"Francisco Esperança: A autobiografia" - Papa Francisco

Um documento excecional, publicado no Jubileu de 2025, o dos peregrinos de esperança. Por vontade do Papa Francisco, este documento excecional deveria ter visto a luz apenas após a sua morte. Porém, o novo Jubileu da Esperança e as necessidades do tempo fizeram-no decidir difundir agora este precioso legado. Esperança é a primeira autobiografia publicada por um papa na história. Uma autobiografia completa, cuja escrita demorou seis anos, que remonta ao início do século XX, com as raízes italianas e a emigração aventureira dos antepassados para a América Latina, desenvolvendo-se através da infância, dos entusiasmos e perturbações da juventude, a escolha vocacional, a maturidade, até ao seu pontificado e ao tempo presente. Ao narrar as suas memórias com uma profunda força narrativa, Francisco aborda também as questões cruciais do pontificado e desenvolve com coragem, franqueza e profecia os temas mais importantes da contemporaneidade: guerra e paz (incluindo os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente), migrações, crise ambiental, política social, condição da mulher, sexualidade, desenvolvimento tecnológico, futuro da Igreja e das religiões. Rica em revelações e reflexões iluminantes, é uma autobiografia humaníssima, comovente e capaz de fazer humor, que representa um testamento moral e espiritual destinado a fascinar os leitores de todo o mundo. Um livro enriquecido com fotografias extraordinárias, incluindo algumas privadas e inéditas, do arquivo pessoal do Papa Francisco. Sobre o autor, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, em 1936, numa família de origem italiana, e licenciou-se em Química. Com 22 anos, iniciou o seu noviciato na Companhia de Jesus, primeiro no Chile e depois em Buenos Aires, onde, em 1963, terminou o curso de Filosofia. Em 2013 foi eleito Papa da Igreja Católica e Chefe de Estado do Vaticano com o nome de Francisco I, após a abdicação do Papa Bento XVI. É o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro papa jesuíta da História. A edição é a Editora Nascente.

Intimidades reflexivas - 1894

"A vida deve ser uma constante educação." - Gustave Flaubert (1821-1880)

Mudança da hora

O horário de verão 2025 começa oficialmente em Portugal no dia 30 de março de 2025 (na madrugada de sábado para domingo). Os relógios devem ser adiantados uma hora. Este é, assim, o dia mais curto do ano, onde desaparece uma hora em todos os relógios. A mudança do horário de inverno para o horário de verão é feita todos os anos, sempre no último domingo de março. 

Intimidades reflexivas - 1893

"O que o rebanho mais odeia é aquele que pensa de forma diferente, não é tanto a própria opinião, mas a audácia de querer pensar por si mesmo, algo que eles não sabem fazer." - Arthur Schopenhauer (1788-1860)

Não posso...

"Não posso preferir as pessoas aos animais. Os animais não têm palavras, as pessoas não têm silêncio."

Mirko Badiale

Intimidades reflexivas - 1892

"Nada parece verdadeiro que não possa parecer falso." - Michel de Montaigne (1533-1592)

Intimidades reflexivas - 1890

"O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão." - Honoré de Balzac (1799-1850)

Há sempre...

"Há sempre algo de ridículo nas emoções daqueles que deixamos de amar".

Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray

"Filipa de Lencastre - A Rainha que Mudou Portugal" - Isabel Stilwell

Filipa de Lencastre, mulher de uma fé inabalável, conhecida pela sua generosidade, empreendedora e determinada a mudar os usos e costumes de uma corte tão diferente da sua, deu à luz, aos 28 anos, o primeiro dos seus oito filhos - a chamada Ínclita Geração, que um dia, como ela, partiria em busca de novos mundos e mudaria para sempre os destinos da nação. Num romance baseado numa investigação histórica cuidada, Isabel Stilwell conta-nos a vida de uma das mais importantes rainhas de Portugal, desde a sua infância em Inglaterra, onde conhecemos a corte do século XIV, à sua chegada de barco a Portugal, onde somos levados numa vertigem de sentimentos e afetos, aventuras e intrigas. Sobre a autora, Isabel Stilwell é jornalista e escritora. A sua grande paixão por romances históricos revelou-se em 2007, com o bestseller D. Filipa de Lencastre, a que se seguiram D. Catarina de Bragança, ambos traduzidos para inglês, e D. Amélia, sempre com crescente sucesso. Em abril de 2012, foi a vez de publicar D. Maria II, que mereceu uma edição especial para o mercado brasileiro. Em outubro de 2013 lançou Ínclita Geração – Isabel de Borgonha, em 2015, a história da mãe do primeiro rei de Portugal, D. Teresa e em 2017 um romance sobre a vida da Rainha Santa, Isabel de Aragão, eleito o 2º melhor livro de ficção, no Prémio Livro do Ano Bertrand. Desde o Diário de Notícias, onde começou aos 21 anos, que contribui de forma essencial para o jornalismo português. Fundou e dirigiu a revista Pais & Filhos, foi diretora da revista Notícias Magazine durante 13 anos e diretora do jornal Destak até ao final do ano de 2012, entre muitos outros projetos. Atualmente escreve para a revista Máxima, tendo uma das suas peças sobre a adoção em Portugal («Não amam nem deixam amar», em conjunto com a jornalista Carla Marina Mendes) sido distinguida com o 1º Prémio de Jornalismo «Os Direitos da Criança em Notícia». Continua a colaborar mensalmente com a revista Pais e com o Jornal de Negócios, quando não está a escrever, vira diariamente os «Dias do Avesso» em conversa com Eduardo Sá, na Antena 1. A edição é da Livros Horizonte.

Intimidades reflexivas - 1889

"As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes." - Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944)

Onde esta o 'cabeçudo'?

O gato que alimentávamos no jardim desapareceu! Desde à algum tempo, verifiquei que ele ia comendo pouco face àquilo que era a sua alimentação diária. Ele era um gato grande e bastante forte. Ele estava bem gordinho, bonito e era o terror da Rosita e da Maria. Desde à três semanas que desapareceu. Pensei que era uma daquelas escapatórias que os gatos fazem, mas ele não apareceu mais. Talvez tenha morrido atropelado, ou vítima de alguém, ele que ainda era um gato que não se poderia considerar velho. O 'cabeçudo' não mais foi visto. Apesar de ter três camas em diferentes áreas do jardim, sempre abrigadas e quentinhas, de que ele tanto gostava, o certo é que deixou de andar por cá. Tenho muitas saudades dele porque era um gato simpático, embora distante e desconfiado, que nunca consegui afagar. Espero que nada de mau lhe tenha acontecido, mas cada vez mais, parece ter sido esse o caso. Se foi essa a situação fica a alegria de lhe termos proporcionado um resto de vida com mesa farta, camas aconchegadas e muito carinho e amor.

E chegou a Primavera!

O equinócio da Primavera começa este ano esta quinta-feira, 20 de março de 2025. O equinócio de primavera sinaliza o primeiro dia da primavera, o que ocorre todos os anos entre os dias 20 e 21 de março. Este ano, ele acontece no dia 20 de março de 2025 às 9h01.Equinócio é uma palavra em latim que aglutina dois termos com significados diferentes. Aequus significa "igual" e nox, "noite". O termo quer dizer literalmente "noites iguais", isto porque nessa altura a noite e o dia têm sensivelmente a mesma duração, 12 horas. Uma época de renovação, do florir das plantas, de vermos o nosso ambiente pintado de cores e de sons estridentes de pássaros que também a celebram. No hemisfério norte celebra-se a revitalização da vida, depois do inverno a vida renasce, qual "fénix", para alegrar os nossos dias. Que eles sejam também de renascimento para uma vida diferente e, sobretudo, melhor. Uma vida com mais esperança, com mais cor. Olá Primavera que sejas bem vinda!

Dia do Pai

Celebra-se hoje o Dia do Pai. É também o dia de São José. Curiosamente, na minha infância, o dia do Pai não tinha a projeção que hoje tem, mesmo nas escolas da época. O dia do Pai passava despercebido a quase todos nós. Mas o dia de São José já tinha um significado diferente. Era o dia onde as pessoas ligadas à agricultura, - e eram muitas na época -, iam comprar as suas alfaias agrícolas. Era um dia de romagem e de romaria, no Portugal pequeno de antanho. Para mim, como era o dia de São José, o mesmo nome do meu avô materno e padrinho, (e meu também), era como se fosse um dia dedicado a ele e também a mim. Na simplicidade duma criança esta era a leitura mais óbvia e ingénua que então fazia. Só muito mais tarde, o Dia do Pai começou a ter uma expressão bem mais significativa, como acontece hoje, com a visibilidade que a escola lhe dá. As crianças vão assim educados na festividade do dia e do seu real significado. Neste dia quero homenagear a memória do meu Pai. Memória porque já à muito que me deixou em busca dum outro plano astral. Depois desta pequena diatribe sobre a minha meninice, aqui quero desejar um feliz Dia do Pai a todos os Pais do meu país e do mundo inteiro. Àqueles que ainda o têm o celebrem bem na sua companhia, aos outros que já os perderam que lhe venerem a memória. Um feliz Dia do Pai!

Intimidades reflexivas - 1888

"Eu chorava por não ter sapatos, até que um dia encontrei um homem que não tinha pés." - Anónimo

À memória das minhas amigas Paula Maia e Sofia Flor Rocha

QUEM DIRIA - J. FERNANDO

Quem diria que eu um dia te beijava

Que vencia teu ar sério e distante

Mas quem ama, sente em si dobrar a força

Que o amor, não há força que o torça

Fiz do amor o meu Cavalo Alazão

O punhal era a paixão

P'ra te ferir de repente

Fiz do amor a minha estrela do mar

Que brilhasse devagar

P'ra te acudir na corrente

Quem diria que dormias no meu peito

Quando a noite chega calma e nos conforta

Mas quem ama, sente em si dobrar o empenho

Que o amor aguça a arte e o engenho

Intimidades reflexivas - 1887

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante..." - Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944)

Memórias da juventude

Fui desafiado por um grupo de amigos para partilhar memórias de juventude. Sobretudo aquelas que tiveram a ver com os primeiros amores e as primeiras namoradas. Na minha juventude as pessoas mais novas não tinham tanta proximidade como hoje com o sexo oposto. As escolas separavam os sexos e mesmo na sociedade rapazes e raparigas tinham espaços diferenciados. Só mais tarde é que começavam a ter mais proximidade com o outro sexo. Era o tempo da rebeldia num país atrasado, saloio de gentes e de mentalidades, em que a juventude da minha geração já não se revia. Era o tempo da estar atento aos últimos êxitos de música que vinham lá de fora, às famosas 'festas de garagem' onde aí sim, começavam a despontar os primeiros amores. Os rapazes tinham uma preocupação acrescida que era o receio de serem incorporados num exército colonial onde com 18 anos já se ia para África para matar ou morrer. Quem tinha a possibilidade de estudar, queria aproveitar ao máximo porque quem tinha mais estudos tinha um posto melhor na tropa e talvez evitasse o 'mato'. As preocupações desse tempo eram bem diferentes da juventude de hoje. Mas os amores inevitavelmente lá apareciam. E é este o motivo deste texto. O meu primeiro amor foi uma bela rapariga, chamava-se Judite de olhos negros como a noite e um longo cabelo a condizer.. Era duma alegria contagiante com um corpo de modelo e uma maquilhagem sempre muito bem cuidada. Conhecemo-nos num instituto de línguas com vista a investir no nosso futuro. Isto para além dos nossos estudos curriculares. Estudávamos Francês, Inglês e Alemão. De olhar em olhar, de sorriso em sorriso, lá nos fomos aproximando. Junto dos meus amigos era considerado um sortudo por ter uma namorada de tal beleza. Queriam saber como o consegui, mas tal curiosidade nunca lhes satisfiz. Com ela passei momentos gloriosos daquela cumplicidade das primeiras descobertas de sensações que até aí nos eram estranhas. Num tempo onde tudo parecia mal, a descoberta dos corpos, das carícias, do sexo, eram vistas como algo que era mais indutor do demo do que outra coisa. Num país estupidificado como era o nosso nessa época não poderia ser diferente. Mas voltemos à Judite, minha companheira dos transportes públicos, porque ainda não tínhamos carro, mas também minha parceira nas festas, bailes e outras coisas... A Judite era duma sensualidade enorme, menina bem cuidada, bem formada, oriunda duma família de classe abastada. Mas para ela essas coisas eram secundárias, visto gozar duma grande liberdade familiar, que era uma exceção nesse tempo. Mas apesar do amor que tínhamos um pelo outro, as nossas vidas foram divergindo. Eu entraria em Economia, ela em Medicina. Na Universidade fomos ambos conhecendo outras pessoas e foi inevitável o afastamento. Mas ainda hoje, passados tantos anos, ainda a recordo naquela sagacidade de mulher muito inteligente com quem tive conversas inesquecíveis. Só quem nos marca a ferro e fogo é que resiste ao desgaste do tempo. A Judite resistiu a tudo isso como se vê. Nos dias de hoje a Judite é uma médica conceituada num hospital de referência na cidade do Porto. Tornou-se numa grande médica, como grande é a mulher que a habita. E assim a vida vai-se escoando nos desígnios do tempo.

Quando ouvimos...

Quando ouvimos as vozes que amamos, não precisamos de compreender as palavras que elas dizem.

Victor Hugo

Parabéns Papa Francisco!

Passam hoje 12 anos sobre a data de eleição do Papa Francisco. Um dos grandes Papas da Igreja que fez com que muitos esqueletos guardados em armários deles saíssem, que desmascarou a homossexualidade entre os membros do clero, que esbateu a identidade de género, abençoou os casamentos entre pessoas do mesmo género, enfim, um verdadeiro revolucionário da Cúria. Hoje está velho e muito doente, uma tristeza para muitos católicos que o admiram, mas também um alívio para muita gente reacionário dentro do Vaticano e não só, que sobre ele destilam ódio, embora duma forma subtil, pelo simples facto de terem sido expostos pelas piores razões. Como é natural nestas alturas, os candidatos à sucessão já andam em verdadeira troca de influências e de cargos à medida que um novo Conclave parece estar iminente. O Papa Francisco continua a resistir, mas mesmo que recupere, ser-lhe-á difícil voltar a exercer funções. Mas isso ficará para mais tarde, agora só temos que celebrar o seu 12º aniversário de papado e esperar que recupere a sua saúde o melhor e mais rapidamente possível. Parabéns Papa Francisco!

P.S.: Este será o último Papa da Igreja Católica segundo as profecias de Nostradamus e de São Malaquias, ambos em sintonia neste ponto. São Malaquias é muito considerado no Vaticano e seguidas com atenção as suas profecias. A seguir virão outros mais fracos para lidar com tempos muito difíceis e exigentes, até à desagregação da Igreja Católica. Se vai ser assim ou não, logo veremos. Até lá só nos resta esperar e estar atentos.

Intimidades reflexivas - 1886

"Precisamos de nos reconciliar com a velhice. É um erro grosseiro representar os velhos como um peso: experimentam-no quotidianamente as famílias que sem a colaboração dos avós não saberiam como conjugar as vidas profissionais com a vida familiar; sabem-no as crianças e os jovens que nos mais velhos encontram disponível um bem que mais ninguém lhes oferece com aquela gratuidade: tempo; constatam-no todos os espaços de convivência humana que dos velhos recebem testemunhos de sabedoria, afeto e resiliência, pois eles felizmente têm olhos para aquilo que mais ninguém vê." - José Tolentino de Mendonça in 'A vida em nós'.

Veneza...

"Veneza (...)  É um sonho situado à beira-mar."

Maxence Fermine

Intimidades reflexivas - 1891

"Sentimos que, mesmo depois de serem respondidas todas as questões científicas possíveis, os problemas da vida permanecem completamente intactos." - Ludwig Wittgenstein (1889-1951)

O seu coração...

 “O seu coração lutou contra si mesmo e perdeu a batalha." 

 Luísa Erdrich 

As mulheres da minha vida

Embora devamos celebrar a Mulher durante o ano inteiro é neste dia, que muitos que as esquecem durante o ano, a pretendem celebrar. Por mim, como já por diversas vezes afirmei, todos os dias são dias da Mulher não tendo qualquer pejo em o assumir publicamente. Mas não deixo de ficar contagiado pela data apesar de tudo. Assim, queria aqui celebrar as várias Mulheres que passaram pela minha vida, umas com mais importância do que outras, mas todas suficientemente marcantes para aqui serem lembradas. De todas elas queria aqui trazer algumas que foram mais marcantes para mim. Desde logo a minha Mãe, Maria Odette, porque é a ela que devo o ser, a minha existência neste plano astral. Foi com ela que dei os primeiros passos e pronunciei as primeiras palavras. Outra Mulher muito importante para mim foi a minha avó materna e madrinha Margarida que, - juntamente com o seu marido -, foram os verdadeiros pilares da minha vida. Desde a educação que me transmitiram e que muito agradeço, até à minha formação académica de que muito me orgulho. A eles os dois devo os muitos valores que me transmitiram, coisa rara nos dias que correm, onde o ser-se educado é démodé porque só podem transmitir esses valores quem os tem e muita da geração anterior nem sabe o que isso é. (E podem crer que sei bem do que falo). Outra Mulher marcante na minha vida é a minha Mulher, Florinda, com quem partilho a vida à mais de três décadas, companheira de jornada da vida que se vai esgotando na poeira do tempo. Nos maus e nos bons momentos ela aí esteve para mim. Outra Mulher muito importante foi a minha amiga Cristina, - a Cris como gosto de lhe chamar -, que me conheceu num momento muito difícil da minha vida com a perda da minha Mãe, que me deixou sem chão, e ela foi sempre o meu suporte nesses momentos tão difíceis e marcantes da minha existência e que a mudaram radicalmente. Nunca lhe agradecerei aquilo que nessa altura fez por mim, embora muitas vezes lhe lembre disso numa amizade que vai para algumas décadas apesar da distância que nos separa. Mas ainda quero falar de mais duas Mulheres que foram muito importantes e que, infelizmente, já não percorrem este plano astral. Desde logo a minha querida Paula Maia com quem partilhei muito do combate em prol da defesa dos animais, ela que foi uma grande força inspiradora que me tornou um ser melhor pelo amor e dedicação que teve para com os animais quase até ao seu derradeiro dia de vida. A outra Mulher, também amiga dos animais, mas com aquela força e determinação dum furacão, - a 'minha menina da Foz' como costumava chamar-lhe -, já perceberam que falo da minha querida amiga Sofia Flor Rocha. Mulher determinada, mulher do norte que tanto reclamava ser. Portuense dos quatro costados, tinha aquela força e determinação de mover montanhas. Partiu jovem ainda mas deixou marcas profundas naqueles que passaram pela sua vida. Entre a Sofia e a Paula havia uma diferença geracional, mas isso não impediu que fossem grandes Mulheres - cada uma a seu jeito - que muito me marcaram e que, cada uma de modo diverso, me tornaram um ser bem diferente para melhor. Ambas já partiram sem saberem o quanto me influenciaram positivamente, por isso, aqui fica a nota em sua homenagem. Muitas outras Mulheres podia aqui trazer, mas estas foram, seguramente, aquelas que mais lastro deixaram na minha já longa existência. E assim se faz o dito Dia da Mulher, um sofisma que reduz a Mulher a um único dia no calendário, quando todos os seus dias deveriam ser preenchidos por elas. Quando falo disto vem-me sempre à memória aquela estrofe dum belo poema do grande poeta francês Louis Aragon que já por diversas vezes aqui citei, 'la femme est l'avenir de l'homme'. Como é certa e verdadeira esta asserção e quantas e tantas vezes é esquecida. Feliz Dia Internacional da Mulher para as Mulheres do meu país, bem como para todas aquelas que povoam o mundo, sobretudo, as lutadoras pela sua afirmação como pessoas com dignidade e com direitos, de modo a deixarem de ser consideradas como objetos, como ainda infelizmente, são vistas em muitas partes do mundo.

Dia Internacional da Mulher

Celebra-se hoje mais um Dia Internacional da Mulher. Este é mais um daqueles dias que não deveriam existir porque o dia da mulher deveriam ser todos. Isto não é um eufemismo, digo-o com toda a propriedade. Porque a sua existência só mostra que não lhe sabemos dar o devido valor durante os restantes dias. Normalmente idolatramos a nossa mãe, ela também mulher, mas esquecemos que existem outras que embora não sendo a nossa mãe não deixam por isso de serem mulheres. E vai daí as descriminamos nos empregos, nos salários, as exploramos sexualmente, as humilhamos apenas e só por serem mulheres. São estas contradições que fazem com que tenha que existir este dia para nele fazermos espelhar aquilo que deixamos de fazer nos restantes. O respeito pelas mulheres, a igualdade nos postos de trabalho, o não assédio psicológico ou sexual, são apenas questões básicas de cidadania e não o normal que depois se resgata num hipócrita ato de contrição neste dia. Por isso, e na minha modesta opinião, este dia é mais um daqueles que não deveriam existir se a sociedade estivesse alinhada na sua normalidade. Não nos esqueçamos que foi apenas à 50 anos que a mulher adquiriu o direito de voto pleno que ontem se comemorou. Como disse atrás, o respeito e amor que temos à nossa mãe deveria ser o mesmo que deveríamos atribuir às mulheres em geral. Sabemos que não é assim e por isso este dia aqui está a lembrar-nos disso mesmo. Feliz Dia Internacional da Mulher.

Intimidades reflexivas - 1885

"Na juventude deve-se acumular o saber. Na velhice fazer uso dele." - Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Sinta a paz...

Sinta a paz no covil dos seus braços

Deixe-se levar por um momento pelo ritmo das batidas do seu coração

Pele com pele longe da vida e do seu ruído

Subtileza de um momento mágico e delicado

Onde o resto do mundo não existe...

Entramos na Quaresma

Inicia-se hoje a Quaresma que nos vai levar à Páscoa. Representa os 40 dias que Jesus peregrinou no deserto e foi tentado pelo demónio, segundo a liturgia cristã. Período também para a nossa reflexão. Sairmos da nossa zona de conforto, irmos para o nosso deserto, longe dos ruídos e do bulício que nos rodeia a cada momento, e aí entrar na nossa reflexão. Sobre cada um de nós, sobre a vida, sobre o seu sentido, sobre a missão que nos é pedida nesta caminhada. Depois dos exageros da carne representados pelo Carnaval, vem agora este, um período de arrependimento e recolhimento. Um período para estarmos com nós próprios neste momento difícil que o mundo atravessa. Um período para sermos nós face a nós mesmos, sem medos ou tibiezas, despojados, de alma lavada. 

Feliz Carnaval!

Aí está o Carnaval com o seu cortejo de folia e atrevimento. Confesso que não sou grande fã do Carnaval mas tento vivê-lo com a leveza que se pede nestes dias. Prefiro um Carnaval mais sereno e espetacular, como o de Veneza. Só quem já a ele assistiu sabe ao que me refiro. Algo sublime com aquela finura e trato que só os venezianos são capazes. Sem grande alarido mas com muita beleza. este é para mim o maior Carnaval do mundo. Feliz Carnaval!

Eu escolho...

Eu escolho amar-te em silêncio... Porque no silêncio não encontro rejeição, Eu escolho amar-te na solidão... Porque na solidão ninguém te pertence senão eu, Eu escolho adorar-te de longe... Porque a distância protege-me da dor.

Memórias que permanecem

Faria 119 anos neste dia, falo da minha avó materna e madrinha, Margarida. Aquela força da natureza, com a determinação que faz mover montanhas, ela foi uma verdadeira matriarca da família e também a grande força inspiradora para mim. A ela devo tudo do muito que sou, quer a nível académico, quer a nível pessoal, a ela fui buscar os valores que hoje pautam a minha vida. Porque há coisas que não se perdem quando adquiridas na juventude mais profunda e que nos balizam para a vida. Esta Senhora foi uma dessas pessoas que me marcaram para o futuro enquanto a minha existência durar, E muito foi e disso me sinto orgulhoso e agradecido. Lá onde estiveres que estejas em paz!

"Dirty Diana - O Despertar" - Jen Besser e Shana Fest

Um romance sexy, inteligente e provocador sobre uma mulher dividida entre a estabilidade confortável do seu casamento e as recordações de um passado sensual. Diana Wood tem um trabalho de que gosta e um marido, Oliver, que ama. Juntos têm uma filha que adoram. Diana e Oliver passam tanto tempo juntos que até vão no mesmo carro, para o mesmo escritório. Vivem um amor conjugal, o que não é exatamente a mesma coisa que amor-amor, mas está tudo bem. Será que está mesmo? Será que «tudo bem» é suficiente? Diana e Oliver não fazem sexo há meses e a intimidade entre eles parece mais uma memória distante do que uma realidade. a vida confortável de Diana em Dallas tornou-se cada vez mais sufocante. Ela está inquieta e, a cada dia que passa, mais distante de Oliver. Uma viagem para ver uma velha amiga em Santa Fé faz com que Diana se lembre da mulher que costumava ser: uma aspirante a artista, criativa, espontânea e sensual. No passado - especialmente com Jasper, o fotógrafo com quem teve um caso inesquecível -, Diana deixava-se fantasiar e deixava que as sensações do seu corpo lhe indicassem o caminho. Ela sentia-se completa e... viva! Ao regressar a casa, Diana decide redescobrir a mulher profundamente sentimental que foi em tempos. Começa a entrevistar outras mulheres, pintando os seus retratos enquanto elas falam sobre as suas vidas. Encoraja-as a dar voz aos seus desejos secretos, captando as suas fantasias mais profundas e íntimas. Mas será possível a Diana recuperar o seu lado sensual e manter o seu casamento? e se a ligação aos seus próprios desejos significar a dissolução da vida que tanto se esforçou por construir? Baseado no podcast do ano, Dirty Diana, um podcast de ficção protagonizado por Demi Moore. A edição é da Planeta.