga... Te puse un nombre y me quedé contigo, y con la sorpresa de los otros cinco.

Rosa María. 
Para Excalibur."

Descansa me paz, Excalibur!

Wednesday, October 08, 2014

Intimidades reflexivas - 11

Tudo está distante, meus momentos são sempre iguais. Tão distantes, sempre distantes...Eu continuo usando as mesmas palavras. Talvez seja melhor assim... É difícil compreender o rumo da vida em alguns momentos. Mas de uma coisa não se pode esquecer: Nada é a toa. Às vezes, o melhor parece ser o pior, e o certo aparenta ser errado, mas tudo faz parte, tudo contribui ao crescimento e tem um porquê. Viver vai muito além de explicações e ultrapassa todo e qualquer entendimento..!