Turma Formadores Certform 66

Thursday, December 31, 2020

Feliz Ano Novo!

É mais um ano que finda, menos um no percurso das nossas vidas. Este não me deixou saudades. Começou mal, decorreu mal e termina mal. É um daqueles anos maus para esquecer. Foi o ano do coronavírus, dos confinamentos, das cercas sanitárias, das mortes  - que talvez não acontecessem noutras circunstâncias -, o ano das máscaras e do distanciamento social. Foi o ano em que os afetos, tão típicos da nossa cultura, foram substituídos por toques com os pés, cotovelos ou 'murros' tudo em nome da saúde. De tudo isto, e por tudo isto, este ano não deixa saudades. (Para os mais interessados em coisas exotéricas, posso dizer que já o devíamos ter percebido à luz de algumas profecias que por aí anda com muitos séculos em cima). Mas, finalmente, chegou ao fim. É um ano que pretendo esquecer por tudo isto. E faço votos que o próximo seja bem melhor depois de tanta provação. Sei que é assim que se pensa ano após ano nesta altura, mas mesmo assim arrisco. Vamos pensar positivamente que o próximo será bem diferente e para melhor. É com este espírito que vos desejo um Feliz Ano Novo 2021 que ele seja o culminar de todos os vossos (nossos) anseios e desejos. Feliz Ano Novo para todos!

Wednesday, December 30, 2020

Intimidades reflexivas - 1304

"Nunca desejei que houvesse um Deus para invocar, desejei frequentemente que houvesse um Deus para agradecer." -  F. Scott Fitzgerald (1896-1940)

Tuesday, December 29, 2020

Intimidades reflexivas - 1303

"Somos poetas por definição porque somos falantes, criadores de ficção. Falar é ficcionar, essa é a nossa primeira relação com o mundo." - Eduardo Lourenço (1923-2020)

Monday, December 28, 2020

Intimidades reflexivas - 1302

"O que é ser livre ? É não termos vergonha de sermos quem somos." - Friedrich Nietzsche (1844-1900)

Sunday, December 27, 2020

Intimidades reflexivas - 1301

"O que mais me surpreende nos outros: a autenticidade. Cada pessoa é um mundo. Mesmo as pessoas que têm momentos de menos visibilidade e relevo, as pessoas são um mistério a que nunca daremos a volta." - Eduardo Lourenço (1923-2020)

Saturday, December 26, 2020

Assassínio de Estado

Não pensava falar sobre as tristes notícias que envolvem o SEF. Não queria fazê-lo mas achei que não nos podemos calar face áquilo que se pode chamar de 'assassínio de Estado'. E estou a refletir sobre este tema porque ninguém olvida que Portugal é um país de emigrantes. Conheci muitos a viverem e a trabalharem noutros países. Vi muitas coisas, demasiadas até, para ficar calado perante este caso. O problema é mais vasto do que aquilo que se pensa porque estou convencido que isto que veio a lume é apenas uma parte do iceberg e, tal como este, a parte oculta será bem mais extensa. Há muito que se falava de problemas sérios neste serviço do Estado. A própria Provedora da Justiça já há muito que alertava para uma situação anómala a que ninguém deu atenção. O abuso de poder é algo inerente à condição humana, mas se isto é grave, mais grave é quando é perpetrado por gente fardada que representa um país. E tanto o representa como o envergonha como foi este o caso. Infelizmente tenho um caso que se passou comigo cá em Portugal vai para quarenta anos e nunca mais o esqueci. O uso indevido duma farda, normalmente leva a situações destas. Um dia vos contarei com pormenor o que se passou. Mas voltando ao tema, isto é o que acontece em locais não vigiado onde a prepotência é mais fácil porque não visível logo não escrutinado assente na fragilidade de pessoas que na maioria dos casos nem a nossa língua falam. O fim desta instituição parece desenhar-se no horizonte, mas desengane-se quem pensar que tudo se resolve assim. Tal como uma maçã podre num cabaz pode apodrecer as restante, não basta mudar o cabaz se lá permanecer a maçã podre. Tudo isto terá que ter uma reestruturação profunda, caso contrário, tudo continuará na mesma, mesmo que tenha roupagens novas. O que se passou no SEF ultrapassou as fronteiras num ápice. Esta atitude envergonhou um país. O mesmo país que se tem por acolhedor de gentes de outras latitudes tal como gosta que os nacionais o sejam em países de acolhimento. Tudo isto é triste, problemático e assustador. Gente desta não pode estar ligado a um Estado que se quer de bem. Muito trabalho ainda falta e muito ainda falta saber. É preciso ir fundo em tudo isto e não esperar que o iceberg vá diminuindo à superfície e esquecendo que ele vai aumentando na parte inferior. Vamos aguardar mas espero que não seja para deixar andar como é usual entre nós. É preciso limpar a imagem internacional do nosso país que tão afetada foi. E rapidamente.

Friday, December 25, 2020

Intimidades reflexivas - 1300

"Não fales bem de ti aos outros, pois não os convencerás. Não fales mal, pois te julgarão muito pior do que és." - Confúcio (551 a.C-479 a.C.)

Thursday, December 24, 2020

Memórias em tempo de Natal - II

De novo aqui trago o postal que sempre faço, ano após ano, que pretende celebrar - à sua maneira - os momentos maiores da minha vida. São as pessoas que aí aparecem que formaram a minha família nuclear, (que me deram o ser e a formação para melhor olhar para o mundo e entender os seu ruídos). São os animais que preencheram a minha vida - e neles quero também lembrar os outros, errantes ou não, que ajudei - e que me ensinaram a ser uma pessoa melhor, a olhar para um mundo impiedoso com um coração que pretende sorrir mesmo quando chora. É a natureza, - nossa envolvência comum que nos permite viver -, e que tão vilipendiada é por todos nós, especialmente nesta altura. Tudo este singelo postal pretende encerrar. Talvez duma forma tosca, mas seguramente sentida. Cada foto foi escolhida com cuidado porque cada uma representa um momento particular da minha vida. Estas também são memórias que já passaram mas que fazem parte do meu Natal. Um Natal bem diferente do usual, onde a mesa opípara, os presentes e as luzes a brilhar, dão o tom. Este ano fruto do confinamento estaremos mais dentro do nosso núcleo familiar. Talvez esse seja um outro Natal - a que costumo chamar de primordial - onde a espiritualidade ocupa um lugar central. Onde as memórias marcam mais do que tudo o resto. Este também é um Natal - o meu Natal longe dos costumes economicistas - que este postal pretende encerrar. Enfim, um Natal diferente, quiçá mais tradicional. Porque há dias assim onde o coração fala mais alto do que a mente. Mas nem por isso deixa de ser Natal.

Memórias em tempo de Natal - I

Hoje é um dia especial para mim. Não é por ser Natal mas porque neste dia, - à 17 anos atrás , o meu querido Nicolau entrou na minha vida para nunca mais dela sair. Mesmo agora que me deixou vai para um ano e meio, ele continua presente como se ainda por cá andasse. Parece que ainda o vou ouvindo aqui e ali, parece que ainda lhe sinto o cheiro caraterístico, parece que ainda lhe sinto o roçar em mim com aquele pêlo sedoso que tinha. (Como todos os animais fazem quando estão comigo, nem sei bem por quê). Parece, mas não é. A realidade transformou-se em ilusão, e eu vou-me agarrando a ela em nome dum bem maior. (Há 17 anos recolhi-o, era uma madrugada fria e chuvosa, um verdadeiro temporal). Pequeno, indefeso. Ainda me lembro como ele cabia na minha mão, bem longe daquele cão imponente em que se viria a transformar. Amei todos os que passaram pela minha vida, - fossem meus ou errantes -, porque todos me ajudaram a ser uma pessoa melhor. Mas o Nicolau deixou uma marca forte. Talvez por ser o último a ocupar espaço cá em casa. Enquanto escrevo estas linhas no meu escritório, não deixo de olhar para os sítios onde ele ficava para me ter perto de si. E eu vou buscá-lo com o olhar na vã ilusão de ainda o ter ali. Mas não, ele apenas está no meu coração e na minha memória. O resto não passa de ilusão. Ajudei-o a crescer e ele retribuiu-me com aquele amor, sincero e desinteressado com que me brindou toda a sua vida. Agora é o tempo das memórias. Agora é o tempo das recordações. Feliz Natal, Nicolau! Lá onde estiveres que estejas em paz.

Wednesday, December 23, 2020

Feliz Natal

Mais um ano que passou e de novo o Natal aparece, sempre reinventado no nosso imaginário. Este ano bem diferente por força da crise sanitária que estamos a viver. Será um Natal mais intimista, mais fechado nas nossas casas, mas com o espírito de sempre. (Hoje a tecnologia une aquilo que a pandemia separa.) E fiquemos com a expectativa de que para o ano tudo será diferente e o próximo Natal já tornará aos natais usuais. Como sabeis, esta época não é a melhor para mim porque hoje celebro um Natal diferente, mais focado na espiritualidade do que na mesa opípara, nos presentes com belos laços ou nas luzes tremeluzentes. Sinal de quem já celebrou muitos natais, mas também, recordações dum outro tempo que deixaram marcas que nenhum Natal pode apagar. Mas disso não vou falar agora porque já o sabeis à muito tempo. Mas quero sobretudo recordar neste Natal - e de novo - o meu semelhante que não terá jamais Natal e a quem ignoramos, os animais sofredores vítimas da bestialidade humana e a natureza sempre ultrajada nesta altura do ano. Mas também quero aqui saudar a minha família de adoção, - que é a única que me resta -, e nela ter uma saudação especial para a minha querida afilhada Inês, sempre no meu coração, a luz da minha vida obscura e simples, aquela que me ilumina com o seu sorriso largo, franco e inocente. Mas também, 'last but not the least', a todos aqueles que a vida já retirou ao meu convívio: os meus maiores que à muito já engalanam a minha galeria de ausentes, sejam eles pessoas ou animais, porque todos foram importantes no meu melhoramento enquanto pessoa nesta caminhada da vida. A todos quero aqui recordar porque todos estão na minha memória e no meu coração, sobretudo nesta altura, e fazem o meu Natal ser um pouco diferente do comum dos mortais. É com este espírito ecuménico mas também sofrido, que quero aqui deixar, a todos os meus amigos reais ou virtuais, aos que gostam de mim ou àqueles que não gosto tanto, a todos sem exceção, os meus votos dum Feliz Natal. Que ele seja o princípio de muitas coisas boas e não o fim último que se encerra numa ceia tradicional. Boas Festas para todos!

Tuesday, December 22, 2020

Intimidades reflexivas - 1299

“Porque se há alguma coisa que posso dizer de mim é que eu nasci nos livros e nunca saí dos livros.” - Eduardo Lourenço (1923-2020)

Monday, December 21, 2020

Chegou o Inverno

O inverno tem início hoje dia 21 de dezembro de 2020 (segunda-feira) pelas 10,02 horas. O inverno é chamado de "inverno boreal" no hemisfério norte, enquanto é chamado de "inverno austral" no hemisfério sul. O solstício de inverno é o momento em que o Sol se encontra mais a sul e, assim, dita o início do inverno no hemisfério norte e o início do verão no hemisfério sul. O dia do solstício de inverno é o dia mais curto do ano e, consequentemente, o dia que tem a noite mais longa. A partir deste dia a duração do dia começa a crescer. Este ano, Júpiter e Saturno vão estar alinhados no céu recriando a "Estrela de Belém" em tempo de Natal.

Sunday, December 20, 2020

Intimidades reflexivas - 1298

"Toda a arte e toda a filosofia podem ser consideradas como remédios da vida, ajudantes do seu crescimento ou bálsamo dos combates: postulam sempre sofrimento e sofredores." - Friedrich Nietzche (1844-1800)

Saturday, December 19, 2020

Um conto de Natal

A Noite tinha chegado muito rápido, no céu uma ligeira brisa de neve batia suavemente no rosto branco e frio de uma menina que se chamava Sara. Ela andava pelas ruas perdida sem rumo, pois ela era uma orfãsinha, e sozinha caminhava olhando as lojas mágicas iluminadas pelas luzes de Natal. Suas roupas sujas e gastas pelo tempo, as mãozinhas delicadas mas muito ressecadas pelos maus tratos da vida... E perante tanta beleza ela até esquecia que vivia triste e sozinha... Mas muito de repente as ruas ficaram desertas pois cada um entrava em casa para a ceia de Natal... O frio corria pelas ruas gritando, e a Neve caindo deixando pela cidade um manto branco. Sara procurava um abrigo para se aquecer e para passar a Noite e pelo caminho encontra no chão uma caixinha de fósforos e tinha três e a colocou delicadamente no bolso. E finalmente de tanta procura, encontrou um cantinho numa casa abandonada e muito escura. Se sentou e pegou um pedaço de pão para comer, mas fazia muito escuro e teve uma ideia acender um fósforo... Acendeu... E de repente como por magia uma linda luz radiava a casa e ela se viu no meio de muitos brinquedos, uns que falavam outros que dançavam, era tão mágico que ela ficou maravilhada, no rosto um sorriso lindo, e ela brincou muito, rindo, dançando e tinha um vestido de Princesa de um rosa pálido, a beleza de um anjo sem fim. Mas o fósforo se apagou, a escuridão voltou... Sara acendeu outro... e a linda luz radiava mais, e aí ficou parada à frente de uma grande árvore de Natal, que tinha uma Lareira acesa, e de longe ouviu Alguém a chamar... - Sara, minha filha!!! Sara olhou, e admirada viu sua mãe e seu pai, emocionada correu nos braços deles chorando, o abraço foi infinito , Sara passou a ceia de Natal com sua Família, seus Pais rodeada de Presentes, comer e o mais importante o AMOR. Mas o fósforo se apagou, a escuridão voltou... Sara só tinha mais um, só mais em suas mãos tremidas, uma mistura de dor e felicidade e acendeu o ultimo fósforo... Uma luz sem fim iluminando toda a casa, e surgindo dos raios a imagem, de Deus, e de uma voz forte e suave ele fala para a menina gelada de medo. Minha Filha vem nos meus braços, vou cuidar de você para a eternidade e te mostrar que o Amor é divino... e ainda temos muitos caminhos a percorrer para deixar ao Mundo a Magia do Natal... uma Família reunida pelo amor. Sara lhe dá a mão e segue o nosso Pai, o Pai de todos os Homens da terra, nosso salvador. No dia seguinte uma porta se abre na casa abandonada, um homem surge e faz a volta pela casa e encontra no chão um pedaço de pão e três fósforos apagados e um desenho de poeira com o rosto de Sara sorrindo e uma mensagem... Eu nasci de novo... 

Friday, December 18, 2020

"Beethoven" - Luís de Freitas Branco

Na semana em que se comemora o 250º aniversário do nascimento de Ludwig van Beethoven, trago um livro muito interessante sobre o grande compositor alemão, trata-se de "Beethoven" da autoria de Luíz de Freitas Branco. "«Da vasta obra literária de Luís de Freitas Branco (1890-1955), que nunca foi objeto de edição integral e permanece largamente inacessível ao leitor moderno, fazem parte dois títulos dedicados à figura de Beethoven, agora reunidos em volume por iniciativa da Editorial Caminho: A Vida de Beethoven (Novembro de 1943, data de publicação) e A Personalidade de Beethoven (Ensaios Beethovenianos) (Julho de 1947). Ambos os títulos foram originalmente publicados na Biblioteca Cosmos, a coleção criada em 1941 sob a direção de Bento de Jesus Caraça […].» Do Prefácio de Paulo Ferreira de Castro. «Não é por acaso que continuo e provavelmente continuarei a dedicar-me ao estudo de Beethoven. Faço-o convencido de que ele é, para músicos e não-músicos, um guia e um modelo numa época como a presente, de crise das mais profundas raízes morais da humanidade» Luís de Freitas Branco." Aqui está um livro muito interessante que nos mostra uma outra visão de Beethoven não tão convencional. Um livro que recomendo vivamente. a edição é da Caminho.

Thursday, December 17, 2020

Feliz aniversário, meu Avô!

Faria hoje 117 anos. Falo do meu avô materno e padrinho. O homem que, juntamente com a minha avó, me educou e a quem devo tudo aquilo que sou. Se aos meus pais devo a existência, a eles devo tudo o resto. O meu avô foi uma figura tutelar, sempre presente, um homem que nunca regateou esforços para que eu fosse mais e mais longe. Homem simples mas de visão, empregado bancário de profissão, numa altura em que essa profissão era um estatuto, ele sempre pugnou para que o seu neto e afilhado fosse aquilo que ele nunca foi, numa altura em que as oportunidades eram para os mais abastados. O meu avô foi sempre aquela figura maior sempre presente nos bons e maus momentos, sempre com força e incentivo para que eu me fosse superando. Ainda teve teve de ver a sua obra concluída e sei que partiu feliz por isso. Hoje era o dia do seu aniversário e aqui estou a homenageá-lo porque a gratidão é para mim o mais nobre dos sentimentos. E eu estou-lhe grato por tudo. Hoje faria 117 anos. Há muito que partiu, mas a memória ficou e o agradecimento também. Feliz aniversário, avô José! Lá onde estiveres que estejas em paz.

Wednesday, December 16, 2020

Feliz aniversário, Margarida!

Mais um ano se cumpre, mais um ciclo se completa. É assim com todos. Hoje é o dia da Margarida. Uma Senhora que não me canso de elogiar. Pelo seu grande coração, pela atitude corajosa que tem face aos animais que tanto sofrem, bastaria isso, para ela ser já uma grande Senhora. Para além de outras que nem conheço, bem como uma coleção de defeitos, que com certeza tem, inerentes à nossa condição humana, e digo-o porque não gosto de endeusar a nossa espécie. Mas indiferente a isso, o tempo vai passando e vai mostrando a grande obra que esta Senhora vai erguendo. Há muito que passou a ser conhecida dos meios de comunicação, e não poderia ser doutro modo, porque a obra que construiu não pode, não deve, deixar-nos indiferentes. Ela é o verdadeiro espírito natalício para os sem voz, para aqueles que são espancados, abandonados, torturados, assassinados, com frio e com fome, sim, falo dos animais, esses nossos companheiro da jornada da vida. Há quem passe ao lado, há quem não olhe, mas também há, aqueles que não conseguem ser indiferentes. A Margarida faz parte desse lote. Mulher determinada, por vezes incompreendida, mas firme no bem que espalha por esses animais sofredores que vai resgatando a uma morte certa e vil num qualquer canil. Um dia eles serão o seu testemunho porque tudo isto que faz não pode ser em vão. Hoje é o dia da Margarida, uma pessoa que me habituei a admirar vai para muitos anos e não me arrependo disso. Afinal a Margarida é o melhor de nós, daqueles que defendem os animais, ela é aquilo que gostaríamos de ser e não somos capazes. Hoje é o dia da Margarida e aqui estou a desejar-lhe um feliz aniversário. Estendo estes votos à sua Mãe, porque acho que este também é o dia dela porque as mães são sempre o futuro da Humanidade. Desejo-lhe, Margarida, um Feliz Aniversário, e faço votos para que se repita por muitos anos, quanto mais não seja, porque os animais muito precisam de si. Um dia muito feliz. Bjs.

Tuesday, December 15, 2020

Nos 250 anos do nascimento de Beethoven

Esta é a semana em que se comemora o 250º aniversário do nascimento de Ludwig van Beethoven. Este é o dia em que presumivelmente terá nascido. Como foi batizado a 16 de Dezembro de 1770 em Bonn, e segundo o costume da época, ele terá nascido presumivelmente a 14 ou 15. É consenso generalizado aceitar o dia 15 como o do seu nascimento. Mas o importante, mais do que a data do seu nascimento, é a sua obra. Beethoven foi o compositor que assumiu a rutura do Classicismo e inicia o Romantismo na música. Dele são famosas as suas sinfonias ou as composições para piano, entre outras obras. Foi através duma dessas 'bagatelles', mais concretamente o 'Für Elise', que me cruzei com a música de Beethoven. Depois foi um nunca mais parar até aos dias de hoje. Dos passeios a pé na Floresta Negra ao som da 'Pastoral', até à visita a uma das tabernas que ele frequentava e que hoje são referência para os turistas, por tudo isto passei em nome da grande música de Beethoven. Hoje comemora-se o 250º aniversário do génio alemão. E aqui estou a homenageá-lo. Foi através dele que mergulhei nas águas da música clássica que nunca mais abandonei. Feliz a aniversário, Ludwig van Beethoven!

Monday, December 14, 2020

Intimidades reflexivas - 1297

"Ninguém pode ser sábio de estômago vazio." - George Eliot (1819-1880)

Sunday, December 13, 2020

"Queen of Baroque" - Cecilia Bartoli

Cecilia Bartoli lançou 'Queen of Baroque', uma nova compilação de suas célebres árias barrocas, em 27 de novembro de 2020. O álbum apresenta o melhor das gravações preciosas de Cecilia Bartoli de delícias musicais e descobertas dos séculos XVII e XVIII, incluindo duas gravações inéditas de estreia mundial de joias esquecidas pelos compositores italianos Leonardo Vinci e Agostino Steffani. Cecilia Bartoli é acompanhada em 'Queen of Baroque' pelos convidados especiais Philippe Jaroussky, June Anderson, Franco Fagioli e Sol Gabetta, compartilhando a sua paixão por curiosidades musicais descobertas ao longo dos séculos. Estruturalmente, uma ópera barroca consistia em árias entrelaçadas por recitativos que engrossavam o enredo, que podiam ser extraídos de uma produção e encaixados em outra, às vezes para criar um 'pasticcio' de ópera em que uma "mega mix" de sucessos populares aparecia em um novo contexto. Em vez de ser considerada plágio, essa ação homenageou grandes músicos e apenas prolongou a vida de uma ária. 'Rainha do Barroco' é uma homenagem a Cecilia Bartoli, amplamente conhecida por seu tratamento das árias barrocas, e aos compositores que criaram os sucessos das paradas da época. Toda a extensão da condição humana é compartilhada por meio de duetos de amor, duelos de coloratura, fervor religioso, dramatismo guerreiro, momentos de desespero, humor sedutor e descobertas sensacionais. Ao longo da célebre carreira de Cecilia Bartoli, instrumentos de época e prática performática historicamente informada desempenharam um papel fundamental em seus projetos e levaram à formação de sua própria orquestra, Les Musiciens du Prince-Monaco, em 2016. Cecilia se tornará diretora da Ópera de Monte-Carlo em 2023. Ela comentou na altura: “Assumir a liderança da Ópera de Monte-Carlo é uma nova fase na minha carreira, mas também representa a realização de um sonho. Serei a primeira mulher a ocupar este cargo, bem como a primeira cantora de ópera desde Guy Grinda, pai de Jean-Louis Grinda… Estou repleta de ideias e terei uma enorme alegria em colocar a minha criatividade e paixão pela música a serviço da ópera de Monte-Carlo.” Este é um disco muito interessante duma das divas do nosso tempo.

Saturday, December 12, 2020

Intimidades reflexivas - 1296

"Só eu, só eu amei o amor de meus enganos." - Edgar Allan Poe (1809-1849)

Friday, December 11, 2020

Intimidades reflexivas - 1295

"O homem, quando sonha, é um deus, quando reflete, é um mendigo." - Friedrich Hölderlin (1770-1843)

Thursday, December 10, 2020

Aniversário de John Milton (1608-1674)

Celebrou-se ontem o 411º aniversário do nascimento de John Milton que nasceu neste dia 9 de Dezembro de 1608 e viria morrer a 8 de Novembro de 1674 em Chalfont St. Giles-without-Cripplegate, na Inglaterra e seria enterrado na Igreja de Santa Margarida na Cidade de Westminster, na Inglaterra. John Milton foi um proeminente escrito inglês, um dos mais representativos do classicismo inglês. Para além de escritor e poeta, John Milton também foi político, tendo-se aventurado nos caminhos da dramaturgia e também se concentrou no estudo das religiões. Foi um apoiante da república tendo tomado parte na rebelião ao lado de Oliver Cromwell. Nessa refrega viria a ser preso e acabou cego, vítima da vingança real. Foi na prisão que ditou a sua obra-prima "Paraíso Perdido", que conta a história da queda de Lúcifer. Este livro viria a ser publicado em 1667. Quatro anos mais tarde, lança o livro "Paraíso Recuperado" (1671), uma espécie de sequência do primeiro, onde aborda o tema da vinda de Cristo à Terra para reconquistar o que Adão teria perdido. Para além destes poemas épicos, Milton escreveu também vários "poemata", isto é, poemas em latim e em grego. Para além destas obras há a salientar outras como "L'Allegro" (1631), "Il Penseroso" (1633), "Comus (a masque)" (1634), "Lycidas" (1638), "Areopagitica" (1644) e ainda "Samson Agionistes (Sansão Guerreiro)" (1671). O mergulhar na obra de John Milton é como entrar num universo de mística e religiosidade muito ao gosto da época. Tanto quando julgo saber, não existem muitas obras traduzidas em português, mas para quem poder e/ou souber, inglês aconselho a lerem as versões originais - embora num inglês antigo - mas que dão toda a melodia das palavras de Milton naquilo que elas encerram de mais pungente. Um escritor importante do classicismo inglês que é urgente (re)descobrir.

Intimidades reflexivas - 1294

"A politica não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça." - Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.)

Wednesday, December 09, 2020

Intimidades reflexivas - 1293

"Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, sabia que se não deixasse a minha amargura e o meu ódio para trás, acabaria na prisão." - Nelson Mandela (1918-2013)

Tuesday, December 08, 2020

 Ontem foi o dia de FLORBELA ESPANCA (8 de Dezembro de 1894 / 8 de Dezembro de 1930) , então aqui fica a nossa homenagem a uma das maiores poetisas de língua portuguesa.

Nos 40 anos do seu assassinato

Passam hoje 40 anos sobre o assassinato de John Lennon, um homem que marcou muito a minha geração, não fosse ele um dos membros da famosa banda britânica The Beatles que fez furor nos anos 60 fez século passado. Há 40 anos cinco tiros cobardes puseram o mundo em choque. John Lennone morreu para viver para sempre. 'Imagine' ficará para sempre como uma canção icónica de Lennon, um verdadeiro hino à paz e ao amor entre todos. Lá onde estiveres, descansa em paz John Lennon!

Monday, December 07, 2020

Intimidades reflexivas - 1292

“Nunca sabemos o que verdadeiramente nos move. Gostava de acabar os dias reconciliado com o mundo, e sobretudo saber que mundo foi este em que vivi e o que é a vida. Sei disso tanto agora que tenho quase cem anos como quando tinha dois anos.” - Eduardo Lourenço (1923-2020)

Sunday, December 06, 2020

No 7º aniversário do seu falecimento

 “O importante não é as vezes que caímos, mas sim, a maneira como nos reerguemos” disse Nelson Mandela citando Buda. Há homens assim. Outros não têm a mesma força. Porque caíram demasiadas vezes, têm medo de se reerguerem de novo porque receiam uma nova queda. Por isso, nos devemos curvar à memória de homens que têm esta força interior, que são donos do seu destino, que moldam a vida à sua dimensão. Mandela foi um desses homens. Homens que reduzem os outros à sua ínfima dimensão. Quem se lembra dos seus algozes? Quem sabe os seus nomes? Mandela exclui-os para o lixo da História. Mandela quebrou as grilhetas que outros homens lhe colocaram. Agora, quebrou as amarras que a vida ainda mantinha. Mandela hoje já é da eternidade. Descansa em paz, Nelson Mandela!

Saturday, December 05, 2020

Porquê?

Era já noite. Uma noite fria e gélida, Chovia com intensidade e o vento uivava. Os raios rasgavam o céu e os trovões parece que abalavam tudo em redor. Pedro continuou a caminhar indiferente à intempérie. Apenas caminhava com mais dificuldade porque o vento o impedia. Estava determinado, era hoje ou nunca. Dirigiu-se à casa de Adelaide a sua ex-companheira, não por vontade própria mas por vontade dela. E queria uma explicação. Finalmente tinha ganho coragem para perguntar porque ela o deixara. Nada na vida o indiciava. Ele tinha sempre sido um bom marido, o mais amável e cordial com ela, a sua vida tinha sido um verdadeiro romance até esse fatídico dia. Que tinha acontecido? Era esta a resposta que Pedro buscava. Primeiro dentro de si, como não a encontrou, decidiu ir buscá-la a Adelaide. E Pedro lá continuava o seu caminho indiferente a tudo o que se passava em seu redor, completamente encharcado, mas não dando por isso, a sua mente estava focada na resposta que almejava. Começou a subir a íngreme ladeira indiferente à torrente de água e lama que por ela descida num rio interminável e de corrente forte. O cansaço era muito mas ele nem dava por isso e continuava com a mesma determinação com que tinha saído da casa onde vivia atualmente. Finalmente chegou à casa de Adelaide, uma casa que ele tão bem conhecia, com o seu amplo jardim em redor cheio de plantas belas e árvores frondosas. Passou o portão de ferro, que logo rangeu nos gonzos, e entrou. Começou a sentir receio, já se questionava ter vindo. Mas lá continuou pela vereda, agora já sentindo o frio e a humidade que o envolvi-a e lhe gelava os ossos, ou seria o sentimento de confusão face à resposta que poderia ouvir. O vento uivava ainda mais forte quase vergando as árvores centenárias que ele se tinha habituado a admirar. Das suas inúmeras folhas caiam grossas gotas de água, que o encharcavam ainda mais. Chegou à porta, aquela porta grossa e maciça que ele tantas vezes flanqueara. Hesitou em tocar à campainha. Será que ela teria outro homem com ela? Seria por isso que o trocara? Não, definitivamente não, Adelaide não era dessa espécie de mulheres, pensou para consigo. Finalmente decidiu-se e tocou. Poucos instantes após o toque logo a porta se abriu e Olga, a criada bonacheirona que à muito vivia lá em casa, apareceu. Ficou atónita e pálida como se tivesse visto um fantasma. Mas disse a Pedro para entrar que fosse para junto da lareira para se aquecer. Mas Pedro quase que nem a ouviu. Correu escadas a cima em direção ao quarto que em tempos também tinha sido o seu. Abriu a porta de rompante na expectativa de surpreender algum amante. Mas nada. Na semiobscuridade do quarto viu Adelaide deitada, muito pálida e magra, quase cadavérica. Esta ainda ergueu os olhos para ele, mas não se mexeu. Nenhuma palavra foi dita. Logo atrás apareceu Olga, ofegante para subir as escadas e ficou à porta. Pedro não teve coragem para fazer a fatídica pergunta, mas foi Olga que, como se adivinhasse, lhe esclareceu a dúvida. Olga na sua voz arrastada lá foi dizendo que a sua ex-mulher não o tinha traído com ninguém, apenas tinha tomado aquela decisão depois de conhecer a sua doença terminal que a prostrou e a arrastou para aquela decadência. Adelaide e Pedro tinham vivido um verdadeiro romance. Ambos jovens e bonitos, eram admiração para quem os conhecia. Mas a doença de Adelaide viria a interpor-se entre eles. E esta tinha tomado a decisão de se separar de Pedro para que ele não visse a destruição lenta que a doença lhe fazia, temendo que ele não aguentasse e tomasse ele o caminho da separação. Enquanto Pedro, que tinha ficado hirto face a semelhante quadro dantesco ouvia isto de Olga, as lágrimas rebentaram-lhe nos olhos, tão grossas e espessas, que rivalizavam com aquelas que existiam lá fora e que escorriam pela vidraça tocadas pelo vento forte. Pedro chorava num choro sincero e sentido. Foi então que se dirigiu ao leito de Adelaide, agora uma imagem sombria da mulher que ele tinha conhecido, e lhe beijou os lábios, tão cálida e docemente, como se fosse um murmúrio. Esperava a reação de Adelaide. Esta não veio embora houvesse um certo esboçar dum leve sorriso. Olhando mais atentamente Pedro verificou que a sua querida Adelaide finalmente tinha partido depois de rever o seu Pedro que ela adorava profundamente.

Friday, December 04, 2020

Intimidades reflexivas - 1291

"O que é a História? É a ciência dos homens no transcurso do tempo." - Marc Bloch (1886-1944) 




Thursday, December 03, 2020

"O dia-a-dia em Portugal na Idade Média"- Ana Rodrigues Oliveira

Aqui trago um livro tão interessante quanto insólito, que aborda a vida em Portugal na Idade Média, quer do ponto de vista da vida dos fidalgos como do cidadão comum. Lê-se na sinopse: 'Como se nascia e se vivia em Portugal, na Idade Média? Que preocupações havia na educação dos filhos? Como era o poder do rei e a sua relação com os grupos sociais privilegiados? Como se sentia a religião nesta época? Como era a saúde e a doença e como se tratavam os vários males? Como conviviam os grupos minoritários, fossem eles religiosos, como os judeus e mouros, fossem sociais, como as mulheres mundairas? O que se festejava e como? Como se vivia e se morria? Estas são algumas das perguntas a que a historiadora Ana Rodrigues Oliveira responde ao longo de um livro fundamental para perceber o quotidiano em Portugal entre os séculos XI e XV. Partindo de exemplos concretos e num texto acessível e simples, oferece-nos uma visão abrangente desta época, desde a saúde, à política, passando pela religião, o casamento, a vida doméstica ou a prostituição. Porque a História não é contada apenas recordando os grandes feitos, mas também através da vivência e dos comportamentos de um povo ao longo dos tempos.' Penso que é o primeiro livro a dedicar-se a esta temática numa linguagem simples para o cidadão comum e não tanto para os intelectuais. Sobre a autora Ana Rodrigues Oliveira é Doutorada em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e membro do Instituto de Estudos Medievais da mesma Faculdade, tem dedicado o seu trabalho de investigação à História Medieval (séculos XII-XV), em particular nos domínios da História Cultural e das Mentalidades. Desenvolveu estudos nas áreas da Mulher, da Criança e do Quotidiano medieval e participou em vários seminários e congressos nacionais e internacionais. Entre outros trabalhos, publicou As Representações da Mulher na Cronística Medieval Portuguesa, 2000 (tese de mestrado); A Criança na Sociedade Medieval Portuguesa, 2007 (tese de doutoramento); Rainhas Medievais de Portugal, 2010; «A criança»in História da Vida Privada em Portugal – Idade Média, 2010, e «A mulher», na mesma obra em coautoria; «Inês de Castro, uma vida em verso… até ao fim do Mundo»in Pedro e Inês – O Futuro do Passado, 2013; «Philippa of Lancaster: the Memory of a Model Queen»in Queenship in the Mediterranean, 2013; «A criança medieval: um ser inferior, indesejado e perturbador. Mito ou História?»in Representações do Mito na História e na Literatura, 2014; O Dia a Dia em Portugal na Idade Média, 2015; «D. Teresa de Leão e Castela – a que deu por casamento o Condado Portucalense»in Albergue, História e Património do Concelho de Albergaria-a-Velha, 2018; «Memory, Medicine and Childhood in Middle Age»in Imago Temporis, 13, 2019. Um livro muito interessante a merecer uma leitura atenta para um melhor conhecimento dum determinado período da nossa História. A edição é da Esfera dos Livros.

Wednesday, December 02, 2020

Intimidades reflexivas - 1290

"E senti na garganta o nó górdio de todos os amores que puderam ter sido e que não foram."Gabriel Garcia Marquez (1927-2014)

Tuesday, December 01, 2020

A morte de Eduardo Lorenço (1923-2020)

Recebi a notícia a meio da manhã de hoje, tinha falecido o Prof. Eduardo Lourenço, depois duma vida longa que durou 97 anos. Muita coisa já foi dita sobre ele ao longo da sua vida. Muita coisa se dirá a partir de hoje depois da sua morte. Por isso, não vou aqui repetir clichés. Nunca o conheci pessoalmente - embora uma vez tal esteve para acontecer num colóquio em que eu também ia participar, mas Eduardo Lourenço não veio à última hora - e assim ficou adiado um encontro que nunca aconteceu. Eduardo Lourenço foi até hoje um dos maiores pensadores vivos entre nós. O homem que nos pensou como povo, que pensou Portugal. (A ironia foi que a maioria da sua obra foi escrita em francês país para onde se exilou por não concordar com o Portugal cinzento duma ditadura bafienta). Portugal não o merecia, como não merecia os homens que então o conduziam. Lá conheceu a sua mulher o que viria a ligá-lo ainda mais ao país de exílio.  Comecei a estar próximo dos escritos de Eduardo Lourenço ainda jovem fruto do incentivo que tive de alguns dos grandes mestres com quem tive o privilégio de estudar. Com ele aprendi a pensar, a interpelar, a discorrer. Com ele aprendi que a humildade nos eleva e que a arrogância nos esmaga. Com ele aprendi aquele sentido da vida prático e interpelativo, distendido e desprendido, que Lourenço tão bem personificava. Com ele aprendi que o sentido da vida é por vezes absurdo e que 'a morte é só isso, não pode ser escrita nem pode ser descrita', Eduardo Lourenço dixit. Com ele aprendi que o pensamento é a mola impulsionadora do mundo. Hoje tive esta notícia fatal e final. Eduardo Lourenço tinha-nos deixado. Obrigado por tudo aquilo que nos deste, obrigado por tudo aquilo que me deste. Descansa em paz, Eduardo Lourenço!