Turma Formadores Certform 66

Sunday, January 31, 2021

Intimidades reflexivas - 1324

"No meio dos flagelos aprendemos que existe nos seres humanos mais coisas para admirar do que para desprezar." - Albert Camus (1913-1960)

Saturday, January 30, 2021

No meio duma guerra de proporções mundiais

Estamos a viver uma situação em tudo semelhante a uma guerra de proporção mundial. Um vírus - talvez criado em laboratório ou não - que porventura dele se tenha escapado - intencionalmente ou não - que anda a dizimar o mundo qual cavaleiro do Apocalipse. Todos sabemos isso, todos sentimos isso nosso dia a dia. E é sobre isto que vos quero falar. Antes que venham os apaniguados do costume a terreiro, faço desde já, a minha declaração de interesses. Não sou um defensor deste governo para o qual não contribui com o meu voto. Isso não significa que não tenha admiração face à situação que vivemos e à sua atuação. (Este é o momento da união entre todos e não dos interesses mesquinhos de alguns, sejam pessoas ou grupos). Mas dele gostaria de destacar aqui a figura duma jovem ministra que nunca pensou ver-se em tal situação, refiro-me a Marta Temido, (pessoa que não tenho o prazer de conhecer, embora quem sabe se algum dia isso acontecerá). Uma jovem com um perfil fantástico, muito bem preparada para o cargo mas que, seguramente, nunca pensou ver-se em tal. As pressões sobre os ombros de quem lidera cargos públicos é enorme - sei-o bem por experiência própria - e isso ainda faz com que a admire mais. (Treinadores de bancada existem muitos até demais e gostaria de ver alguns com este cargo para ver o que faziam.) Apesar de tudo o que está a acontecer e ela ter mantido a serenidade e o discernimento bem elevado e isso joga a seu favor. Porque quem critica, normalmente fá-lo por questões políticas e não tanto no interesse de quem quer que seja. Veja-se o caso do Natal. Toda a gente fala da abertura relativa no Natal, mas esquecem-se que foi aprovada por todos os partidos na Assembleia da República, partidos que hoje criticam a situação como se nada tivessem a ver com isso. Outro caso é o da restauração que está a passar um momento bem duro e a quem a abertura natalícia deu muito jeito mas, mais uma vez, aqueles que defendiam então uma abertura para os restaurantes, - que então estavam a fazer greve de fome em frente à Assembleia da República -,  são os mesmos que agora acham que nada deveria ter sido feito. Uma hipocrisia bem maior do que a pandemia que assola o mundo. Depois temos os líderes das ordens profissionais, nomeadamente dos médicos e enfermeiros, que ostentam uma postura mais de líderes políticos com interesses bem definidos do que líderes de ordens e o seu contributo para a situação tem sido mais que nulo, já não falando nas contradições. (Ambos membros do PSD e com  ambições políticas claras e bem definidas). Em todo este emaranhado, surge a figura pequena e franzina de Marta Temido a ministra da Saúde. Por vezes com as suas quebras - quem as não tem - mas sempre assertiva e determinada ela lá está no seu posto a fazer o melhor que pode. E admiro-a por isso. Quando chegou ao cargo nunca pensou ter que lidar com uma situação destas, situações que certamente ninguém desejaria a começar por ela. Mas Marta Temida assumiu e está firme e isso é algo que faz com que a admire dia após dia. Marta Temido tem um trabalho colossal no seu ministério, avassalador com pressões esmagadoras e não é fácil tomar decisões - aquelas que todos acham que são fáceis porque estão de fora a mostrar a sua inutilidade - mas ela, alheia a isso, vai remando. Se há erros, com certeza que sim, quem os não comete, mas é sempre preferível errar a tentar fazer o melhor do que não fazer nada para não errar. Marta Temido é dessas pessoas por isso a admiro. Um dia mais tarde, quando tudo isto terminar, alguém se há de lembrar dela e reconhecer-lhe o trabalho feito. Eu não preciso de esperar tanto. Conheço bem os meandros do meio para ter ilusões. Por isso aqui estou a assumir o meu apoio a esta jovem ministra que bem dele carece e merece.

Friday, January 29, 2021

Porque estamos aqui?

Um dos mistérios maiores é a vida e, concomitantemente o seu sentido. Penso que isto é transversal a todos especialmente aos que gostam de colocar interrogações. Eu sou um deles. Com já muitos anos passados sobre mim e com a esperança de vida a encurtar-se, tenho sempre aquela sensação desagradável de um dia partir sem ter percebido o motivo porque aqui cheguei. Sou dos que pensam que chegamos cá com um desígnio, - seja ele qual for -, e eu ainda não consegui descobrir o meu. A vida tem altos e baixos, momentos alegres e tristes, Momentos de euforia e de comiseração. Por tudo isto vamos passando, mas a pergunta maior fica sempre sem resposta, afinal qual o motivo de estarmos cá? Pode parecer uma bizarria mas não é tanto assim. Esta é uma das questões mais importantes que motivou grandes cérebros da Humanidade a buscar a sua resposta, resposta que como o Santo Graal, nunca apareceu. Será isto a que chamamos o mistério da vida? Sou dos que acreditam que aquilo que a vida nos dá de bom é para nossa glorificação, mas também para nossa reflexão, e aquilo que de mau nos oferece será para a nossa aprendizagem e crescimento. Mas a pergunta continua sem resposta. (Costumo dizer que quando soubermos a resposta já não estamos cá para a transmitir aos demais.) Mistérios insondáveis que desafiam o nosso entendimento. E quando nos debruçamos sobre tão grande mistério não podemos deixar de relativizar o amor ou ódio, a ambição, a luta por ter isto e aquilo, que um dia deixaremos para trás. Sei que é motivador esse sentimento de posse, mas temos de o colocar no seu devido patamar onde outros valores se assumem como mais importantes. Todos lutamos por algo, todos sofremos por algo, e no fim tudo se reduz a pó que se vai espraiando pelo vento  do tempo. Julgo que a Humanidade, mais cedo ou mais tarde, há de perceber isso. Cada vez há de haver mais pessoas a colocar esta interrogação. E quando isso acontecer, deixaremos de lutar entre nós pela sede de poder, deixaremos de destruir a vida de outros seres para nosso alimento ou gáudio, deixaremos de destruir o mundo natural que nos abraça e sem ele a vida seria impossível. Tudo mistérios dentro de outros mistério, - ao tipo da babushka -, onde o simples gesto de colocar esta interrogação pode até parecer um símbolo de anormalidade. Porque estamos muito focados no dia a dia e não nesta questão maior. Assumimos o tangível como desiderato e o intangível como fantasia. E fazemo-lo tão só para esconder o nosso desconforto face a tal magnitude que não somos capazes de entender. Porque nos incomoda, mas também nos interpela. Porque nos faz sentir mais ignorantes face ao conhecimento que vamos adquirindo. Porque nos relativiza em vez de nos enaltecer. Tudo isto e muito mais é esse insondável mistério da vida e aquilo que ela encerra. E a pergunta mantém-se, afinal qual é o sentido da vida, afinal qual é o seu desígnio último, afinal porque estou aqui, qual a minha missão?

Thursday, January 28, 2021

Intimidades reflexivas 1323

"Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem." - Jean-Paul Sartre (1905-1980)

Wednesday, January 27, 2021

Intimidades reflexivas - 1322

"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção." - Rubem Alves (1933-2014)

Tuesday, January 26, 2021

Intimidades reflexivas - 1321

"Como são pobres os que carecem de paciência! Que ferida alguma vez cicatrizou que não fosse por etapas?" -  William Shakespeare (1564-1616)

Monday, January 25, 2021

Intimidades reflexivas - 1320

"Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respirar nossas fraquezas." - Clarice Lispector (1920-1977)

Sunday, January 24, 2021

Intimidades reflexivas - 1319

"Uns governam o mundo, outros são o mundo. Entre um milionário americano, com bens na Inglaterra, ou Suíça, e o chefe socialista da aldeia, não há diferença de qualidade mas apenas de quantidade. Abaixo destes estamos nós, os amorfos, o dramaturgo atabalhoado William Shakespeare, o mestre- escola John Milton, o vadio Dante Alighieri, o moço de fretes que me fez ontem o recado, ou o barbeiro que me conta anedotas, o criado que acaba de me fazer a fraternidade de me desejar aquelas melhoras, por eu não ter bebido senão metade do vinho." - Fernando Pessoa (1888-1935) in 'Livro do Desassossego'

Saturday, January 23, 2021

Coisas pequenas, felicidade grande

5,30 Horas da madrugada. Temperatura amena. Vento forte. Chuva em abundância. Um cocktail perfeito para o meu habitual exercício. Fato de treino impermeável, auscultadores com a habitual música clássica. 10 quilómetros para percorrer. Ninguém na rua, afinal tudo está em confinamento. Só eu e a chuva que caía tocada pelo vento numa sinfonia perfeita com aquelas riscas brilhantes que a iluminação pública provoca. Quilómetro atrás de quilómetro lá fui percorrendo a minha via sacra. Os sons das grandes obras a emoldurar o cenário. À medida que ia deixando para trás os quilómetros percorridos, comecei a ver um ou outro carro que fazia aparição na estrada. Mais adiante uma ou outra pessoa que corria para se abrigar na esperança de que o transporte público chegasse depressa para a conduzir ao local de trabalho. E eu ia deixando tudo isto para trás porque tinha ainda muito percurso a fazer e era urgente fazê-lo. Alguns olhavam para mim incrédulos, nada diziam, mas o seu olhar era eloquente. E assim, o percurso foi sendo cumprido até ao destino último. Depois foi o banho retemperador e o recomeçar dum novo dia. Coisas simples e pequenas que nos podem elevar à felicidade suprema. Bom dia para todos!

Friday, January 22, 2021

Já passaram 31 anos

Passam hoje 31 anos sobre o falecimento da minha avó materna e madrinha, Margarida. Dela guardo o melhor das minhas memórias. Mulher de rija têmpera foi o farol na minha vida. Era aquela que me dava, coragem, incentivo, força, nos momentos mais agrestes da vida. Fui com ela e com o meu avô que fui praticamente criado até à idade adulta. Ela era a minha inspiração sempre presente, sempre atenta, num amor que ia para além do impossível. Hoje recordo-a com emoção, mas também com gratidão, por tudo o que fez por mim, e foi muito. Lá onde estiveres avó Margarida espero que estejas em paz!

Thursday, January 21, 2021

"A luz de Pequim" - Francisco José Viegas

Um livro interessante que me chegou às mãos, embora um pouco intrincado o que faz, por vezes, o leitor perder o fio condutor. Na sinopse lê-se: "Um corpo pendurado dos pilares da Ponte de D. Luís, no Porto, desafiando uma cidade em transformação, cosmopolita e cheia de turistas. O cadáver de uma mulher abandonado nas colinas do Douro - e a evocação de uma série de crimes no submundo da noite portuense. O que parecem duas ocorrências independentes acabam por revelar ligações que não surpreendem o inspetor Jaime Ramos - que, em simultâneo, enfrenta o seu passado de militante comunista, um inquérito interno à sua atuação na polícia, o estranho pedido de um velho amigo e a busca por um personagem desaparecido, que o levará das ruas do Porto ao Minho e ao Douro e, finalmente, a Pequim. Um romance denso e crepuscular em que a figura de Jaime Ramos, agora no seu nono livro, se interroga sobre o sentido de ser português num país dominado por elites cúmplices, endogamias e poderes ocultos." Este é o nono livro da saga o inspetor Jaime Ramos que tem muitos seguidores entre nós. Sobre o autor, Francisco José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, é responsável pela revista Ler e foi também diretor da revista Grande Reportagem e da Casa Fernando Pessoa. De junho de 2011 a outubro de 2012 exerceu o cargo de Secretário de Estado da Cultura. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio (TSF e Antena Um) e televisão (Livro AbertoEscrita em DiaLer para CrerPrimeira PáginaAvenida BrasilPrazeresUm Café no MajesticA Torto e a DireitoNada de Cultura). Da sua obra destacam-se livros de poesia (Metade da VidaO Puro e o ImpuroSe Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um RioCrime em Ponta DelgadaMorte no EstádioAs Duas Águas do MarUm Céu Demasiado AzulUm Crime na ExposiçãoUm Crime CapitalLourenço MarquesLonge de Manaus (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2005), O Mar em CasablancaO Colecionador de ErvaA Poeira que Cai sobre a Terra e Outras Histórias de Jaime Ramos e A Luz de Pequim (Prémio Fernando Namora para melhor obra de ficção, romance ou novela, editada em 2019 e Prémio PEN 2020 Narrativa). Um livro a merecer ser descoberto pelos leitores. A edição é da Porto Editora.

Wednesday, January 20, 2021

Um grande dia para os EUA e para o mundo

Hoje é um dia grande para os Estados Unidos da América. É a altura dum imbecil ser corrido da Casa Branca e um homem de bem vir resgatar essa grande nação. Com maioria no Senado e no Congresso, Joe Biden tem a vida simplificada. Tenho recebido inúmeras mensagens de americanos que estão esperançosos e expectantes. Como me dizia uma americana com que falei à pouco, tudo será melhor porque pior já não poderia ser depois de quatro anos de desgovernação dum imbecil mimado e extremista. Que neste dia a América se reerga das cinzas e volte a ser o país respeitado que foi no passado. Felicidades para Joe Biden o 46º presidente dessa grande nação e para a sua vice-presidente Kamala Harris a primeira afro americana a ocupar este cargo. Long live America!...

Tuesday, January 19, 2021

Intimidades reflexivas - 1318

"Já caí inúmeras vezes achando que não me iria reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais." - Clarice Lispector (1920-1977)


Monday, January 18, 2021

Intimidades reflexivas - 1317

"No meio dos flagelos aprendemos que existe nos seres humanos mais coisas para admirar do que para desprezar." - Albert Camus (1913-1960)

Sunday, January 17, 2021

Intimidades reflexivas - 1316

"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar." - Fernando Pessoa (1888-1935)

Saturday, January 16, 2021

Intimidades reflexivas - 1315

"A vida começa todos os dias.…" - Érico Veríssimo (1905-1975)

Friday, January 15, 2021

Saúde e economia

Voltamos de novo ao confinamento. Nada que surpreenda face ao elevado número de contágios e de mortos dos últimos dias. Fruto da abertura na época natalícia, sem dúvida, mas não só. A nova variante do vírus parece ser mais contagiosa e ela também já por aqui anda. Se tudo isto é justificável e compreensível do ponto de vista sanitário, já do ponto de vista económico não o será tanto assim. A nossa economia que estava em recuperação no início do ano passado, viu-se em queda após o confinamento de Março último. Muitos negócios se perderam e muitos empregos foram destruídos. A economia entrou em colapso como era evidente. Depois foi a tentativa de a reerguer o melhor possível em tempos pandémicos e incertos. Com este segundo confinamento as coisas serão bem piores. Ouvimos o primeiro ministro à uns tempos atrás falar de que não se iria confinar porque a economia não aguentaria. Vimos o líder da oposição a dizer o mesmo. E ambos tinham razão. O confinamento só acontece face ao degradar da situação sanitária fruto do desleixo de muitos que achavam que nada aconteceria. na desbunda natalícia. A situação económica e financeira do país vai entrar em grande perturbação. Muitos empregos se vão perder de novo e muitos não voltarão a criar-se tão cedo. A recuperação será lenta, muito lenta, e com custos que se estenderão por várias gerações porque aquilo que está a acontecer não se resolve tão rapidamente quanto todos nós gostaríamos. E não nos esqueçamos que os apoios que tivermos teremos que os pagar, mais cedo ou mais tarde. Este novo confinamento vai tornar a situação económica do nosso país muito grave com impactos que ainda não temos bem a perceção. Disso não tenhamos dúvidas. Temo o que vem por aí. As nuvens negras estão a formar-se no horizonte e a tempestade não demorará muito a cair sobre nós. O irónico no meio disto tudo é que nos arriscamos a morrer da cura e não tanto da doença. Mas também compreendo que fazer diferente não era possível. Uma teia em que estamos enredados e da qual não conseguiremos escapar tão cedo. 

Thursday, January 14, 2021

Intimidades reflexivas - 1314

"Quer o mundo vá despedaçar-se ou não, quer você esteja do lado dos anjos ou do próprio diabo, tome a vida pelo que ela é, divirta-se, espalhe alegria e confusão." - Henry Miller (1891-1880)

Wednesday, January 13, 2021

Intimidades reflexivas - 1313

"Uma semente cresce sem som, mas uma árvore cai com um ruído enorme. A destruição tem ruído, mas a criação é silenciosa. Esse é o poder do silêncio, crescer silenciosamente." - Confúcio (571 a.C.-479 a.C.)

Tuesday, January 12, 2021

Intimidades reflexivas - 1312

"A vida é toda um processo de demolição. Existem golpes que vêm de dentro, que só se sentem quando é demasiado tarde para fazer seja o que for, e é quando nos apercebemos definitivamente de que em certa medida nunca mais seremos os mesmos." - F. Scott Fitzgerald (1896-1940)

Monday, January 11, 2021

Intimidades reflexivas - 1311

"O desejo de conhecimento é o que define o homem, desde Aristóteles. Somos aquele que deseja conhecer, deseja conhecer tudo, deseja conhecer sem fim. Os gregos foram os primeiros a falar dessa libido, desse tonel que nunca seria preenchido, que a sabedoria máxima era ter o conhecimento do que não se sabe." - Eduardo Lourenço (1923-2020)

Sunday, January 10, 2021

Intimidades reflexivas - 1310

"Felizes os valentes, os que aceitam com mesmo ânimo a derrota ou os aplausos." - Jorge Luis Borges /(1899-1986)

Saturday, January 09, 2021

Intimidades reflexivas - 1309

"O passado é história, o futuro é mistério, o agora é uma dádiva e por isso se chama presente." -  Kung-Fu-Panda

Friday, January 08, 2021

Intimidades reflexivas - 1308

"Sonhador é aquele que vira nuvem quando a chuva não vem. " - Sérgio Vaz

Thursday, January 07, 2021

Intimidades reflexivas - 1307

"O rio atinge os seus objetivos porque aprendeu a contornar os obstáculos." - Lao Tsé

Wednesday, January 06, 2021

Feliz aniversário, Paula!

Neste dia de Reis (Epifania) nada melhor que celebrar o aniversário duma verdadeira Rainha. Sem trono dirão alguns, mas enganam-se, porque o seu é feito de um coração largo, numa ajuda sem limites aos animais errantes, melhor trono não se pode ter a ambição de possuir. Falo da minha querida Amiga Paula Maia. Jamais esquecerei aquilo que fez pela matilha de Rio Tinto e pelo apoio que deu ao Repinhas. Ainda hoje, e a meu pedido, vai cuidando duma gata que por lá anda e que deixei à um par de anos. E ela fá-lo com todo o carinho e amor, aquele carinho e amor que só um coração enorme é capaz de encerrar. Hoje não me interessa falar do ouro, do incenso e da mirra, para onde as páginas bíblicas nos remetem. Pretendo falar duma Mulher, duma verdadeira Senhora, que faz o favor de ser minha Amiga. Que mais realeza teria ambição de conhecer quando se tem uma Rainha destas cheia de luz? A sua obra e os animais que ajuda serão sempre o seu testemunho esteja ela onde estiver. E isso basta. E isso é o mais importante. O resto é espuma dos dias. Feliz aniversário, Paula!

Tuesday, January 05, 2021

Feliz Noite de Reis

E assim termina o ciclo natalício entre nós com a noite de Reis Magos. Tradição nunca inteiramente assumida por estas paragens mas que não deixa de ter o seu significado. Para outras culturas é o dia maior, o dia dos presentes para a miudagem e não só, a noite mais longa. Entre nós passa quase despercebido. Com ele se encerra este ciclo que se espera que se renove em modos bem diferentes para melhor neste novo ano que se iniciou. Com esta expectativa vos desejo uma boa noite de Reis Magos!

Monday, January 04, 2021

Intimidades reflexivas - 1306

"– És parecida com a Terra. Essa é a tua beleza. Era assim que dizias. E quando nos beijávamos e eu perdia a respiração e, entre suspiros, perguntava: em que dia nasceste? E me respondias, com voz trémula: estou nascendo agora. E a tua mão ascendia por entre o vão das minhas pernas e eu voltava a perguntar: onde nasceste? E tu, quase sem voz, respondias: estou nascendo em ti, meu amor. Era assim que dizias. Marcelo, tu eras um poeta. Eu era a tua poesia. E quando me escrevias, era tão belo o que me contavas que me despia para ler as tuas cartas. Só nua eu te podia ler. Porque te recebia não em meus olhos, mas com todo o meu corpo, linha por linha, poro por poro." - Mia Couto in 'Jerusalém'.

Sunday, January 03, 2021

Intimidades reflexivas - 1305

"Uma injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em qualquer lugar. " - Martin Luther King (1929-1968)

Saturday, January 02, 2021

Em torno do Ano Novo (Ou o Ano Novo aos olhos duma criança)

Vou contar-vos algo que nunca contei até hoje e que se prende com o Ano Novo. Estas festas como é o caso do Natal e do Ano Novo assumem um especial contorno que me leva a que esteja sempre à espera que passem depressa. Coisas dum outro tempo que me deixou marcas profundas. Mas a festividade do Ano Novo tinha um sabor especial. Um dia tudo isso passou. Tal como no Natal de antanho fiquei dececionado quando me apercebi que era o meu avô materno e padrinho que colocava os brinquedos na chaminé, algo semelhante se passou com o Ano Novo. Ainda criança não tinha a perceção dos fusos horários e de como estes afetavam o tempo nos diferentes países. Nessa altura, a televisão era coisa que poucos tinham e a rádio era o único veículo de comunicação. Mais tarde, e mais crescido, já com televisão, vi que ainda de manhã entre nós já era meia noite noutras paragens, o que implicava que a passagem de ano fosse sendo feita ao longo de várias horas. E também aqui a magia da passagem de ano se esboroou. Até aí pensava que a meia noite era no mesmo momento para todos. E assim se foram esbatendo os mistérios do calendário que a mente duma criança foi criando até ao dia em que tudo desabou. Coisas curiosas de recordar à distância de décadas.

Friday, January 01, 2021

Feliz Ano Novo 2021

E um novo ano começa com as expectativas de sempre, os votos de sempre, as esperanças de sempre. Que este seja um ano bem diferente para melhor do que aquele que findou. 2020 foi um ano controverso, aquele que, (segundo a astrologia - foi um ano regido pelo Sol), terá sido um ano de aprendizagem. Aprendizagem da nossa pequenez, das nossas fragilidades, recolocando o ser dito humano no seu lugar, retirando-lhe a verborreia e petulância, mostrando que, afinal, não somos mais do que os outros seres vivos que sempre queremos escravizar à nossa vontade. Agora chega um 2021 aquele que, - ainda recorrendo à astrologia -, será regido por Vénus, a deusa do amor. Talvez seja uma boa oportunidade de colocar este sentimento - o amor - à frente de tudo o resto que tão carente anda o mundo dele como as nossas vidas vazias, embora nem sempre tenhamos a perceção disso. Que este espírito ecuménico não seja um fogo-fátuo só por um dia mas que, pelo contrário, abarque todos os do calendário e assim possamos ver com mais clareza o mundo, a vida, o outro, seja o outro o nosso semelhante, o animal ou a natureza. Insisto neste tríptico porque ele anda muito esquecido e arredado das nossas mentes e dos nossos corações. Que este seja um ano de redenção e que, finalmente, possamos ver, e sobretudo entender, quão frágil somos. Feliz Ano Novo para todos!