Turma Formadores Certform 66

Monday, April 30, 2007

1º de Maio - Dia do trabalhador



Amanhã comemora-se mais um dia 1º de Maio. Para os mais jovens não passa de mais um dia feriado, para os menos jovens tem, porventura, um significado diferente. Trago-vos aqui uma foto que foi histórica no 1º de Maio de 1974. Era um 1º de Maio diferente, a ditadura tinha caído uns dias antes, e havia um sentimento de euforia, primeiro pela liberdade reconquistada, e sobretudo, nos mais jovens, a expectativa do fim da guerra colonial. Esta foi uma verdadeira festa de unidade, a única, porque depois nada mais foi como dantes. Na foto que vemos, vislumbramos os dois líderes da esquerda que tinham chegado do exílio dias antes, Mário Soares e Álvaro Cunhal. Eram um símbolo de união e de esperança face ao futuro que estava ali ao dobrar da esquina. Contudo, no fim do comício para onde estes dois líderes se dirigiam, as diferenças eram já evidentes, com os percursos de ambos, que todos nós conhecemos, a divergirem profundamente. Nunca mais houve um 1º de Maio assim, as divisões começaram, os partidos incitavam a tal, a memória foi-se esbatendo, até que agora... é apenas mais um feriado.

Mstislav Rostropovich - 80 de arte suprema

Um dos maiores violoncelistas de sempre, Mstislav Rostropovich morreu um mês depois de ter feito 80 anos de idade. Foi ontem enterrado em Moscovo. Para além de grande músico e compositor, Rostropovich, foi um militante pela liberdade e pela paz, o que o levou a incompatibilizar-se com as autoridades soviéticas de então, vivendo exilado até à queda do regime soviético. Para quem nunca teve contacto com este fabuloso artista, está na altura de o fazer. Como é normal nestas ocasiões, as reedições da sua obra começam a surgir por aí. O mercantilismo da arte existe, mas olhemos para o seu lado mais positivo, e digamos que se tal não acontecesse muitos de nós não teríamos oportunidade de voltar a ouvir e a comprar os seus discos.

Thursday, April 26, 2007

Sol a 3 dimensões


A Nasa está a disponibilizar na internet imagens do sol a 3 dimensões. Tal pode ser consultado em http://www.nasa.gov/mission_pages/stereo/multimedia/3DGallery_archive_1.html, não deixem de ver, porque é verdadeiramente espectacular. Se tiverem aqueles óculos com cor azul e vermelha que se usam nos cinemas, ainda melhor, porque assim têm a verdadeira realidade do 3 D. Estamos perante uma nova realidade face à ciência.

Tuesday, April 24, 2007

25 de Abril - 33 anos depois


Comemora-se amanhã mais um aniversário do 25 de Abril de 1974. Quantas ilusões que se viveram nessa data, quantas desilusões também. Uns acham que se foi muito longe, outros nem por isso. A eterna corrente de opostos da satisfação humana. Mas, seguramente, tudo ficou radicalmente diferente do que até aí tinha sido. Relembro o dia em que, jovem estudante, estava cheio de expectativas, sobretudo pelo fim da guerra colonial, que era uma das bandeiras dos jovens dessa época. Muito se passou de lá para cá, houve avanços e recuos, o marco, quiçá decisivo, foi a entrada na União Europeia. Para os dessa geração, como eu, foi o sentirmo-nos, finalmente, europeus como os outros, sem ser-mos alvo de discriminação como até então. Deixo-vos com uma foto, que se tornou num ex-libris da "revolução dos cravos", uma criança, que representa o futuro, a colocar um cravo no cano duma arma, símbolo do que aconteceu em 1974, um instrumento de morte, a desabrochar para outras "guerras", bem mais construtivas.

Friday, April 13, 2007

Homenagem a Eugénio de Andrade


Está a decorrer uma homenagem ao grande poeta português Eugénio de Andrade. O poeta do amor para alguns, para outros um mestre na arte de jogar as palavras e os sentimentos. Não deixemos passar ao lado o evento, e aproveitemos a oportunidade para (re)descobrir a obra de tão importante poeta.
Ele que escrevia:

"Passamos pelas coisas sem as ver,

gastos, como animais envelhecidos:

se alguém chama por nós não respondemos,

se alguém nos pede amor não estremecemos,

como frutos de sombra sem sabor,

vamos caindo ao chão, apodrecidos."

Thursday, April 12, 2007

A Primavera em força



E os melros aí estão. É a Primavera na sua força criadora de vida e de cor. As temperaturas a subir, fazendo adivinhar o Verão que se aproxima, a luz mais intensa, o desabruçar da vegetação que pulula por todo o lado. É o renascer da vida, o novo ciclo que se inicia. Também para nós, pode e deve ser um momento de criação e de renascimento.

Tuesday, April 03, 2007

Páscoa - Tempo de Paixão, tempo de Redenção


Olá amigos, estamos chegados a mais uma Páscoa. Tempo de Paixão, segundo a nossa tradição judaico-cristã, mas também o Tempo de Redenção, isto é, um tempo em que após as agruras da vida, nos reencontramos, nos reconciliamos com nós próprios. Este ano, para mim, tem um duplo significado, a saber, o da tradicional festa católica, "a semana maior" como lhe chamam, mas também porque, no próximo dia 8, domingo de Páscoa, faz seis anos que a minha mãe morreu, vítima da intolerância humana, vinda de gentes a quem ela tanto tinha ajudado no passado. Era então, domingo de ramos, o que não deixa de ter também o seu simbolismo. Neste tempo, que tem sido de paixão, talvez comece a ser também de redenção. Ultrapassado o passado, perdoado o acto, que não a sua memória, possamos enfim, encontrar a nossa redenção sempre adiada. Nesta altura, não queria deixar de lembrar as pessoas que, durante esse funesto evento de à seis anos, me apoiaram. Não reproduzirei aqui os seus nomes, para salvaguardar a privacidade de cada um, mas o registo fica para memória futura. Todos eles saberão que me estou a dirigir-lhes. A todos esses bons Amigos, queria dedicar esta passagem do grande poeta alemão Wolfgang von Goethe:
Que hei-de eu então do reencontro esperar,
Do botão deste dia inda fechado?
Paraíso e inferno, de par em par
Se abrem ao meu espírito desvairado!
Para todos vós uma Feliz Páscoa, são os votos do José.

Johannes Brahms - 110 anos depois


Faz hoje 110 anos que desapareceu um grande vulto da música dita clássica, Johannes Brahms. Foi a 3 de Abril de 1897, que este compositor terminaria a sua caminhada. É autor de inúmeras obras, a mais conhecida, e talvez a mais popular, seja o conjunto das 21 danças húngaras. Para os que conhecem, é sempre um pretexto para recordar, para os outros, é o motivo mais que suficiente, para descobrir. Aqui fica a dica...