Romance...

"Existe um canto de solidão em cada coração que ninguém consegue alcançar." - Albert Camus (1913-1960)

"A Arte de Ter sempre Razão" - Arthur Schopenhauer

Dizia Franco Volpi: «Com Hegel, a dialética atinge o seu perfil filosófico mais elevado. Schopenhauer […] replica com uma operação de força igual e contrária, e redu-la ao mínimo, considerando-a a arte de ter razão, a teoria de arrogância humana natural. Operação que, de um ponto de vista filosófico, é provavelmente menos profunda, mas que acaba por se revelar mais bem-adaptada às mudanças dos tempos, porque Schopenhauer não liga a dialética a uma filosofia, mas à própria condição do homem enquanto animal dotado de palavra, quer dizer […], enquanto ser a quem os deuses deram a palavra para que possa ocultar o seu pensamento.» Quanto ao autor, Arthur Schopenhauer (1788-1860), nascido em Danzig, na atual Polónia, foi um dos maiores filósofos do século XIX. Filho de um comerciante e de uma escritora, era esperado que seguisse os passos do pai, mas o seu interesse nunca foram os negócios. Em vez disso, durante as inúmeras viagens que realizou, redigiu uma série de considerações melancólicas e derrotistas sobre a miséria da condição humana. Acabando por se dedicar exclusivamente à reflexão filosófica, Schopenhauer trabalhou intensamente em Frankfurt, redigindo e publicando diversos livros que não alcançaram grande sucesso. O reconhecimento chegou postumamente, e os seus escritos sobre religião, psicologia, ética e política – que traduzem a sua visão pessimista da natureza humana – influenciaram a filosofia existencialista e o pensamento freudiano e afetaram diretamente as obras de vários filósofos. O ensaio 'Como ganhar uma discussão (mesmo sem ter razão)' foi publicado pela primeira vez após a sua morte e veio a tornar-se uma das suas obras mais afamadas. Um livro muito interessante e atual numa edição da Relógio D'Água.

Dia de Ação de Graças

Esta é uma tradição que é celebrada sobretudo nos EUA, no Canadá e nas ilhas Caribe, como forma de agradecer todas as coisas boas que ocorreram no ano. Esta festa nos EUA é bem mais celebrado do que o próprio Natal. Não tem expressão na Europa, aliás, não tem praticamente nenhum significado fora dos países que mencionei atrás. Ela é uma forma de agradecimento pelas colheitas. É um ritual puramente cristão. No nosso país passa despercebido embora os mais jovens, influenciados pela cultura oriunda do outro lado do Atlântico já o conheçam. Como em todos os rituais e celebrações, este dia também é um requiem a muitos milhões de animais que são sacrificados, especialmente nos EUA, onde o prato principal é o peru. A Humanidade não consegue celebrar nada sem que isso signifique o sacrificar de outras vidas que têm tanto direito a por cá andar como nós. Mas é assim talvez um dia seja diferente. Hoje celebra-se o 'Thanksgiving Day', para usar a expressão inglesa, e quero aqui desejar um ótimo Dia de Ação de Graças a todos os meus amigos norte americanos que me acompanham à muitos anos. Happy Thanksgiving Day!

Vamos iluminar as estrelas...

 Vamos iluminar as estrelas... Os sonhos de hoje... A luz do amanhã...

Feliz aniversário, Nicolau!

No passado dia 20 deste mês o meu querido Nicolau faria 22 anos. Como recordo esse momento. Tantas memórias desde então. Feliz aniversário, Nicolau!

"A Cegueira do Rio" - Mia Couto

O primeiro incidente militar numa aldeia do Norte de Moçambique marca, em agosto de 1914, o início da Primeira Guerra Mundial no continente africano. Esse inesperado episódio despoleta, para além disso, uma série de misteriosos eventos que culminam com o desaparecimento da escrita no mundo. Livros, relatórios, documentos, fotografias, mapas surgem deslavados e ninguém mais parece ser capaz de dominar a arte da escrita. Os habitantes dessa aldeia são chamados a restabelecer a ordem no mundo, ensinando aos europeus o ofício da escrita e as artes da navegação. Sobre o autor Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista e professor, e é, atualmente, biólogo e escritor. Está traduzido em diversas línguas. Entre outros prémios e distinções (de que se destaca a nomeação, por um júri criado para o efeito pela Feira Internacional do Livro do Zimbabwe, de Terra Sonâmbula como um dos doze melhores livros africanos do século XX), foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda em 2007 Mia foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia. Jesusalém foi considerado um dos 20 livros de ficção mais importantes da «rentrée» literária francesa por um júri da estação radiofónica France Culture e da revista Télérama. Em 2011 venceu o Prémio Eduardo Lourenço, que se destina a premiar o forte contributo de Mia Couto para o desenvolvimento da língua portuguesa. Em 2013 foi galardoado com o Prémio Camões e com o prémio norte-americano Neustadt. Em 2015 foi finalista do The Man Booker Prize. O seu livro Compêndio para Desenterrar Nuvens ganhou o Grande Prémio do Conto Branquinho da Fonseca APE | Câmara Municipal de Cascais | Fundação D. Luís I, 2023. Já em 2024 obteve o Prémio Feira Internacional do Livro de Guadalajara (México). Um livro muito interessante a merecer uma leitura atenta. A edição é da Editorial Caminho.

Descansa em paz, Sofia Flor Rocha!

Passam hoje três meses sobre o falecimento da minha querida amiga Sofia Flor Rocha. A 'menina da Foz' como gostava de lhe chamar, de 'proverbial mau feitio' como lhe dizia para a picar. Tudo numa alegre e salutar amizade que se foi aprofundando com o tempo. Era por esta altura que a Sofia tinha acordado comigo um encontro para algo que ela tinha em mente e que nunca cheguei a saber o que era. Trabalhava em Lisboa mas vinha viver para o Porto e queria avançar com algo, talvez profissional, e queria o meu aconselhamento e apoio. Nunca tal veio a acontecer porque a morte surpreendeu-a. Uma mulher jovem que partiu antes de vivenciar muito do que a vida proporciona. Hoje a recordo com saudade e com aquele vazio que fica quando alguém que nos é querido parte tão abruptamente. Apenas a memória fica para nos lembrar a grande mulher que foi. E enquanto a sua memória perdurar, ela estará sempre presente nos nossos corações. Descansa em paz, Sofia!

Intimidades reflexivas - 1838

“A deceção nunca vem dos outros, é apenas um reflexo dos nossos erros de julgamento." - Vincent Gury

Descansa em paz, Paula Maia!

Passam hoje seis meses sobre o desaparecimento da minha querida amiga Paula Maia. Uma grande Senhora, uma grande protetora dos animais. Foi nesta condição que nos cruzamos na vida. Com ela muito aprendi. Tornamo-nos amigos até ao fim da sua vida. Amigos próximos, amigos íntimos, confidentes um do outro. Sempre tive na Paula aquela amiga que todos gostamos de ter. A Paula encontrou em mim o pilar que precisava até ao escoar dos seus dias. Hoje, seis meses depois da sua morte, aqui a quero lembrar porque os amigos nunca se esquecem. Descansa em paz, Paula!

Intimidades reflexivas - 1837

"O que nos enfraquece não é, de facto, a escassez, mas a sobreabundância; não é a indignação, mas o ruído de mil respostas fáceis que conflituam; não é a frugalidade, mas sim o desperdício." - José Tolentino de Mendonça, excerto, crónica no Expresso, 04-01-2014.

Intimidades reflexivas - 1836

"Se o mundo fosse claro, a arte não existiria." - Albert Camus (1913-1960)

Sinfonia do coração

Sinfonia do coração

Ela é tão brilhante

Que as brasas do meu coração

Pegam fogo.

Stéphane Moysan

Diz-me...

"Diz-me que me ama. Porque eu nunca ousaria dizer-te primeiro. Teria muito medo que pensasses que é um jogo..." - Kaakook

Há palavras...

Há palavras que trazem vida.

Palavras do dia a dia

Palavras que voam, que vibram

Palavras de borboleta

Palavras leves

Palavras de presente

Palavras de amor

"Protocolo Caos" - José Rodrigues dos Santos

Um homem encapuzado sai do carro e abre fogo contra a multidão. Morrem dezenas de pessoas, incluindo bebés. Depois do massacre, tira a máscara e revela a sua identidade: Tomás Noronha. Um polícia na Rússia é alertado para atividades suspeitas na cave de um prédio. O que descobre irá mudar a história do país. Uma família americana desfaz-se sem que perceba porquê. A tragédia arrasta-a para uma conspiração que vai dilacerar os Estados Unidos. Uma médica brasileira é perseguida por tentar salvar vidas. Para a ajudar, Maria Flor tem de enfrentar a turba. Um birmanês tem na sua posse um documento comprometedor. Se quiser chegar a ele, Tomás Noronha precisa de mergulhar no inferno. A ligar todos estes episódios está uma mensagem enigmática. Inspirado em factos reais, O Protocolo Caos transporta-nos ao coração da atualidade mais escaldante e mostra-nos como a Rússia e os seus cavalos de Troia no Ocidente usam as redes sociais para destruir o nosso mundo. Quanto ao autor, José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Moçambique. É sobretudo conhecido pelo seu trabalho como jornalista, carreira que abraçou em 1981, na Rádio Macau. Trabalhou na BBC, em Londres, de 1987 a 1990, e seguiu para a RTP, onde começou a apresentar o 24 horas. Em 1991 passou para a apresentação do Telejornal e tornou-se colaborador permanente da CNN entre 1993 e 2002. Doutorado em Ciências da Comunicação, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, tendo ocupado por duas vezes o cargo de Diretor de Informação da televisão pública. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros. Este é um livro muito interessante sobre a utilização das redes sociais e o que elas nos podem induzir. A edição é da Planeta.

Os perigos...

“Os perigos visíveis causam-nos menos medo do que os perigos imaginários." - William Shakespeare (1564-1616)

O silêncio...

"O silêncio é a conversa de pessoas que se amam. O que importa não é o que dizemos, mas o que não precisa de ser dito." - Alberto Camus (1913-1960)

Feliz aniversário, Pai!

Seriam 102 os anos que o meu Pai cumpriria neste dia caso ainda por cá andasse. Já à muito partiu mas a sua memória perdura. Este homem que foi um andarilho do mundo, coisa que herdei dele, e que me fez pisar os cincos continentes. Homem simples mas de forte convicção. Seria hoje o dia do seu aniversário. Lá onde estiveres descansa em paz, Pai!

P.S.: Esta foto tem mais de sessenta anos e foi tirada nas ilhas Canárias.

Sonhar sozinho...

“Sonhar sozinho continua a ser apenas um sonho. Sonhar juntos torna-se realidade." - John Lennon (1940-1980)

Para ti...

Para ti. 

Muitas vezes penso em ti, 

Tu que me beijaste pela primeira vez, 

Foste desajeitada, mas a minha boca travessa 

Há muito tempo que guardava esta prosa infantil 

Na sua frescura rosada, e quando o silêncio 

É demasiado pesado para carregar, é em ti que estou a pensar.

Intimidades reflexivas - 1835

"Quem está descontente com os outros está sempre descontente consigo próprio." - Émile-Auguste Chartier (1868-1951)

Intimidades reflexivas - 1834

“O amor não envelhece, morre menino”. - Provérbio

Intimidades reflexivas - 1833

“O amor nasce de quase nada e morre de quase tudo”. - Provérbio

Haverá...

"Haverá sempre histórias de amor que tocarão as pontas dos dedos e ganharão vida na sua mente. Estas são as que duram uma vida..." - Alex Bocat

Intimidades reflexivas - 1832

"Muito poucas pessoas sabem resistir à tentação de dizer mal das pessoas que conhecem e mesmo, se a ocasião se proporciona, dos seus amigos; no entanto, quando sabem que alguma coisa foi dita em seu desabono, enchem-se de espanto e indignação." - Bertrand Russell (1872-1970)

Intimidades reflexivas - 1831

"Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem." - Ruy Barbosa (1849-1923)

Resiliência...

"Não há resiliência sem amor. Nunca nos levantamos sozinhos." - Boris Cyrulnik

De manhã...

“De manhã levanto-me para te amar. À noite vou para a cama sonhar contigo." - Angelo Hellig

Há noites...

Há noites em que os pensamentos que nos farão envelhecer meditam sobre os nossos silêncios e soletram as letras maiúsculas de uma memória. Procuramos então um mundo onde fugir da própria memória fará o tempo parar, silenciar pormenores, domar tonturas e abafar arrependimentos.

Há um belo ditado...

Há um belo ditado que diz que um fio vermelho invisível liga aqueles que estão destinados a encontrar-se, não importa a hora, o lugar ou a circunstância. Este fio pode esticar ou emaranhar, mas nunca se romperá.

A elegância de uma palavra!

A elegância de uma palavra! Escondido... a emoção que isto tinge... Doce... a intimidade que protege... Com uma carícia suspensa, desperta o romantismo de um pensamento. Tímido, esconde-se muitas vezes por modéstia... por medo! Como podemos tranquilizar a fraqueza de uma palavra nua face à sua verdade?

Há olhares...

 ...há olhares

que dizem

mais de mil palavras,

batidas

de corações que falam

mais do que todos os poemas...

Cada provação...

Cada provação é uma lição talhada pela mão invisível do destino, esculpindo assim o nosso ser interior com a tesoura da resiliência.

O meu amor...

“O meu amor transformou-se em chama, e essa chama vai consumindo gradualmente o que há de terreno em mim." - Novalis (1772-1801)

Dia de Fiéis Defuntos

Hoje celebramos o Dia de Fiéis Defuntos segundo o rito cristão. Este é que é o verdadeiro dia de passar pelos cemitérios e venerar a memória dos que partiram. Normalmente faz-se no dia anterior talvez por ser feriado. Neste dia visitam-se os cemitérios e honra-se a memória dos que abandonaram este plano astral.

Delicadeza...

"Só deixe entrar no seu jardim quem sabe apreciar a delicadeza das flores." - Pádua Dias

Dia de Todos os Santos

Hoje celebra-se o Dia de Todos os Santos, que é sempre confundido com o dia de fiéis defuntos. Neste dia celebram-se todos os santos da Igreja. Conhecidos ou não, até os anónimos que ainda não tiveram o reconhecimento do mundo.