Intimidades reflexivas - 1945

"O relógio da vida não tem ponteiros. Mas é preciso escolher. Porque o tempo foge. Não há tempo para tudo. Não poderei escutar todas as músicas que desejo, não poderei ler todos os livros que desejo, não poderei abraçar todas as pessoas que desejo. É necessário aprender a arte de “abrir mão” – a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial." - Rubem Alves (1933-2014)

As livrarias...

“As livrarias são fortalezas solitárias, que derramam luz sobre a calçada. Civilizam os seus bairros.” – John Updike

No silêncio...

“No silêncio do amor encontrará a centelha da vida.”

- Rumi

"O Sexto Sentido" - José Rodrigues dos Santos

Um homem cai do décimo andar de um hotel em Lisboa. A polícia identifica-o: Kurt Weilmann. Nos momentos finais de vida, balbucia palavras misteriosas: «UNIO MYSTICA... MISTERIUM TREMENDUM». Acidente, suicídio ou homicídio? A Judiciária encontra no quarto de Weilmann uma derradeira mensagem com um nome: Tomás Noronha. O historiador é convocado para esclarecer o seu envolvimento naquela morte. Durante o inquérito, a CIA avisa Tomás: a sua vida corre perigo. Quem atirou Weilmann do décimo andar também o quer matar. Para se salvar, terá de desvendar o mistério daquela morte. Assim começa uma busca que irá conduzir Tomás Noronha aos segredos que envolvem uma classe de substâncias terapêuticas com propriedades milagrosas. Chamam-lhes enteógenos, expressão grega para… O DIVINO DENTRO DE NÓS. Baseado em descobertas científicas que estão a ser estudadas pelas maiores instituições do mundo, desde Harvard até ao Centro Champalimaud, O Sexto Sentido mostra-nos o que os enteógenos começaram a revelar sobre os maiores enigmas do Universo — incluindo o mistério da morte e o sentido da vida. sobre o autor, José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Moçambique. É jornalista da RTP. Trabalhou na Rádio Macau e na BBC e foi colaborador permanente da CNN. Com dois doutoramentos, tirados em Lisboa e em Paris, foi professor na Universidade Nova de Lisboa durante 25 anos. Como romancista, venceu o Prémio Bertrand de Ficção, o Prémio do Clube Literário do Porto, o Prémio do Portal da Literatura, o Prix Littéraire de la Lusophonie e o Prix d’Excellence. O Sexto Sentido é o seu vigésimo sétimo romance. A edição é da editora Planeta.

No final...

No final, o que realmente permanece é a vida que se constrói com base na autoconfiança uma vida moldada pelos seus princípios, pelos seus valores, pelos seus limites, pelos seus sacrifícios, o seu amor-próprio, a sua dignidade, os seus sonhos e a sua coragem. Tudo o resto é apenas ruído.

Todas as manhãs...

Todas as manhãs, comece o dia inspirando a alegria inefável de estar vivo.

Davina Dhamma

Intimidades reflexivas - 1943

"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata..." - Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Nunca...

Nunca se esquecerá daquela pessoa que veio ter consigo como uma lâmpada na escuridão.

As minhas únicas paixões...

As minhas únicas paixões incondicionais sempre foram os livros e a música. E, talvez como consequência lógica de tudo isto, tornei-me gradualmente uma pessoa solitária.

Cada um de nós...

...Cada um de nós avança assim pela sua noite, inclinando-se a cada passo para o momento seguinte. Este é o caminho do Caminho, a nossa maneira de traçar um sulco fértil. Entregar-me à respiração é uma longa paciência: quanto mais velho fico, mais me sinto pronto para viver.

François Cheng

Intimidades reflexivas - 1942

"Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança." - William Shakespeare (1564-1616)

Ler...

Ler é como qualquer outro prazer: quanto mais íntima e amorosamente nos dedicarmos a ele, mais profundo e duradouro ele será.

Hermann Hesse

Feliz aniversário, meu Pai!

Se por cá ainda andasse seriam 103 anos de existência. Falo do meu Pai que já à muito partiu. Um homem que sempre gostou de cruzar horizonte, - faceta que dele herdei -, em busca de novos horizontes. Um andarilho do mundo sempre em busca de algo diferente. Percorreu muitos milhares de quilómetros nessa demanda. Um graal inatingível que podemos (e devemos) sempre tentar alcançar. 103 anos cumprem-se hoje. muito tempo volvido com a memória sempre presente. Que estejas em paz, meu Pai!

(P.S.: Esta foto foi tirada no hotel Léon em Caracas, Venezuela, bem perto do aeroporto de La Guaira, mais conhecido hoje pelo aeroporto internacional Simón Bolívar.)

Há pessoas...

"Há pessoas incríveis que se conhecem no momento errado. E há pessoas que são incríveis porque as conhecemos no momento certo."

David Foenkinos, A Delicadeza

Uma força...

Uma força criativa desperta quando duas almas se unem, levadas pelo mesmo fluxo musical: todo o universo começa a dançar, na álgebra da sinfonia das estrelas. 

Os encontros...

Os encontros na vida são como o vento. Alguns apenas roçam a sua pele. Outros derrubam-te.❤️

Ela fez...

Ela fez o extraordinário de me chamar: e eu vim. Uma noite de turbulência, uma noite de eclipse: então, diante do fogo que lançava o seu grande brilho sobre nós dois, entreguei-me. Vendo os seus olhos, os seus olhos imensos e tranquilos, entreguei-me à ideia deste amor.

Aragão

Intimidades reflexivas - 1944

"A essência da vida é andar para a frente; sem possibilidade de fazer ou intentar marcha atrás. Na realidade, a vida é uma rua de sentido único." - Agatha Christie (1890-1976)

Morre lentamente...

"Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos caminhos, quem nunca muda de rumo, nunca se arrisca a mudar a cor da roupa ou fala com um estranho, quem evita a paixão, quem não muda de rumo, quem não se arrisca a realizar os seus sonhos, quem, nem uma vez na vida, fugiu dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não sabe rir de si próprio."

Pablo Neruda

Intimidades reflexivas - 1941

"A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo." - Jean-Paul Sartre (1905-1980)

Para mim...

Para mim, escrever, partilhar um pensamento, é um pouco como abrir uma porta. Na maioria das vezes, existe apenas o eco do vazio. Mas, por vezes, há alguém para quem as palavras ressoam, e é o início de uma história, de alguns momentos, de alguns dias ou de uma vida inteira.

𝑇 𝑒𝑛~𝐿~

Não temas...

Não tema meu amor, pois eu também nunca experimentei um amor como este antes

Há relações...

“Há relações que são inexplicáveis até para quem as vive. Relações que estão longe de qualquer rótulo e capazes de abalar todas as certezas. Relações que se chamam *revolução*…”

Dia de Fiéis Defuntos

Este sim, é o dia consagrado aos que já partiram desta vida. É o dia de celebrar os nossos ausentes que estão num outro plano astral bem diferente do nosso. É o dia das memórias boas e, porventura, também más. É o dia da introspeção sobre a nossa frágil condição humana, nós que nos assumimos como imortais enquanto vemos os nossos semelhantes a partirem. Mas um dia a nossa vez chegará, mais cedo do que tarde, porque ninguém fica para contar a história. Para mim é sempre um dia muito especial porque praticamente toda a minha família já partiu. Então esta época é uma espécie de diálogo silencioso com aqueles que iluminaram a minha existência, me deram o ser, a educação, e tudo o mais. É um dia de reencontro com as sombras que sempre ensombram a nossa memória. Sei que os tempos são outros, mas eu ainda sou daqueles a quem foi inculcado o culto dos mortos, como um dos rituais mais ancestrais do ser humano desde que este se conhece a si próprio. Afinal este é o dia que nos lembra a nossa fragilidade, a nossa pequenez, a nossa temporalidade. 

Terramoto de Lisboa

Faz hoje 270 anos que se deu o terramoto de Lisboa. Foi a 1 de Novembro de 1755. Estima-se em 19 mil o número de vítimas mortais. Para que a memória nunca se apague.

Dia de Todos os Santos (Festum Omnium Sanctorum)

Na tradição popular é o dia de visita aos cemitérios dado o feriado litúrgico, daí a confusão com o dia dos Fiéis Defuntos que se celebra no dia seguinte. O acomodar do feriado a dia 1 de novembro levou a esta confusão. Contudo, os tempos vão mudando e as mentalidades também. É curioso verificar que há um par de anos atrás, os cemitérios permaneciam abertos até bastante tarde, normalmente, meia noite. Se recuarmos um pouco mais ainda, até estavam abertos toda a noite, numa comunhão de vontades cristãs e pagãs, onde as romarias a estes locais pareciam uma espécie de santos populares. Hoje os cemitérios fecham às dezanove horas. Muita coisa mudou. O culto dos mortos que sempre foi aquilo que mais permanece desde que há ideia do ser humano, vai-se apagando. As novas gerações têm outros interesses. O culto dos seus antepassados desaparecidos não é um deles. Afinal se já quase que os ignoram em vida, mais depressa os esquecem na morte. Sinais dos tempos. Dum outro tempo...