Turma Formadores Certform 66

Monday, August 31, 2015

Intimidades reflexivas - 384

“Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, excepto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar.” - Charles Jones.

"Imortalidade e Reencarnação da Alma" - Gabriel Delanne

"Há, nas profundezas da consciência, um amontoado de impressões e de lembranças, que jazem em nós adormecidas: o denso manto da carne abafa-as e apaga-as. Mas, por vezes, sob a acção de algum agente exterior, despertam repentinamente. Despontam então as intuições, reaparecem faculdades ignoradas e tornamo-nos, por instantes, seres diferentes do que éramos aos olhos dos nossos semelhantes.” in "IMORTALIDADE E REENCARNAÇÃO DA ALMA", Gabriel Delanne.

Sunday, August 30, 2015

Intimidades reflexivas - 383

"Não trabalhamos apenas para ganhar dinheiro, mas para encontrar o significado das nossas vidas. O que fazemos é grande parte do que somos." - Alan Ryan.

Hoje parece que escapou...

Parece que desta vez nada aconteceu. Pelo menos assim me pareceu pela disposição dos recipientes. Apenas uma parte da comida não estava lá. Ou porque o cachorro apareceu e comeu-a, ou por os gatos que por lá habitam se aproveitaram, ou porque as muitas gaivotas que pairam no local se banquetearam. Seja como for, pareceu-me que desta feita nada de anormal se passou, Veremos no futuro.

Saturday, August 29, 2015

Intimidades reflexivas - 382

"Nós, homens e animais, partilhamos a mesma alma. Fazemos parte da única e divina corrente de vida que impregna o universo. Na medida do possível, não devemos matar animais, nem para sacrifícios, nem para os comermos. Os deuses sentem-se honrados com um sacrifício sincero, mesmo que a cerimónia se realize com grãos de trigo, ervas aromáticas ou figuras de animais moldadas em pasta." - Pitágoras (571 a.C. - 490 a.C.)

Pi (Π, π)

“É a relação entre o perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro. Denomina-se Pi desde o século XVIII. O seu nome provém da letra grega pi (Ππ), inicial em grego de periferia e perímetro. É um número irracional, isto é, pode exprimir-se de forma exata como quociente de dois números inteiros. Por isso, os seus decimais infinitos e não periódicos. O seu valor com cinco decimais é de 3,14159… O empenhamento em obter uma boa aproximação ocupou ao longo da história muitas das mentes mais brilhantes, algumas das quais dedicaram a vida, exclusivamente ao número Pi. Por volta do ano 1800 a.C., o escriba egípcio Ahmes calculou um valor de 3,16³. Na Bíblia, o Livro dos Reis narra a construção do Templo de Salomão no século X a.C. e menciona uma pia circular de bronze com uma relação entre diâmetro e circunferência exatamente igual a 3. Na Mesopotâmia também lhe foi dado o valor de 3 e, às vezes, de 3,125. Arquimedes, no século III a.C., foi o primeiro a desenvolver um método de cálculo racional a partir do qual chegou a uma série cujo ponto intermédio é de 3,141854. O procedimento de Arquimedes foi utilizado pelo matemático chinês Liu Hui no século III d.C. Aryabhata conseguiu uma boa aproximação até ao quarto decimal (3,1416) e Liu Hui até ao quinto (3,14159). Na época de Pitágoras, séculos antes de Aryabhata, Liu Hui e Arquimedes, ninguém tinha desenvolvido um método de cálculo e não se conhecia com certeza qualquer decimal de Pi, mas estavam conscientes da sua importância. O número Pi é imprescindível para o cálculo de circunferências, círculos e esferas, e para os pitagóricos a figura mais perfeita era o círculo e o sólido mais perfeito a esfera. Além disso, consideravam que os planetas se moviam traçando órbitas circulares. Necessitavam do Pi, mas o seu cálculo estava ainda fora do seu alcance.” – Enciclopédia Matemática, Socram Ofisis, 1926.

Fúria destruidora

Quando fui dar de comer ao infeliz cachorro deparei-me com este cenário de fúria destruidora. Ou há mais gente a tentar destruir aquilo que alguns constroem, ou há mais do que um a roubar a comida, ou simplesmente, o ladrão começa a ficar irritado com alguns comentários e fotos que vê neste espaço e noutros que frequento. Seja como for, isto não tem sentido. O espaço que o cachorro frequenta em busca de comida é um local ermo, uma antiga zona industrial onde as empresas foram fechando uma atrás da outra, apenas uma resta e neste momento até está de férias. Alguns trabalhadores dessa empresa trazem alimento para o cachorro durante a semana para além daquele que o Bruno Alves Ferreira
leva. Mas mesmo assim, parece que tudo isto incomoda alguém. Hoje os recipientes estavam espalhados pelo espaço e até a água que lhe levei tinha sido virada para que o pobre animal não pudesse beber. É algo inqualificável que nunca me aconteceu ao longo de cerca de vinte anos que dedico à causa animal. Apenas desde há uns meses para cá, me vejo confrontado com esta situação duma forma recorrente. Já no passado por vezes acontecia mas dum forma esparsa. Agora é praticamente todos os dias. Quem abraça estas causas e a tem como missão, sofre muito, sobretudo por vez sofrer seres que merecem o nosso respeito e ajuda, quando outros apenas têm por desígnio a destruição gratuita e sem sentido. Confesso que me sinto cansado. Mas lá continuarei pelo amor que lhes tenho, pelo respeito e solidariedade que me merecem. E aqui quero agradecer a todos os que se dedicam a ajudar animais, sem bem do vosso empenho e daquilo que sofrem. Mas também queria aqui deixar uma saudação a todos os outros que ajudam neste caso deste cachorro, o último duma grande matilha que por lá existiu. Bem hajam pelo que fazem. Bem hajam pelo tempo que dedicam a ajudar estes pobres seres.

Rainer Daehnhardt e o Amor a Portugal

"Já não se ensina a História de Portugal, mas a História da Europa! Cabe a cada professor decidir o grau de importância que neste contexto ainda querem dar a Portugal. Já não se ensinam os Descobrimentos Portugueses, mas sim (imagine-se) a Expansão Ibérica! O que significa que toda a atitude dos conquistadores espanhóis com o genocídio dos aztecas, dos incas e dos guanches é metida no mesmo caldeirão das atitudes de Vasco da Gama, Bartolomeu Dias e de tantos outros dos nossos grandes navegadores que, em grande maioria, eram cavaleiros iniciados escolhidos a dedo, com um pensamento ético e moral inqualificavelmente superior ao dos castelhanos. A fim de acordar a nossa juventude para a realidade do nosso passado, resolvi escrever este e outros livros relacionados com o tema, cumprindo assim a parte que me cabe, no campo da minha especialização, para que futuras gerações possam ter acesso à identidade portuguesa." - Rainer Daehnhardt in "IDENTIDADE PORTUGUESA – POR QUE A DEFENDO”, Rainer Daehnhardt.

Friday, August 28, 2015

A desumanização do Fisco - Francisco Ferreira da Silva

Pela sua importância publico aqui na íntegra um artigo publicado hoje no "Económico" com o título de "A desumanização do fisco" da autoria de Francisco Ferreira da Silva. Um artigo pleno de interesse e atualidade, que merece uma leitura atenta. Diz assim:
"Portugal atravessa uma situação difícil e os portugueses têm sentido na pele as agruras da crise. Os trabalhadores por conta de outrem viram os seus rendimentos diminuídos, muitos perderam o emprego e outros viram, pura e simplesmente, os proventos reduzidos. Uns melhor do que outros, todos tiveram de acatar as medidas de austeridade. O que se esperava do Estado, que instituiu um enorme aumento de impostos, era que tivesse uma atitude mais humana e compreensiva, procurando facilitar a vida aos cidadãos. Mas não. O que temos assistido é a um aumento da fúria cega, sobretudo do Fisco, contra os contribuintes financeiramente debilitados. O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) pode ser pago a prestações, duas se for superior a 250 euros e inferior a 500 e três se for superior a 500 euros. Já o IRS só pode ser pago a prestações, mediante autorização do Fisco, até ao limite de 2.500 euros para os particulares e 5.000 euros para as empresas. A partir desse valor o Fisco exige uma garantia bancária ou um seguro-caução. E aqui começa a aventura de quem quiser cumprir com as suas obrigações fiscais. Para um contribuinte que tenha de pagar 3.500 euros de IRS, o primeiro contratempo surge quando, ao contactar as seguradoras, percebe que já não fazem seguros de caução. Situação que o Fisco ignora. Mas o calvário está apenas a começar. As garantias bancárias pressupõem a existência de um depósito ou aplicação de igual valor. Quem não tiver esse tipo de garantia poderá ser mesmo obrigado a fazer uma hipoteca. A garantia bancária para um valor de 3.500 euros a 36 meses implica custos que, no total, variam, consoante o banco, entre 800 a mil euros ou mais. Com a agravante de, por cada comunicação de alteração de valor por parte do Fisco, ser cobrada mais uma comissão de alteração superior a 100 euros. A hipoteca é uma solução ainda mais cara. Pelo que os próprios bancos sugerem a possibilidade de abertura de um crédito pessoal. Crédito esse que, embora com a taxa a variar em função do risco do cliente, pode ascender a 8%, 10% ou mesmo 12%, mais comissões, seguros e impostos. Uma situação que, regra geral, atira o contribuinte desesperado para os braços das Instituições Financeiras de Crédito Especializado, as mais conhecidas das quais são a Cofidis e a Cetelem. É uma destas instituições que, na simulação do site e no contacto telefónico, parece ter a melhor oferta de crédito. Com uma TAEG de 10,8% e uma comissão mensal de 1,5 euros, apresenta um custo total pouco superior a 500 euros. Em todo o caso, o contribuinte financeiramente débil tem sempre de pagar mais para cumprir as suas obrigações fiscais. Como já se viram despejos de famílias por dívidas de centenas de euros e penhoras por dívidas de cêntimos, é caso para dizer que é urgente humanizar o Fisco. As dificuldades são de todos e o Estado, onde o Fisco se insere, tem obrigação de não complicar ainda mais a vida aos cidadãos."

Intimidades reflexivas - 381

"Antes de mais, respeita-te a ti mesmo." - Pitágoras (571 a.C. - 490 a.C.), "Versos Áureos".

Thursday, August 27, 2015

Intimidades reflexivas - 380

"Ficas também a saber que os males que afligem os homens foram gerados por eles mesmos. Na sua pequenez, não compreendem que junto deles têm os maiores bens." - Pitágoras (571 a.C. - 490 a.C.), "Versos Áureos".

Talvez não hoje...

Quando cheguei ao local onde alimento o cachorro, verifiquei que as coisas não estavam muito mexidas. A comida seca, inclusive, estava como a deixei ficar. (Ver foto anexa). Ainda havia alguma húmida. Penso que desta vez, parece que as coisas não correram tão mal assim. O gato que por lá anda estava a observar o que eu fazia. Pelo menos esse, deve ter enchido o estômago. Um outro ainda muito jovem também por lá andava. Talvez esses dois tenham hoje uma refeição. Veremos nos próximos dias o que se irá passar.

Wednesday, August 26, 2015

"Merlin, o Mago e o Livro do Graal" - Robert de Boron

A ORDEM DOS CAVALEIROS DA TÁVOLA REDONDA

"Artur reunira sua corte em Londres. Acabara de aceitar o desafio de Riondas Ilhas quando um velho cego, que cantava acompanhada de uma harpa, solicitou a honra de levar as insígnias do rei na expedição. Artur recusou: - Você é cego, meu amigo! Nesse momento, diante de todos, o harpista transformou-se num encantador menino de oito anos, e todos compreenderam que Merlin, mais uma vez, pregara uma partida aos amigos. Retomando a sua forma e seriedade, o mago fez aparecer uma grande mesa redonda, cercada por cento e cinquenta cadeiras. - Em volta dessa mesa - disse Merlin -, irão sentar-se os cento e cinquenta melhores cavaleiros do mundo. Algumas cadeiras já trazem, gravados a ouro, os nomes de alguns de vocês: Gawain e seu irmão Yvain, Sagremor, Galecin, o rei Helain e todos os que ajudaram Artur a defender o reino. Esta mesa é redonda para que nunca haja discussão sobre a importância de um único cavaleiro. Mas a cadeira situada à direita do rei está reservada a um único cavaleiro. Qualquer outro que nela se sentar será imediatamente engolido pela terra. Por isso chama-se Cadeira Perigosa. A esse cavaleiro eleito caberá uma santa missão. Fez uma pausa e prosseguiu:  - Vocês sabem que no dia em que Jesus foi crucificado, um romano convertido, José de Arimateia, recolheu o sangue de suas chagas numa taça, o Graal. Essa taça preciosa foi levada para a Grã- Bretanha pelos descendentes de José, que a esconderam num castelo. Só o cavaleiro que a encontrar poderá ocupar a Cadeira Perigosa. Os cavaleiros escutavam Merlin em silêncio. Depois, Gawain tomou a palavra e fez um juramento: - Juro socorrer qualquer dama ou donzela que venha a esta corte pedir auxílio. Juro socorrer qualquer homem que tenha queixas de um cavaleiro. Juro partir em busca de qualquer um de nós que desapareça, e a minha busca deverá durar um ano e um dia. Em seguida, todos os outros cavaleiros repetiram o juramento. Assim foi criada a Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda." - in "MERLIM, O MAGO E O LIVRO DO GRAAL", Robert de Boron

Intimidades reflexivas - 379

"Dentro de 20 anos sentir-te-ás mais desiludido pelas coisas que não fizeste do que por aquelas que fizeste. Assim, desfralda as velas ao vento. Afasta-te do porto seguro. Aproveita os ventos alísios. Explora. Sonha. Descobre!" - Mark Twain (1835-1910)

Tuesday, August 25, 2015

No 97º aniversário de Leonard Bernstein

    Comemora-se hoje o aniversário de nascimento do grande maestro, compositor e pianista americano, Leonard Bernstein, - faria 97 anos -, nascido neste dia, 25 de Agosto de 1918 em Lawrence, Massachusetts, EUA e que viria a falecer em Nova Iorque a 14 de Outubro de 1990. E quero aqui celebrar a efeméride porque Bernstein foi um artista que teve uma enorme influência sobre mim e sobre os jovens da minha geração. A ele se deve uma série de concerto (que passaram por cá nos anos 60 na RTP ainda a preto e branco) de título "Concertos para Jovens". Nesses concertos Bernstein explicava aos jovens as famosas peças clássicas duma forma apelativa e interessante. Dispondo de salas sempre cheias via-se no seu rosto a alegria com que comunicava com a audiência. Ainda me recordo da forma com que, para explicar uma peça de Ravel, - se a memória não me atraiçoa -, recorreu a um famoso tema dum não menos famoso grupo da época, a banda britânica The Beatles, e do seu tema "Lady Madonna". O impacto junto dos jovens foi enorme ao ponto de ainda me lembrar disso volvido quase meio século. Por isso, para além do grande pianista, compositor e maestro, Bernstein foi um grande pedagogo, que arrastou muita juventude para o âmbito da chamada música clássica e do jazz, essa fusão que ele adorava e de que foi um dos maiores criadores. A sua obra mais conhecida foi, sem dúvida, "West Side Story", baseado no livro de Arthur Laurents,  onde essa fusão de jazz e clássica era evidente. Teve inclusivé uma versão cinematográfica. Mas outras poderiam ser apontadas, como "My Town", "The Race to Urga" e programas televisivos como "O Mundo da Música". Mas também, a extraordinária peça com o título "The Mass" que fez a minha delícia, e que usou pela primeira vez a técnica da gravação quadrifónica. (Aconselho a que vejam uma extraordinária interpretação desta peça feita nos Concertos Promenade do ano passado, 2014). Bernstein é seguramente um dos maiores compositores do século XX, e foi o primeiro nascido nos EUA nesse século a receber reconhecimento mundial. Por isso, só me apetece dizer, parabéns, Leonard Bernstein!

Mais cuidado para não deixar rasto

Tenho verificado que nos últimos dias, quem leva a comida, parece ter mais cuidado. (Ver foto e comparar com a da mensagem anterior). Deixa os recipientes mais ou menos nas mesmas posições para que não seja evidente aquilo que lá se passa. É o não deixar rasto como se costuma dizer. Talvez fruto daquilo que lê neste e noutros espaços. Vai deixando alguma comida, - valha-nos isso -, para que o pobre cachorro se possa alimentar. Continuarei a remar contra a maré porque estes seres valem muito para mim. Tento ajudar, faço o que posso. Por isso, lá voltarei, em breve.

Monday, August 24, 2015

À memória da Tuxa - Um ano de saudade

Mais uma ausência celebro hoje, nesta já longa galeria que percorre a minha vida. Um ano passou sobre a morte da nossa querida Tuxa. Os animais também são família para nós. Parece que foi ontem. Sempre meiga e atenciosa, mãe adotiva carinhosa, sempre atenta a tudo em defesa dos seus donos. Rija e forte como todos os boxers, embora ela não fosse pura, mantinha as caraterísticas da raça. Um ano passou desde o dia em que se apagou esse olhar carinhoso com que ela nos brindava dia após dia. Morreu junto de nós, como sempre junto de nós viveu depois que a resgatamos à rua. Durou 13 anos, uma idade apreciável para um cachorro. O Nicolau, seu filho adotivo, nunca mais foi o mesmo depois da sua morte. Durante meses, logo pela manhã, ia para junto da sepultura da Tuxa e por ali ficava algum tempo, como se estivesse em oração. Depois, aos poucos, foi perdendo essa rotina, mas no dia-a-dia alterou o seu comportamento. Parece mais triste e só, embora esteja sempre connosco e seja alvo das mesmas atenções. Mas uma perda é uma perda, e quando ela é sentida ainda pior. A Tuxa deixou-nos precisamente há um ano, num fim de tarde solarengo de domingo. Morreu no relvado onde ela tanto gostava de apanhar sol. O seu lugar dileto. Por cá, deixou a saudade que não se pode apagar. Lá onde estiveres que estejas em paz! Até sempre, Tuxa. Jamais te esqueceremos.

Sunday, August 23, 2015

Intimidades reflexivas - 378

Psiu! Quem é quem para te julgar? Para meter o dedo nas tuas feridas, apontar tuas falhas, pisar nos teus calos? Quem tem essa moral toda? De se achar a palmatória da tua vida? Oxe, pois se ninguém tem, tchau, tchau preocupação, adeus martírio, bye, bye encucação! Teu caminho é Deus quem traça e é Ele quem te conduz nele pela mão... Só Ele sabe de ti. Está de bem com Ele, e de consciência tranquila contigo mesma? Então... Benção a todos, paz e bem. Pois o sol nasce para todos, e para ti também!

"Templários, Vol. 1 - Dos Antecedentes Históricos à Fundação e Expansão" - Eduardo Amarante

OS TEMPLÁRIOS E A GEOGRAFIA SAGRADA
“Um estudo feito por Jeff Saward mostra a forte ligação entre os locais sagrados e os beneditinos. A utilização que esta ordem monástica deu à geografia sagrada encontra-se bem documentada, tornando-se óbvio que tinham conhecimento e manipulavam as energias da Terra para o progresso do cristianismo. Por seu turno, Kurt Gerlach descobriu, nos seus estudos, que os beneditinos ergueram mosteiros fortificados, a intervalos fixos, ao longo das linhas de força telúricas, donde emanava um poder espiritual e militar que mantinha o território sob seu domínio. Em Portugal, os templários, graças ao conhecimento da Ordem de Cister, fizeram o mesmo ao criarem uma cintura defensiva de sete castelos em redor de Tomar, seu centro espiritual e militar. Estas energias subtis inerentes a lugares mágicos são alegoricamente conhecidas como o “Santo Graal”, simbolizadas ou concentradas numa taça ou pedra. Mais tarde, a posse deste símbolo acabou por ser um sonho acalentado pelas ordens de cavalaria e tanto os cavaleiros da Távola Redonda, como os cavaleiros templários e teutónicos procuraram a morada do Graal, que corresponde a um centro iniciático que conserva a herança da Tradição primordial, segundo a unidade indivisível, que lhe é própria, das duas dignidades: a real e a espiritual.” in "TEMPLÁRIOS, Vol. 1 - Dos Antecedentes Históricos à Fundação e Expansão", Eduardo Amarante.

Sempre igual...

De novo verifiquei que a comida foi roubada. A foto é clara e inequívoca. Talvez porque essa pessoa segue este e outros espaços onde publico esta saga, tem tido mais cuidado em manter as coisas na mesma posição o mais possível. Mas é evidente que o roubo da comida continua. Não sei se o cachorro chega ou não a provar a comida que levo. Não sei se o gato que por lá vadia vai a tempo de aconchegar o estômago com alguma coisa, não sei se as gaivotas que por lá pairam também se aproveitaram do repasto. Mas sei que a comida continua a ser roubada e é triste. Enfim. há que continuar em frente. Porque é em frente que se desenha o caminho a percorrer.

Saturday, August 22, 2015

Intimidades reflexivas - 377

"No fim da consulta, desabafou: '- A vida não tem sentido...' '- Ela em si, não...' - Respondi. 'Mas tem o sentido que lhe damos. Tem a nossa riqueza, o nosso entusiasmo, o nosso orgulho... Ou a nossa covardia.' " - Miguel Torga (1907-1995), Diário XII.

Mais um roubo...


Hoje quando cheguei ao local onde habitualmente vou para dar de comer ao cachorro, o cenário era o da foto. Basta ver a posição dos recipientes, comparada pelas fotos das mensagens anteriores, para se concluir que aquilo não poderia ser manipulado por um cachorro. Enfim, mais do mesmo. A saga, pelos vistos, continua...

600 anos depois da conquista de Ceuta

Comemora-se hoje os 600 anos da conquista de Ceuta que ocorreu a 21 de Agosto de 1415. Tomada que foi preparada durante anos, e que viria a ter a sua execução num só dia. Nela ficou ferido o Infante D. Henrique que esteve escondido durante muito tempo e até foi dado como morto; nela perdeu um dos olhos Luís de Camões. Essa data hoje passa ao lado de quase todos. A tomada de Ceuta pode ser um ato heróico para os vencedores, mas para os vencidos foi um autêntico massacre. Um massacre de tal monta que faz parecer hoje, os atos dum grupo de bárbaros com os do auto-proclamado estado islâmico, uma brincadeira. Este é o lado negro da História, Daquela que ninguém quer recordar. Daquela que nos envergonha. Daquela que não se ensina nos bancos da escola. É usual dizer-se que a História é sempre escrita pelos vencedores. E é verdade. Mas, mesmo no recanto mais sombrio, existe uma outra História, a dos vencidos. Que também não podemos ignorar.

Friday, August 21, 2015

Intimidades reflexivas - 376

"Vivemos em plena cultura da aparência: O contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais do que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus." - Eduardo Galeano (1840-2015)

Thursday, August 20, 2015

Talvez!...

Hoje voltei ao local onde alimento o cachorro. Tinha comida seca fresca e tudo estava arrumado e limpo. O meu amigo Bruno deve ter passado por lá. O outro "amigo" talvez sim, talvez não. Por ora, apenas quero pensar que não. Deixei tudo abastecido como é normal. Espero que ele apareça e coma, e que o gato que também por lá deambula, o faça também. Há comida bastante para ambos. Quanto ao resto nada mais posso fazer. Apenas ter esperança.

"Universo Mágico e Simbólico de Portugal" - Eduardo Amarante

Portugal - Terra Mágica. CROMELEQUE DOS ALMENDRES, Aldeia de Guadalupe (próximo de Évora). “É um monumento megalítico constituído por dois conjuntos de menires dispostos em círculos concêntricos, com diferentes formas e dimensões, alguns cilíndricos, outros esféricos ou de aspecto estelar. Estes menires formaram dois recintos erguidos em épocas diferentes, geminados e orientados segundo os equinócios. O mais antigo definia-se por dois ou três círculos concêntricos de monólitos de pequena dimensão, ao qual se associou mais tarde, no lado ocidental, um outro composto por duas elipses concêntricas com menires de grandes dimensões. Mais tardiamente ambas as estruturas sofreram assinaláveis modificações, tendo o recinto inicial sido transformado numa espécie de átrio que orientaria e solenizaria os rituais mágico-religiosos ali praticados. Um dos menires (o 57) tem insculpidas 13 representações de báculos. O menir seguinte (o 58), situado na extremidade norte do eixo mais pequeno do recinto, mostra-nos 3 imagens solares radiadas. Assim, este conjunto megalítico dos Almendres estaria ligado às observações astronómicas e previsões astrológicas, como também a cultos ligados à fecundidade. Estes cultos são sugeridos pelo falomorfismo de alguns dos menires presentes. O recinto terá sido desactivado durante a época do calcolítico.” in Eduardo Amarante, "Universo Mágico e Simbólico de Portugal".

Wednesday, August 19, 2015

Intimidades reflexivas - 375

"Descobri que quanto mais trabalho mais sorte pareço ter." - Thomas Jefferson (1743-1826)

Tuesday, August 18, 2015

Intimidades reflexivas - 374

Os mortos recebem mais flores que os vivos, porque o remorso é mais forte que a gratidão!

Antonio Salieri - 265 anos depois do seu nascimento

    Antonio Salieri nasceu a 18 de Agosto de 1750 em Legnago, Itália e viria a falecer em Viena a 7 de Maio de 1825. Este compositor italiano mudou-se da sua bem amada Veneza para a Áustria onde viria a ser o compositor oficial da corte de Arquiduque Joseph II. Foi um dos compositores mais prolíficos e aclamados na sua época. Chegou a ser professor de nomes sonantes da música como Beethoven, Schubert, Mayerbeer, apenas para citar os mais conhecidos. Muito dele se tem falado e nem sempre pelas melhores razões. Para tal contribuiu a peça de Pushkin "Salieri e Mozart" bem como, mas tarde, o filme de Milos Forman "Amadeus". Quer no teatro como no cinema, passou-se sempre a imagem dum Salieri ciumento com os seus contemporâneos, sobretudo com Mozart, a quem é atribuída, inclusive, a sua morte. Por aquilo que aos poucos se vai conhecendo, parece que a realidade é um tanto ou quanto diferente do que a ficção quer fazer crer. Mas seja como for, a ele é devida uma série de peças que engrandeceram a história da música. E a demonstrar isso mesmo, aqui vos deixo um link - https://www.youtube.com/watch?v=jH-B7hKNGaQ - onde podem escutar a sua música na voz duma das maiores divas da atualidade e minha favorita, Cecilia Bartoli. A peça em causa é "La fiera de Venezia" e a ária tem por título "Vi sono sposa e amante". Aqui se vê a luminosidade da sua música, seguramente, do período da sua juventude em Veneza. Tudo isto a propósito da celebração dos 265 anos do seu nascimento. Um músico a descobrir e a escutar para além de todas as polémicas.

Inacreditável!...

Mais uma vez apelo a quem tenha disponibilidade e viva perto do local onde este cão se encontra o favor de verem se passam por lá, no sentido de desmobilizar quem por lá anda a roubar a comida. Este é um período de férias nesse local. O que significa que o cachorro não tem a refeição que os funcionários lhe dão, apenas o que consegue obter, e como vêm o que consegue é nada. Quando lá cheguei o aspeto era o da foto. Isto significa que o cachorro não comerá nas próximas semanas. Quando de lá saí deixei tudo abastecido e água fresca e limpa. Sei que quando lá voltar vou ter mais uma desilusão, mas nada posso fazer. O gato que por lá vagueia estava escondido a ver colocar a comida nos recipientes. Quando de lá saí, e pressupondo que o gato foi de imediato comer, fico com a alma mais leve porque afinal um outro ser conseguiu encher o estômago, isso se o nosso "amigo" não estava por lá a ver-me vir embora e atuou de imediato. Agora que o local está sem ninguém tudo é mais difícil e complicado. Mas continuemos talvez um dia tenhamos a merecida recompensa. A recompensa de vermos esta situação erradicada, a única por que anseio, e nada mais do que isso.

Intimidades reflexivas - 373

"Há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada." — Sun Tzu (544 a.C. - 496 a.C.)

Monday, August 17, 2015

Intimidades reflexivas - 372

"Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui. O verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais." - Charles Chaplin (1889-1977)

Sunday, August 16, 2015

Intimidades reflexivas - 371

A vida é feita de recomeços e todo dia é dia para começar de novo! Todo dia você ganha um dia todo seu de presente para escrever o que quiser nele. Faça sempre teus dias valerem a pena, não se prenda por pouco, não fique remoendo as atitudes ou a falta de atitude dos outros, cada um vive como é feliz, cada um sabe ou acha que sabe o que é melhor para si. Não deixe escapar as oportunidades, não tenha medo do novo, não se prenda a achismos, não viva em cima do muro, seja sim ou não, ou vai ou racha, ou sofra ou seja feliz, o meio termo complica, nos faz perder tempo, nos faz perder vida. Acima de tudo VIVA, por mais complicado que seja viver. Com sorrisos, com dor, com choro, com alegrias, VIVA. Deus não lhe deu a vida de presente para você ser plateia, Ele lhe deu a vida para você ser o protagonista! Valorize quem te valoriza, ame quem te ama, se preocupe com quem se preocupa com você. As portas se abrem para os que não tem medo de enfrentar as adversidades da vida, para os que caíram, mas se levantaram com o brilho de vitória nos olhos.

Falsas expectativas

Afinal, foi rebate falso. O nosso "amigo" voltou a atacar. Desta feita levou toda a comida deixando apenas uma pouca da que me oferecem. Vá lá, ainda teve a consciência de deixar alguma para o cachorro. Penso que ele anda a seguir este guião que vou publicando e vai ajustando a sua atuação. Se assim é, ainda bem. Ontem deixou a seca, hoje deixou alguma da que me oferecem. (Ver foto que embora sem qualidade dá para ver a situação a que me refiro). Como os funcionários que lhe dão de comer entraram em férias, irei lá passar mais amiúde nas próximas semanas. Agora é fundamental a ajuda de todos. Porque quando lá existem funcionários ele tem sempre que comer e aparece sempre à hora das refeições. Agora não tem ninguém, apenas a caridade de quem lá vai e somos bem poucos. Por isso, avizinham-se tempos difíceis para o cachorro nos próximos dias. Veremos como as coisas se irão passar. Por hoje deixei bem abastecido de alimento na esperança de que, desaparecendo alguma, outra vá lá ficando para ele se alimentar. Afinal, tudo não passou de falsas expectativas.

Saturday, August 15, 2015

Intimidades reflexivas - 370

"Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens. Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer. Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente. Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade. Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante." - Oração do Dia com Papa Francisco.

O equívoco crescimento económico

Muito se tem falado sobre o crescimento da economia. Há quem defenda que estamos no bom caminho - crescimento de 1,5% - e outros que o valor é insuficiente e um dos mais baixos da zona euro. Todos terão um pouco de razão por mais incrível que pareça. Mas aqui o que mais me interessa não é discutir um número, mas sim, como ele se vem construindo. Se analisarmos bem o relatório do INE (convém ver sempre com atenção as notas que lá aparecem) verificamos que este valor assenta, sobretudo, num crescimento da procura interna facilitada pelo aumento do crédito que os bancos estão a dar ao consumo. Chegados aqui, algo de curioso e preocupante surge. É que o modelo que está a potenciar este embora que insípido crescimento é essencialmente a procura e o consumo numa deriva que nos leva de volta a 2011 ao período anterior à chegada da "troika". Não parece que esse seja o melhor dos caminhos, e até me surpreende que o governo venha com o seu habitual foguetório defender algo que agora parece ser bom, quando em 2011 afirmava ser mau, bem como, no passado recente. Mas a preocupação vai mais além, quando se verifica que apesar disso, as importações estão a crescer a um ritmo maior do que as exportações, agravando o saldo da balança comercial, o que implica logo um aumento do défice que não pára de crescer. Por tudo isto, tem que haver algum cuidado na maneira como olhamos para isto. E assim se compreende que o ministro da Economia tenha sido muito cauteloso na análise. Apesar de já estarmos em campanha eleitoral ele sabe que este crescimento pode ser um presente envenenado para o futuro do país. Daí que será sempre avisado que antes duma qualquer afirmação - seja ela qual for - percamos um pouco de tempo a olhar com atenção a essência dos números para melhor compreendermos a realidade. E não basta falar da governação anterior - que passados 4 anos não se justifica a menos que o governo queira dizer que não fez nada, que nem sequer existiu - mas sim olhar com atenção para a realidade. Sei que isso não dá votos, mas talvez assim se ganhe o respeito dos portugueses.

Intimidades reflexivas - 369

VERDADE !!


“O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.”

Augusto Cury

Intimidades reflexivas - 368

"As almas de todos os homens são imortais, mas as almas dos homens justos são imortais e divinas." - Sócrates.

Sócrates e a imortalidade da alma

“Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.

A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte.

O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.

Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (naquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.

Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!

- Fugir, por quê? - perguntou o filósofo.

- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?

- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!

- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton. - Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!

- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...

Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:
- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou: 
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...

E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.

No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:
- Sócrates, onde queres que te enterremos?

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:
- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a este invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...

E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.

CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO EU DIVINO. ETERNO. IMORTAL...

Conhece-te a ti próprio e serás imortal..."

Veremos...

Quando há minutos passei pelo local onde o cachorro se encontra, vi que tinha comida seca. (Ver foto). É sinal de que o meu amigo Bruno Alves Ferreira por lá passou, mas também é sinal de que quem a costuma roubar ainda lá não tinha ido ou, eventualmente, tenha tomado outro rumo. Deixei tudo abastecido como habitual. Veremos o que o futuro nos reserva.

Friday, August 14, 2015

"Crónica do Despertar # 29 - O amor" - Nassrine Reza

"Quando você ama incondicionalmente, você não está mais pendente e você não pode ficar desapontado. Você saborea plenamente cada momento de partilha, nunca tenha medo de ser abandonado. Você não faz mais compromissos ou sacrifícios, porque tudo é oferecido espontaneamente e ressoam com a sua própria liberdade de ser. Você percebe que o outro não está presente para atender às suas necessidades ou as seus lacunas ilusórios, mas para fazer você perceber que não precisa de ninguém para ser floresceu. " - Nassrine Reza - Do livro "La Nutri-Emotion".

Intimidades reflexivas - 367

"Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, ficaria ainda mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!" - Chico Xavier.

Thursday, August 13, 2015

"A Vida Secreta de Dom Sebastião" - Sónia Louro

A História conta-nos que em 1578, em Alcácer-Quibir, D. Sebastião, armado com a espada de D. Afonso Henriques, é morto e as suas tropas são desbaratadas. Com ele morre também a independência de Portugal. Mas, o que ninguém sabe, é que D. Sebastião não expirou. Ferido, enlouquecido, o jovem rei português sobreviveu. Esta é a história secreta do mais intrigante  dramático rei português. Órfão de pai e abandonado pela mãe, rei aos três anos, disputado por uma avó ambiciosa e um cardeal determinado, abusado sexualmente pelo confessor, marcado por deficiências físicas que sempre o perseguirão e por uma misteriosa doença que tentará em vão esconder, D. Sebastião cresce torturado pela vergonha, em luta constante com os seus desejos carnais e espirituais. Desprendido da vida, é senhor de atos temerários que encontram o seu expoente na cruzada de Alcácer-Quibir. Mas quem foi este rei menino que um dia há-de voltar numa manhã de nevoeiro? E o que fez depois de sarar as feridas quase mortais de Alcácer-Quibir? Rumores falam do seu desejo de reaver o trono, de espiões espanhóis enviados para o assassinar, da morte violenta de portugueses exilados que o auxiliaram, de conspirações no Vaticano para o silenciar... Sónia Louro leva-nos numa viagem fabulosa por um dos mais marcantes e obscuros momentos da História de Portugal que só terminará em 1640 com a restauração da independência de Portugal. Quanto à autora, Sónia Louro, nasceu em 1976 em França. Desde cedo apaixonada pelas Ciências e pela Literatura, acabou por optar academicamente pela primeira, mas nunca abandonou a sua outra paixão. Licenciou-se em Biologia Marinha, mas não perdeu de vista a Literatura, à qual veio depois a aliar a um outro interesse: a História. Fruto desse casamento, este é o seu segundo romance histórico. Livro profusamente baseado em escritos de época, documentalmente fundamentado, faz deste livro um enorme contributo para se olhar com muita atenção para este período histórico e para a figura de D. Sebastião. Um livro, por isso, a merecer a vossa melhor atenção e análise. A edição é da Edições Saída de Emergência. Um livro recomendável aos interessados nesta temática.

Wednesday, August 12, 2015

Universo Mágico e Simbólico de Portugal" - Eduardo Amarante

Sintra, o monte da lua. A santificação do lugar é muito anterior à vinda dos Romanos para a Península Ibérica. Nos tempos proto-históricos, este monte sagrado situado nas proximidades de Lisboa tinha o nome de Serra da Lua. Da época romana temos, também, da região de Sintra, inscrições consagradas ao Sol e à Lua. “Não seria de estranhar, escreve Leite de Vasconcelos, que os Fenícios ali tivessem um santuário com a invocação da Lua, como decerto os tinham no Sacro Promontório em honra de outros deuses: em tal caso o respectivo nome da divindade seria Astarte, deusa semítica da Lua e do oceano, a que os Gregos fizeram corresponder Afrodite.” Etimologicamente, a palavra Sintra provém de Sin, nome que os Babilónios davam à Lua e do qual os hebreus extraíram SINAI (do caldeu SIN-AI = Monte da Lua). O sufixo TRA (SIN + TRA), que significa três, foi acrescentado pelos antigos Lusos, para, dessa forma, designarem “o conjunto de três coisas, qualidades ou atributos da deusa Sintra, no seu aspecto de Lua no Céu, Diana na Terra e Hécate no Inferno.”

in Eduardo Amarante, "Universo Mágico e Simbólico de Portugal", Apeiron Edições

Tuesday, August 11, 2015

"A Lendária Gruta de D. Sebastião nos Açores" - Rainer Daehnhardt

Há diversos paralelismos na mitologia germânica e na portuguesa. Um deles é a ideia do Imperador Frederico Barba-Roxa (antepassado da nossa Rainha Santa Isabel) viver escondido numa gruta secreta de um monte, o Kyffhäuser, e apenas reaparecerá quando os seus povos se aperceberem da sua falta. Nós temos o nosso D. Sebastião. Em relação a este Rei Menino, Desejado e Encoberto, também se teceu a lenda de viver escondido numa grande gruta dentro do mais alto monte de Portugal, até um dia reaparecer. Houve quem dissesse que esta lenda não tinha razão de existir, visto haver a convicção de D. Sebastião voltar numa nau, numa manhã de nevoeiro e ancorar frente à Torre de Belém. Se vivesse num monte da Serra da Estrela esta hipótese não se punha. Porém não é a Serra da Estrela que possui o monte mais alto de Portugal! Facto é, que o monte mais alto de Portugal é "o Pico" da Ilha do Pico, no arquipélago dos Açores. E é precisamente este monte, que tem uma gruta de mais de cinco quilómetros de extensão. Esta bela foto mostra a entrada desta gruta lendária. Será que quem criou esta lenda no século XVI teve conhecimento desta gruta? Dá que pensar!

Monday, August 10, 2015

Intimidades reflexivas - 366

Eu desejo a todos vocês...
✿ Amor, pois sem ele não somos nada.
✿ Saúde, pois precisamos dela para levantar a cada dia.
✿ Fé, já que não podemos perder a capacidade de acreditar. 
✿ Bom humor, para encarar o que vier pela frente.
Com essas quatro coisas a vida fica mais bonita e mais leve. Pode acreditar.

Sunday, August 09, 2015

A polémica da taxa de desemprego ou a longínqua terra prometida

Temos vindo a assistir a uma polémica em torno dos números do desemprego. A maneira como as coisas se discutem dá a sensação de que não é de pessoas que se fala, nem que por trás desses números existam dramas sociais, familiares, verdadeiramente avassaladores. Mas não deixa de ser interessante a polémica para além do drama que encerra. Desde logo, o discutível acerto de números nesta altura e com pouco esclarecimento que deixou todos perplexos. (A dois meses de eleições e nunca esclarecido). O curioso é que o ajuste do segundo trimestre deste ano faz com que pareça que estamos a assistir à derrogação de todos os princípios matemáticos. Se analisarmos bem, os meses de Abril a Junho apresentam valores na casa dos 13%, 12% e, de novo, 12%. (Estamos a falar de valores inteiros). Daqui se infere que a média do trimestre não possa apresentar um valor de 11%! O certo é que ninguém ainda veio esclarecer o porquê do acerto, nem que contas são estas que dão um valor, no mínimo, curioso. Claro que isto dá um jeito enorme à maioria, mas não deixa de deixar um rasto de desconfiança na oposição. Todos sabemos que os dados estão inquinados desde início. Porque os que já não estão inscritos, embora desempregados, não aparecem nas estatísticas, os que estão em ações de formação também não - e nunca houve tanta gente em formação o que não deixa de ser curioso -, não estão contabilizados os muitos que emigraram e continuam a emigrar, enfim, um conjunto de situações que, se fossem consideradas, atirariam a taxa de desemprego para valores próximos dos 22 a 25% (!), bem longe daquilo que o Instituto Nacional de Estatística (INE) nos diz, num discurso que é bem acompanhado pela governação. Perante tamanha confusão, até os trabalhados do INE se viram na necessidade de vir a terreiro dizer o que lhes vai na alma. Isto não deixa de fazer lembrar a monumental confusão da colocação dos professores no ano passado, e até, convém lembrá-lo, a mesma confusão a quando da governação de Santana Lopes. Confusão existe a rodos e não é só agora, sendo este apenas mais um capítulo nesta longa e triste novela. Estamos convictos que o esclarecimento apenas virá - se vier - após o dia 8 de Outubro. Até lá, tudo será mantido neste limbo que agrada a alguns, mas não aos muitos desempregados que não vêm maneira de sair da sua triste situação. E isso é que é preocupante. A maneira como se utilizam pessoas, com vidas e dramas pessoais, inseridos numa qualquer folha de excel, sem rosto ou emoções. Assim, lá vamos caminhando para a encruzilhada, bem longe daquela miríade de leite e mel que nos querem vender amiúde. As últimas indicações que ontem vieram a terreiro através do FMI são disso exemplo. Tal como Moisés, parece que estamos bem longe ainda da terra prometida - ou melhor da terra que nos prometem - e arriscamo-nos a tal como a figura bíblica, a morrer antes de a atingir. Porque como diz Keynes, "no médio / longo prazo estamos todos mortos". E a tal terra prometida donde jorra o leite e o mel está tão longe que por vezes pensamos ser uma miríade, uma alucinação, derivada da travessia deste imenso deserto chamado Portugal.

Será um caso de seletividdade?

Quando há minutos fui ao local onde alimento o cachorro, verifiquei que ainda havia comida seca, embora os outros recipientes estivesses bem arrumados, o que não é normal depois de cães passarem para se alimentar. Contudo, quero crer que desta vez ele comeu. Ele e o gato que por lá anda e me espera agora também. Daqui se pode concluir que a pessoa que rouba a comida por lá não passou, ou então, tornou-se mais seletivo. Talvez depois de ter lido estas notas que escrevo e as fotografias que publico neste e noutros espaços. E assim, leva a comida húmida e vai deixando a seca para dar a ideia de que desistiu dos seus execráveis intentos. Não sei se é assim, mas foi o que me ocorre no momento. Não quero enveredar pela teoria da conspiração mas depois do que tem acontecido tudo me passa pela cabeça. E daí a pensar que o cachorro comeu e o gato também, já me deixa a alma mais reconfortada. Quando de lá saí, depois de ter reabastecido os recipientes, vim com a fé de que desta vez as coisas poderão ter mudado. Pelo menos por agora.