Turma Formadores Certform 66

Sunday, October 31, 2021

Foram mulheres

“Não foram as bruxas que queimaram.

Foram mulheres,

Mulheres que eram vistas como:
Muito bonitas,
Muito cultas e inteligentes,
Porque tinham água no poço, uma bela plantação (sim, sério),
Que tinha uma marca de nascença,
Mulheres que eram muito habilidosas com fitoterapia,
Muito altas,
Muito quietas,
Muito ruivas,
Mulheres que tinham uma forte conexão com a natureza,
Mulheres que dançavam,
Mulheres que cantavam,
ou qualquer outra coisa, realmente.
Qualquer mulher estava em risco de serem queimadas nos anos 1600.
Mulheres eram jogadas na água e se podiam flutuar, eram culpadas e executadas. Se elas afundassem e se afogassem, eram inocentes.
Mulheres foram jogadas de penhascos.
As mulheres eram colocadas em buracos profundos no chão.
Por que escrevo isso?
Porque conhecer nossa história é importante quando estamos construindo um novo mundo.
Quando estamos fazendo o trabalho de cura de nossas linhagens e como mulheres.
Para dar voz às mulheres que foram massacradas, para dar-lhes reparação e uma chance de paz.
Não foram as bruxas que queimaram.
Foram mulheres.”
Fia Forsström

Happy Halloween!...

Cá temos uma festa totalmente importada duma cultura bem diferente da nossa. 'Uma americanice' dirão alguns. Mas a globalização tem destas coisas. A fusão de culturas é um facto e a absorção de culturas de países dominantes ainda o é mais. Esta festa do Halloween é bem o exemplo. As novas gerações não percebem isto. Para elas esta é uma festa que elas pensam ser oriunda do seu país, apesar de escrita em inglês, mas isso não lhe causa perturbação. Desde criança nos infantários, pré-escola, etc., esta festa é celebrada e os jovens são incentivados a participar nela. Já começam a vir às portas à noite para buscar guloseimas. Um cruzamento de culturas interessante, mas também preocupante. Porque muitas vezes superam as tradições nacionais dos seus países de origem. Este também é um sinal dos tempos a que nos temos que ir habituando. Com estas preocupações em mente, não deixo de vos desejar um Happy Halloween!

Saturday, October 30, 2021

Mudança da hora

Em 2021, o horário de inverno em Portugal começa no dia 31 de outubro às 02h00, quando os relógios devem ser atrasados uma hora. A mudança de hora para o horário de inverno é feita todos os anos no último domingo de outubro. A mudança de hora para o horário de inverno faz-se na madrugada de sábado para domingo, de 30 (sábado) para 31 de outubro (domingo) de 2021. Assim, às 02h00 do dia 31 deve-se atrasar o relógio uma hora no Continente e na Madeira. Nos Açores deve-se atrasar uma hora à 01h00 da manhã. Este é o dia mais longo do ano, com 25 horas, já que se atrasa uma hora nos relógios e se ganha uma hora. A partir desta data os dias começam a escurecer mais cedo.

Friday, October 29, 2021

Intimidades reflexivas - 1476

"Não me enleiem mais com filosofias, com arguições e com queixas. (…) Eu não sei o que é a justiça, eu não sei o que é a verdade, eu não sei o que é o amor, eu não sei nada." -  Florbela Espanca (1894-1930)

Thursday, October 28, 2021

O fim de um ciclo ou talvez não!...

Acabamos por assistir ao chumbo do Orçamento de Estado (OE) para 2022. Algo de imprevisível que começou a tomar forma no último mês, sobretudo depois das autárquicas. Este é o momento em que os interesses partidários se sobrepõem ao interesse nacional. Quem me segue, sabe que não era defensor desta governação, mas o interesse nacional tem que ser um bem maior. Estamos em plena execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em que algumas medidas exigem uma execução rápida. Com a crise política que se instalou tudo isto é problemático. Dele depende a recuperação económica do país. Foi a primeira vez que após uma crise, a União Europeia (UE) respondeu com solidariedade em vez da tradicional austeridade. Daí a importância do programa. Agora tudo isto está em causa. Desde logo porque o governo podendo continuar em funções por duodécimos, mas com as inevitáveis consequências e muitas limitações. Ainda pode existir uma segunda versão do Orçamento de Estado (OE), coisa que sinceramente não acredito. O Presidente da República (PR) desde cedo falou em dissolver a AR. Afinal interessa-lhe também que o seu partido se chegue à frente. Só que o PSD está estilhaçado e Rio não é o homem de quem ele gosta. Aliás toda a direita está em frangalhos, e só a extrema direita pode beneficiar com tudo isto. À esquerda uma grande interrogação. Como reagirá o eleitorado à posição intransigente do BE e mesmo do PCP? Mesmo assim, corremos o risco de sair das eleições com algo muito semelhante ao que temos hoje. E a ser assim como se irá governar? Esta foi uma crise inesperada que veio no pior dos momentos. O verdadeiro prejudicado é Portugal.

Wednesday, October 27, 2021

Intimidades reflexivas - 1475

"Só o amor e a arte tornam a existência tolerável." - Somerset Maugham (1874-1965)

Tuesday, October 26, 2021

Intimidades reflexivas - 1474

"(...) O melhor amigo terá provavelmente a melhor esposa, porque o bom casamento tem por base o talento para a amizade." -
Friedrich Nietzsche (1844-1900) in «Humano, Demasiado Humano».

Monday, October 25, 2021

Orçamento de Estado vs. crise política

Como habitualmente estamos a preparar-nos para mais um Orçamento de Estado (OE) desta feita para 2022. Tudo seria normal mas este ano parece que não. É habitual que os partidos que se envolvem nesta matéria queiram sempre obter algo para si beneficiando dum governo minoritário que carece do seu apoio. Sabemos que muitas vezes, partidos mais à esquerda do que o atual governo, se sintam mais confortáveis como partidos de protesto do que partidos que apoiam uma governação. Tudo isto é normal e até compreensível, afinal, é a democracia a funcionar. Mas este ano as coisas são bem mais complexas. Com uma crise enorme fruto da pandemia, com uma crise social que nem sempre é visível, com os preços da energia e combustíveis a subir e a criar problemas a todos, não parece compreensível que a somar a tudo isto se some uma crise política. Logo numa altura em que estão a chegar fundos europeus numa dimensão nunca vista, seria incompreensível que se criassem obstáculos à recuperação económica, desde logo, com uma governação por duodécimos. Como o Presidente da República já disse e bem, se o OE não for aprovado entraremos numa crise política que conduzirá a eleições. Estas teriam lugar lá para Janeiro e depois, cumprindo-se os prazos constitucionais, teríamos um novo governo próximo do meio do ano. Com a agravante de poder ser eleito um novo governo também minoritário e o problemas existiria de novo. Tudo muito complicado que teria custos elevados para o país. Como economista e daquilo que já vou conhecendo do OE, parece que tem havido uma vontade de tentar buscar-se os apoios junto da maioria que tem apoiado o governo até agora. Mas será sempre necessário que estes estejam dispostos a abdicar de algo para que o consenso se possa estabelecer. Estou convencido que isso acabará por acontecer, mas se tal não se vier a concretizar, temo que algo de muito complicado venha por aí. Já muitas vezes alertei para o impacto económico da pandemia que, para muitos só agora, começa a ser visível. A tal onda que víamos ao longe, como já aqui afirmei, afinal é um enorme tsunami que se aproxima. Como disse então, a maioria das pessoas ainda não percebeu a verdadeira dimensão do que por aí está prestes a chegar e quando disso tiverem a noção, verão que já será tarde. É muito importante a aprovação do OE para que o país possa fazer face às dificuldades que se avizinham, caso contrário, a fatura a pagar será bem elevada, fazendo com que os tempos da 'troika' pareçam uma brincadeira. Ninguém quer isso. Haja boa vontade e sentido de Estado.

Sunday, October 24, 2021

Happy Birthday in Heaven, Ing-Britt IB Henriksen!

Your time is over in this life but your memory will remain forever in our hearts. May your affection, kindness and love for animals be an example for all of us. Happy Birthday, Ing-Britt IB Henriksen. Rest in peace!

Saturday, October 23, 2021

"Almoço de Domingo" - José Luís Peixoto

Um romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família. Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo. Sobre o autor, José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e em 2016 recebeu, no Brasil, o Prémio Oeanos com Galveias. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Os seus romances estão traduzidos em mais de trinta idiomas. As suas mais recentes obras são Autobiografia (2019), na prosa, e Regresso a Casa (2020), na poesia. Mais recentemente, publicou Morreste-me, já em 2021. Os seus romances estão traduzidos em mais de trinta idiomas. A edição é da Quetzal Editores.

Friday, October 22, 2021

Intimidades reflexivas - 1473

"Nada é tão maravilhoso que a arte de ser livre, mas nada é mais difícil de aprender a usar do que a liberdade." -  Alexis de Tocqueville (1805-1859)

Thursday, October 21, 2021

Intimidades reflexivas - 1472

"Um homem também chora quando tem necessidade de chorar." - António Costa

Wednesday, October 20, 2021

Intimidades reflexivas - 1471

"As pessoas não são descartáveis." - Jorge Sampaio (1939-2021)

Tuesday, October 19, 2021

Intimidades reflexivas - 1470

"Os sentimentos vastos não têm nome." -  Hilda Hilst (1930-2004)

Monday, October 18, 2021

Intimidades reflexivas - 1469

"Esposo: 'Desvia de mim os teus olhos porque eles me fascinam.'" - Cântico dos Cânticos

Sunday, October 17, 2021

Agradecimento

Quero agradecer a todos os amigos que pelas mais diversas formas me contactaram no dia de ontem, a quando do meu aniversário. É sempre gratificante quando tal acontece, quer sejam amigos virtuais ou reais. Daí o meu agradecimento pelo tempo que dedicaram a contactar-me. Um obrigado sincero e do coração.

Saturday, October 16, 2021

Percurso de uma vida

Já 66 anos passaram. Neste dia que se pretende de celebração dum aniversário, para mim, é mais a celebração daquela que me gerou e me transportou dentro de si, a minha mãe. Porque celebrar aniversários nunca foi tradição na minha família e ainda hoje continua a não o ser. Mas relembrar o dia em que a minha mãe me colocou no mundo, num misto de dor e alegria, com as expectativas dum futuro que ainda era misterioso nessa altura, de certo foi algo perto da epifania. É essa a memória que aqui quero trazer, mais do que o dia do meu nascimento. Muita coisa aconteceu nestes 66 anos. Coisas boas, outras nem por isso, num caldeirão de experiências com que a vida nos brinda. Tudo tem sido aprendizagem, nem sempre fácil, mas aprendizagem, na busca duma evolução para um ser melhor. Não sei se sou melhor ou pior, mas sei que me tenho esforçado sempre para o ser: seja ajudar o próximo que por vezes ignoramos, seja o animal que sofre em silêncio, seja a natureza que tento respeitar. Esse é o meu desiderato. Se o tenho conseguido ou não, julgo não ser a pessoa ideal para o julgar. Mas que tenho lutado por isso, podem crer que sim. Mas, como atrás referi, este é o dia em que pretendo celebrar aquela que me gerou e me deu à luz. Essa é a verdadeira heroína neste dia. 

Friday, October 15, 2021

Intimidades reflexivas - 1468

"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro." - Vinicius de Moraes (1913-1980)

Thursday, October 14, 2021

Intimidades reflexivas - 1467

"Amar não é apoderar-se do outro para completar-se, mas dar-se ao outro para completá-lo." - Lao-Tsé (604 a.C--517 a.C.)

Wednesday, October 13, 2021

74th anniversay of my wife

Yesterday my goddaughter celebrated her birthday. Today her godmother celebrates her birthday. Another moment of celebration. Happy birthday, my dear one!...

Intimidades reflexivas - 1466

"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo." - Hermann Hesse (1877-1962)

Tuesday, October 12, 2021

Happy Birthday, Inês!

Today is a special day, Inês. It's your 10th birthday. 10 years ago we were very proud of you. 10 years later we are still very proud of you. We will always be with you. You can always count on your godfathers. Have a very happy day, our beloved Inês!

In memory of a great Lady

Three years have passed since my dear friend Ing-Britt IB Henriksen disappeared. The memory remained in all the good things this lady did. I am a witness to this. Wherever you are, may you be at peace!

No 10º aniversário da Inês

Dez anos! Parece que ainda foi ontem que peguei pela primeira vez ao colo a minha afilhada, horas depois de ter nascido. E já dez anos passaram. A Inês foi crescendo em tamanho, mas também em beleza. Do bebé frágil passou para uma bela criança. O seu percurso escolar foi também sendo feito. Desde o infantário para a pré-escola, depois do ensino básico para o ciclo preparatório. Assim passa o tempo, assim se vai moldando a pedra tosca que somos quando nascemos, num possível santo que coloquemos no altar, para usar a feliz expressão do padre António Vieira. E assim continuará. A Inês irá crescendo em tamanho mas também em beleza, e em breve será uma bela jovem que fará palpitar corações. O seu percurso académico evoluirá também e espero que daqui a um par de anos a veja numa Universidade (digna desse nome), a seguir as pegadas do seu padrinho. Confesso que isso me daria a maior das alegrias. Porque ela irá viver num mundo cada vez mais competitivo onde a escolaridade será determinante, e o saber fará a diferença. Por isso, a tento incentivar para que ela vá em frente. Sei que na sua ainda curta idade, a brincadeira é mais importante e os estudos um aborrecimento. Mas espero que muito em breve, ela vá percebendo que nem tudo é brincadeira e que o conhecimento - e não só colecionar exames - será importante para a sua vida futura. Sei que o meu tempo de vida já será curto para tudo isto, mas confesso que gostava de ter tempo para ainda a ver com um elevado perfil. Ser aquela mulher que quando expressar uma opinião todos se calassem porque sabiam que a Inês tinha algo de importante a comunicar aos restantes. Assim deve ser um líder. Uma referência, um farol, uma motivação, uma inspiração para quem o segue. Sei que a minha querida afilhada poderá ser assim, caso o queira e se esforce para isso. Essa seria a maior alegria que ela me poderia dar. Rejeitar a mediocridade e a ignorância, abraçar a cultura e o saber. Tenho esperança que assim será. Espero que a minha afilhada Inês me faça sonhar. Esse seria a melhor maneira de retribuir o amor que lhe tenho. Talvez ela perceba que assim tem de ser, para bem dela e para gáudio do seu padrinho. Feliz aniversário, Inês!

Monday, October 11, 2021

intimidades reflexivas - 1465

"A eternidade é o estado das coisas neste momento." - Clarice Lispector (1920-1977)

Sunday, October 10, 2021

intimidades reflexivas - 1464

“Nos hospitais, vi muita gente morrer, mas nunca vi ninguém chamar pelo pai. Agora olho para aquele retrato e penso: é a minha mãe. Só com a morte dela é que me dei conta da sua importância. Há aquela frase de Conrad tão dramaticamente verdadeira: tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento sobre ela que chega tarde demais.” -  António Lobo Antunes, excerto, entrevista à Visão.

Saturday, October 09, 2021

Intimidades reflexivas - 1463

"Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo." -  Vinicius de Moraes (1913-1980)

Friday, October 08, 2021

Intimidades reflexivas - 1462

"Sem memória somos todos uns animais. Com memória também mas temos vergonha." - Pedro Chagas Freitas in 'Foste a mais maneira mais bonita de errar'.

Thursday, October 07, 2021

A corrida dos sentimentos

Era sol. Todos os sentimentos se preparavam para a grande corrida.

A *ansiedade* chegou primeiro. Não via a hora de começar.
A *dúvida* foi a última a chegar, estava sempre questionando onde essa corrida ia dar.
A *derrota* desistiu antes mesmo de começar.
A *alegria* deu um salto à frente e disse: Vamos lá!
Todos se preparavam para a largada: 3,2,1, já!
A *tristeza* põe-se a chorar, “Como vou conseguir chegar lá?”
A *dor* levou um tombo e começou a gritar.
A *intolerância* berrou: cale essa boca já!
E a *dor* respondeu: “Não aguento mais, vou parar”.
A *coragem* falou em alta voz: Vamos amigos, todos nós podemos ganhar!
A *inveja* logo se manifestou: “Não sei pra que encorajar!”
A *esperança* pensou alto: “Estamos perto de chegar”
O *amor,* sempre quietinho, observando tudo, resolveu falar:
“O que acham de todos juntos darmos as mãos e pararmos de brigar? A vida é muito curta pra perdermos tempo. Podemos cada momento aproveitar!
E assim, todos os sentimentos deram as mãos e ganharam juntos a corrida.
A dúvida que não sabia se daria certo, chegou lá. A ansiedade viu que não valia a pena se desesperar. A derrota foi vencida pela esperança. A tristeza se animou com o salto da alegria. A dor foi encorajada com as palavras da coragem. A inveja foi vencida pelo amor e a esperança sempre acreditou.
*Nós também vivemos numa corrida chamada vida.* Em alguns momentos, a dor grita e quer parar. A ansiedade não nos deixa aproveitar os bons momentos. A dúvida chega e traz angústias para o coração.
A coragem nos ajuda a caminharmos
mais umas milhas. A tristeza mais uma vez nos faz parar. A inveja, olha pro outro e começa a reclamar. A intolerância não aceita nada, mas o amor, Ah! *O amor! .... O amor "suporta todas as coisas, acredita em todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas. O amor nunca acaba."* 1 Coríntios 13:7,8
Ainda que tenhamos maus momentos, o amor nos faz aguentar. Se não fosse o amor, de nada valeria!

Wednesday, October 06, 2021

Intimidades reflexivas - 1461

"Só quem foi da escuridão muito tempo sabe o que custa o amanhecer." - Pedro Chagas Freitas in 'Foste a maneira mais bonita de errar'.

Tuesday, October 05, 2021

Intimidades reflexivas - 1460

"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal." -  Oscar Wilde (1854-1900)

Monday, October 04, 2021

Dia Mundial dos Animais

Celebra-se hoje o Dia Mundial dos Animais, dia 4 de Outubro. Mais uma daquelas hipocrisias do ser dito humano. Porque Dia dos Animais deveriam ser todos, porque este seres tão senciente quanto tu ou eu, sofrem, têm frio e calor, medo e angústia, sentem dor. Um dia um agricultor disse-me que as vacas que tinha em casa nunca lhes dava nome para não criar vínculos porque o negócio dele era vender gado e assim tudo era mais fácil e impessoal. Isto diz bem do que o ser dito humano chegou, sacrificando tudo ao poder do dinheiro, mesmo a vida, afeto, carinho dum outro ser vivo como ele, que também tem direito à vida. Pensem nisto neste dia que se diz ser dos Animais, e mais logo quando for almoçar ou jantar, olhe para o seu prato, talvez lá encontre um pedaço duma vida roubado para satisfazer a sua gula. Pelo menos, neste dia há quem fale deles, talvez seja a única coisa boa no meio de tudo isto. Feliz Dia dos Animais!

Sunday, October 03, 2021

O mundo dos 'reality-shows'

Não sou admirador e/ou seguidor de 'reality-shows' porque sempre tive a sensação de incómodo de pessoas que fazem daquilo algo que se confunde com a realidade. (Alguns parece que são profissionais da matéria porque não percebo que, quer sejam estudantes ou profissionais duma qualquer profissão possam estar meses sem comparecerem nos locais onde exercem a atividade.) Sei que há países que fazem destes espetáculos uma análise de pessoas e do seu perfil psicológico quando confinadas por um período de tempo. Por cá não penso que existam estudos desses ou serei eu que não os conheço. Mas para além disto, sempre achei que estes programas eram mais para gente jovem com todas as contradições, certezas e incertezas próprias da idade, tal como nós quando a tínhamos. Mais recentemente, verifiquei que pessoas mais velhas participam nestes espetáculos. Sei que os prémios são aliciantes, mas mesmo assim, tenho dificuldade em entender. Tudo isto começou por um vídeo que me passou pelas mãos e que me foi enviado por um amigo. Ao que julgo saber este (triste) espetáculo era para proporcionar encontros e formar casais no futuro. Depois de ver este vídeo tive curiosidade em ver outros. E achei estranho que pessoas já com alguma idade tenham aderido a estes programas. Aqui parece que não existiam prémios, apenas o formar ou não um casal para futuro. Que leva pessoas - algumas já com idade para terem juízo - a participar nisto? Será que precisam dum programa destes para arranjar companhia? E que companhia vão arranjar? Não será que quando as câmaras forem desligadas tudo não tenha passado duma triste ilusão? Confesso que, embora perceba a adesão de jovens a este programas, - embora não me identifique com isso -, mais difícil se torna quando vejo pessoas até mais velhas do que eu a fazerem tal figura para um país inteiro. (Só espero que seja uma pequíssima parte deste país porque tenho a esperança de que a maioria tem gosto mais requintado). Seja como for, confesso a minha perplexidade. Será que estas pessoas mais velhas se sentem mais jovens quando participam nisto? Ou é apenas o desespero (emocional) que as faz ter tal atitude? Tudo muito estranho e confuso. Sei que poderei ter - ou corro o risco de ter - uma visão enviesada do mundo em que vivo, mas mesmo assim não deixo de pensar na bizarria que é participar nestes programas. E os que andam por cá até são muito 'soft' face a outros que se produzem no estrangeiro. Enfim, gostos, frustrações, ou um mix de ambos.

Saturday, October 02, 2021

Intimidades reflexivas - 1459

"Escolhemos a verdade que mais convém à nossa preguiça. Adaptamos o que é ao que queremos que seja. Às vezes conseguimos viver assim para sempre, sem termos de ver o que quisemos deixar encoberto. Noutras vezes somos atropelados por intermitências dolorosas, a frio. É curto e incerto o que nos sustém. O amor é um património, o que nos tira a parede da frente." - Pedro Chagas Freitas in 'Foste a maneira mais bonita de errar'.

Friday, October 01, 2021

intimidades reflexivas - 1458

"Quem tem medo da solidão está sempre sozinho." - Pedro Chagas Freitas in 'Foste a maneira mais bonita de errar'.