Turma Formadores Certform 66

Thursday, September 30, 2021

"Lisboa Judaica" - Sérgio Luís de Carvalho

Segregação. Perseguição. Integração. É em torno destas três palavras que se construiu a história dos judeus em Portugal e em Lisboa. Uma história feita de momentos diversos e acontecimentos singulares, desde as épocas de dor e angústia até aos dias de solidariedade e de celebração. Neste livro iremos narrar essas histórias em três grandes épocas: durante a Idade Média, a Idade Moderna e nos nossos dias. Iremos percorrer os locais mais marcantes, referir os acontecimentos mais importantes, falar de homens e de mulheres que nesta cidade viveram, sobreviveram, prosperaram ou pereceram. Através desta obra, o leitor fica a saber o que resta das judiarias na Lisboa contemporânea, como decorria um processo de auto de fé, como resistiram os judeus à Inquisição ou como contribuíram para o reino. 'Lisboa Judaica' conta uma história feita de gentes, de testemunhos, de património e de regras. Uma longa história que vem até aos nossos dias - e que pode ser também um alerta contra a intolerância. Uma história muito nossa, afinal. Sobre o autor, Sérgio Luís de Carvalho nasceu em Lisboa em 1959. Licenciou-se em História (1981) e é mestre em História Medieval (1988). Profissionalmente é Diretor Científico do Museu do Pão. Publicou os romances "Anno Domini 1348" (Edição C. M. S., 1990; Prémio Literário Ferreira de Castro 1989; finalista do Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia, Cognac 2004 e finalista do Prémio Amphi de literatura Europeia Lille 2005), "As Horas de Monsaraz" (Campo das Letras, 1997), "El-Rei-Pastor" (Campo das Letras, 2000), "Os Rios da Babilónia" (Campo das Letras, 2003) e "Retrato de S. Jerónimo no seu Estúdio" (Campo das Letras, 2006). Alguns dos seus romances estão traduzidos e publicados em França e Espanha. É ainda autor de vários livros de investigação histórica e literatura juvenil. Um livro a merecer uma leitura muito atenta. A edição é da Parsifal.

Wednesday, September 29, 2021

Intimidades reflexivas - 1457

"Apenas os olhos experientes distinguem a verdadeira beleza." - Alfred de Musset (1810-1857)

Tuesday, September 28, 2021

intimidades reflexivas - 1456

"O amor revela os seus prazeres aos que confundem as ideias." - Honoré du Balzac (1799-1850)

Monday, September 27, 2021

Intimidades reflexivas - 1455

"Não perca a oportunidade de ver algo de belo. A beleza é a assinatura de Deus." - Charles Kingsley (1819-1875)

Sunday, September 26, 2021

Intimidades reflexivas 1454

"Só me merece quem me dá esperança. Gostar de alguém é procurá-lo no final da esperança, quando todas as portas dentro de nós estão fechadas." - Pedro Chagas Freitas in ''Foste a maneira mais bonita de errar".

Saturday, September 25, 2021

Intimidades reflexivas 1453

"Meus olhos viraram pintores, e com  isso esboçaram a beleza de tuas formas nas telas do meu coração." - William Shakespeare (1564-1616)

Friday, September 24, 2021

Curto, bonito e sábio

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.

O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista. - Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também...
"A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de ser felizes." concluiu o sábio.
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL... SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA.
O tempo é como um rio. Você nunca poderá tocar na mesma água duas vezes, porque a água que já passou, nunca passará novamente.
Aproveite cada minuto de sua vida e lembre-se: Nunca busque boas aparências, porque elas mudam com o tempo.
Não procure pessoas perfeitas, porque elas não existem.
Mas busque acima de tudo, um alguém que saiba o seu verdadeiro valor.
Tenham 4 amores: Deus, A vida, a família e os amigos. Deus porque é o dono da vida,
A vida porque é curta,
a família porque é única
e os amigos porque são raros!

Thursday, September 23, 2021

"Anno Domini 1348" - Sérgio Luís de Carvalho

Anno Domini 1348. O ano da Peste Negra. Em Sintra, um tabelião é atingido pela terrível epidemia. Refugia se em casa, passando os últimos dias a redigir o seu testamento e vendo os acontecimentos mais marcantes da sua vida desenrolarem se diante dos olhos. As suas memórias, mais do que meras lembranças pessoais, são também a descoberta da História de uma terra macerada pela dor e de um tempo marcado pela fé, pelo amor e pela saudade. Distinguido com o Prémio Literário Ferreira de Castro em Portugal, este romance foi também aclamado pela crítica europeia. Sobre o autor Sérgio Luís de Carvalho nasceu em Lisboa em 1959. Licenciou-se em História (1981) e é mestre em História Medieval (1988). Profissionalmente é Diretor Científico do Museu do Pão. Publicou os romances "Anno Domini 1348" (Edição C. M. S., 1990; Prémio Literário Ferreira de Castro 1989; finalista do Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia, Cognac 2004 e finalista do Prémio Amphi de literatura Europeia Lille 2005), "As Horas de Monsaraz" (Campo das Letras, 1997), "El-Rei-Pastor" (Campo das Letras, 2000), "Os Rios da Babilónia" (Campo das Letras, 2003) e "Retrato de S. Jerónimo no seu Estúdio" (Campo das Letras, 2006). Alguns dos seus romances estão traduzidos e publicados em França e Espanha. É ainda autor de vários livros de investigação histórica e literatura juvenil. Um livro muito interessante a merecer um leitura atenta. A edição é do Clube de Autor.

Wednesday, September 22, 2021

Muita coragem, força e fé, Paula Maia!

E o dia do grande combate é chegado. Hoje a minha querida amiga Paula Maia foi internada. Entre hoje e amanhã será operada. É a hora do grande combate com o monstro silencioso que a ataca. É a hora da concentração, focada na derrota desse vil intruso. Mas é também a hora dos seus amigos serrarem fileiras. Fazerem a sua corrente solidária porque a Paula vai precisar dela. Ela não estará só neste combate. Terá a legião dos seus amigos a seu lado. Um exército tão numeroso quanto poderoso que, ombro a ombro, travará o combate. Como costumo dizer, as grandes batalhas estão reservadas para os grandes guerreiros. Hoje é o dia do grande combate que conduzirá a uma vitória anunciada. É a hora da superação. De nos erguermos para além da nossa força. É a hora que queremos pequena para uma vitória que queremos definitiva. Agora todos juntos ao seu lado cerraremos as fileiras. Tenha coragem, força e fé. Não está sozinha neste combate, embora por vezes julgue que sim. Hoje estaremos consigo, mais unidos que nunca preparados para a grande batalha. Muito em breve regressará para junto da sua família e dos animais que tanto ama e que tanto ajuda. Hoje estaremos juntos. Chegou o momento do grande combate!

Aí está o Outono

E eis que chegamos ao Outono. Chega de mansinho pelas 19,21 horas. Pé ante pé para que ninguém dê por ele. A estação dos românticos, poetas e dos nostálgicos. Talvez por isso seja aquela que me é mais querida. É a estação das múltiplas cores das folhas que vão amarelecendo e caindo deixando as árvores despidas para a orgia do Inverno que há de chegar. Sempre que chega esta altura do ano, contrariando - talvez a maioria das pessoas -, sinto-me rejuvenescer. Como sou amante de música clássica, (mas não só), é nesta altura que ouço com mais acuidade compositores, também eles românticos e nostálgicos, como Schubert, Schumann ou Chopin. As primeiras chuvas começam a cair e aquele cheiro a terra húmida vai-me inebriando. Os primeiros frios vão chegando a convidar a maior aconchego. Altura para ler um bom livro no recôndito do lar. Isto é o Outono no seu esplendor. E aí está ele com o seu cortejo de imagens coloridas e perfumes exóticos. Mais uma estação na voragem do tempo. E por cá ficará até 21 de Dezembro altura em que o Inverno fará a sua aparição.

Tuesday, September 21, 2021

Intimidades reflexivas - 1452

"É um duplo prazer enganar o enganador." - Nicolau Maquiavel (1469-1527)



 

Monday, September 20, 2021

Intimidades reflexivas - 1451

"As palavras não significam nada se não forem recebidas como um eco da vontade de quem as ouve." - Agustina Bessa-Luís (1922-2019)

Sunday, September 19, 2021

Intimidades reflexivas - 1450

"A essência da vida é andar para a frente; sem possibilidade de fazer ou intentar marcha atrás. Na realidade, a vida é uma rua de sentido único." - Agatha Christie (1890-1976)

Saturday, September 18, 2021

Intimidades reflexivas -1449

"Viver é um rasgar-se e remendar-se." -  João Guimarães Rosa (1908-1967)

Friday, September 17, 2021

Regresso às aulas

Nesta altura em que o regresso às aulas se vai fazendo acabo sempre a refletir sobre o que está a acontecer ao nosso ensino vai para algumas décadas. Tudo é mais incompreensível quando estas novas gerações têm acesso a níveis de escolaridade que as gerações anteriores, - como a minha por exemplo -, não tiveram. O que se vai notando é um desinteresse total pela escola, pelas matérias, em que a ânsia de saber é cada vez mais remota. Falo com muitos professores, dou várias conferências no ensino superior e no politécnico, e de ano para ano, vou vendo que parece haver um retrocesso no interesse em saber inversamente proporcional à escolaridade que se torna obrigatória. Culpa dos alunos? Talvez, mas não só. Aqui há uns largos meses atrás fui a uma conferência numa instituição de ensino superior. Como as matérias de que falo nem sempre são acessíveis a um auditório não especializado, tento por vezes aligeirar os temas convidando à participação das pessoas, alunos e/ou professores, para que tudo não passe dum monólogo aborrecido. Numa dessas sessões, introduzi o tema da motivação. Convidei a assembleia a falar sobre isso. A princípio fiquei surpreso porque só os professores falaram, dos alunos nem um pio. Lá fui insistindo com a ajuda de alguns professores e fiquei siderado. As motivações desta juventude na sua esmagadora maioria simplesmente não existem. Não têm objetivos e tudo para eles não passa dum aborrecimento. Um desses alunos, talvez interpretando o sentimento de muitos outros que não tiveram coragem para falar, disse-me que a motivação dele e o seu interesse em algo se resumia a três items: uma boa cama para dormir porque tinha sempre muito sono, um frigorífico cheio porque andava sempre com fome e um computador para as suas coisas. Fiquei espantado porque numa outra altura isto daria para umas boas gargalhadas o que não foi o caso. Aquele aluno (do ensino superior) encarnou aquilo que os seus colegas gostariam de dizer e não foram capazes. E esta que é a tal geração mais bem preparada de sempre dá nisto. No intervalo um dos professores veio falar comigo. Era professor do tal aluno que tinha falado e disse-me que ele até era um bom aluno porque a maioria era pouco mais que débil em conhecimentos e todos eles - ou a maioria - estariam de acordo com o seu colega. Questionei como é possível um aluno chegar ao ensino superior com estes 'interesses'. Foi-me dito que cada vez mais as pessoas estudam para passar exames e não para saber e que cada vez mais o nível cultural em geral é muito fraco. Questiono-me o que será deste país quando este geração assumir as rédeas da sua governação. Que país vai ser este. Sei que o fenómeno não é só português mas é o meu país que aqui me interessa. Sem motivação, sem interesse, colecionando cursos e canudos que não representa conhecimento - muito menos cultura - esta nova geração vai-se afundando em generalidades, superficialidades e pouco mais. Neste regresso às aulas dei comigo a pensar nisto que me incomoda e que deveria incomodar-nos a todos. Afinal é o futuro que está em causa e não uma qualquer bizarra acrimónia geracional. Confesso que tenho cada vez mais dificuldade em perceber. Se calhar o segredo é mesmo não tentar perceber.

Thursday, September 16, 2021

Intimidades reflexivas - 1448

"Nunca podes atravessar o oceano até que tenhas coragem de perder de vista a costa." - Cristovão Colombo (1451-1506)

Wednesday, September 15, 2021

Intimidades reflexivas - 1447

"O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma." - Leonardo da Vinci (1452-1519)

Tuesday, September 14, 2021

Intimidades reflexivas - 1446

"Bem começado é meio caminho andado." - Provérbio grego

Monday, September 13, 2021

A luta vai começar

Hoje começa a caminhada duma grande Amiga em direção à vitória que tanto deseja. E estou certo que assim será. Este é um tempo de provação para ela e para os seus muitos amigos que, certamente, a estão a acompanhar. Ela não estará sozinha, nunca estará sozinha, mesmo quando assim pensar. A caminhada vai ter início neste dia, mas nada há a temer. Porque as grandes lutas são dadas apenas aos grandes guerreiros. A Paula Maia é uma dessas guerreiras que não vira a cara a uma boa refrega. Este é o tempo de assumir, o tempo de lutar, o tempo de vencer. Este também é o tempo dos que partilham a sua amizade de estarem unidos, afinal ela precisa disso. Precisa de sentir que não está só, que a sua família e que os seus amigos estão ali ao seu lado. A Paula precisa disso e nós precisamos da Paula. Ela é uma grande defensora da causa animal. Foi isso que nos aproximou vai para alguns anos e assim ficamos. A Paula faz falta a esta causa, e os animais também sentirão a sua ausência que, estou certo, será breve. Este é o tempo do foco, da concentração no inimigo que a está a enfrentar, porque só assim o vencerá. Vai precisar de toda a sua força, mais aquela que todos nós lhe dermos. A Paula vencerá estou seguro. Ela regressará mais forte e resiliente porque esse é o designo das almas superiores. Daquelas que ajudam o seu semelhante, daquelas que lutam em prol dos animais, daquelas que respeitam a natureza e se erguem quando a veem maltratada. É chegada a hora de juntarmos as nossas forças. O amor da família, dos amigos, dos animais que ela adora, serão a sua força. Ela será o testemunho que há sempre um futuro, um amanhã, uma nova causa por que lutar. Estou aqui. Estamos todos aqui. Porque é chegado o tempo do combate. Não viramos as costas. Não desertamos. Agora é tempo de acreditar, tempo de serenidade, tempo de concentração. Daqui a pouco já tudo passou. Apenas ficará a memória dum sonho mau. Estou certo que assim será. Que tudo corra pelo melhor. Tudo vai correr pelo melhor. Muita força, muita coragem. Não se esqueça que não está só. O seu sorriso voltará a brilhar.

Sunday, September 12, 2021

Intimidades reflexivas - 1445

"Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se move, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo." - William Shakespeare (1564-1616)

Saturday, September 11, 2021

Intimidades reflexivas - 1444

"Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado." - William Shakespeare (1564-1616)

Friday, September 10, 2021

Intimidades reflexivas - 1443

"Não há nada que não se consiga com a força de vontade, a bondade e, principalmente, com o amor." - Cícero (106 a.C.-43 a.C.)


Thursday, September 09, 2021

Intimidades reflexivas - 1442

"É costume de um tolo, quando erra, queixar-se do outro. É costume do sábio queixar de si mesmo." -  Sócrates (470 a.C.-399 a.C.)




Wednesday, September 08, 2021

Intimidades reflexivas - 1441

"Mas os tempos virão, os tempos de ser Deus; virão talvez por linhas tortas, como é costume; virão pela colaboração de todos, mesmo dos que são contra, porque é o mundo máquina muito bem montada em que todas as rodinhas trabalham em conjunto e nenhuma, mesmo que o pretenda, foge a seu eixo e à sua função; um dia os homens, quando forem deuses, ou, pelo menos, mais deuses do que são hoje, entenderão isto e deixarão de escrever História que absolva ou condene: descreverão apenas, explicarão e justificarão; como nenhum relojoeiro é a favor do escape contra a corda: tudo é peça do relógio, e indispensável como peça. Pois serão deuses: sem uma política que os force a ser manhosos como escravos; sem religiões que se estabeleçam sobre o medo; e sem escolas que logo de princípio, pela carteira, a cópia e o ditado, nos modelam para as facilidades do trânsito e nos abortam para o infinito de Deus." -  Agostinho da Silva (1906-1994) in 'Textos e Ensaios Filosóficos'.

Tuesday, September 07, 2021

Intimidades reflexivas -1440

"Existe no Oceano uma determinada ilha dita Perdida, a mais bela de toda a Terra pela amenidade e fertilidade, e desconhecida dos homens. Se por acaso a encontrar, não voltará a encontrar-se. Por esse motivo é chamada Perdida. Hic sunt leones." - Onório di Auntun (1080-1151) in 'De imagine mundi, I,36'.

Monday, September 06, 2021

Intimidades reflexivas - 1439


"Vocês têm os relógios, nós temos o tempo." - Provérbio afegão

Sunday, September 05, 2021

31 anos de matrimónio

Passam hoje 31 anos sobre a data do meu casamento. Era um dia solarengo e quente de Setembro. Para muitos é uma data que já não se usa porque as relações são efémeras baseadas apenas e só no sexo o que leva ao cansaço e à busca de novas experiências. Mas ainda sou dos que cultivam a longevidade. Eramos jovens então. Eu numa grande empresa com um cargo de responsabilidade, a minha mulher vinda de Paris onde trabalhou no mundo da moda durante muitos anos. Nesta memória quero aqui recordar o abade Ramiro Ferreira que nos casou e se tornou um amigo de casa, e os meus padrinhos, gente vinda da Venezuela com um português por vezes complicado de entender. Todos já partiram mas a memória fica e as fotos eternizam. Hoje passam mais de três décadas desde esse dia de amor e ilusão como sempre são os inícios de vida. É caso para dizer que estamos de parabéns.

Saturday, September 04, 2021

"Foste a maneira mais bonita de errar" - Pedro Chagas Freitas

"Foste a maneira mais bonita de errar", o livro em que Pedro Chagas Freitas volta aos grandes romances, com uma história de força e superação. Um livro de amores possíveis e impossíveis carregados de determinação e força de viver. Uma história de uma mulher corajosa que, mesmo depois de a vida a levar a enfrentar vários desafios, nunca desiste de ser quem é e aprende a reinventar-se num mundo que insiste em não deixá-la ser forte. Mais do que um romance, este livro é uma lição de vida, contada no estilo único de Pedro Chagas Freitas, que parece sussurrar-nos ao ouvido. Uma história incrível, viciante e comovente, que nos mostra a importância do amor e de nunca deixarmos de ser quem somos. Pedro Chagas Freitas é o marido da Bárbara e o pai do Benjamim. Escreveu mais de uma centena de obras, publicou trinta e três. Vendeu mais de um milhão de livros em todo o mundo. Está entre os autores mais vendidos no México, em Itália, no Brasil e em Portugal. Cria e coordena cursos, jogos e campeonatos de escrita criativa. Se algum dia o que escreveu mudou a vida de alguém foi sem querer. Tentará que isso não volte a acontecer. O mais provável é falhar novamente. A edição é do Oficina do Livro.

Friday, September 03, 2021

Intimidades reflexivas - 1438

"Fiquei sozinha um domingo inteiro. Não telefonei para ninguém e ninguém me telefonou. Estava totalmente só. Fiquei sentada num sofá com o pensamento livre. Mas no decorrer desse dia até a hora de dormir tive umas três vezes um súbito reconhecimento de mim mesma e do mundo que me assombrou e me fez mergulhar em profundezas obscuras de onde saí para uma luz de ouro. Era o encontro do eu com o eu. A solidão é um luxo." -  Clarice Lispector (1920-1977) do livro «Um Sopro De Vida».

Thursday, September 02, 2021

Muita força, Paula!

Não gosto muito de falar de coisas menos boas mas por vezes temos que o fazer. É o caso que aqui quero trazer. E ainda por cima duma Amiga. Sim, trata-se duma Amiga. Duma grande Amiga. (Daquelas que merecem um A maiúsculo). Uma grande defensora dos animais e dos humanos também. Tem animais ao seu cargo que muito ama. Dois cachorros que entretanto cegaram e mais alguns gatos. Fora aqueles que alimenta que são animais de ninguém e que ela com todo o seu amor e carinho vai tornando com que a vida deles seja mais suave. Para além disso, também cuida e ama os humanos, desde logo os seus sobrinhos que preenchem a sua existência. Esta Senhora tem um nome chama-se Paula Maia. Cruzamo-nos a quando da matilha de Rio Tinto e agradeço o que muito me ajudou - não foi a única mas é da Paula que quero aqui falar agora - a tratar do último desses animais errantes, o Repinhas, que muitos de vocês conhecem porque muito tenho falado dele. (Ainda hoje cuida duma gatinha que lá deixem vai para um par de anos). Mas a Paula, esse coração grande, está a passar por uma grande provação. Atacada pela doença a Paula não desiste. Sei que por vezes quebra - quem não teria essas quebras também se estivesse no seu lugar - mas logo se ergue. Quem está atento aos seus escritos sente que por vezes esmorece, treme, as lágrimas correm. Mas não pode esquecer que como se diz Deus dá os grandes combates aos melhores lutadores. E a Paula é uma lutadora, uma lutadora que vai vencer porque é dessa maça que se fazem os heróis. Este é apenas um tempo de provação para testar a sua força, a sua resiliência. Ela está a travar o bom combate com a certeza da vitória. Este é o tempo da solidariedade. Este é o tempo de cerrar fileiras. Este é o tempo de estar ao lado, oferecer o ombro amigo e estar presente. Agora é o tempo da luta. O tempo do combate. Aquele combate em que tem que estar focada. Logo virá o tempo de saudar a vitória. Aqui quero deixar o meu agradecimento pelo trabalho que fez comigo em prol dos animais. Foi ele que proporcionou o cruzar-me com uma pessoa ímpar como a Paula. Alguém grande, demasiado grande, para passar indiferente. Aqui lhe venho expressar os meus sinceros votos de rápidas melhoras. Que vão ser rápidas sim, porque os animais que tanto ama precisam dela. Os animais precisam de pessoas como a Paula. A sua obra ainda não está concluída. Ainda há muito a fazer. A Paula voltará mais forte como só os heróis são capazes. E aqui, humildemente, me ponho à sua disposição para o que necessitar. Porque os amigos não se renegam. Aos amigos não viramos as costas em momento de aflição. Aos amigos temos sempre que dizer presente. Rápidas melhoras é o meu desejo. Tudo o mais aqui nem preciso dizer porque já o sabe das muitas conversas que temos tido. Seja forte. Sabe que não está só. Nunca esteve, nem estará só. Prepare-se para a luta sem medo porque o sabor da vitória chegará em breve. Que a luz esteja sempre consigo a iluminar os seus passos, a incentivá-la a travar o bom combate. Esta é a hora!

Wednesday, September 01, 2021

De novo em torno do ensino

Coisas estranhas andam por aí. O ensino e a cultura - ou a falta dela - são o espelho duma nação e da sua política para futuro. Agora que as aulas estão quase a começar por que não refletir sobre o tema. Há dias cruzei-me com uma estatística sobre o ensino em Portugal. Fiquei aterrorizado. Quando se olhou para os chamados 'centros de estudo' foi o colapso. Segundo a estatística cerca de 80% dos alunos recorrem a ele. (Mesmo no ensino superior, o que é ainda mais surpreendente). Mas o que mais me incomodou foi o de ver que a esmagadora maioria dos que a ele recorrem são oriundos das camadas possidentes, isto é, a franja mais elevada da sociedade, onde esses jovens têm pais com formação superior e empregos na mesma ordem de grandeza. Fiquei a pensar porquê? Sei que o meu tempo já passou, sei que as gerações vão mudando com esse mesmo tempo, mas também sei que algo de incompreensível anda por aí a fazer mossa. Antigamente, quando muito poucos tinham acesso ao ensino, para além do básico, não eram tantos assim, e então ao ensino superior, era uma minoria. E sempre se dizia que quem era oriundo de famílias com nível mais elevado, normalmente tinha acesso a informação, a material, etc., que a maioria dos outros não podia ter e como tal eram os melhores. O ensino era caro, e a capacidade financeira de cada um fazia a diferença. Mas sei também que cada um estudava para ser o melhor possível porque não poderia ser doutro jeito. Hoje os alunos têm muitos motivos de interesse. O estudo aparece em último lugar para um número significativo deles. Vai daí o recorrer aos chamados 'centro de estudo' uma espécie de muleta que vem substituir o trabalho que o aluno deveria fazer em casa, ou numa biblioteca. Como há uns tempos atrás me dizia um professor inglês que leciona numa Universidade portuguesa, 'eles estão em busca de ludibriar o sistema'. E é mesmo assim. Hoje as pessoas estão mais preocupadas com os exames e menos com o saber. Depois de colecionarem exames nem sempre o mercado laboral aí está para os receber pelo simples facto de que passaram exames mas esqueceram-se de aprender. (E o mercado de trabalho não se deixa enganar assim tão facilmente). As pessoas, porque têm uma escolaridade obrigatória mais prolongado do que no passado, acabam por ser uma geração com muitas lacunas, para não dizer até, com laivos de ignorância. Quando se diz por aí que temos 'a geração mais bem preparada de sempre' - frase tão cara aos políticos - não deixa de ser verdade do ponto de vista académico, o que não quer dizer que assim seja do ponto de vista do conhecimento. No passado, dizia-se que quanto mais dificuldade tinha o aluno, logo que a superasse, ficava com o conhecimento do assunto para a vida. Hoje quando o aluno não percebe uma matéria, recorre aos 'centro de estudos' não vá cansar-se em demasia. Tudo é muito rápido, uma espécie de mastigar e deitar fora, tal qual o chiclete. Ouço falar muito na internet, nas pesquisas e coisas afins, mas não vejo o equivalente em conhecimento de quem o faz. Conheço um caso curioso duma pessoa que quando foi interpelada sobre uma questão sobre o Mar Morto, respondeu que era coisa do passado e que o tal Mar Morto já não existia! Se fosse meu aluno, no tempo curto em que me dediquei ao ensino, estava arrumado sem apelo nem agravo. O desconhecimento é enorme mesmo das coisas mais básicas, o que me leva a concluir que esses famigerados 'centros de estudo' podem ensinar a como dar a volta ao sistema de ensino, mas esquecem-se de ensinar como obter conhecimentos sem muletas. Afinal esse é o negócio. E como os pais com mais capacidade financeira são os que podem dar-se a esse luxo pois as coisas continuarão a pautar-se pelo mesmo diapasão ou talvez nem isso.