Turma Formadores Certform 66

Friday, May 28, 2010

A crise financeira e a recessão - XXVI

E a saga da crise lá vai continuando para mal dos nossos pecados. O apertar do cinto aí está, cada vez mais forte, para tentar extorquir ao pobre cidadão o pouco que ainda lhe resta. Como já antes afirmei, estamos mais próximos da política do Xerife de Nottingham do que propriamente da de Robin dos Bosques. Mas, como sempre tentei fazer na minha vida profissional, acho que os exemplos vêm de cima. Infelizmente, entre nós, nem sempre é assim. É ver o que se passou com o orçamento da Assembleia da República. Duma maneira despudorada - para não dizer vergonhosa - estes senhores auto-elaboraram o seu orçamento com um valor muito elevado, bem acima, daquele que vigorou no ano transacto!!! Quando são pedidos aos portugueses cada vez mais esforços, é incompreensível a insensibilidade destes senhores, que em nada enriquecem a nação, bem pelo contrário. Basta ver o que se passa na AR diariamente... Claro que, após a denúncia pública dos "media", e a indignação dos cidadãos, lá foram rever o famoso orçamento, aparecendo logo, alguns partidos como os "campeões do corte" - é pena é que não tenham tomado essas atitudes antes da indignação popular - como foi o caso do PSD, que pelos vistos, ficamos a saber agora, tem duas políticas: uma para os portugueses, no apoio que vem dando ao governo; outra para si próprio, quando se tratam de despesas dos deputados e as suas respectivas ajudas de custo. É neste emaranhado de contradições que nos vamos afundando cada vez mais, divergindo dia a dia da UE a que pertencemos. (Só para dar um exemplo, está(va) prevista a criação duma sala de fumo para os senhores deputados que orça em cerca de 300.000 euros!!!) Depois aparecem os bem pensantes, que foram colhendo chorudos lucros no meio da confusão, e que se aglutinam num movimento a que chamaram "Farol". Nesse grupo de bem pensantes, não vi nenhum cidadão comum, daqueles que tentam sobreviver com o salário mínimo, ou até menos do que isso, diariamente. Todos têm receitas, todos têm soluções, é pena que não as tenham anunciado antes do descalabro em que entramos. As soluções de apoio aos mais necessitados, aos desempregados, ao fim e ao cabo, a todos aqueles que já não têm para onde se virar, vão sendo cortados em nome da crise, duma forma de total insensibilidade social. Mas o número de pessoas, a que pomposamente, se chama de "staff", em volta dos membros do governo é enorme, situação idêntica à que acontece na presidência da república. Os custos do Palácio de Belém, só por si, dariam para apoiar muita gente e, estou seguro, que com menos pessoal se desenvolveria o mesmo trabalho, aligeirando os custos sobre as finanças públicas. O mesmo acontece com a redução do número de deputados - que agora se discute com algum calor - e que, a acontecer, seria um bom sinal para as dificuldades por que todos estamos a passar. Mas para isso, haveria que alterar a lei eleitoral, bem como, os círculos eleitorais, para que os pequenos partidos, continuassem a ter representação, e não duma forma assimétrica como vem sendo defendido pelo PSD, que teria como resultado a eliminação de alguns grupos parlamentares. Mas como os políticos é que fazem as leis, elas são sempre elaboradas duma forma que a auto-proclamada "classe política" não seja prejudicada. O cidadão comum é que lá terá que aguentar... até um dia.

Tuesday, May 25, 2010

Via Crucis - Christina Pluhar & L'Arpeggiata

Para quebrar os temas mais densos que tenho vindo a abordar mais recentemente, nomeadamente os que se prendem com a situação económica e financeira do país, trago-vos hoje uma proposta musical de grande qualidade, que está disponível desde à alguns dias nas lojas da especialidade. Trata-se do último trabalho de Christina Pluhar com o agrupamento L'Arpeggiata com o título "Via Crucis". É uma obra que aborda o tema da morte e ressurreição de Cristo, com todo o esplendor da Paixão vista pelos olhos de vários compositores do passado. Numa interpretação soberba, dentro daquilo que Christina Pluhar já à muito nos habituou, estamos perante uma grande obra da música antiga que merece a vossa atenção. (Já agora, e para adoçar o apetite, digo-vos que, circulam no YouTube alguns vídeos alusivos a este trabalho). Com apresentação cuidada num livro que torna clara a abordagem dos temas e o significado de todos eles - bem como as respectivas líricas - este disco não fica por aqui. Numa edição limitada de luxo que está disponível entre nós, aparece também um DVD que tenta dar uma ideia daquilo que foi a evolução de 20 anos do agrupamento L'Arpeggiata. Trata-se dum DVD de grande qualidade, dum verdadeiro filme de colecção que, seguramente, não irá passar ao lado dos melómanos, bem como, de todos aqueles que, como eu, gostam da música antiga. Depois de "Teatro d'Amore", "Via Crucis" é um CD de referência dentro da música de qualidade que se vai fazendo nos nossos dias. Aqui fica a proposta. Não deixem de escutar este disco, porque estarão a testemunhar um dos grandes trabalhos deste ano, no circuito musical. Obra que merece toda a nossa (vossa) atenção.

Saturday, May 22, 2010

A crise financeira e a recessão - XXV

Temos vindo a assistir a uma grande tensão em volta da tão falada crise económica. Como já tinha dito neste espaço, é minha convicção que a crise veio para ficar. Falava-se em medidas de austeridade até 2011, ontem o primeiro-ministro já ia falando que as medidas poderiam ir até 2013. Pois meus amigos não estou convicto de que tal aconteça até essa data, tão só, porque estou certo de que a crise se vai espalhar muito para além dessa data. Digo-vos que estas medidas anunciadas, mais o PEC, mais outras que terão inevitavelmente de acontecer mais à frente, não são suficientes para estancar o nosso endividamento. Portugal está a pedir dinheiro ao exterior para pagar as dívidas, numa espiral que já vai nos 300 mil milhões de euros, o que significa que daqui a trinta anos este valor terá ultrapassado os 600 mil milhões. Sem espaço de manobra, este ou outro qualquer governo, pouco podem fazer. A mera substituição dum governo por outro, não criará condições para que o problema se atenue. Este problema tem raízes bem mais profundas, que vêm muito de trás, sobretudo, desde os anos 80 com os governos de Cavaco Silva. Todos se lembram do elefante branco que foi a criação do Centro Cultural de Belém, à época tão contestado por muitos, mesmo dentro do PSD. Mas nesse tempo o dinheiro entrava vindo da então CEE, mas todos se esqueceram de que o teríamos que pagar no futuro. Por isso, quando ouço falar dos grandes investimentos, - leia-se TGV - lembro-me desses tempos, onde o próprio Cavaco Silva, hoje tão crítico, não foi capaz de tornar claro aquilo que o futuro nos reservava. O problema é sério, mais do que a maioria das pessoas pensam. Não nos podemos esquecer que a algumas semanas atrás, alguns bancos portugueses, não iam ao mercado internacional financiar-se porque, simplesmente, não tinham crédito. As medidas que aí vêm são necessárias, mas não são suficientes para eliminar o problema. Por mais leis "Robin dos Bosques" que se criem, todos temos a sensação de que são as leis do "Xerife de Nottingham" que por aí andam. Vejam o que aconteceu esta semana com a publicação das taxas do IRS. A confusão e o desnorte são grandes, porque a situação também é muito grave. Para já, vai-se apanhar o subsídio de férias dos portugueses, depois se verá o que se há-de ir buscar mais. Como diria António Variações, "quando a cabeça não tem juízo, o corpo em quem paga"!!!

Tuesday, May 18, 2010

António Martins - In pace requiescat

Cumpre-se hoje o oitavo dia do falecimento de António Martins, meu sogro, que nos deixou a escassas semanas de completar 87 anos. Numa vida de sofrimentos - perdeu a mãe aos 8 anos de idade - o meu sogro teve, como todos nós, uma vida com altos e baixos. Após a morte da mãe, o seu sofrimento começou, vindo a atenuar-se apenas quando ingressou no Lar do Padrão da Légua. Apenas esteve lá 10 dias (!), mas, segundo ele, foram os dias mais felizes da sua vida. Sempre foi seu desejo terminar os seus dias nessa Instituição, da paróquia que o viu nascer e onde tinha muitos amigos. Sentiu-se profundamente integrado. Disse-me muitas vezes que estava a passar os dias mais felizes da sua vida, desde que nasceu. Depois de uma carreira de muitos anos na Dyrup, viria a reformar-se tendo ainda gozado mas de 20 anos a sua reforma. Depois de aproximadamente três semanas de intenso sofrimento, veio a falecer na passada terça-feira, dia 11, no Hospital Pedro Hispano. Cumpre aqui - como era seu desejo - agradecer a todo o pessoal do Lar do Padrão da Légua a maneira como o tratou. Ele só tinha agradecimentos para todos, e nós, familiares, que acompanhamos de perto a situação, confirmamos que nada poderia ter sido melhor do que realmente foi. Desde o acolhimento muito personalizado, até à maneira amiga e fraterna, com que conduziram a integração, nada à dizer. Se alguma coisa houvesse, seria seguramente um muito obrigado por tudo aquilo que lhe proporcionaram. Agora é o tempo do luto, do interiorizar tudo aquilo que este tempo de perturbação encerrou até ao desfecho fatal. António Martins, um homem simples, como simples foi a sua existência, deixou-nos. Apenas resta desejar que repouse em paz. RIP.

Friday, May 14, 2010

A crise financeira e a recessão - XXIV

Aqui estão as medidas mais duras que, à tempos atrás, já tinha afirmado que seriam inevitáveis. O PEC era - apesar do aplauso de Bruxelas (embora tenha, posteriormente, imposto mais rigor) - manifestamente insuficiente. O aumento de impostos era inevitável e eles aí estão. Apenas o aumento do IVA sobre todos os produtos, que me causa algum desconforto. Porque para pessoas de parcos recursos - e cada vez são mais - ver os produtos básicos como o leite, o pão, só para dar alguns exemplos, a serem atingidos, não me parece justo. Continuo a não compreender porque é que a banca em geral não é tão afectada como deveria ser. Ao fim e ao cabo, ela é responsável por muito daquilo que estamos a passar. Apesar da dureza das medidas, a banca acaba por sair beneficiada relativamente às populações em geral. Continua a ser injustificável, numa altura em que a crise a todos atinge, os bancos continuem a ter chorudos lucros de muitos milhões, e ainda por cima, não os ver devidamente agravados, porque muitos destes lucros, quase especulativos, são ajustes directos que estes impõe aos seus clientes que nada podem fazer a não ser pagar. E não deixa de ser importante, como também já tinha escrito em anterior crónica, a criação dum amplo consenso político, desde logo, com o maior partido da oposição. Passos Coelho trouxe uma nova leitura da maneira de estar em política, sendo certo que espera com isso colher alguns dividendos políticos, como é óbvio, mas apesar disso, era importante dar um sinal de que existe um largo consenso para ultrapassar a grave crise em que nos encontramos. Mas este consenso também teve o seu lado menos positivo, que foi o dos políticos darem o dito por não dito, algo que é muito comum entre nós e que em nada dignifica a política. Para aqueles que têm acusado José Sócrates de mentiroso, por vezes duma forma despudorada, atendendo àquilo que ele representa, seria bom que estivessem atentos aos vários ditos e não ditos de Passos Coelho. Isto não é bom para a política, nem credibiliza os políticos. Talvez agora, ou são coerentes e chamam-lhe também mentiroso, ou então estão de má fé. Para além disso, importa registar o consenso dos dois maiores partidos, esperemos que para bem de Portugal. O apertar - ainda mais - do cinto aí está e, estou convicto, que veio para durar.

Monday, May 10, 2010

Bento XVI em Portugal

Começa amanhã, dia 11, e prolonga-se até ao dia 14, a visita de Sua Santidade Bento XVI a Portugal. Começa amanhã em Lisboa, passando por Fátima, vindo a terminar no Porto. Muito se tem falado na visita deste Papa, - menos popular que o seu antecessor, João Paulo II, - mas não menos importante. Muito se tem criticado a tolerância de ponto que o Governo deu relativamente aos funcionários públicos. Quanto à pretensa desigualdade relativamente aos privados, - como defenderam as confederações patronais, - não faz qualquer sentido. O Estado não pode interferir nos privados, deixando a estes o seu livre-arbítrio. Se assim fosse, também se poderia dizer que o Governo descriminou os funcionários públicos de Viseu, Vila Real ou Bragança. Tudo tem que ser visto na sua relatividade, e embora o Estado Português seja um Estado laico, do ponto de vista político, todos sabemos que o tecido social que compõe o nosso país, é fortemente católico. Assim, penso que o Governo andou bem quando decretou a tolerância de ponto. Afinal, não é todos os dias que temos entre nós o representante supremo da Igreja Católica. Para os católicos será, seguramente, um dia de festa, para os não-católicos, será mais um dia. Até podem, caso sejam funcionários públicos, abdicar da tolerância de ponto oferecida. Penso que, para todos aqueles que não concordam, talvez seja um gesto importante para marcar a diferença. Não basta criticar, temos que ser coerentes com a nossa crítica. Assim, só nos resta saudar Bento XVI, dar-lhe as boas-vindas e fazer com que ele leve de Portugal a melhor das recordações. Que seja bem-vindo!

Friday, May 07, 2010

A crise financeira e a recessão - XXIII

Se dúvidas houvesse elas estariam desfeitas. Apesar da ajuda - tardia - à economia grega, apesar das bolsas, no imediato, terem dado sinais de inversão de tendência, o certo é que continuamos a assistir a um desenfreado ataque ao euro por parte de especuladores sem escrúpulos. Apostando no efeito dominó da Grécia, sobre as economias portuguesa e espanhola, os ataques continuam colocando a zona euro em perigo sério. Já aqui afirmei que a hesitação de Angela Merkel foi desastrosa para a Grécia alimentando os especuladores que devem ter ganho milhões na última semana. O rigor que Merkel, juntamente com Sarkozy, querem impor aos países que não cumpram o seu Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), é um rigor num só sentido. Todos nos lembramos que, a alguns anos atrás, a Alemanha teve um déficit muito para além do permitido dentro da UE, e nessa altura, até um prazo especial foi acordado para que a Sra. Merkel não ficasse muito zangada. Esta dicotomia entre os países ricos e pobres, os grandes e os pequenos, os do norte e os do sul, não vem ajudar em nada a coesão da UE. Se pertencemos a um espaço comum, devemos ter direitos, mas devemos ter obrigações também, e desde logo, a solidariedade dum grupo de países face às dificuldades dum dos seus membros, não será a menor. Dentro da UE parece haver quem não pense assim, mas se não arrepiarem caminho, eles também sofrerão as consequências. A queda do euro seria um prenúncio da desagregação da própria UE, com todo o cortejo de males que daí adviriam. Os especuladores andam por aí, sem rosto e sem pátria, mas a visita à Europa, à dias, de Joe Biden, vice-presidente norte-americano, pode ser sintomático de muita coisa. Todos sabemos que os americanos não são favoráveis a um espaço comum como a UE, e muito menos, a uma moeda única como o euro. As empresas de "rating" - todas americanas - se têm encarregue de fazer o trabalho sujo, mas os estilhaços também têm atingido os EUA. Só para termos uma ideia, ontem a bolsa de Nova Iorque, fechou a perder 8,8% (!). É sintomático que as economias hoje estão muito interligadas, e não tão distantes como no passado, embora alguns ainda persistam em fazer crer. E o efeito de contágio, de que tanto se fala, pode facilmente atravessar o Atlântico, como ontem se viu...

Saturday, May 01, 2010

A crise financeira e a recessão - XXII

A semana que hoje finda foi pródiga em acontecimentos económicos pelas piores razões. Depois da Grécia, Portugal e Espanha aparecem sob a mira dos especuladores internacionais. Toda a gente já percebeu que as economias portuguesa e espanhola, nada têm a ver com a grega. Os mercados já o sabem desde sempre, mas a fúria especulativa tem sido soberana, muito ajudada pelas empresas de "rating". Já aqui afirmei que estas empresas nem sempre têm critérios ajustados, servindo quase sempre, interesses inconfessáveis. Todos sabemos que estas empresas são americanas, da mesma América que sempre se opôs, - nem sempre duma maneira velada -, à UE e sobretudo ao euro. Aliás, estou convencido de que não é Portugal - país pequeno e periférico - que lhes interessa, mas sim, criar condições de ataque ao euro, quiçá, a sua extinção. Daí, o já por diversas vezes, ter afirmado que se deveria caminhar rapidamente para a criação duma empresa de "rating" europeia, que aliás, consta do programa de recandidatura de Durão Barroso. Mas se esta crise anunciada teve algum efeito positivo, tal verificou-se esta semana, com o encontro entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho, a pedido deste. Já aqui defendi, por várias vezes, que deveriam, os responsáveis políticos, buscar aquilo que os une, que é sempre muito mais importante, do que aquilo que os divide, em nome do interesse nacional. Parece que finalmente, os responsáveis políticos, compreenderam que o interesse nacional se deve sobrepor ao interesse partidário e eleitoralista. Todos sabemos que esta aproximação de Pedro Passos Coelho não é de todo inocente, e que será levada em conta na próxima campanha eleitoral. Mas o contrário, também é verdadeiro. Embora não seja um defensor do chamado "bloco central", acho que as grandes questões nacionais deveriam merecer o consenso dum leque alargado do espectro político português, porque só assim, poderemos mostrar ao mundo que temos capacidade para enfrentar os desafios que temos pela frente. Não deixou de ser sintomático que, após esta reunião, os mercados acalmaram e deram sinais de recuperação, desde logo o PSI-20, e o responsável da Standard & Poor's que baixou o "rating" da República Portuguesa, teve que vir a terreiro dar explicações. Mas, gostaria de deixar aqui uma crítica à UE pela maneira lenta como tem reagido à crise grega, - algo que já foi reconhecido pelo polémico comissário Almúnia -, mas sobretudo, pelos avanços e recuos da Alemanha. Todos sabemos que, a economia alemã, é o motor da UE, e que Angela Merkel é uma figura política incontornável. Mas nem todos saberão que, Merkel, percebe pouco, para não dizer nada, de finanças o que, desde logo, é um obstáculo ao bom desenvolvimento do ataque à crise. Não sei se algum dos conselheiros económicos de Merkel, já a alertaram para a sua posição que pode vir a significar o fim do euro e, concomitantemente, da própria UE. Porque se o euro se extinguir, será difícil manter agregada uma união que tem dado provas duma certa rigidez, face a grandes questões, sejam elas a crise financeira actual, seja o conflito nos balcãs, como aconteceu a algum tempo atrás. Contudo, a nível nacional, à que reter que, a exemplo do que aconteceu com o temporal na Madeira que uniu Sócrates a João Jardim, parece que este ataque a Portugal uniu Passos Coelho a Sócrates. Esperemos que seja para durar. O que é pena é que estas aproximações se verifiquem "in liminé" e não como uma estratégia nacional para evitar os problemas que nos assolam e que derivam da nossa pequenez, logo pouco peso político, e da nossa periferia, logo pouco relevância.