Ainda os grandes investimentos
Voltamos ao tema, porque achamos que é da maior acuidade. Agora, como tínhamos dito anteriormente, saiu um documento assinado por 50 economistas a favor dos investimentos públicos. Se bastassem as assinaturas, este tinha ganho. Mas o que interessa é algo mais profundo. Não podemos reduzir, o fazer ou não investimento público a uma luta esquerda vs. direita, até porque estes documentos são assinados por personalidades de diferentes quadrantes. Tudo se resume a uma concepção liberal, ou melhor dizendo, neoliberal, a mesma que transformou a economia num imenso casino, (cujos estragos todos temos agora que pagar) e uma visão keynesiana em que o investimento público aparece para dinamizar a economia a todos os níveis, (a mesma que salvou os EUA nos anos 30 aconselhada por Keynes, o tal inglês que alguns acham que é americano, e com um presidente T. Roosevelt que era um político duma dimensão bem diferentes dos amanuenses que temos por cá, embora tenha sofrido os mesmos ataques, é histórico e fácil de comprovar). Os políticos pequenos que temos não conseguem ver isto (alguns diga-se em abobno da verdade), ou os interesses que defendem, a tal os impedem, e a comunicação social vai dando uma ajuda, qual ave de rapina sempre ávida de sangue e cadáveres putrefactos, que vai criando e destruindo temas a seu bel-prazer, ciente da sua força, diria mais, da sua impunidade, até porque é considerado o quarto poder (Veja-se o caso PT/Media Capital, em que os políticos deram uma "ajudinha" sempre ávidos de protagonismo). E sei bem o que isto significa, por isso, como anteriormente já tinha afirmado, nunca aceitarei nenhum cargo público, a menos que algo de muito importante e definitivo para Portugal a isso me obrigasse, quanto mais não seja por um espírito de missão, que espero nunca venha a acontecer. Isto para reafirmar que acho importante os grandes investimentos, nomeadamente o aeroporto, porque o actual está saturado e, o TGV, para que Portugal não se venha a tornar mais periférico do que já é actualmente. Mas os interesses políticos fazem com que se avance e recue, e as coisas não chegam a lado nenhum, enquanto a nossa vizinha Espanha, apesar do seu elevado nível de desemprego (vejam lá senhores políticos) vai, cada vez mais, ocupando um lugar dum grande país, deixando Portugal para trás inexoravelmente. Só falta que lancem uma "OPA" sobre este rectângulo, coisa que talvez não demore muito.