Turma Formadores Certform 66

Sunday, November 30, 2014

Intimidades reflexivas - 86

E mesmo com tudo que diz não, eu acredito.
Acredito em novos tempos, bons fluidos, boas novas!
Acredito em melhores dias, melhores ventos, melhores humores...
Acredito até em verdadeiros amores!
É a bendita fé que não nos larga!
E graças a ela, até nos desertos colhemos flores...
E por conta dela então...
Te desejo toda felicidade que há nesse mundo....
Do fundo do meu coração!

Saturday, November 29, 2014

Intimidades reflexivas - 85


"Às vezes erguemos muros não tanto para manter as pessoas afastadas, mas ver quem mais se empenha em derrubá-los." - Sócrates (469 a.C. - 399 a.C.).



Friday, November 28, 2014

Intimidades reflexivas - 84


"Quem alimenta um animal faminto alimenta a própria alma" - Charles Chaplin.

Intimidades reflexivas - 83

"O amor não é um hábito, um compromisso, ou uma divida. Não é aquilo que nos ensinam as músicas românticas, o amor é indefinições. Ame e não pergunte muito. Apenas ame!" - Paulo Coelho.

Thursday, November 27, 2014

Intimidades reflexivas - 82

Abrace hoje ainda quem você ama...
Tem abraços que ficaram para depois e que jamais aconteceram.
Declare seu amor hoje ainda...
Tem pessoas que jamais souberam que eram amadas por você.
E agradeça a Deus hoje ainda pela vida...

A carta de Sócrates na íntegra - in JN

Ao fim de seis dias de detenção e prisão preventiva, José Sócrates fala do caso numa carta de oito parágrafos. A carta foi reproduzia pelo JN e que aqui reproduzo na íntegra:

"Em 26 de Novembro de 2014
Há cinco dias "fora do mundo", tomo agora consciência de que, como é habitual, as imputações e as "circunstâncias" devidamente selecionadas contra mim pela acusação ocupam os jornais e as televisões. Essas "fugas" de informação são crime. Contra a Justiça, é certo; mas também contra mim.
Não espero que os jornais, a quem elas aproveitam e ocupam, denunciem o crime e o quanto ele põe em causa os ditames da lealdade processual e os princípios do processo justo.
Por isso, será em legítima defesa que irei, conforme for entendendo, desmentir as falsidades lançadas sobre mim e responsabilizar os que as engendraram.
A minha detenção para interrogatório foi um abuso e o espetáculo montado em torno dela uma infâmia; as imputações que me são dirigidas são absurdas, injustas e infundamentadas; a decisão de me colocar em prisão preventiva é injustificada e constitui uma humilhação gratuita.
Aqui está toda uma lição de vida: aqui está o verdadeiro poder - de prender e de libertar. Mas, em contrapartida, não raro a prepotência atraiçoa o prepotente.
Defender-me-ei com as armas do Estado de Direito - são as únicas em que acredito. Este é um caso da Justiça e é com a Justiça Democrática que será resolvido.
Não tenho dúvidas que este caso tem também contornos políticos e sensibilizam-me as manifestações de solidariedade de tantos camaradas e amigos. Mas quero o que for político à margem deste debate. Este processo é comigo e só comigo. Qualquer envolvimento do Partido Socialista só me prejudicaria, prejudicaria o Partido e prejudicaria a Democracia.
Este processo só agora começou.
Évora, 26 de Novembro de 2014".

Wednesday, November 26, 2014

Intimidades reflexivas - 81

Sabe quando você diz para alguém mudar algum comportamento depois de muitas brigas, confusões, laços quebrados e decepções? Então chega o dia em que tudo acaba e a pessoa tem aquela sensação de perda terrível e acaba fazendo de tudo para não perder ou recuperar você. Aí aparece a mudança dos três dias, onde nos primeiros dias tudo é divino, maravilhoso, todavia depois a verdadeira essência reaparece. É assim que penso sobre a questão de "dias mundiais". Não deve ser um trabalho ou pensamento de um dia, porque de facto acaba sendo. A questão de consciência de algo deve ser trabalhada e orientada diariamente tanto dentro da gente como em relação as outras pessoas.

No aniversário do filme "Casablanca"

Neste dia no ano de 1942 estreou-se o filme "Casablanca" de Michael Curtis com essa dupla fantástica Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Este filme não é da minha geração, mas é o meu eleito. Era o filme que levaria para uma ilha se não pudesse levar mais nada. Não sei bem porquê, mas este filme diz-me muito. Já perdi a conta das vezes que o visionei. Deixo-vos aqui um dos momentos mais extraordinários do filme que podem ver aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zaAqze81y4Y.

Intimidades reflexivas - 80

Limpeza da Ansiedade e da Angústia. Coloque uma música suave e um incenso, se possível. Sente-se confortavelmente numa cadeira ou poltrona. Feche os olhos e respire profundamente três vezes. Sinta uma luz entrar pela cabeça, e invadir demoradamente todo o corpo: garganta, ombros, braços mãos e dedos, peito, barriga, quadris, pernas e pés. Leve a sua atenção para o seu peito. Tente visualizar um portão. Tente visualizar um tubo cujo fim vai dar nos céus de Fátima (para onde as energias negativas deverão se enviadas para posterior processamento). Quando o portão e o tubo estiverem em frente um do outro, abra o portão. Irá notar (ver ou simplesmente sentir) que desse portão sai energia escura diretamente para o tubo. Não faça nada até que saia tudo. Espere o tempo que for necessário. Quando terminar, feche o portão, deixe o tubo onde está. Vai respirar profundamente, mexer os pés e as mãos. Vai trazer a sua consciência até à sala onde está, prestar atenção ao ambiente onde está. Só então abra os olhos. Os bloqueios emocionais, provocadores da ansiedade e angústia, costumam ser bem visualizados com este exercício. E depois de visualizados, é muito mais fácil retirá-los. Poderá fazer este exercício diariamente, se desejar. Irá notar que a energia negativa que sai para o tubo é cada vez menor. No início irá sair bastante, e, aos poucos, se o exercício for feito diariamente, apenas sairá a energia negativa referente ao dia que passou. Estou fazendo isso agora...tenso D+ esse dia!!Afff

Um abalo ou um reforço da democracia?

Ainda o caso Sócrates a ocupar as páginas dos jornais. Divulgo aqui um excelente artigo de Ricardo Costa publicado no Expresso sobre este caso e sobre uma certa nebulosidade que o envolve.

"Por muito que a prisão preventiva de José Sócrates choque muita gente, se o caso for sólido, se a investigação tiver fortes indícios e se a acusação for correta e ponderada, isto não é um abalo para a democracia. Bem pelo contrário, se todas estas premissas forem cumpridas, pode ser um reforço da democracia. O pior que pode haver para uma democracia é existirem atos de corrupção impunes. Mas atenção, há uma coisa ainda pior para a democracia: prisões decretadas sem razão conhecida, acusações por dedução e condenações em caso de dúvida.

E é exatamente aqui que estamos, numa fina fronteira entre o que existe - uma detenção, uma prisão preventiva e um rol de crimes graves - e o que não existe - o quem, o como, o onde e o o porquê é, já agora, o quanto. Era bom sabermos isto, mas arriscamos meses e meses de total ou relativa ignorância.

A Justiça tem direito a isso, a manter-nos na relativa ignorância. Mas não tem direito a manter os arguidos nessa situação. E muito menos tem direito a pôr coisas a circular que são falsas. O que os portugueses querem - os que gostam de Sócrates, os que o detestam, os que lhe são indiferentes e a enorme maioria que apenas quer que a Justiça exista -, o que os portugueses querem, repito, é que não lhes atirem para cima, meias verdades, narrativas insufladas e factos que, no essencial ou no enquadramento, são falsos.

Olhemos para o caso com objetividade e frieza. Temos um processo de corrupção, em que presumimos que José Sócrates é o corrompido e o seu amigo Carlos Santos silva o corruptor ativo. Supomos que o motorista tenha papel ativo no processo de branqueamento de capitais e que o advogado que saiu em liberdade ajudou em compras ou vendas de imóveis que facilitaram a entrada de dinheiro no circuito "legal". Presumimos, supomos e até achamos, por dedução imediata, que a origem estarão nalguma adjudicação de uma obra pública ao Grupo Lena, de que Santos silva foi administrador, em Portugal ou até no estrangeiro, onde o grupo tem mais de metade da sua faturação.

Repito alguns verbos do parágrafo anterior: presumimos, supomos, achamos e deduzimos. Mas não fazemos isso por gosto, fazemos porque é o que temos. E é neste ponto que a Justiça tem que ter um enorme cuidado. E, já agora, respeito. Não é com os políticos ou os jornalistas, é com os portugueses. A base da democracia não são os políticos, nem os juízes, muito menos os jornalistas. São os portugueses, que não são parvos, que sabem viver em democracia e que têm direito a saber o que existe, na medida em que isso seja possível e no prazo mais curto possível.

Este é o ponto que mais me preocupa. Ontem, o juiz Carlos Alexandre decretou a "especial complexidade do processo". Com essa simples decisão, o prazo limite para um período de prisão preventiva sem acusação judicial passou de 4 para 12 meses. Ou seja, essa simples decisão dilata todos os prazos e eleva o teto máximo de uma condenação em primeira instância para 30 meses. Ou seja, com elevada probabilidade, José Sócrates só terá que ser condenado ou absolvido daqui por 30 meses.

Mas o caso será assim tão complexo? Se todos os arguidos estiveram sobre escuta e vigilância e se todos os movimentos e documentos foram confiscados, qual é a complexidade? Os casos de corrupção podem ser muito complexos, mas também podem ser incrivelmente simples. Alguém paga a alguém para lhe prestar um favor e paga por isso. Ponto. O dinheiro vai para o estrangeiro e depois entra no circuito legal. Ponto. Há dados para deter e, depois, prender? Então, avancemos depressa para uma acusação sólida.

Concluo no ponto onde comecei. A prisão preventiva de um ex-primeiro-ministro não tem que ser um abalo para a democracia. Pode, até, ser um reforço da democracia. Mas isso, agora, depende de uma forma brutal dos agentes de Justiça, que deviam trabalhar depressa e de forma sólida para encurtar ao máximo os prazos de acusação e julgamento. Não por respeito ou temor a José Sócrates, que não está acima de qualquer outro preso preventivo. Mas por respeito e temor absoluto à democracia."


Tuesday, November 25, 2014

No aniversário de Wilhelm Kempff

Wilhelm Walter Friedrich Kempff nasceu a 25 de Novembro de 1895 em Jüterbog, na Alemanha uma cidade próxima de Brandeurgo. Foi um famoso pianista e compositor. Hoje trago aqui a sua memória não só porque se celebra o 119º aniversário do seu nascimento, mas também, porque ele me trás memórias da minha ainda tenra juventude. Era eu um jovem quando na RTP de então passou uma série de programas assinados por António Vitorino de Almeida com o título de "Histórias da Música". Nela Vitorino de Almeida contava a história dos compositores mais famosos, mas aproveitava a ocasião para dar uma bicadas no regime do Estado Novo que então vigorava entre nós. Daí que a sua audiência subisse em flecha, o que levou ao regime a aconselhar a RTP a acabar com os programas, o que veio a acontecer, e o seu autor não veria renovada a sua credencial de adido cultural de Portugal em Viena, Áustria. Nessa série de programas havia uma música, que servia de intróito, que me deliciava. Tratava-se de "Für Elise" uma das peças emblemáticas de Ludwig van Beethoven, que podem escutar aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RL-Ih9TbADs. Porque Kempff era um grande especialista em Beethoven acabei assim por escutar essa peça pela mão dum virtuoso. Recordo-me que o LP de então, ainda não existiam os CD's, chamava-se "Bagatelles". Disco que ainda hoje guardo religiosamente. Cumpre informar ainda queWilhelm Kempff era também um especialista em Franz Schubert de quem gravou sonatas completas. Kempff viria a falecer a 23 de Maio de 1991 em Positano, Itália.

No aniversário de Eça de Queiroz

    José Maria de Eça de Queiróz é um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de "Os Maias" e "O crime do Padre Amaro"; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX. Eça de Queiróz nasceu neste dia 25 de Novembro de 1845 na Pòvoa de Varzim, celebrando hoje o seu 169º aniversário do seu nascimento. Nestes dias de chumbo que vivemos será bom recordar e, sobretudo, ler Eça de Queiróz. É dele esta frase: "Em Portugal a emigração não é, como em toda a parte, a transbordação de uma população que sobra; mas a fuga de uma população que sofre." (in "Uma Campanha Alegre") Vejam a atualidade de Eça transposto para os nossos dias. Nos seus livros encontraremos um enorme paralelismo com a situação atual do nosso país e esse pode ser um traço importante para o redescobrirmos. Eça viria a falecer a 16 de Agosto de 1900 em Paris.

Intimidades reflexivas - 79

"É muito mais difícil matar um fantasma do que matar uma realidade". - Virginia Woolf.

Monday, November 24, 2014

A democracia em causa

Temos vindo a assistir a um verdadeiro circo mediático em torno da detenção de José Sócrates. Todos sabemos que é sempre assim quando alguém com maior visibilidade cai nos tentáculos da justiça. E desde logo um homem como Sócrates que desencadeia as mais variadas paixões, - quer sejam a favor ou contra -, ainda mais justificada essa mediatização se torna, embora ache que a justiça deveria ser praticada no recato para salvaguardar todas as pessoas, sejam elas quais forem, de julgamentos em praça pública que, queiramos ou não, acabam por, direta ou indiretamente, condicionar a própria justiça transformando um arguido no mais vil criminoso. Mas não era a esta situação de Sócrates que me interessa agora, mas mais os muitos casos que têm vindo a lume nos últimos meses. Concordemos ou não, eles estão a minar os alicerces do regime democrático, embora pareça que ninguém ainda não deu por isso. Ontem, voltando ainda ao caso Sócrates, todos vimos através das televisões que quando o arguido chegou ao Campus da Justiça havia um grupo de gente organizada com bandeiras e palavras de ordem. Não sei se viram de que bandeiras se tratavam. Eram do PNR (Partido Nacional Renovador), uma organização acoitada à extrema-direita, saudosa dos tempos da PIDE torcionária e da cacetada. Isto é muito preocupante. Daí o não achar que esta mediatização seja boa na justiça, indo até, ao arrepio de negar ao arguido os seus direitos de cidadão indiciado mas não formalmente acusado e muito menos condenado. Todo este circo apenas serve para dar a ideia aos cidadãos de que o regime está podre, que não se pode confiar nas instituições - sejam a banca (BES, BPN, BPP), seja nas polícias (SEF) - e quando isso acontece o pacato cidadão, que só quer a sua tranquilidade e trabalho para ganhar a vida, pensará em outras saídas onde pensa que ficará a coberto de tudo isso. Assim, começam as ditaduras, nem sempre com botas cardadas, mas muitas vezes, com chinelo ataviado para não assustar os incautos. Aqueles que têm um pouco mais de idade, ainda se lembrarão do que aconteceu em Portugal, quando a República chegou a uma encruzilhada, onde apenas uma solução musculada parecia a saída que a maioria do povo acolheu. Depois deu no que deu. Por isso, fico sempre com um certo sentimento de estupefação quando vi um idiota que cantava laudas à detenção de Sócrates, não percebendo que para o bem e para o mal, ele tinha sido primeiro-ministro de Portugal e figura que representou o nosso país no mundo. Esse idiota poucos o conhecem por cá, e lá fora nem sabem da sua existência, mas Sócrates é conhecido por ter sido o rosto do país durante vários anos. E que essa idiotice tivesse partido dum deputado da Nação, pago com os nossos impostos, e que se calhar quando deixar de o ser, nem profissão terá, é lamentável. Porque por ser deputado deveria ser um pouco mais inteligente e ver que é o regime que começa a colapsar e que quando tal acontecer, ele fugirá rapidamente daqui como rato em navio naufragado. A sua juventude será talvez uma atenuante, que também levará a que pense que só existe democracia e que esta nunca será posta em causa. Mais uma grossa idiotice não percebendo que a democracia vale muito pouco para o povo quando este não tem comida na mesa nem dinheiro para a comprar. E aquilo que parece natural e adquirido não passará duma quimera. Assim, penso que é tempo de os partidos pensarem que para além de todo este circo mediático, que porventura vende jornais e dá audiências televisivas, é a sua própria sobrevivência que está em jogo. Porque onde não há democracia os partidos são descartáveis, tenham eles idiotas ou não nas suas fileiras. E nessa altura já será demasiado tarde para arrepiar caminho.

Intimidades reflexivas - 78

"Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade." - William Shakespeare 

Intimidades reflexivas - 77

"De acordo com uma única regra determino o valor do Homem: em que grau e em que medida o homem se libertou do seu "eu"... Sou realmente um Homem quando os meus sentimentos e atos têm uma única finalidade: a Comunidade e o seu progresso. a minha atitude social, portanto, determinará o juízo que têm sobre mim: Bom ou Mau." - Albert Einstein.

Sunday, November 23, 2014

Hoje estive com o meu Repinhas

Como habitualmente fui hoje ao local da matilha de Rio Tinto dar de comer a um único animal que por lá ainda anda. Chama-se Repinhas e conheço-o e alimento-o desde que nasceu. A sua mãe a Sheila já de lá desapareceu há muito tempo. Não sei o que lhe aconteceu. Talvez tenha morrido, o que até seria o melhor para ela depois do muito que sofreu. Só espero é que não esteja por aí em sofrimento, terrível destino para quem tanto já sentiu do destino e da vida. A incerteza sobre o que lhe aconteceu trás-me angustiado, mas nada posso fazer. Apenas esperar que o destino se tenha apiedado dela, finalmente. Assim, o seu filho o Repinhas é o único que por lá anda. E hoje fiquei feliz porque, embora tenha chegado lá mais cedo do que o habitual, ele estava à minha espera e logo veio ter comigo a correr e a abanar a cauda. Comeu algumas das coisas que lhe levei. Ainda lá ficou muita comida. Espero que não venha a ser roubada, como volta e meia acontece. Mas hoje, estou feliz porque vi o meu querido Repinhas, e sei que ele ficou feliz por me ver também. Já não o vi-a a algum tempo. E as saudades doíam, e a incerteza que sempre tenho, sobre a sorte destes pobres animais enjeitados pela fortuna, não magoam menos. Mas hoje ele estava lá. Está bonito dentro das circunstância. Mais gordito. Aparentemente feliz. Que a fortuna te proteja Repinhas. Que o destino te guarde das intempéries que por aí começam a chegar e, sobretudo, dos humanos que já tão mal te fizeram. Não todos certamente. Porque ainda há pessoas que se importam com ele, como eu e um punhado de amigos. Boa sorte, Repinhas. Que continues feliz, com saúde e em liberdade. A liberdade com que nasceste, a mesma com que tens vivido e, assim espero, aquela que te há-de acompanhar no fim dos teus dias. Bom domingo, Repinhas. Hoje fizeste-me feliz. E sei que também te fiz feliz. Amén.

Intimidades reflexivas - 76

"Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas um grande motivo para ser feliz!" - Mário Quintana.

A Justiça a que temos direito - Clara Ferreira Alves in Expresso

Mais um artigo muito interessante sobre a prisão de José Sócrates que convém ser lido com atenção. Já agora, Clara Ferreira Alves e Sócrates nem se falam:


"A Justiça é antes de mais um código e um processo na sua fase de aplicação. Ou seja, obediência cega, essa sim cega, a um conjunto de regras que protegem os cidadãos da arbitrariedade. Do abuso de poder. Do uso excessivo da força. Essas regras têm, no seu nó central, uma ética. Toda e qualquer violação dessa ética é uma violação da Justiça. E uma negação dos princípios do Direito e da ordem jurídica que nos defendem. 

Num caso de tanta gravidade como este, o da suspeita de crimes graves e detenção de um ex-primeiro-ministro do Partido Socialista, verifico imediatamente que o processo foi grosseiramente violado. Praticou-se, já, o linchamento público. Como? 

1) Detendo o suspeito numa operação de coboiada cinemática, parecida com as de Carlos Cruz e Duarte Lima, a uma hora noturna e tardia, num aeroporto, quando não havia suspeita de fuga, pelo contrário. O suspeito chegava a Portugal. Porque não convocá-lo durante o dia para interrogatório ou levá-lo de casa para detenção? 

2) Convidou-se uma cadeia de televisão a filmar o acontecimento. Inacreditável. 

3) Deram-se elementos que, a serem verdadeiros, deviam constar em segredo de Justiça. Deram-se a dois jornais sensacionalistas, o "Correio de Manhã" e o "Sol", que nada fizeram para apurar o que quer que seja. Nem tal trabalho judicial lhes competia. Ou seja, a Justiça cometeu o crime de violação do segredo de Justiça ou pior, de manipulação do caso, que posso legitimamente suspeitar ser manipulação política dadas as simpatias dos ditos jornais pelo regime no poder. Suspeito, apenas. Tenho esse direito. 

4) Leio, pela mão da jornalista Felícia Cabrita, no site do "Sol", pouco passava da hora da detenção, que Sócrates (entre outros crimes graves) acumulou 20 milhões de euros ilícitos enquanto era primeiro-ministro. Alta corrupção no cargo. Milhões colocados numa conta secreta na Suíça. Uma acusação brutal que é dada como certa. Descrita como transitada em julgado. Base factual? Fontes? Cuidado no balanço das fontes, argumentos e contra-argumentos? Enunciado mínimo dos cuidados deontológicos de checking e fact-checking? Nada. Apenas "o Sol apurou junto de investigadores". O "Sol" não tem editores. Tem denúncias. Violações de segredo de Justiça. Certezas. E comenta a notícia chamando "trituradora" de dinheiro aos bolsos de Sócrates. Inacreditável. 

5) Verificamos apenas, num estilo canhestro a que a biógrafa de Passos Coelho nos habituou (caso Casa Pia, entre outros) que a notícia sai como confirmada e sustentada. Se o Watergate tivesse sido assim conduzido, Nixon teria ido preso antes de se saber se era culpado ou inocente. No jornalismo, como na justiça, há um processo e uma ética. Não neste jornalismo. 

6) Neste momento, não sei nem posso saber se Sócrates é inocente ou culpado. Até prova em contrário é inocente. In dubio pro reo. A base de todo o Direito Penal. 

7) Espero pelo processo e exijo, como cidadã, que seja cumprido à risca. Não foi, até agora. Nem neste caso nem noutros. Isto assusta-me. Como me assustou no caso Casa Pia. Esta Justiça de terceiro mundo aterroriza-me. Isto não acontece num país civilizado com jornais civilizados. Isto levanta-me suspeitas legítimas sobre o processo e a Justiça, e neste caso, dada a gravidade e ataque ao regime que ele representa, a Justiça ou age perfeitamente ou não é Justiça.

8) Verifico a coincidência temporal com o Congresso do PS. Verifico apenas. Não suspeito. Aponto. E recordo que há pouco tempo um rumor semelhante, detenção no aeroporto à chegada de Paris, correu numa festa de embaixada onde eu estava presente. Uma história igual. Por alturas da suspeita de envolvimento de José Sócrates no caso Monte Branco. Aponto a coincidência. Há um comunicado da Procuradoria a negar a ligação deste caso ao caso Monte Branco. A Justiça desmente as suas violações do segredo de Justiça. Aponto. 

9) E não, repito, não gosto de José Sócrates. Nem desgosto. Sou indiferente à personagem e, penso, a personagem não tem por mim a menor simpatia depois da entrevista que lhe fiz no Expresso há um ano. Não nos cumprimentamos. Não sou amiga nem admiradora. É bizarro ter de fazer este ponto deslocado e sentimental mas sei donde e como partem as acusações de "socratismo" em Portugal. 

10) As minhas dúvidas são as de uma cidadã que leu com atenção os livros de Direito. E que, por isso mesmo, acha que a única coisa que a Justiça tem a fazer é dar uma conferência de imprensa onde todos, jornalistas, possamos estar presentes e fazer as perguntas em vez de deixar escorregar acusações não provadas para o "Correio da Manhã" e o "Sol". E quejandos. Não confio nestes tabloides para me informarem. Exijo uma conferência de imprensa. Tenho esse direito. Vivo num Estado de Direito. 

11) Há em Portugal bom jornalismo. Compete-lhe impedir que, mais uma vez, as nossas liberdades sejam atropeladas pelo mau jornalismo e a manipulação política. 

12) Vou seguir este processo com atenção. Muita. Ou ele é perfeito, repito, ou é a Justiça que se afundará definitivamente no justicialismo. Na vingança. No abuso de poder. Na proteção própria. O teste é maior para a Justiça porque é o teste do regime democrático. E este é mais importante que os crimes atribuídos a quem quer que seja. Não quero que um dia, como no poema falsamente atribuído a Brecht, venham por mim e não haja ninguém para falar por mim. A minha liberdade, a liberdade dos portugueses, é mais importante que o descrédito da Justiça. A Justiça reforma-se. A liberdade perde-se. E com ela a democracia."  


Sócrates: a Justiça a mudar ou a exagerar? - Henrique Monteiro no Expresso

Sobre a detenção de Sócrates e o mediatismo que envolve este caso, trago a este espaço um interessante artigo de Henrique Monteiro publicado no jornal Expresso. Talvez seja um bom tema de reflexão para a situação por que Portugal está a passar:

"Conheci José Sócrates há cerca de 30 anos, era ele líder da Federação Distrital de Castelo Branco do PS. Foi António Guterres quem mo apresentou, quando na altura, como jornalista, fazia um trabalho relacionado com o Partido Socialista.

Acompanhei a sua carreira de longe. Mudou-se para Lisboa quando foi eleito deputado, onde começou por ter uma vida discreta e modesta. Mais tarde, já no Governo Guterres, admirei-lhe a coragem e o modo direto como lidava com certos lóbis - recordo a coincineração, processo em que enfrentou inclusive históricos do PS, como Manuel Alegre.

Como primeiro-ministro tomou medidas importantes, mas as minhas relações com ele deterioraram-se quando pretendeu que eu cometesse uma falta deontológica, não publicando um artigo sobre a sua licenciatura. A partir daí, acho que conheci outro José Sócrates: arrogante, capaz de mentir descaradamente (ou talvez acreditando nas suas mentiras) e implacável.

Nada disto chega para prender alguém num aeroporto, sobretudo quando não vai a partir, mas a chegar. Haverá suspeitas de crime grave? Não sei quais. Do que se fala - tráfico de influência, branqueamento de capitais e corrupção - nada sei. Espero, pacientemente, que a Justiça dê explicações.

Há algo na Justiça a mudar - vejam-se as prisões de altos dirigentes do Estado ou as condenações de Maria de Lurdes Rodrigues ou Armando Vara - mas temo que haja alguém que na Justiça ande a exagerar - a condenação da ex-ministra da Educação parece-me manifestamente exagerada. Digo isto com as naturais reservas de não ser jurista. 

Politicamente, no entanto, a detenção de Sócrates é complexa para uma parte do PS que se revia no seu estilo truculento. Do meu ponto de vista, um estilo que rompia com a melhor tradição socialista, mas que foi deixando apaniguados e seguidores. É também um enorme desafio à Justiça. Um erro cometido com Sócrates não é igual a um erro cometido com um cidadão qualquer. Tendo sido primeiro-ministro, a sua detenção é a esta hora notícia em quase todos os jornais internacionais e o seu processo vai ser seguido com atenção redobrada.

Perante isto, só posso desejar o que, normalmente pedem os advogados no final dos processos: que se faça Justiça!"

Intimidades reflexivas - 75

Talvez, só talvez, o mundo precise muito mais das pessoas que tentam entender para ajudar, do que as que somente julgam. É necessário ter humildade para reconhecer que somos imperfeitos e assim nos colocarmos no lugar dos outros, cada pessoa vive uma vida, e isso é que a torna única.

Saturday, November 22, 2014

A Europa justiceira ou o fim dos corruptíveis?

Tempos houve em que o Direito era a ciência que dominava a política entre nós e na Europa. Depois com a crise, parece que o paradigma mudou e têm sido os tempos da Economia a mover os governos europeus. Agora parece estar a surgir o tempo de um certo justicialismo, não já o de produção de leis, mas sim, aquele outro justiceiro e implacável que atinge todos a esmo, sobretudo, aqueles que têm lugares de mais visibilidade. Não quero aqui inferir que a aplicação da lei não se faça ou seja seletiva, ou que exista uma lei para poderosos e uma outra para os restantes que, queiramos ou não, existe e existirá sempre, não passando de ingenuidade ou fantasia dizer-se o contrário. Mas nestes tempos de chumbo que vivemos, parece que a Justiça tem a necessidade, - depois de ter sido tão contestada -, de ter atitudes exemplares com a plebe a lambuzar-se com a desgraça alheia, leia-se, os menos poderosos, muito ao estilo medieval de execuções públicas que eram servidas ao povo como exemplo, mas também, como espetáculo! Tudo isto a propósito da detenção de José Sócrates. É curioso, a menos que existam razões que desconheço, que o ex-primeiro-ministro tenha sido detido no aeroporto, à chegada e não à partida, com o secretismo que a Justiça requer nestes casos, embora lá estivesse (talvez por acaso) uma televisão para filmar o acontecimento em imagens exclusivas! Digamos que no mínimo é curioso. Como curioso é o adiar da viagem de Sócrates de Paris para Lisboa - por duas vezes - e que, segundo o correspondente da RTP na cidade francesa, Paulo Dentinho, afirmou que "um colega de profissão me tinha dito que Sócrates seria detido quando chegasse a Lisboa!". (A ser verdade, afinal parece que a Justiça não é, de facto, igual para todos, existindo alguns que têm acesso a informação privilegiada e os restante não). Recordo aqui a crónica de Henrique Monteiro no Expresso com o título "Sócrates: A Justiça a mudar ou a exagerar?" quando diz: "Nada disto chega para prender alguém num aeroporto, sobretudo quando não vai a partir, mas a chegar. Haverá suspeitas de crime grave? Não sei quais. Do que se fala - tráfico de influência, branqueamento de capitais e corrupção - nada sei. Espero, pacientemente, que a Justiça dê explicações." E acrescenta: "Politicamente, no entanto, a detenção de Sócrates é complexa (...). É também um enorme desafio à Justiça. Um erro cometido com Sócrates não é igual a um erro cometido com um cidadão qualquer." Pois é. Para além das provas irrefutáveis ou não, das razões de Justiça que possam existir, o certo é que parece que se começa a entrar num certo justicialismo que é preocupante. Todos nos lembramos quando se ligou Ferro Rodrigues, - na época o líder do PS - e Paulo Pedroso, - então deputado -, ao processo Casa Pia, e que acabou por acometer o bom nome de ambos, sem que daí nada mais resultasse. De novo recorro a Henrique Monteiro, e ao artigo que venho citando, onde afirma: "Há algo na Justiça a mudar - vejam-se as prisões de altos dirigentes do Estado ou as condenações de Maria de Lurdes Rodrigues ou Armando Vara - mas temo que haja alguém que na Justiça ande a exagerar - a condenação da ex-ministra da Educação parece-me manifestamente exagerada. Digo isto com as naturais reservas de não ser jurista." Por isso, há mesmo que esperar para ver.  Depois de termos sido assolados nos últimos meses com sucessivos escândalos que envolvem altas figuras do Estado, o esperar para ver parece ser o mais sensato. Porque, ou alguém anda equivocado, ou então a podridão é tal, que já não sabemos que fazer, nem onde possamos encontrar algum local de abrigo. Mas toda esta mediatização justiceira só serve para afugentar as pessoas da coisa pública. Já poucos querem enveredar pela carreira política, e cada vez menos aparecem pessoas com tendência para exercer cargos públicos. E se se deve fazer Justiça caso tal se justifique, a mediatização da mesma não augura nada de bom. É que sem políticos não há partidos, e sem estes não há democracia. Isto não quer dizer que havendo razões que o justifiquem, a Justiça não pode assobiar para o lado como se não visse nada. Porque se assim fosse, então os pilares do regime estariam em causa e passaríamos a viver segundo a lei da selva. Mas num país onde os submarinos continuam a levantar suspeições, havendo gente condenada na Alemanha por corromper portugueses e gregos, e na Grécia há detidos por serem corrompidos e em Portugal parece não haver nenhum (?), onde temos um BPN sem fim à vista, onde temos uma PT esfrangalhada sem que ninguém perceba porquê, onde temos um BES e Ricardo Salgado - o homem que mandava nisto tudo - envolvidos numa das mais estrondosas e surpreendentes falências, onde os Visa gold fazem com que as polícias secretas sejam objeto de escândalo, onde chefes dessas polícias são presos, ministros se demitem, ex-primeiros-ministros são detidos, leva a perguntar que país é este? Que nebulosa cobre este país? Que opacidade nos cega a cada momento? Mas tudo isto tem uma visão extra fronteiras. A visão mais positiva será dizer que se está perante um país onde a justiça funciona. A visão mais negativa será a de perguntar, afinal quem são aqueles lusitanos ingovernáveis, a que Júlio César - imperador da antiga Roma - já se referia. E aqui chegado, só me apraz citar de novo Henrique Monteiro: "Perante isto, só posso desejar o que, normalmente pedem os advogados no final dos processos: que se faça Justiça!" (idem). Aguardemos pois pelo evoluir da situação e saber mais detalhadamente o que se passa. Mas esta onda de encontrar soluções jurídicas para o que muito se passou e foi ignorado, não existe só entre nós. Veja-se o caso de Jean-Claude Juncker, que se viu a braços com o escândalo das facilidades fiscais no seu país, - o Luxemburgo -, quando disso toda a gente tinha conhecimento. Bastava apenas passar por lá e constatar algumas coisas, o que até não era difícil. Porque é que só tal se tornou visível quando Juncker foi eleito presidente da Comissão Europeia? Quem o elegeu, seguramente, que tinha conhecimento disso, caso contrário, era ingénuo. E o que aconteceu a Baltazar Garzón, o juíz que impôs a si próprio extirpar a corrupção de Espanha? Neste emaranhado de confusão outros casos vão proliferando aqui e ali, o que dá a ideia duma Europa de má consciência a virar justiceira. Veremos o que daí sairá, havendo tantos sinais de desentendimento entre as partes que podem ter consequências graves. Estejamos atentos ao que este justicialismo europeu dará e o que resultará de tudo isso. Porque, como diz a máxima do direito romana, "nem tudo o que é lícito é honesto". É que a "polis" regida por princípios impolutos defendida na "República" de Platão nunca passou disso mesmo, dum idealismo, duma utopia, mesmo quando Platão citou a rigor o seu mestre Sócrates, não este que está a braços com a Justiça, mas o outro, o filósofo, que acabou por sucumbir à cicuta! 

Intimidades reflexivas - 74

Ser amigo é interpretar olhares, entender silêncios, ter compreensão, perdoar os erros, guardar segredos, prevenir quedas e secar lágrimas.

Gato reencontra-se com o dono 11 anos depois

"Um britânico perdeu o gato de estimação em 2003, mas nunca deixou de o procurar. Onze anos depois, dono e gato voltaram a reunir-se. David Allinson, um britânico que vive em Bedforshire, estava longe de imaginar que alguma vez voltaria a ver o gato que perdera em 2003. Mesmo assim, continuou, durante 11 anos, à procura de Percy, o seu animal de estimação. Recentemente, o acaso decidiu ajudá-lo e, conta o jornal "The Guardian", Percy e David reencontraram-se. Quando Percy desapareceu da casa de David Allinson, o dono distribuiu milhares de panfletos pelas zonas circundantes e até colocou um anúncio no jornal, mas não conseguiu recuperar o seu animal de estimação. "Fiquei devastado quando ele desapareceu e fiz tudo o que podia fazer para o encontrar, mas os anos foram passando e cheguei a acreditar que nunca mais o iria ver", explicou. "Sempre que o tempo estava pior, questionava-me se ele estaria a salvo e, muitas vezes, imaginava o pior". David não sabia, mas Percy estava a cerca de 25 quilómetros de distância. O gato, na altura com quatro anos, saiu da casa do dono e foi andando pela rua até encontrar um novo lar, junto de uma idosa que o acolheu durante vários anos. Quando a dona morreu, a vizinha, Ruth Hart, decidiu tomar conta do gato e foi aí que o mistério se resolveu: numa visita ao veterinário, Hart descobriu que o gato tinha microship e que o verdadeiro dono era seu colega de trabalho. Foi assim que, 11 anos depois, David e Percy se voltaram a reunir. "Ele estava com muito medo e escondeu-se atrás do sofá mas, quando o chamei, ele veio a correr para os meus braços. Desatei a chorar, não queria acreditar que era o meu Percy", admitiu David Allinson. Agora com 15 anos, Percy continua na casa da nova dona, mas Allinson faz questão de o visitar pelo menos uma vez por mês". in JN online de 21 do corrente.

Intimidades reflexivas - 73

Conserve o bem que você tem.
Esqueça o que dói.
Perdoe os que te feriram.
Desfrute dos que te amam.
Uma pessoa feliz não tem tudo de melhor, ele torna tudo melhor.

CARTA AOS(AS) PROTETORES(AS)

"Eu teria morrido naquele dia, se não tivesses sido tu. Eu teria desistido da vida, se não tivesse sido esse teu olhar carinhoso. Eu teria usado as minhas garras de medo, se não fossem essas tuas mãos suaves. E teria partido desta vida a acreditar que nenhum humano jamais se preocuparia comigo. A acreditar que não havia mais nada a não ser: ter o pêlo emaranhado, ter a pele comida pelas pulgas, ter frio, medo, fome. Eu teria deixado esta vida sem saber que ainda existe gente boa o suficiente para nos dar camas quentes e confortáveis para dormir. Sem saber como é bom ser amado por alguém. Sem saber que mereço ser amado simplesmente porque existo. Mas tu mostraste-me e deste-me tudo isso: o teu olhar carinhoso, o teu sorriso amável, as tuas mãos suaves, o teu grande coração salvaram-me! Tu salvaste-me do terror da rua. As memórias da minha vida antiga são apenas isso, memórias. Tu ensinaste-me o que significa ser amado. E já te vi fazer o mesmo com outros. Assim, abandonados como um dia também fui. Eu já te ouvi perguntares-te em tempos de crise: "Por que faço isto?" E... Quando já não há dinheiro? Quando já não há espaço? Já não há casa? Mesmo assim, tu abres o teu coração ainda mais, esticas o pouco dinheiro que te sobra. Mas digo-te: agradeço-te com todo o amor que brilha nos meus olhos, da melhor maneira que sei. E lembro-te: em nome dos "resgates" que já fizeste (e que ainda farás). Que eu sou a razão, os animais antes de mim foram a razão! Como o são os que vierem depois de mim. As nossas vidas já não existiriam...O nosso amor nunca seria partilhado, pois, nós teríamos morrido, SE NÃO TIVESSES SIDO TU!" Se você conhece um protetor(a) de animais, por favor entregue esta carta a ele(a).

Intimidades reflexivas - 72

"Ter muitos amigos é não ter nenhum" - Aristóteles (348 a.C - 322 a.C).

Friday, November 21, 2014

Intimidades reflexivas - 71


"Não te interesses sobre a quantidade, mas sim, pela qualidade dos teus amigos" -  Séneca (4 a.C - 65 d. C)


Cão vadio cumpre prova mundial de aventura e ganha nova vida

Era um cão vadio como qualquer outro. Estava no Equador, onde se realizou uma prova mundial de aventura. Recebeu uma almôndega dos membros da equipa da Suécia e nunca mais os largou. Cumpriu todas as provas e conquistou os suecos, que o receberam em Estocolmo como um vencedor. A vida de Arthur mudou quando se cruzou com os participantes do mundial Aventura Huairasinchi Explorer, no Equador. Mikeal Lindnord, líder da equipa sueca, partilhou uma almôndega com aquele cão vadio que se aproximou quando os elementos se preparavam para uma prova de caminhada de 40 quilómetros. Só vários quilómetros depois, quando entraram em zona de selva densa e se dispersaram das outras equipas, repararam que o cão os acompanhava. "Foi amor à primeira almôndega", disse mais tarde Mikeal Lindnord, citado pelo "El Mundo". Estava desgastado, mas nunca desistiu. Só descansou quando a equipa decidiu fazer uma pausa. Abriram as suas latas de comida e deram-lhe, pois na selva não encontraria comida nem mais ninguém que o ajudasse. Sem treinos nem inscrição, nada deteve o novo participante de quatro patas. Lutou para não se afundar em zonas lamacentas, suportou o caudal frio do rio onde se realizou uma prova de caiaque de 59 quilómetros. A organização da prova aconselhou a que o cão ficasse em terra, mas assim que viu os seus companheiros partirem, lançou-se à água a nado. "Era muito penoso vê-lo e por isso decidimos recolhê-lo", lembra o líder da equipa. A Team Peak Performance não venceu o Mundial de Aventura mas cortou a meta, no passado dia 16, com um novo membro. Arthur, como lhe chamaram, foi um exemplo de lealdade ao longo de 400 dos 700 quilómetros da dura competição. E logo se envolveram num outro "desafio": decidiram que Arthur iria para a Suécia com eles, trataram das autorizações para viajar para a Europa, conseguiram espaço no voo já previsto para a equipa e reuniram os fundos necessários para os cuidados que irá precisar durante um período de quarentena a cumprir em solo sueco. A chegada a Estocolmo aconteceu esta quinta-feira (dia 20). Dezenas de pessoas, incluindo muitos jornalistas, receberam a equipa e deram as boas-vindas a Arthur que, com todo o mérito, ganhou uma nova vida.

Intimidades reflexivas - 70

Eu gosto de pessoas simples, verdadeiras... Pessoas que se desfazem em risos e lágrimas, porque não têm que se esconder, omitir, fingir... Gosto de pessoas que se sentam na relva e ali sentem parte do universo em comunhão com Deus. Gosto de pessoas que dão abraços, seguram nas mãos, olham nos olhos... Gosto de quem diz a verdade, como um balde de água fria se tratasse, não para humilhar mas sim, para ajudar. Pessoas que amam animais, que conversam com as plantas... pessoas que sabem que desta vida não se leva os bens materiais, e por isso, não se apegam. Gosto de gente humilde... gente humana. E é tão difícil encontrar pessoas assim nos nossos dias...

Thursday, November 20, 2014

"Reforma do euro 2014 - Uma proposta" - Paulo Casaca e Nerea Artámendi

Trago-vos a nota sobre um livro que gentilmente me foi oferecido pelos autores sobre o tão amado e odiado euro. Tem por título "Reforma do euro 2014 - Uma proposta" e é da autoria de Paula Casaca e Nerea Artámendi. Depois do que se tem vivido na Europa nos últimos anos que tem conduzido a profundas discussões sobre a viabilidade do projeto europeu, tendo como ênfase a moeda única - o euro - (que muitos dizem ter sido um avanço apressado, e outros que foi desvirtuado), era no euro que se devia centrar a discussão, porque dele depende a argamassa daquilo que é o sistema europeu. Este livro levanta algumas questões interessantes sobre a situação do euro e sobre o caminho a trilhar, isto é, que reforma e como reformar a moeda única. Este livro aparece a dar uma resposta (sob a forma de proposta) com uma clarividência enorme. Algo que nos deve interessar a todos, nomeadamente àqueles que, como nós, vivem na chamada zona euro. Um livro muito interessante com uma proposta muito clara, escrito numa linguagem que alterna o simples com outra mais técnica - afinal o assunto é técnico - mas que, julgo, dará para ser inteligível ao leitor comum não iniciado nas coisas da economia. O livro conta com um prefácio à edição portuguesa assinado por Jorge Santos, que é o Presidente da Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI), mas também conta com o prefácio à primeira edição assinado por Lars Hoelgaard, que é o ex-Diretor-geral adjunto da Comissão Europeia. Curiosamente, é neste prefácio que se vê como Portugal começou mal a sua aventura do euro quando cedeu a determinadas imposições de Bruxelas nos idos anos 80. O que vem mostrar que o nosso problema já vem de longe, e que mesmo o problema que ocorre noutros países da zona euro, terão as mesmas ramificações que as nossas embora em vertentes diversas. Sobre os autores refere-se que Paulo Casaca é economista, docente da Universidade dos Açores, no ISCAL e professor convidado do ISEG, prestou serviço diplomático em Bruxelas, foi assessor económico, chefe de gabinete ministerial, deputado regional nos Açores, nacional e europeu, criou uma empresa de consultadoria em cooperação internacional e o "think tank" político europeu de referência sobre a Ásia do Sul. Quanto a Nerea Artámendi é Diretora de Investigação na ARCHumankind. Antes disso foi conselheira do Ministro dos Transportes e das Obras Públicas do Governo Basco. Também trabalhou na embaixada de Espanha em Praga como adido político e como consultora de relações públicas. É Mestre em Estudos Económicos Europeus pela Universidade da Europa, Mestre em Relações Internacionais e Diplomacia (Escola Diplomática de Espanha), e Mestre em Relações, Ciências Políticas e Democracia (UNED). Resta dizer que a edição é da Orfeu. Já agora, e porque me têm feito esta pergunta amiudadas vezes, a capa que reproduzo em "fac-simile" contém a escultura em terracota de Pablo Vidal de título "O Rapto da Europa". Este é um livro recomendável a todos o que se interessam pelos destinos da Europa e do euro, ou seja, por todos nós europeus que embarcaram nesta jornada europeia, independentemente de serem ou não iniciados nestas matérias. Como nota final, renovo os meus agradecimentos aos autores que me ofereceram obra tão importante para a problemática do futuro da moeda única.

Wednesday, November 19, 2014

Intimidades reflexivas - 69

"É incorreto repetir uma coisa que se sabe que não é verdadeira" -  in Henry III, William Shakespeare.

Intimidades reflexivas - 68

O coração entendido é o que procura conhecimento, mas a boca de gente estúpida é a que aspira à tolice! Sensações são passageiras, os sentimentos mudam, o humor muda e a gente segue a vida. Tudo pode mudar, mas a vida continua...

Intimidades reflexivas - 67


Sonhar


"Meu espírito se eleva,

embriagado com pensamentos puros.

Eu sei que agora eu posso voar,

nada é escuro.

E eu sinto que tudo se cura

como eu subir para o reino dos céus.

Raios de alegria cobrem o meu rosto,
Nada pode me vencer.
Eu vi as portas do céu,
Bela luz adorna o caminho
Música doce para a alma e o ouvido
Não tenho mais nada a dizer."


George Bernard Shaw

Tuesday, November 18, 2014

Intimidades reflexivas - 66

"Fecha hoje algumas portas não por orgulho incapacidade ou ignorância mas simplesmente porque não te levam a parte nenhuma." - Paulo Coelho


Intimidades reflexivas - 65

Nunca diga que esqueceu um amor, diga apenas que consegue falar nele sem chorar, porque um verdadeiro amor é inesquecível.

A triste história de Laika, o primeiro ser vivo lançado ao espaço

Quando o ser humano se serve doutros seres em seu proveito, a bestialidade anda por perto. Conheça a triste história de Laika, o primeiro ser vivo lançado ao espaço. (Ver vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=s-cuU6YgUk4 ). A cachorrinha Laika era uma andarilha, foi capturada nas ruas de Moscou pelas autoridades soviéticas e promovida a cosmonauta. Dos 38 cães de porte pequeno capturados, Laika foi escolhida por seu temperamento calmo, sua obediência e por sua inteligência durante o treinamento. Moscou afirmava ao mundo que em poucos dias Laika retornaria numa cápsula espacial ou em um para-quedas. Mas apesar do que era divulgado, Moscou sabia, desde o início, que Laika não retornaria com vida de sua missão, pois o Sputnik 2 não possuía tecnologia para regressar à Terra. Era uma viagem só de ida. Laika. A cadela russa sofreu com o seu pioneirismo.Fixada ao chão da nave com uma espécie de cadeira que a impedia de se movimentar e equipada com um recipiente para armazenar seus excrementos, Laika começa a uivar apavoradamente devido ao barulho ensurdecedor e às vibrações do lançamento. Seu ritmo cardíaco dispara e chega a três vezes acima do normal. As autoridades soviéticas contaram na época que Laika morreu sem sofrer nenhum trauma, cerca de uma semana após o lançamento do foguete. Mas informações divulgadas recentemente garantem que a cadela morreu de calor e pânico, apenas algumas horas depois do início da missão.

Monday, November 17, 2014

Tempos de podridão

Depois do que temos vindo a assistir uma pergunta nos baila na mente. Será que este governo ainda tem condições para continuar? Será que o Presidente da República não vê aquilo que todos os portugueses vêm? Tudo isto a propósito da demissão de ontem de Miguel Macedo. Aliás, uma demissão muita digna dum dos pesos pesados do governo. Depois do mais mediático episódio de corrupção que atinge altas figuras do Estado. É pena que outros não lhe sigam o exemplo, mas estas posturas não são comuns a toda a gente. Mas analisemos. Depois do "erro de avaliação" de Vítor Gaspar que o levou a demitir-se; depois de Álvaro Santos Pereira achar que afinal não tinha muito jeito para político embora o tenha tentado mesmo com "pastéis de nata"; depois do rocambolesco Relvas que virou anedota nacional; já para não falar dos vários secretários de Estado que foram saindo por esta ou aquela razão, que mais resta? Temos um Portas que antes dos Vistos Gold teve uma polémica intervenção no caso dos submarinos, coisa aliás, que nunca foi esclarecida cabalmente; temos um ministro da Educação que conseguiu o mais anedótico arranque do ano letivo; já para não falar numa ministra da Justiça, que querendo parecer durona, acabou num triste episódio de acusar dois elementos de sabotarem o Citius, logo desmentida pelo Ministério Público, que veio assim mostrar a incapacidade da dita senhora. É que isto de ser gestor de topo da coisa pública não é para todos, mesmo que se esteja ligado aos mais importantes escritórios de advogados do país. E até, se quisermos ser um pouco mais causticos, temos o marido da ministra das Finanças que pretende mandar para o hospital quem critica a sua mulher, numa atitude de Rambo da Mouraria, à boa maneira portuguesa que, da chapada ao insulto, do murro ao pontapé, lá vai levando a vidinha. Depois de tudo isto, que mais resta? Um governo podre, apodrecido à muito pelas desavenças entre os partidos que o compõem, podre pelas políticas que tem seguido, descredibilizado por ter apresentado um programa no início da governação que logo foi arrumado apenas tendo servido para as eleições, enfim, este governo é um corpo cada vez mais estranho ao país e aos portugueses. Todos já sabemos disso à muito, embora o Presidente da República veja algo que mais ninguém vê para o manter em funções. Não sabemos bem para onde anda a olhar o chefe da Nação, mas seguramente, que deve ser para outro lado qualquer. Esta será a 11ª alteração no governo desde a sua posse, o que diz bem da sua instabilidade interna. Para além dos remendos que se vão cozendo no segredo dos gabinetes, para que a coligação se mantenha presa por arames. Nestes tempos propícios à corrupção, onde os bancos tidos por mais respeitáveis se vêm a braços com a mais sórdida manigância, quando as estruturas mais elevadas do Estado se vêm envolvidas em casos inacreditáveis, quando pairam sobre alguns políticos sombras nunca esclarecidas, tudo isto é um verdadeiro caldeirão onde se forjam a mais dúbias asserções. Numa sociedade onde a opacidade existe não pode ser uma sociedade justa, e quando essa mesma sociedade está a sujeita à mais férrea austeridade, os sintomas de assimetria serão sempre um lugar onde germinará a revolta face à injustiça. Daí o simbolismo da demissão do agora ex-ministro da Administração Interna. O exemplo de Miguel Macedo devia ser seguido por outros, que estão em situação tão, ou mais fragilizada do que ele. Mas a dignidade não é vista da mesma maneira por cada um de nós. E é pena. Porque de dignidade e seriedade anda bem necessitada a coisa pública.

Intimidades reflexivas - 64

Nada mais puro e sincero que o brilho de um olhar. Brilha quando ama, brilha quando chora, se apaga quando está triste e revela sentimentos e emoções que nem mesmo as palavras são capazes de dizer.

Sunday, November 16, 2014

Encontros enriquecedores

Hoje, domingo, cruzei-me com Frei Fernando Ventura. Para os que não conhecem, Frei Ventura é um iminente frade Capuchinho do Porto, mais conhecido certamente, por ser comentador habitual na televisão através da SIC Notícias. Frei Fernando Ventura é um andarilho, um verdadeiro caminheiro deste mundo que é o nosso. Homem de grande cultura e extrema lucidez, é sempre um privilégio ter-se uma conversa com ele. Como sempre, Frei Ventura é um homem da Igreja atento à sociedade em que vive e, sobretudo, aos mais marginalizados e excluídos. Desafiava-me com esta questão: "Será que uma pulga pode fazer para um comboio?" E acrescentava a resposta: "Uma só não, quando muito pode incomodar o maquinista, mas muitas a atuarem em conjunto sim, porque o maquinista ao ter que tanto se coçar não o poderiam conduzir". Queria Frei Ventura dizer que se permanecermos sentado a um canto da vida, não conseguiremos nada. E se ficarmos à espera que um salvador apareça ainda pior. As coisas só mudam quando todas as formigas - que somos nós todos - formos capazes de nos unir para que tal aconteça. Sem divisões nem brechas, apenas como uma força única poderemos fazer "parar o comboio". Este comboio da vida que nos esmaga, nos empobrece, nos reduz à miséria, que destrói famílias, (casa onde não há pão...), sem que para tal tenhamos encontrado a salvação. Enquanto Frei Ventura filosofava, lembrei-me dum grupo de jovens de Águas Santas na Maia - terra onde já vivi - que a única coisa que sabem fazer é dançar. Mas fazem-no bem. E porque eles dançam e dançam bem, há famílias em Timor-Leste que têm material para ir à escola, há jovens em Moçambique que têm uma refeição quente, há gente do Bairro Social do Seixo - nos arredores do Porto - que têm uma vida mais digna. Porque aquele grupo de jovens empenhou-se em fazer bem aquilo que sabe, que é dançar. Sozinhos sentados na margem da vida não faremos a diferença, ninguém notará sequer a nossa presença, mas quando nos unimos - tal como aquele grupo de pulgas de que Frei Ventura falava - as coisas acontecem e com prazer. Dão frutos a quem beneficia, dão alma a quem o faz. Lembrei-me também, daquele jovem de 12 anos que escreve no Jornal do Seixo, que pedia um espaço para as crianças e os jovens brincarem. Ele sozinho não o irá conseguir seguramente. Mas se outros se lhe juntarem, irmanados na mesma causa, estou segura que as coisas acontecerão. Grande lição esta de Frei Fernando Ventura. Parecerá vã filosofia mas não o é. Frei Ventura é um homem assintoso, interpelante, que faz a diferença. É um motor para que as coisas aconteçam, Quem o conhece sabe que é assim. Obrigado Frei Ventura pelas suas palavras, pelas suas interpelações, pelas suas provocações, que agitam águas de imobilismo e indiferença. Saibamos ler a mensagem porque ela é muito importante. Há encontros assim, enriquecedores. Este foi um deles.

Intimidades reflexivas - 63

Cisnes com as asas quebradas. Quem já teve ou tem alguém próximo que escolheu esta carreira, sabe audições, não ter um dia de descanso, pés tortos, inveja, desapontamento, de gritos, de trabalho "extenuante", e uma longa carreira para uma vida curta. Este é o destino de uma bailarina. De um milhão apenas vai ter uma ...

Saturday, November 15, 2014

Intimidades reflexivas - 62

Na minha memória tão congestionada e no meu coração tão cheio de marcas e poços você ocupa um dos lugares mais bonitos...

Intimidades reflexivas - 61

Que a gente não tema o barulho do vento, ele também trás chuva, nem os raios fulgurantes do sol,esses... trazem o calor do teu amor.

Friday, November 14, 2014

Intimidades reflexivas - 60

Mantenha o respeito, por você e pelo outro. Não agrida, não invada a privacidade de ninguém, não desconsidere a opinião de quem quer que seja, não aceite migalhas, e tão pouco implore afeto de alguém. Tenha sensibilidade nos olhos, força nas palavras e confiança nas suas atitudes. Não ignore, apenas deixe passar. A gente vence aos poucos, não adianta se desesperar!

Thursday, November 13, 2014

No 92º aniversário de meu Pai

Hoje o meu Pai celebraria o 92º aniversário do seu nascimento. Celebraria não, celebra porque a morte é apenas a ausência sensorial entre os vivos. Com alegrias e desgostos, vitórias e derrotas, ele passou a vida com intensidade em Portugal e no estrangeiro, abrindo-se sempre a novos horizontes, porque a vida é feita disto tudo. A sua riqueza é a diversidade fruto essencial para a aprendizagem que temos que fazer neste mundo. Passou para a minha galeria de ausente à já muito tempo. Contudo, a saudade permanece, o vazio não foi preenchido. Que estejas em paz, meu Pai!