O Segredo - O Livro

"Tem nas suas mãos um Grande Segredo... O Segredo foi transmitido ao longo dos séculos, cobiçado ao mais alto nível, escondido, perdido, roubado e comprado por somas exorbitantes. O Segredo, antigo de séculos, foi compreendido por algumas das pessoas mais importantes da história: Platão, Galileu, Beethoven, Edison, Einstein, bem como outros inventores, teólogos, cientistas e grandes pensadores. Agora, finalmente, O Segredo está a ser revelado.«À medida que descobrir O Segredo, ficará a saber como pode ter, ser, ou fazer tudo aquilo que deseja. Descobrirá a verdadeira magnificência do que o espera na vida.»Conheça o livro que está a transformar o mundo." Esta é a apresentação que se pode visualizar no site da Livraria Bertrand. Vi este livro várias vezes exposto e não lhe dei demasiada importância, até que a curiosidade me fez chegar até ele. Hoje não me arrependo, e não pensem que estes livros têm apenas a ver com os momentos de crise da Humanidade, a encruzilhada em que o mundo se colocou, é mais do que isso. Alguns dos princípios estão bem mais patentes do que aquilo que julgamos. Quando vos falei em tempos da física quântica, talvez estivesse a premonizar este outro. Estes tempos que alguns dizem de apocalipse, poderão não ser o do caos e da catástrofe, embora o dia-a-dia nos leve a pensar isso, mas sim, este outro significado derivado da etimologia grega de "revelação". Penso que estamos a chegar ao momento em que tudo se revelará e o Homem aparecerá no seu esplendor. Já Einstein tinha andado por lá e os físicos quânticos, insconcientemente ou não, também por lá navegam. Leaim-no, discutam-no e, sobretudo, sintam-no. Já agora, informo os interessados que o DVD sobre este livro será editado dia 5 de Dezembro, desta vez com tradução em português, visto já ter estado disponível no mercado, mas só na versão original, em inglês.

Jean-Baptiste Lully - 375º aniversário do seu nascimento

Nasceu em Florença a 28 de Novembro de 1632 e viria a morrer em Paris onde praticamente sempre viveu, a 22 de Março de 1687. Chegou a ser superintendente da música da corte de Luis XIV. A sua música é um arco-íris de sons dos mais diversos géneros. Desde a tragédia lírica, passando pelos motetes, até à abertura francesa, Lully compôs de tudo um pouco. Numa época em que os músicos pouco mais eram que bobos da corte, Lully conseguiu emergir muito para além desse epíteto, prolongando no tempo a sua memória, bem como, a sua influência em compositores como Henry Purcell, Georg Frederich Haendel, Johann Sebastian Bach, Jean-Philippe Rameau, entre outros. Viria a morrer de gangrena, numa história recambulesca. Conta a lenda que Lully se teria ferido no dedo mindinho do pé com o bastão que então os compositores usavam para reger as orquestras. Daí a ferida evolui vindo a gangrenar, levando à morte do artista, que ainda segundo a lenda, se teria convertido ao Cristianismo, durante o período da sua doença. Neste 375º aniversário do seu nascimento, aqui fica o repto para ouvirem a música de Lully, e assim mergulharem nos sons de outros tempos e de outras vivências.

Maurice Béjat - A morte aos 80 anos

O coreógrafo francês Maurice Béjart morreu esta quinta-feira, dia 22, aos 80 anos, na sequência de problemas cardio-respiratórios que determinaram a sua hospitalização a 16 de Novembro. Apesar da fragilidade da sua saúde, o coreógrafo encontrava-se a trabalhar na sua última peça, "Tour du Monde en 80 minutes", com estreia marcada para Lausanne no dia 20 de Dezembro e digressão a Paris prevista para Fevereiro.
Nascido em Marselha em Janeiro de 1927, Béjart (nome artístico) estreou-se em 1946, em Vichy, depois de ter aprendido dança clássica com Madame Egorova, de Madame Rousanne et de Léo Staats. A dança que ajudaria a revolucionar, ao longo da última metade do século XX, não foi, porém, a sua primeira escolha. Na verdade, o filho do filósofo Gaston Berger seguiu o caminho do pai e formou-se em Filosofia. Só depois, e por indicação médica, se dedicou à dança. Em 1960, fundou a companhia Ballet du XXe Siècle, em Bruxelas, um ano depois de ter apresentado uma encenação marcante da "Sagração da Primavera".
Radicado, desde 1987, na Suíça, onde fundou o Béjart Ballet Lausanne, o coreógrafo tornou-se um dos nomes mais importantes da dança contemporânea mundial e a sua companhia numa das mais prestigiadas. As opções por Bruxelas e pela Suíça só surgiram devido ao facto de nunca ter conseguido que lhe dessem um teatro no seu país. A Portugal, Béjart veio várias vezes, a última das quais em 2004. A mais marcante remonta a 1968, quando foi expulso pela PIDE pelo facto de ter pedido um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra colonial, no início de um espectáculo que apresentou no Coliseu. Voltaria em 1974, já depois do 25 de Abril, e várias vezes depois.

Santa Cecília vs. Benjamim Britten

Personalidades tão distantes e simultâneamente tão próximas, pela efeméride que os une e pela sua ligação a essa nobre arte que é a música. Uma, a padroeira dos músicos e da música, o outro, um grande compositor inglês.

Santa Cecília é uma santa cristã, padroeira dos músicos. Não se tem muitas informações sobre a vida de Santa Cecília. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas, não deixam dúvidas sobre a sua existência.
Segundo a Paixão de Santa Cecília, escrita no século V, Cecília seria da nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância.
Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimónia.
Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia excepção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.
Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a protecção directa de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.
Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano vivamente impressionado com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o baptismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha passado e conseguiu que também este se tornasse cristão.
Turcius Almachius, prefeito de Roma, teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da formal recusa, foram condenados à morte e decapitados.
Também Cecília teve de comparecer na presença do irredutível juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste facto, enfureceu-se extraordinariamente e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses.
De facto foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo, que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses.

Almachius vendo novamente frustrado o seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores de água. Cecília experimentou uma protecção divina extraordinária e, embora a temperatura tivesse sido elevada aponto de tornar-se intolerável, a serva de Cristo nada sofreu. Segundo outros, a Santa foi metida num banho de água fervente do qual teria saído ilesa.
Almachius recorreu então à pena capital. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de S. Calisto.
As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.

Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo foi encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado. O esquife foi achado num ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília. Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.
Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stfano Maerno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.
A Igreja ocidental, como a oriental, tem grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da santa Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das actas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha o meu corpo e a minha alma, para que não seja confundida”.
Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. A sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos.

Hoje também se comemora o nascimento de Benjamim Britten, nascido a 22 de Novembro de 1913 em Lowestoft, Suffolk na Inglaterra. É uma referência da música da Grã-Bretanha. Tendo passado por todas as agruras da guerra, decidiu compôr uma obra de grande folgo chamada "War Requiem", que eterniza todos aqueles momentos difícieis que viveu na sua juventude. Outras obras do autor, menos conhecidas, mas não menos brilhantes, temos a "Sinfonia Smples", o "Pizzicatto Alegre", etc. apenas para citarmos algumas do seu vasto reportório, que é imperioso descobrir.

Jordi Savall - Honoris Causa

Jordi Savall é um maestro famoso e um dos maiores gambista da actualidade. Entenda-se com gambista o músico que toca viola da gamba, um instrumento muito popular nos séculos XVI, XVII e XVIII. Trabalhando em conjunto com o agrupamento Hespèrion XXI fundado em 1974, este músico catalão vem dando corpo ao conhecimento e divulgação da chamada música antiga. Com um vastíssimo reportório gravado em disco, chegou a vez de ser doutorado honoris causa na Universidade de Évora, facto que ocorreu ontem, pela divulgação cultural que tem vindo a fazer pelo mundo. Nascido em Barcelona em 1941, Jordi Savall tem sido um músico do mundo, um embaixador da música doutras épocas. É obrigatória a audição deste músico/maestro e não é difícil de encontrar gravações a que ele deu corpo.

A Ordem Negra - Um thriller arrepiante

"Um misterioso incêndio numa livraria de Copenhaga despoleta uma busca incansável pelos quatro continentes. Fogo posto e assassínio revelam uma insidiosa intriga para roubar uma Bíblia que pertence a Charles Darwin. O comandante Gray Pierce mergulha num mistério que já vem dos tempos da Alemanha nazi... e envolve experiências horrendas levadas a cabo num laboratório actualmente abandonado e enterrado nas entranhas de uma montanha polaca". Este é o enredo dum excelente thriller que me chegou às mãos através duma grande amiga sempre atenta a esta coisa dos livros. Este livro de James Rollins levanta algumas questões muito interessantes. Aqui se fala dum entendimento do partido nazi muito para além do partido político, mas como uma entidade de culto. Acho que é aquilo que muitos de nós, mais atentos a este fenómeno, já pensavamos, mas que raramente se vê transcrito para livros. Um tema de análise e pesquisa muito interessante. Acresce também, que nos faz reflectir sobre o tema da física quântica, e dum livro que é uma espécie de bíblia do tema, da autoria de Max Plunch. Podemos não perceber nada do assunto, mas por vezes temos a sensação que entramos no campo da filosofia. Um tema muito interessante, que já foi abordado por muito autores, estou a lembrar-me de José Rodrigues dos Santos no seu excelente livro "A Fórmula de Deus". Quem sabe se é aí que vamos encontrar algumas das respostas aos muitos problemas que nos afligem a nível mundial, mesmo como espécie. Quanto mais não seja "A Ordem Negra" levanta questões que nos podem remeter para outros ambientes, e espicaçar o nosso interesse pelo conhecimento.

Salvem as populações do Darfur

No momento em que Portugal preside à União Europeia; são portugueses o presidente da Comissão Europeia (Durão Barroso), o alto-comissário para os Refugiados (António Guterres) e o alto representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações (Jorge Sampaio), devemos aproveitar esta posição de charneira para fazer algo pelas populações do Darfur vítimas de genocídio. Organizações religiosas como os Cambonianos estão a prepara uma petição que vai ser entregue aos responsáveis políticos com vista a ver-se discutido este assunto na Cimeira Europa-África a realizar em Portugal a 8 e 9 de Dezembro. A petição lembra que o conflito causou mais de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados, que "muitos refugiados, sendo mais de um milhão crianças, não têm acesso à ajuda internacional e estão expostos à morte por má nutrição e doenças" e que "a acção das organizações humanitárias, que prestam ajuda de emergência, tem sido intencionalmente dificultada ou mesmo impedida". Todos devemos assinar esta petição que se encontra disponível na página da internet http://www.pordarfur.org/ . No século XXI não devemos permitir esta vergonha, diria mais, esta afronta à Humanidade. Colaborem, como diz a Aministia Internacional "a vossa assinatura tem mais força do que aquilo que pensam".

Hans Christian Anderson

Hans Christian Anderson nasceu em Odense a 2 de Abril de 1805 e viria a falecer em Copenhaga a 4 de Agosto de 1875. Oriundo de família humilde, o seu pai era sapateiro, Christian Anderson teve muitas dificuldades em obter conhecimento e cultura. Contudo, viria a ultrapassar este problema e viria-se a tornar no escritor de referência de contos infantis. Quantos de nós, na sua infância, já não adormecemos ao sabor do "Imperador e o rouxinol", o "Soldadinho de chumbo", "O abeto", por exemplo, para citar apenas alguns. Quantos de nós, ainda hoje, não vamos lê-lo de novo pelo prazer da leitura mas também em busca duma infância já ultrapassada. Agora que estamos perto do Natal, altura em que as pessoas começam a pensar nos presentes a dar, porque não um livro de contos de Chirstina Anderson. Para os adultos é um retorno à memória de tempo idos, para as crianças, talvez seja o incentivo para se dedicarem ao prazer da leitura, num país que conta com tantos iletrados. Já agora, fica a sugestão duma edição dos "Contos" onde são reunidos alguns dos melhores e mais conhecidos contos de Anderson, a edição é do Círculo de Leitores, (passe-se a publicidade), mas julgo que está também disponível noutras edições.

William Blake - 250 anos depois

William Blake nasceu em Londres em 1757, onde viveu praticamente quase toda a sua vida, morrendo em 1827. Filho de um comerciante rico, desde criança gostava de ler e desenhar. Aos dez anos de idade, foi enviado à escola de desenho e, aos quatorze anos, tornou-se aprendiz do famoso gravador James Basire. Dois anos depois, Blake começou a estudar e desenhar as igrejas de Londres, particularmente Abadia de Westminster cuja estilo gótico grandioso impressionou e o fascinou muito.
William Blake foi o primeiro dos grandes poetas Românticos ingleses, como também pintor, impressor, e um dos maiores gravadores da história inglesa. As suas imagens incluem o poeta do século 17, John Milton, descendo dos céus na forma de um cometa e caindo sobre o tecto do pintor.
William Blake como tinha escrito poesia desde os onze anos, teve seus poemas impressos, em 1792, sob o título de " Poetical Sketches ".
Os poemas eram a expressão espontânea de um génio original e visto como um prodígio. A métrica empregada por ele recorre em grande parte ao verso em branco que era uma característica criativa da era Elizabetiana.
A partir de 1784, Blake começa a publicar vários de seus poemas: "Song of Innocence" e " The Book of Thel " que foi seguido brevemente por "The Mariage of Heaven and Hell". Os livros eram todos gravados e impressos por ele com auxílio da esposa.
Blake foi um rebelde toda a vida; uma voz solitária contra a marcha da ciência e da razão. Talvez por isso tenha sido visto por seus contemporâneos como um lunático e tenha desfrutado de pouco sucesso enquanto vivo. Ele falava com anjos nas árvores e uma vez foi encontrado no jardim com sua mulher, ambos nus, brincando de Adão e Eva. Ao longo de toda a sua vida, William Blake foi incomodado pela pobreza, sendo amenizada por alguns amigos. Reclamou sobre a falta de reconhecimento de seu trabalho, mas percebeu logo que não estava só. Escreveu num desabafo:"Até Milton e Shakespeare não puderam publicar os seus trabalhos".
A partir de 1794 dedicou-se a trabalhos mais poéticos e, entre eles, " The Gates of Paradise " e "Song of Experience". Ilustrava com aguarelas os seus poemas e trabalhos de amigos.
A maioria das pinturas de Blake (como "The Ancient of Days" sobre a fachada para a Europe: a Prophecy ) são de facto impressões feitas de pratos de cobre que ele cauterizou em um método ele escreveu ter sido revelado a ele em um sonho. Ele e a esposa coloriram estas impressões com cores de água. Assim cada impressão é uma obra de arte sem igual.
Blake frequentemente é chamado de místico, mas isto não é realmente preciso. Ele escreveu deliberadamente no estilo dos profetas hebreus e escritores apocalípticos. Ele pressentiu que os seus trabalhos eram como expressões de profecias, enquanto seguia nos passos de Milton. Na realidade, ele acreditou claramente que foi a incorporação viva do espírito de Milton.
Aos 67 anos William Blake começou os desenhos para o " Inferno " da Divina Comédia de Dante, e foi tão dedicado que aprendeu o italiano para aprofundar melhor no universo de Dante; trabalhando nestes desenhos até os últimos dias de sua vida.
O trabalho Blake é a maioria das vezes analisado e julgado sob aspectos mesquinhos. Mas os seus escritos iluminados e gravuras são todos enormes, contudo, quando estudado, são detalhes meticulosos usados por ele, cada trabalho é visto como uma parte de um todo titânico, de um génio.

Vladimir Horowitz - 18 após a sua morte

Hoje comemora-se o 18º aniversário da morte desse grande pianista russo, mais concretamente ucraniano, de seu nome Vladimir Horowitz. Faleceu a 5 de Novembro de 1989. Imigrou para os EUA por não estar

de acordo com a orientação política da antiga URSS. Pianista de grande talento, é considerado o maior pianista do século XX. Uma referência para a música e os músicos, e uma obrigação de descobrirmos as interpretações deste músico de eleição. Não há muito a dizer, apenas escutá-lo, as palavras nestes casos apenas servem para produzir ruído.

National Geographic - 20 anos depois

Comemora-se em 2008, os 20 anos da National Geographic Society. A sociedade que teve origem no Cosmos Club em Washington, no longínquo Janeiro de 1888, passou a editar a famosa revista de conhecimento científico alguns meses depois. Nos últimos seis anos e meio, também se começou a publicar em português, o que torna mais acessível a sua leitura a pessoas não versadas noutros idiomas. Paralelamente, começou também a editar artigos em português, sobre temas do nosso país e com a colaboração de estudiosos nossos compatriotas. É uma publicação de referência, que aconselho a todos. Com uma periodicidade mensal, é uma pedrada no charco da nossa ambiência cultural. Recomenda-se. Também edita vídeos e DVD's sobre temas científicos e da actualidade, sempre com o rótulo da qualidade, bem como algumas edições especiais, que devem merecer a atenção de todos.

1 de Novembro - Dia de Todos os Santos

Hoje comemora-se mais um dia de Todos-os-Santos. Na liturgia judaico-cristã que nos rege, este é o dia dedicados aos Santos que não têm um dia próprio na liturgia. Contudo, a tradição popular dedicou este dia aos fiéis defuntos, que só se comemora amanhã, dia 2. Na base desta atitude estará o facto de hoje ser feriado, e o dia 2 ser um dia de trabalho normal, o que impediria a maioria das pessoas de homenagear os seus mortos. Aqueles que podem fazê-lo, amanhã visitarão os cemitérios, prestando assim homenagem áqueles que já nos deixaram. Embora hoje, seja o dia de maior presença nestes locais, que se prolonga pela noite até os cemitérios encerrarem. Antigamente, os mais idiosos lembrar-se-ão, os cemitéios permanciam abertos todo o dia e toda a noite, hoje os ritmos da vida moderna alteraram esta tradição, mas ainda deixando o rasto do passado.