Friday, March 31, 2017
Thursday, March 30, 2017
Wednesday, March 29, 2017
Começou o Brexit

Tuesday, March 28, 2017
Monday, March 27, 2017
Ecumenismo versus radicalismo
Temos vindo a assistir a uma série de comentários sobre pessoas oriundas de outras paragens, senhores doutras culturas, religião e modo de pensar. E tal faz-me alguma confusão. Sei que anda por aí muita gente a tentar infiltrar-se para minar a nossa forma de vida, a nossa maneira de olhar o mundo, enfim, os valores superiores duma Europa que está muito à frente, - mesmo quando comparada com os EUA -, embora para muitos possa parecer estranho. Mas acho que, dentre o mau, (que há e muito), e aquelas pessoas que vêm buscar apenas uma forma de vida melhor para si e para os seus, vai uma grande distância. Nós somos bem o exemplo disso. Um povo da diáspora, espalhado pelos quatro cantos do mundo, não seremos, na minha modesta opinião, o melhor exemplo para criticar e estigmatizar outros, que fazem afinal, aquilo que nós vimos fazendo à séculos. Sempre fomos um povo ecuménico, e não é por haver um ou outro - ou um grupo de pessoas diferentes - que se pode ferrar um povo. Ainda na semana passada assistimos a dois crimes hediondos, muito violentos com diversas vítimas, num espaço de um dia. E isso não pode ser visto como o paradigma do homem português ou, para os mais fundamentalistas, um sinete de um povo. Aliás, acho que esta nossa maneira mais ancestral de olhar o mundo - um pouco diferente daquela que vemos hoje em dia - traduz aquilo que nos dias que correm é a visão oficial da Igreja. O Papa Francisco tem olhado para o problema da exclusão, da não aceitação de refugiados, da desconfiança para com o próximo, duma forma muito clara e sem tergiversões. Poder-me-ão chamar ingénuo! Talvez até tenham razão. Mas isso não modifica a minha maneira de ver e olhar o outro. Aquilo que está a acontecer noutras paragens, já aconteceu na Europa num passado recente. Basta lembrar as duas guerras mundiais com o cortejo de mortos e refugiados que gerou, alguns dos quais se acolheram em Portugal. Penso que muitas vezes, o radicar de posições está no desconhecimento do outro, da sua cultura, religião, enfim, na sua maneira diferente de olhar o mundo. Mas se fizermos um esforço para nos tentarmos conhecer melhor talvez consigamos pensar de maneira diferente. Temos sempre receio do que não conhecemos muitas vezes ampliado por informação pouco rigorosa que acicata as diferenças. Ainda me recordo como alguns dos nossos primeiros emigrantes que abalaram para França (por razões económicas ou para fugir à guerra colonial) eram recebidos e vistos por lá. Conheço o relato de muitos sobre o muito que por lá passaram, das dificuldades que tiveram, da maneira como eram olhados. (Disso até sou testemunha das muitas vezes que visitei esse país e vi coisas que não me agradavam sobre os meus compatriotas e não só). Talvez por isso, sempre tive um espaço para refletir sobre o tal radicalismo que rotula muitas dessas gentes, a esmo, sem critério, sem destrinçar o trigo do joio. Com certeza que bons e maus existem em todas as culturas. Já pensaram como um oriental olha para as cruzadas do ocidente que se fizeram em tempos idos e que espalharam o terror, o desespero e a morte de tantos inocentes? E isso não pode ser assacado como moeda de troca dos povos que participaram. Porque eles apenas representavam uma parte dessas gentes, com interesses mais materiais que religiosos, para a sua atuação. Hoje assiste-se ao inverso, mais refinado porque os tempos são outros, mas com a mesma finalidade. Mas um grupo dessas gentes, sem princípios, cheios de ódio ao nosso modelo ocidental de vida, não pode ser confundido com outros que, também eles, fogem desse radicalismo intolerante que assola os seus países deixando tudo para trás. E isso combate-se integrando e não fechando as pessoas em 'ghettos', olhadas de soslaios, apontadas a todo o momento. Estamos a passar por momentos difíceis da nossa História, mas temos que ter uma abertura de espírito para não nos deixarmos arrastar por um ódio radical igual àquele que pretendemos combater. Pensemos sobre a nossa História rica de muitos séculos e encontraremos a resposta a muitas destas questões. O que temos é que olhar para ela duma forma distanciada e imparcial. Talvez assim, cheguemos a uma conclusão para além da intolerância. Dizia Gilbert Chesterton que 'a intolerância pode ser aproximadamente definida como a indignação dos que não têm opinião'. Se calhar é isso mesmo que está a acontecer nos nossos dias. Da não opinião - e até desconhecimento - de uns, até ao aproveitamos de outros, há um mar de situações para as quais temos que olhar com atenção para não nos deixarmos arrastar na correnteza das massas amorfas que atuam irracionalmente, muitas vezes manobradas por interesses pouco claros. Isto não quer dizer que não estejamos atentos e vigilantes. Mas sem radicalismos tão caros aos fundamentalismos que pretendemos exorcizar.
Sunday, March 26, 2017
Outra vez!...

Saturday, March 25, 2017
Mudança da hora
Domingo, dia 26 de março, o relógio será adiantado uma hora. A mudança da hora de inverno para a hora de verão é já no próximo domingo, dia 26 de março. Terá de adiantar o seu relógio 60 minutos, caso viva em Portugal continental ou na Região Autónoma da Madeira, quando os ponteiros marcarem 1:00. Passarão a ser, então, 2:00. Já nos Açores, a mudança é feita à meia-noite, com os relógios a passarem para a uma da madrugada.
A pressa!...

Friday, March 24, 2017
Thursday, March 23, 2017
Uma anedota chamada Jeroen Dijsselbloem
Num momento em que a Europa precisa de cerrar fileiras contra esse inimigo cobarde que atua na sombra como é o caso do terrorismo - ainda ontem o vimos de novo a surgir em Londres - parece que os políticos europeus (tal como os de cá do burgo) se interessam mais pelo chiste, pela chalaça, mesmo que rasteira, sexista roçando até uma certa brejeirisse que muitos pensavam não existir em países do norte. (Só quem não os conhece acreditaria em tal, mas adiante!). Tudo isto a propósito das infelizes afirmações dum tal Jeroen Dijsselbloem, holandês, e que circunstancialmente é o presidente do Eurogrupo. Confundir as dificuldades dos países do sul, com 'copos e mulheres' é no mínimo de muito mau gosto. Mas este senhor, membro do partido trabalhista holandês, é useiro e vezeiro em afirmações infelizes. Agora que o seu partido teve uma derrota enorme nas eleições da semana passado no seu país, ele que era o ministro das Finanças, vai deixar de o ser e, como é natural, também terá que sair de líder do Eurogrupo. E ao sair, não verá aplicada uma das medidas por que tanto se bateu como foi a de aplicação de sanções aos países do sul, em especial, a Portugal. Apesar deste cavalheiro representar uma certa esquerda europeia, tal nunca o impediu de ter uma atitude muito pouco solidária com os mais fracos, tal nunca o impediu de ser mais pró-social, tal nunca o impediu de obstar a que o fosso entre os países do norte e do sul se fosse alargando paulatinamente. Hoje contestado pelo próprio Partido Socialista Europeu, Dijsselbloem ainda assim, recusa-se a pedir desculpa aos países que insultou duma forma suez - para não dizer cobarde - porque se acha detentor do poder absoluto. Será que esse espécime conhece a história do seu país? Será que ele sabe o que a Holanda já foi - e por que passou - em tempos não muito longínquos? Provavelmente não. Aliás, ele é mais um daqueles políticos que dizem ter habilitações que depois se vem a verificar que nunca as possuiu, o que mostra bem o perfil deste energúmeno. (Se pensam que os Relvas são só um protótipo de político português, pois desenganem-se). Políticos como este só ajudam ao descrédito duma União Europeia (UE) que à tanto tempo anda sem rumo, desnorteada com o que fazer no futuro. A mesma UE que viu sair a Grã-Bretanha e que, a continuar a pisar estes terrenos, poderá vir a ver - a curto prazo - outros 'exit' venham eles donde vierem. Numa altura em que o serrar fileiras deveria ser a tónica, andam por aí uns projetos de políticos que só o são porque nada mais têm para fazer. É um drama que enfoca muito nos países do sul, mas não só, e este Jeroen é bem o exemplo disso mesmo. Se este Dijsselbloem - um controverso discípulo de Schäuble a caminho do desemprego - teve de mérito foi o de unir o Parlamento português tão pouco consensual que temos neste nossos dias. Vai mal a UE e tempos difíceis se avizinham - para além daqueles por que está a passar - e com agentes destes não é de esperar que as coisas se endireitem. Quando um político da UE - e com as responsabilidades que este tem - afirma que países como Portugal gastaram o dinheiro em "copos e mulheres" já tudo se pode esperar. Do deboche mais reles, ao brejeirismo mais serôdio, já tudo cabe nesta UE que, cada vez mais, é mais uma desunião do que uma união. Longe vão os tempos dos grandes políticos - aqueles a quem se costuma chamar de estadistas - que foram cedendo os lugares aos atuais amanuenses da política. Lá como cá, a mediocridade impera. E assim apenas o precipício será o destino que nos espera.
O que é ser um defensor dos animais? (por Lilian Rockenbach)
(por Lilian Rockenbach)
Hoje em dia a protecção animal virou uma moda. Muita gente acha giro dizer que é “Defensor de Animais”, mas o que é exactamente ser um “Defensor de Animais”?
Para começar gostaria de esclarecer que proteger animais não é chamar uma ONG ou ligar para um defensor independente quando um animal está a ser mal tratado. Proteger animais também não é ficar no computador apenas passando pedidos de ajuda, nem se sentir no direito de exigir e cobrar que pessoas ligadas à causa façam o que considera certo fazer. Estas são apenas formas de divulgar acções e necessidades ligadas à causa, e não a protecção na sua essência.
Em primeiro lugar é importante saber que defensores de animais são pessoas iguais a quaisquer outras, que trabalham, estudam, tem família, filhos, quintal pequeno, moram num apartamento em alguns casos, mas decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença. Um dia desses eu ouvi que ser defensor de animais é um “apostolado”, e isso significa dedicar sua vida, seu tempo e seu dinheiro a uma causa que muito provavelmente nunca lhe trará nenhum retorno material. Consiste também em mudar hábitos alimentares, hábitos de diversão, hábitos de consumo e hábitos em geral.
O “defensor de animais” muda a sua visão em relação a vida, passa a respeitar toda forma de vida, passa a lutar pela defesa dos direitos dos animais, pela castração, pela adopção, por leis mais rígidas e que os defendam, pela consciencialização da população, etc.
Ninguém muda estes hábitos facilmente, nenhuma pessoa que conheço acordou e disse: a partir de hoje sou um defensor de animais e vou deixar de fazer tudo o que fiz a vida inteira. A vontade de ajudar impulsiona a levantar e ir, com o tempo criamos cada vez mais a consciência em relação aos assuntos relacionados à causa, nossos hábitos são mudados aos poucos e gradualmente. É uma luta pessoal contra nós mesmos e, em alguns casos, contra nossos familiares que não conseguem entender e aceitar essa mudança.
Ser um “defensor de animais” é ter responsabilidade social de maneira totalmente independente da caridade. Promover a consciencialização em relação ao respeito pelos animais é uma das bandeiras mais importantes da causa, fazer com que as pessoas percebam que o animal tem uma vida que precisa ser respeitada, é uma batalha constante. Os animais existem da mesma maneira que todos nós, possuem suas individualidades.
Os defensores dos animais devem ser felizes com sua bandeira, devem-se orgulhar do que fazem. Se defender animais trouxer algum tipo de angústia, talvez seja a hora de repensar e mudar de causa. Os animais precisam de pessoas sensatas, que estejam sempre empenhadas em aprender, que estejam dispostas a tentar mudar o mundo, mas se conseguirem mudar apenas a pessoa que está ao seu lado, já fizeram muito mais do que 99% da população. Os animais não se podem defender, eles só têm a nós, seres humanos, para defendê-los, e exactamente por isso temos que nos manter equilibrados para fazê-lo, e fazer com prazer, paixão e de maneira optimista. Pessoas agressivas e desacreditadas, não apenas na causa animal mas em todas as causas, geralmente não conseguem atingir seus objectivos na sociedade, pois não conseguem desenvolver o potencial necessário para valorizar a causa que defendem.
Tenha sempre como referência, pessoas inseridas na causa e que desenvolvam um trabalho baseado na seriedade e, acima de tudo, idoneidade. Fuja dos falsos defensores, pessoas que estão inseridas na causa tentando tirar benefícios materiais ou prestígio. Acredite em si e nos seus objectivos, arregace as mangas e faça, não tenha projectos alimentados apenas pela esperança, estabeleça objectivos e metas, faça você também a diferença. Pense qual a melhor forma de ajudar os animais, quais os seus pontos fortes, se gostaria de trabalhar com resgates, com adopção, com maus tratos, com educação, etc. Acredite em si, e dê o seu melhor.
Abrace uma causa, qualquer causa, mas faça-o com responsabilidade e de coração aberto. Mude seus conceitos, abandone os preconceitos e faça a diferença.
Existem 3 tipos de pessoas: as que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam - o que aconteceu?
Wednesday, March 22, 2017
Tuesday, March 21, 2017
Monday, March 20, 2017
Intimidades reflexivas - 937

Equinócio da Primavera
Em 2017 o Equinócio da Primavera ocorre no dia 20 de Março às 10h29min. Este instante marca o início da Primavera no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 92,79 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Junho às 05h24min. Os instantes estão referenciados à hora legal. O Equinócio é instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas dia e noite têm igual duração, tal é a ideia que permeia a sociedade.
Sunday, March 19, 2017
Dia do Pai

Novas condições!...

Saturday, March 18, 2017
Não tenho a certeza!...

Friday, March 17, 2017
Feliz Dia de São Patrício

"As Cidades Invisíveis" - Italo Calvino

Thursday, March 16, 2017
Intimidades reflexivas - 935

Wednesday, March 15, 2017
Recordações vs. memórias

Tuesday, March 14, 2017
No 4º aniversário do papado de Francisco

Monday, March 13, 2017
Sunday, March 12, 2017
Voltou a acontecer!...

Saturday, March 11, 2017
Não sei!...

Friday, March 10, 2017
Thursday, March 09, 2017
Wednesday, March 08, 2017
Dia Internacional da Mulher

Tuesday, March 07, 2017
Euclides - A Geometria - National Geographic

Monday, March 06, 2017
"Contos" - Miguel Torga

Sunday, March 05, 2017
A nostalgia dum domingo chuvoso de março
Hoje deu-me para a nostalgia. Talvez fruto do tempo chuvoso que se faz sentir. Nunca fui grande admirador dos ABBA, mas sei da sua importância para a música, nomeadamente para a pop. E aqui vos trago um grande momento deste grupo sueco duma outra geração, baseada numa frase duma geração anterior proferida por Martin Luther King. Mas é também de nostalgia o momento que aqui quero celebrar. No final do ano escolar, no ano transato, na escola da minha afilhada Inês, a educadora fez uma excelente adaptação do tema para celebrar a partida de três meninos que a iam deixar rumo à escola básica. Foi um momento intenso que comoveu até a educadora. Como vêem demasiadas memórias para uma só canção. É caso para dizer que a nostalgia anda no ar. Tal como o tempo que hoje faz por aqui. Bom domingo a todos... (Podem visualisar o tema em questão clicando aqui: https://vimeo.com/5337191 ).
Intimidades reflexivas - 926

...
"It was one of those March days when the sun shines hot and the wind blows cold: when it is summer in the light, and winter in the shade." - Charles Dickens (1812-1870)
Mais uma vez!...

Saturday, March 04, 2017
Mais uma vez!...

Friday, March 03, 2017
Thursday, March 02, 2017
Amizade Segundo Vinicius De Moraes. Dedique Este Texto Aos Seus Amigos!
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam
- ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes