Íntimo, poético e luminoso. O romance protagonizado por uma mulher que, contra tudo e contra todos, nunca deixa de acreditar na felicidade. Violette Toussaint é guarda de cemitério numa pequena vila da Borgonha. A sua vida é preenchida pelas confidências - comoventes, trágicas, cómicas - dos visitantes do cemitério e pelos seus colegas: três coveiros, três agentes funerários e um padre. E os seus dias pareciam ser assim para sempre. Até à chegada do chefe de polícia Julien Seul, que quer deixar as cinzas da mãe na campa de um desconhecido. A história de amor clandestino da mãe daquele homem afeta de tal forma Violette, que toda a dor que tentou calar vem ao de cima. É tempo de descobrir o responsável pela tragédia que afetou a sua vida. Atmosférico, tocante e - tantas vezes - hilariante, este é um romance de vida: dos que partiram e vivem em nós, da luz que se pode revelar mesmo na mais plena escuridão. Porque às vezes basta a simplicidade de um gesto, basta a frescura da água viva para nos devolver ao mundo, a nós mesmos e aos outros. Quanto à autora, romancista e uma das autoras mais importantes no atual panorama literário francês, Valérie Perrin nasceu em 1967 em Remiremont, Vosges. Em 1986, saiu da Borgonha, onde cresceu, para se fixar em Paris. A Breve Vida das Flores, o primeiro romance da autora publicado em Portugal, está já traduzido em mais de 30 línguas, foi distinguido com os prémios Maison de la Presse e Prix des Lecteurs e tornou-se o livro mais vendido em Itália no ano da sua publicação. Valérie Perrin, que foi também fotógrafa de cena e cenógrafa, juntamente com o seu companheiro Claude Lelouch, vive na Normandia. A edição é da Editorial Presença.