Mais uma vez estou parcialmente bloqueado no Facebook! Tudo isto por ter publicado no passado sábado um quadro de Adolph Hirémy-Hirschl com o título 'O Nascimento de Vénus' que foi publicado no dia 14 do corrente, sábado, e que consta da página de arte da Art History. Tal parece não cumprir os parâmetros do Facebook! Já me vi envolvido em outras situações idênticas e sempre por razões polémicas. Se num caso aceitei porque achei que poderia ser uma publicação dúbia, embora ache que nudez e pornografia são coisas diferentes, acabei por aceitar. Mas acho que agora, como noutras situações, é bem evidente que a ignorância falou mais alto, seja duma qualquer 'inteligência' artificial, seja dum qualquer 'inteligente' por aí com vontades censórias e inquisitoriais. Não posso ficar indiferente a atitudes destas e aconselho que o Facebook reveja a sua política censória salvo o que se exporá ao ridículo. Esta é sempre a atitude de quem passa do oito ao oitenta. Todos nos lembramos que o Facebook, não à muito tempo, foi palco para os maiores abusos. Desde terrorismo, pornografia nua e crua, abuso de toda a ordem, foi neste espaço que encontraram acolhimento. É certo que corrigiu a sua direção, e bem, mas não pode agora passar para o outro lado mais extremo de não aceitar quase nada. E quando se trata de arte é grave. Este espaço que é meu, já teve várias orientações, mas nos últimos anos tem sido uma página que apela ao apoio aos animais, - coisa que sempre foi transversal desde o início -, mas tem-se orientado para a arte e cultura, tão necessária neste espaço onde a boçalidade é a regra. Assim tem sido e assim continuará a ser. Se os senhores do Facebook acham que tudo isto não cumpre os padrões da instituição, pois é simples é bloquear a página. Talvez sejam mais interessantes as páginas que ostentam a linguagem ordinária, as atitudes reles, as piadas sem graça, mostrando o pior do ser humano e o seu baixo nível de conhecimentos, bem ao nível do chão. Mas isso é algo contra o qual nada posso. Compete aos membros da instituição saberem o que querem e aquilo com que mais se identificam. E só deixo aqui esta singela questão: Que atuação teria o Facebook se este existisse no glorioso e distante Renascimento? E mais não digo. Deixo-vos esta questão para vos fazer pensar.