Não sabemos...

"Não sabemos imediatamente que o amor morre como uma estação".

Louise Maheux-Forcier

Intimidades reflexivas - 1884

"Não se descuide de ser alegre - só a alegria dá alma e luz à Ironia, à Santa Ironia - que sem ela não é mais que uma amargura vazia." - Eça de Queirós (1845-1900)

Uma mulher...

Uma mulher pode chamar a sua atenção e fazer com que se derreta. Mas precisamos de olhar para além da beleza e ver o lado oculto. Pode fazer amor com ele, mas não pertencer realmente a ele. Uma mulher não é apenas um corpo para admirar... para acariciar. Mas uma alma para compreender. Uma alma para amar.

Intimidades reflexivas - 1883

"Há coisas conhecidas e coisas desconhecidas: entre elas, ficam as portas." - William Blake (1757-1827)

Meio ano de ausência

Já passaram 6 meses sobre o desaparecimento da minha querida amiga Sofia Flor Rocha. Uma mulher intensa, determinada, com aquela força que é típico das mulheres do norte. A 'minha menina da Foz' sempre teve uma atitude muito respeitosa para comigo. Nunca esquecerei os diálogos que tivemos. Era uma mulher que escrevia muito bem, coisas que só quem é culto consegue fazer. Para a provocar dizia-lhe que 'tinha um proverbial mau feitio' característica de quem é intenso em tudo o que se propõe fazer. E a Sofia era uma mulher intensa. Brincávamos com a música de Abrunhosa quando dizíamos um para o outro para ir ter aos Aliados. Ainda me recordo de como me deu a conhecer os Calema, sobretudo aquela que ficaria a nossa música preferida, 'A nossa dança'. Quantas recordações, meu Deus! Quanta saudade! Descansa em paz, Sofia!

Intimidades reflexivas - 1882

"Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim." - Jean-Paul Sartre (1905-1980)

9 meses de ausência

Passam hoje 9 meses sobre a morte da minha querida amiga Paula Maia. Uma grande amiga, uma grande protetora dos animais, uma grande Senhora. 9 meses volvidos as memórias são avassaladoras. Recordo o tempo em que ela apoiou a chamada matilha de Rio Tinto. Foi aí que conheci o trabalho da Paula que sempre recordarei com admiração. Mas a Paula era mais do que isso. Era aquela pessoa que acolhia animais na sua casa. Para além dos cães que tinha e dos vários gatos, ainda dava de comer a alguns mais que por lá rondavam. A Paula era aquela mulher que dava aulas a uns jovens ciganos apenas para que não desistissem da escola. A Paula era assim, um grande coração e uma alma serena e pacífica. Como recordo aqueles telefonemas diários que tínhamos. As conversas que corriam ao sabor do verbo. As confidências que partilhávamos. Coisas que só fazemos com amigos muito especiais. E a Paula era uma amiga muitíssimo especial. Aqui quero venerar de novo a sua memória porque pessoas com esta dimensão são poucas e raras. Que estejas em paz, Paula!

Às vezes...

''Às vezes penso naquela grande felicidade de viver que não não se vá embora e digo a mim mesmo que pode ser, a grande manhã da minha vida.''

Nicolas Mathieu

Enfrentamos...

Enfrentamos os duros golpes da vida sozinhos. O conforto daqueles que nos rodeiam é apenas uma simples carícia à superfície, mas a tristeza, a raiva, estão enraizadas em nós, tão profundamente quanto são inacessíveis aos outros.

Inês Ledig

Das suas notícias

Intimidades reflexivas - 1881

"Nunca acreditei que a liberdade do homem consiste em fazer o que quer, mas sim em nunca fazer o que não quer, e foi essa liberdade que sempre reclamei..." - Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Há amores...

Há amores que nunca acabam verdadeiramente, mesmo quando os caminhos se separam, mesmo quando a vida impõe esses silêncios. Algumas histórias não desaparecem, transformam-nos, ensinam-nos que o amor, por vezes, não se vive na presença.

Charlotte Cellier

Intimidades reflexivas - 1880

"(...) Dizem por aí, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é amor, mas isso sim é certeza." - Machado de Assis (1839-1908) in 'Dom Casmurro'.

Exijo...

Exijo o lugar da poesia neste mundo

Louis Aragon / Os Poetas

Intimidades reflexivas - 1879

"Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida." - Sócrates (470 aC-399 aC)

À memória da Sofia Flor Rocha em Dia dos Namorados

Esta foto que aqui trago tem um significado muito especial para mim. Foi feita por mim e pela Sofia e era para ser publicado neste dia, Dia de São Valentim, em ambas as nossas páginas. Infelizmente o destino quis que tal não acontecesse. Hoje estou a publicá-la em homenagem à Sofia. Não a publico na sua página porque horas depois do trágico acidente que lhe custou a vida no ano passado a página foi apagada. Mas fica aqui na minha como homenagem a essa grande mulher que foi a Sofia. Essa guerreira, uma mulher do norte com fortes convicções e personalidade vincada. A minha menina da Foz como gostava de lhe chamar. Esta é a minha homenagem à sua memória. O prometido é devido e aqui estou a cumprir aquilo que tínhamos combinado. Lá onde estiveres que estejas em paz, Sofia!

Dia de São Valentim

E aqui estamos face a mais um Dia de São Valentim mais conhecido pelo Dia dos Namorados. Aquele dia de paixões ardentes e assoberbadas. O dia de amores incontidos ou revelados. O dia do amor na sua forma mais selvagem, ingénua e pura. Este é o dia dos que se amam é comum dizer-se, mas porque não replicá-lo pelos outros dias do calendário. Se o fizéssemos talvez existissem menos amores não correspondidos, menos agressividade, menos violência doméstica, menos separações, menos infidelidades. O problema é que este dia não passa de mais um dia em que o mercantil impera: uma prenda, um jantar afrodisíaco e uma noite escaldante. E depois tudo volta ao normal, ou seja, ao desamor, à violência doméstica, ao assédio. Este é mais um daqueles dias em que o mercantil impera em vez da pureza do amor, sentimento muito nobre da Humanidade. Tudo se compra, tudo se vende apenas e só para um fugaz dia que, na maioria das vezes, nem sequer tem continuidade. Mas apesar de tudo ainda sou dos que acham que é importante celebrá-lo, nem que isso significa uma ilusão momentânea. Feliz dia de São Valentim!

Alguns encontros...

Alguns encontros “mágicos” mudam o rumo de uma vida. Definem-nos, mudam-nos para sempre, suavizam-nos e infundem-nos muito amor. Transmitem-nos a alegria de viver, e isso torna-se uma verdadeira força!

37 anos de memória

Passam hoje 37 anos sobre o desaparecimento do meu Pai, Álvaro. Parece que foi ontem e já mais de três décadas foram consumidas pelo tempo. O meu Pai foi um daqueles andarilhos para quem o mundo era pequeno. Herdei dele essa caraterística que me levou a pisar os cinco continentes, quer por lazer, quer profissionalmente. Volvidos todos estes anos, apenas a memória permanece. E essa acompanhar-me-á até que a minha existência se escoe na poeira do tempo. Lá onde estiveres descansa em paz meu Pai!

Intimidades reflexivas - 1878

"Há uma idade em que a mulher gosta mais de ser namorada do que amada. O que lhe enche o coração não é o amor, é a vaidade." - Júlio Dinis (1839-1871)

Intimidades reflexivas - 1877

"Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém." - Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Intimidades reflexivas - 1876

"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos." - Marcel Proust (1881-1922)

A liberdade...

“A liberdade não existe. O que existe são pessoas que se libertam."

Roland Poupon

Diz-me...

 - Diz-me, o que é mais importante, a viagem ou o destino?

- A companhia...

Intimidades reflexivas - 1875

"[...] recuso a guerra e tudo o que tem dentro… Não a lamento… Não me resigno… Não choramingo por minha causa… Recuso-a por inteiro, com todos os homens que ela contém, não quero nada com eles nem com ela. Fossem novecentos e noventa e cinco milhões de um lado e eu do outro, não teriam razão, Lola, quem tem razão sou eu porque só eu sei o que quero: não quero morrer." - Louis-Ferdinand Céline (1894-1961) in 'Viagem ao fim da noite".

Comer...

“Comer é uma necessidade do estômago.

Beber é uma necessidade da alma."

Claude Tillier

Intimidades reflexivas - 1874

"Obrigado pelos amigos incondicionais. Que discordam de nós permanecendo connosco. Que esperam o tempo que for preciso. Que perdoam antes das desculpas. Essas e esses são os irmãos que escolhemos. Os que colocas a nosso lado para nos devolverem a luz aérea da alegria." - José Tolentino Mendonça, excerto de "A Vida em Nós".

Cidade à noite...

“Uma cidade é bonita à noite."

Christophe Kervéven

Não revele nada...

Não revele nada.

Dê largas à sua imaginação.

Seja um poeta ou um demónio.

Sozinhos à noite...

Não estamos sozinhos à noite...

Há desejos que nos embalam,

pensamentos que nos abraçam,

memórias que nos acariciam,

e ausências que dormem perto de nós...