Wednesday, September 30, 2015
"Cofres cheios" ou "falhanço"? Esta é a verdade das contas públicas
Para meditar a poucos dias da ida às urnas para eleger uma nova Assembleia da República donde sairá um novo governo. "A campanha para as eleições de 4 de outubro fez renascer a discussão em torno das contas do Estado. Quatro anos depois da entrada em cena da coligação PSD/CDS, o Notícias ao Minuto mostra-lhe o que mudou na economia portuguesa. Após várias semanas de debates e campanha eleitoral, muitas foram as trocas de acusações entre os partidos nacionais. Aos famosos “cofres cheios” da coligação, o Partido Socialista respondeu com o “falhanço” das políticas, demonstrado, segundo o principal partido da oposição, pelos números do défice e dívida pública no final do ano passado. Em quatro anos, a economia portuguesa sofreu várias mudanças graças à influência do plano de resgate, mas também das decisões tomadas pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Entre as exigências do BCE, FMI e Comissão Europeia e as políticas do Executivo, a transformação da economia nacional é cada vez mais clara após a análise dos números dos últimos quatro anos. Após a demissão de José Sócrates, as eleições de 2011 deram a vitória ao PSD liderado por Pedro Passos Coelho. A coligação com o CDS-PP surgiu logo a seguir, de forma a criar uma maioria parlamentar com objetivos anunciados: reequilibrar as contas do Estado, controlar a dívida pública, criar mais emprego e reconquistar a confiança dos mercados. Agora, a menos de uma semana do final da legislatura, os números mostram uma recuperação feita a um ritmo bem mais lento do que originalmente esperado. O desemprego, que no final de 2011 estava em 12,7%, subiu durante os dois primeiros anos de Governo PSD/CDS, chegando aos 16,2% em 2013. A descida progressiva do último ano culminou nas últimas estimativas mensais do INE, que apontam para uma taxa de 12,4% no passado mês de agosto. A lenta recuperação do número de portugueses sem trabalho provocou uma estagnação das contratações, com a quantidade de empregados a espelhar esta realidade. Em 2011, Portugal tinha 4,74 milhões de pessoas empregadas, um número que diminuiu para menos de 4,5 milhões em 2013. As estimativas de agosto deste ano apontam para um total de 4,62 milhões de cidadãos empregados em Portugal. Nas contas públicas, o ritmo de ajustamento não foi o desejado: apesar de cortes profundos e do “enorme aumento de impostos” que pesou no bolso dos portugueses, o défice e a dívida do Estado desiludiram sucessivamente a troika e o Executivo. O défice de 7,4% no final do primeiro ano de legislatura foi reduzido nos dois anos seguintes, mas o processo de intervenção no BES provocou um deslize inesperado. Apesar de não ser contabilizado segundo as regras europeias, o dinheiro emprestado ao Fundo de Resolução para criar o Novo Banco provocou um défice de 7,2% em 2014. Ainda assim, as contas do Ministério das Finanças apontam para um saldo negativo de 2,7% este ano, contando com o melhor final do ano desde 1999 para compensar os 4,7% de défice no primeiro semestre. A dívida pública também não tem dado sinais animadores. Os 108,2% registados há quatro anos atrás foram engordando até chegarem a uma dívida total de 130,2% do PIB no final do ano passado, contabilizando o efeito da ajuda ao Novo Banco. O Ministério das Finanças espera o primeiro alívio no final de 2015, com o número a cair para 125,2% da produção nacional. As duas grandes ‘vitórias’ do Executivo chegaram nas exportações e nos juros da dívida. A balança de bens e serviços registou o primeiro saldo anual positivo do pós-25 de abril em 2013 e manteve-se no verde no ano passado, devendo voltar a ter saldo positivo em 2015. Quanto aos custos de financiamento, a combinação de austeridade e ajuda do BCE ao sistema financeiro através do programa de compra de ativos permitiu o alívio dos juros cobrados. Os investidores chegaram mesmo a aceitar comprar títulos de dívida do Estado de curto prazo com juros negativos. Algures entre o sucesso reclamado pelo Governo e a catástrofe de que fala a oposição, esta é a realidade dos números da economia portuguesa, que servirá como pano de fundo para a escolha do próximo domingo.
Fontes: Banco de Portugal, INE, Ministério das Finanças"
Intimidades reflexivas - 415
"Muito do conteúdo deve ser deliberadamente desculpado ou prejudicaria a minha reputação perante vós. A questão é a seguinte: não escrevo para a grande maioria nem para pessoas instruídas, mas sim para nobres e prelados que pretendem conhecer coisas que não compreendem." - Kepler (1571-1630) em carta ao seu professor Mästlin sobre o seu almanaque de astrologia.
Tuesday, September 29, 2015
"Portugal - A missão que falta cumprir" - Eduardo Amarante
"Ter orgulho no passado histórico. Não podemos, não devemos e não temos razão para não nos orgulharmos do nosso passado e ganhar, assim, alento e ânimo para o futuro que nos espera: a realização da missão de que somos herdeiros. Portugal ou a Lusitânia refundada não nasceu fruto do acaso. Não temos de ter complexos e menos ainda vergonha de termos sido grandes e, sobretudo, não nos culpabilizem de termos tido líderes, homens de escol, que tão sabiamente souberam dirigir os destinos do país. E, neste caso, o futuro será o melhor juiz. Que fazer para viabilizar a reconstrução de um país quando todos os esforços se disseminam, uns na indiferença, outros na separatividade (apesar de se falar tanto de globalização), na luta entre facções, em vez de convergirem num só sentido, num sentimento de unidade e afirmação do país face a outros que desejam ser os senhores do mundo? A resposta não é fácil porque, se há coisa que trava essa reconstrução, é a doença de que padecemos: a perda progressiva da identidade. Não obstante, todos nós temos uma identidade que nos é dada no acto de nascer e, na medida do possível, somos livres de mudá-la quando quisermos. Quando um homem se identifica com o seu passado histórico e com a herança dos seus predecessores sabe bem que é em momentos de profunda crise que deve afirmar a sua história e, nesse instante, ele torna-se uma parte da encarnação histórica da sua pátria e consegue, assim, religar o elo perdido, não rompendo, desse modo, a cadeia ancestral. Na nossa história, e à semelhança da história das outras nações, é na adversidade que se forjam os verdadeiros homens e mulheres capazes de identificar o seu destino com a cultura do seu povo, do seu país." - Eduardo Amarante in "PORTUGAL - A MISSÃO QUE FALTA CUMPRIR"
Monday, September 28, 2015
"Templários", Vol. 4 - Eduardo Amarante
"Os templários sobreviveram na Ordem de Cristo. Pela bula Ad ea exquibus cultus augeatur divinus… o papa João XXII proclama em Avinhão, a 14 de Março de 1319, o estabelecimento de uma nova Ordem de cavalaria, a Ordem da Milícia de Jesus Cristo, que viria a suceder à extinta Ordem do Templo. Entre os inúmeros pontos da extensa bula cabe destacar o seguinte: “Outorgava, doava, unia, incorporava, anexava e aplicava para todo o sempre à dita Ordem de Jesus Cristo: Tomar, Castelo Branco, Almourol e todos os outros castelos, fortalezas e outros bens móveis e de raiz, homens, etc., etc., que a Ordem do Templo tinha e havia e devia ter nos ditos reinos de Portugal e Algarves”. Trata-se da demonstração inequívoca de que esta nova Ordem de cavalaria era a continuação evidente da Ordem do Templo!" - in Eduardo Amarante, "Templários", Vol. 4.
Sunday, September 27, 2015
Talvez não
Parece que nada de anormal aconteceu no local onde habita o cachorro que apoio. Embora alguma comida faltasse, o que é normal, ela pode ter sido comida por ele, ou por um grupo de pequenos gatos que por lá andam. Três filhotes e um adulto que presumo ser a mãe. Seja como for, tudo me pareceu normal. e se foram eles que comeram a comida que levei, tanto melhor. Sinto que ajudo alguém, e a viagem que faço não é em vão. Penso que desta vez, talvez não tenha acontecido nada de relevante. Antes assim.
Este Domingo há um "super eclipse" que só volta a acontecer em 2033
"A noite de domingo para segunda-feira reserva-nos um espectáculo raro, que não é visto há 30 anos e só poderá ser visto novamente em 2033. É um dos maiores e mais esperados acontecimentos astronómicos do ano: na noite de domingo para segunda-feira há um eclipse total em noite de super lua. É um fenómeno raro, que só aconteceu cinco vezes no século passado, a última em 1982, e será preciso esperar até 2033 para o ver novamente. É que às 02.46 de segunda-feira a lua estará no perigeu da sua órbita (no ponto mais próximo da Terra de 2015) a uma distância de "apenas" 356 877 km. E cheia. Assim, vai parecer 14% maior e 30% mais brilhante do que o costume. E alguns minutos depois, às 03.11, esta super lua começa a ser coberta pela sombra da terra. http://www.dn.pt/storage/DN/2015/big/ng4758377.gif?type=medium&pos=3 O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) explica o que vai acontecer e quando, ao minuto. Primeiro, a lua entra na penumbra da Terra à 01.10 e começa a escurer progressivamente, adquirindo tons mais acinzentados. A seguir, às 02.07 entra na sombra da Terra e os tons mudam para os avermelhados e acastanhados. E finalmente, às 3.11, a lua entra totalmente dentro do cone de sombra da Terra. Uma vez que, durante o eclipse, a lua está na sombra da Terra e a luz que recebe é "filtrada" pela atmosfera terrestre, os raios solares perdem uma grande quantidade de luz azul e verde, e a lua fica com um tom mais avermelhado, o que leva a que muitas vezes estas sejam chamadas de "luas de sangue" e no passado tenham sido vistas com medo e superstição.O máximo do eclipse ocorre às 03.47 e, passados 3 minutos, pelas 03.50 ocorre o instante da fase de Lua Cheia. "Como o instante de Lua Cheia ocorre próximo do perigeu teremos então uma super lua, que em simultâneo coincide com a altura do máximo do eclipse, ou seja teremos um eclipse da super lua", explica o OAL. Segundo o Observatório, a melhor altura para observar a super lua em todo o seu esplendor é como habitualmente no seu nascimento, que no dia 27 ocorre às 19.10. A super lua aparecerá no horizonte como uma lua gigante avermelhada. Mas há mais curiosidades: este é o quarto e último eclipse de uma tetrada de eclipses totais e os quatro coincidiram com os dias da Páscoa judaica e da Festa dos Tabernáculos (Sucot), o que só aconteceu quatro vezes no último milénio, nota o OAL. A NASA fez um pequeno vídeo sobre o evento (a referência ao dia 27 deve-se à diferença horária). Será também possível acompanhar o evento em direto a partir da 01.00 ou fazer perguntas à física Mitzi Adams através do Twitter, com a hashtag #askNASA." in DN.
Saturday, September 26, 2015
Austrália descoberta por navegadores portugueses - Eduardo Amarante
Vestígios da presença portuguesa na Austrália, primeiro de Cristóvão de Mendonça, em 1522 e depois de Gomes de Sequeira, em 1525. Segundo a agência de notícias Reuters, foi encontrado um novo mapa que prova que não foram os ingleses nem holandeses que descobriram a Austrália... Mas antes navegadores portugueses! Este mapa do século XVI, com referências e informação pertinentes escrito em português, foi encontrado numa biblioteca de Los Angeles e prova que foram navegadores portugueses os primeiros europeus a descobrir a Austrália. O mapa assinala com detalhe e acuidade, várias referências da costa Este Australiana, tudo relatado em português, provando que foi a frota de quatro barcos liderada pelo explorador «Cristóvão de Mendonça» quem efectivamente descobriu a Austrália no longínquo ano de 1522. Desta forma, os factos são agora invertidos, pois foi o navegador português a fazer tão importante descoberta, cerca de 250 anos antes do Capitão James Cook a ter reclamado junto da coroa inglesa, em 1770. Na altura a descoberta de Cristóvão de Mendonça, agora suportada por um rol de historiadores, graças aos vários descobrimentos lusos que ocorreram ao longo das costas Neozelandesa e Australiana durante o século XVI, foi mantida em segredo como forma de prevenir e impedir que outras potências europeias alcançassem e se apoderassem deste novo e fantástico pedaço de terra. O que pode significar esta nova descoberta? Muita coisa... Mas acima de tudo, prova que os aborígenes australianos e os portugueses têm muito em comum - uma paixão feroz pelo Oceano. Recordemos que os aborígenes da Austrália descendem de emigrantes africanos que povoaram a Ásia há 60 mil anos, cruzando o mar utilizando canoas e toscas embarcações. Gente que demonstrou muita coragem ao enfrentar o imenso desconhecido, uma similitude com os navegadores portugueses. Adenda: por Viriato de Viseu. O livro com o titulo; PARA ALÉM DO CAPRICÓRNIO da autoria de Peter Trickett, jornalista australiano e repórter de investigação especializado em temas de ciência e história que li em dois dias tão grande foi o interesse que me despertou - recomendo a leitura do mesmo - pois o autor explica de uma maneira muito simples, vários achados e danças cerimoniais que estão enraizadas nos aborígenes, que provam a passagem do Capitão Cristóvão de Mendonça que cartografou a costa da Austrália. Nesses achados consta um canhão encontrado em local sagrado aborígene em Carronade Island, na costa de Kimberley, que é comparado a uma réplica de um canhão Português do Século XVI (o livro mostra as fotos e são mesmo idênticos). Foi encontrado também um pote de cerâmica de estilo Português (também há foto do pote) pescado do leito do oceano ao largo de Gabo Island, e datado cientificamente como sendo do ano 1.500 que provavelmente conteria vinho ou azeitonas. Encontrados também artefactos de pesca numa praia de Fraser Island, Queensland, contendo um peso de chumbo que foi datado cientificamente como sendo de cerca de 1.500 e o chumbo identificado como sendo originário de uma mina de Portugal ou no sul de França. Os nomes "aportuguesados" que Cristóvão Mendonça deu a vários pontos da costa, explicados e traduzidos pelo autor do livro é fascinante. Até a fisionomia de alguns aborígenes, com alguns traços europeus, são por ele explicadas. Já em 1512, um dos barcos de uma pequena armada de António Abreu, teria navegado por aqueles mares da costa Australiana, mas disso sabe-se pouco, até porque com medo da cobiça, os nossos Reis impunham segredo.
Sem comentários
Não me quero tornar repetitivo sobre a situação recorrente no espaço onde vou alimentar um cachorro, último duma grande matilha que por lá andou. A situação que encontrei é a que consta da foto anexa. Ainda havia comida seca que, ao que suponho, foi lá colocada pelo meu amigo Bruno Alves Ferreira. Talvez a quando do roubo, a pessoa tivesse sido surpreendida e não tivesse tempo de roubar tudo. Aquela por lá ficou. Mas nem teço mais comentários sobre a situação. Deixo isso a todos vós.
Friday, September 25, 2015
A barafunda eleitoral
Desde ontem que se vem assistindo a uma troca de acusações entre os vários partidos em campanha eleitoral, sobretudo entre a coligação e o PS, em torno da não venda do Novo Banco e do impacto sobre o défice de 2014. É claro que a não concretização da venda do Novo Banco teve um impacto imediato sobre o défice de 2014, aumentando este, mas tal não significa que tenha impacto no ano seguinte. O défice de 2014 já estava fechado. Mas o problema central não é esse que os partidos vêm pondo na sua campanha eleitoral. O grave da questão é que a não venda do Novo Banco, e com os testes de stresse que vão ter lugar em Novembro próximo, podem vir a obrigar, - e vão fazê-lo seguramente -, a que haja um aumento de capital para que os rácios se cumpram. E aqui é que está a verdadeira questão. É que se até lá não existir comprador, será o Estado que terá que contribuir para esse reforço. (Se o comprador existir poderá ser este a fazê-lo, descontando depois esse valor, a quando da aquisição do banco. Uma visão demasiado otimista mas possível). Na situação mais gravosa - que neste momento poderá ser a que se afigura mais credível - de o Estado ter que vir a terreiro reforçar o fundo de resolução via Caixa Geral de Depósitos, obviamente que a ser assim, tal não deixará de ter um impacto sobre todos os contribuintes. De que forma tal se verificará, é a incógnita em aberto, mas que os contribuintes serão sempre chamados a suportar estes encargos, parece não oferecer a menor das dúvidas. Mas ainda um outro caso pode vir a acontecer, que é o da venda ser por um valor muito inferior ao desejado, ficando o fundo de resolução exposto. Assim, dirão os membros do governo que serão os bancos a suportar a perda. É verdade, mas não toda a verdade. Porque como é prática usual na banca, serão depois todos os contribuintes, (leia-se depositantes destas instituições), que o pagarão duma forma indireta nas habituais "taxas e taxinhas", para usar uma expressão dum conhecido governante. Assim sendo, para os contribuintes em geral não não boas notícias, mas isso não invalida que a população não seja devidamente esclarecida pelos políticos que estão na governação, ou pelos outros que a ela se candidatam. Numa campanha eleitoral não pode valer tudo. Embora saibamos que a "praxis" nos diz exatamente o contrário. Daí o esclarecimento que julgo necessário e oportuno para todos aqueles que se interessam por estas matérias, embora não dominem toda esta problemática. E já agora, deixe que vos diga que, o atingir-se o valor do défice definido pelo governo para o final deste ano, e com o atraso que neste momento leva de cerca de um ponto percentual, me parece que será motivo de preocupação. Embora o governo continue a dizer que o vai atingir, eu aí já terei muitas dificuldades em acompanhar. Embora perceba que o governo tem dados que nenhum de nós dispõe e que pode estar a inquinar esta minha perspetiva. Mas já não falta assim tanto para que as dúvidas se desfaçam.
Thursday, September 24, 2015
Feliz aniversário lá onde estiveres...
Faria hoje 91 anos. Era de média estatura, cabelo cor de neve desde muito jovem. Esguia, magra, frágil. Era a minha sogra Berta Lopes. Faria hoje 91 anos, mas já não foi a tempo de celebrar o seu aniversário. Há quase 4 meses que nos deixou. Mas a memória fica, a recordação está para além do tempo da vida. Faria hoje 91 anos, data que ainda esperava celebrar entre nós. Assim o destino não o quis. Que tenhas um feliz aniversário lá onde estiveres. Descansa em paz!
Obrigado a todos!
Muitas têm sido as perguntas em torno da não publicação
repentina de fotos da minha afilhada Inês. Depois de 4 anos consecutivos em
que, diariamente, elas apareciam para meu deleite pessoal, mas também para
alegrar o dia de tantos outros, chegou o tempo de pôr um ponto final. A Inês
vai completar 4 anos em breve, um novo ciclo da vida se apresenta. Assim, achei
por bem alterar essa publicação diária, depois de escutar algumas opiniões da
sua família. Espero contar com a vossa compreensão, especialmente daqueles que,
dia após dia, comentavam as fotos que publicava. Queria agradecer a todos,
esses mesmos comentários, bem como, a todos os outros que durante este período
de mais tenra idade da Inês lhe foram ofertando presentes, vindo de várias
partes do mundo. A Inês tornou-se uma espécie de estrela mundial, pela sua
beleza, simpatia, ternura. A todos vós o meu muito obrigado. Isto não quer
dizer que a Inês vá desaparecer deste espaço definitivamente, aparecerá com
certeza, em épocas especiais, como o seu aniversário, Natal, etc., se para tal
me ajudar o engenho e a arte e, sobretudo, eu achar oportuno que tal suceda.
Até lá, só me resta agradecer o vosso contributo, carinho e amizade que
partilharam comigo, através desta criança que para mim representa, como costumo
dizer, a mais bela flor do meu jardim de Outono. Obrigado a todos!
Wednesday, September 23, 2015
Aí está o Outono
E o Outono aí está. Entra hoje às 8,21 horas deste dia 23 de Setembro. Um ciclo que se vai fechando para logo abrir noutro novo e radioso, lá para Março com a Primavera. Mas o Outono é a estação que agora chega. É, para mim, a mais bonita estação do ano. Quando as árvores começam a mudar de cor, o verde das folhas vão dando lugar ao amarelado do envelhecimento até à sua posterior queda, cobrindo o chão com um tapete majestoso. É a altura em que as temperaturas se tornam mais amenas, onde se já busca o sol, quando ainda à bem pouco, se fugia dele. É a estação dos nostálgicos, românticos e afins. Nesta época, gosto sempre de ouvir alguns "standards" da música, desde logo, Chopin, o mais inveterado romântico e nostálgico da história da música. Esta é uma estação contemplativa, que convida a uma certa serenidade, a uma certa calma, face ao agitado dos dias. Estação para se contemplar, sobretudo, em ambiente bucólico, porque é aí que ela adquire mais pujança. No ambiente citadino muita dessa beleza nos escapa perante a floresta de betão. Época de serenidade a que dedico alguma contemplação, mas também meditação, sobre uma vida que se vai escoando na ampulheta do tempo, tal como as estações do ano. Ele aí está com toda a sua força. Bem vindo, Outono!
Tuesday, September 22, 2015
Monday, September 21, 2015
Sunday, September 20, 2015
De novo!...
O nosso "visitante" voltou a atacar. O fim-de-semana é para ele um verdadeiro manã. Hoje quando lá cheguei tudo tinha desaparecido, exceto um pouco da comida que me dão. O cachorro não teria comido tudo seguramente. (Ver foto). É curioso verificar a disposição dos recipientes ontem e hoje, para termos a certeza de que o "visitante" fez mais uma das suas já habituais incursões. Só espero que o cachorro ainda tenha tido tempo de comer alguma coisa, bem como os gatos que por lá andam e á pouco me observavam a colocar a comida e, já agora, as gaivotas. Se assim foi, pelo menos contribuí para ajudar mais alguns seres. Esta é uma luta sem tréguas. Mas temos que continuar. Esta é a nossa missão, diria melhor, a nossa obrigação para com os animais indefesos.
Saturday, September 19, 2015
Intimidades reflexivas - 405
"Quer da afirmação da infalibilidade se deduza a soberania, quer se comece por estabelecer a soberania como princípio e dela, por sua vez, decorra a infalibilidade, é-se conduzido, por uma ou outra destas vias, a reconhecer, a sancionar um poder absoluto. E o resultado é imposto igualmente, quer haja governos que oprimem ou filósofos que raciocinem, quer se tome por soberano o povo ou o rei." - François Guizot
Tudo bem...
Parece que hoje estava tudo bem com o cachorro. Até os recipientes estavam limpos e lavados. (Ver foto). O meu amigo Bruno deve ter passado por lá, porque havia comida seca fresca no local. Seja como for, já foi uma ajuda preciosa a limpeza dos recipientes. Não posso ser sempre eu a fazer as coisas. O principal beneficiário não sou eu, mas sim, o cachorro que é o objeto da nossa atenção e carinho. Por hoje, parece que, de facto, estava tudo bem.
PAN - Umas eleições diferentes
Ontem falei-vos do PAN - o Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza. Para ilustrar aquilo que disse trouxe à colação o nome da Clara Lemos porque é a única pessoa que conheço pessoalmente e que é do PAN. (Para quem não a conhece ela é a segunda pessoa da foto sempre escondida, sempre em segundo plano, vá-se lá saber bem porquê. Antigamente os mais baixinhos ficavam à frente na minha escola, mas isso já foi à muito). Hoje mais uma amiga do PAN se juntou ao meu lote de amigos duma rede social, a Andrea Domingos. E assim isto vai crescendo. Mas como disse, quem bem conheço vai para um par de anos é a Clara. Sendo uma pessoa firme e determinada, com experiência de voluntariado em canis, ela sabe bem do sofrimento dos animais nesses locais, bem como na rua às intempéries e à ignomínia de alguns humanos. Para se ser dum partido assim, tem que se ser uma pessoa especial. Porque o PAN é um partido ainda minoritário e isso acarreta sempre o olhar indiferente de muitos. Sobretudo daqueles que abraçariam a causa se o partido fosse mais expressivo na expectativa de nele encontrarem alguma benesse. Por isso, e porque não é assim, ser do PAN implica ter um certo arcaboiço e acreditar muito naquilo que se faz. Este partido não coloca as pessoas de lado como muitos dizem, ele apenas recentra a questão de todos os seres vivos face ao planeta que todos habitamos. O PAN é um partido de pessoas, feito por pessoas e para as pessoas. Mas também é um partido pelos animais, seres tão vilipendiados e humilhados pelo ser dito humano na sua ânsia de poder. E um partido ecológico, que defende a natureza, essa mesma que muitos insistem em destruir, por ignorância, negócio ou seja lá mais porquê, não percebendo que assim estão a contribuir para alterar o ecossistema do planeta, nossa casa comum. O PAN apresenta-se a estas eleições fazendo a diferença. Mas nós também podemos fazer a diferença. Nós somos os donos do nosso voto e podemos contribuir para ser diferente. Afinal, quando vemos partidos que descartam as pessoas - basta ver o que se passou nestes últimos anos -, quando vemos o vazio de ideias e de propostas, penso que é altura de se dizer um rotundo basta. Mas será que o PAN seria uma alternativa? Isto não é um partido de idealistas inconsequentes? Estas e outras perguntas andam por aí. Não sei se são idealistas ou não, mas sei que quem se preocupa com o seu semelhante, quem ama os animais, quem preserva a natureza, não serão com certeza pessoas comuns. (Este é o triptico mais importante da vida, aquele que tento transmitir às gerações mais jovens. E não me sinto um qualquer extraterrestre por isso.) Mas uma coisa tenho por adquirida, quem defende estes três pilares essenciais duma vida sã, não serão umas pessoas quaisquer. Serão seguramente gente de coração grande. Gente que está para além da mediania. Gente, quiçá, que estará à frente do seu tempo. Enfim, gente que faz a diferença, gente... do PAN!
Friday, September 18, 2015
PAN - Partidos dos Animais e da Natureza - Façam uma eleições diferentes
Se já está farto de tanta política inconsequente, então lembre-se do PAN. Está a votar pelos animais e pela natureza para além de tudo o resto. Nesta foto mostra alguns dos seus candidatos. Na lista do Porto, está uma amiga e ex-colega de trabalho, chama-se Clara Lemos - a mais baixinha no centro da foto, - é a número 2 da lista e precisa de ser eleita, porque é aguerrida, destemida, desempoeirada e uma grande defensora da causa animal. Vamos lá votar para ver se ela é eleita.
Thursday, September 17, 2015
Intimidades reflexivas - 399
"A polícia aparece como uma administração dirigindo o Estado em concorrência com a justiça, as forças armadas e as finanças. É verdade. De facto, porém, inclui tudo o mais. Como Turquet explica, estende as suas atividades a todas as situações, a tudo o que os homens fazem ou empreendem. O seu domínio compreende a justiça, a finança e as forças armadas." - Michel Foucault
Wednesday, September 16, 2015
A carta de Passos Coelho que precipitou a vinda da 'troika'
Sempre ficou um sabor agridoce para muitos de nós, quando o PSD e a restante oposição votaram contra o famoso PEC IV, quando este já tinha sido aprovado em Bruxelas com o apoio total da Sra. Merkel. Nunca tal se percebeu, mas sempre se disse que o PSD, - que até tinha afirmado a intenção de o votar favoravelmente -, viria a mudar de opinião visto, segundo as palavras do seu líder, ter chegado o tempo de "ir ao pote". Hoje tudo fica mais claro com a divulgação desta carta confidencial feita pelo jornal Público e que aqui transcrevo na íntegra. Afinal, quando de diz que "não foi o PS que chamou a 'troika' ", talvez haja alguma razão. O PS foi o autor visível, material até, mas por trás, havia um outro mentor que não queria dar a cara, o PSD de Pedro Passos Coelho. Podem ler a carta da polémica na íntegra, de seguida, aquela que, realmente, precipitou a vinda da 'troika' para Portugal.
"Confidencial
Gabinete do presidente
Senhor primeiro ministro
“Recebi hoje informação, da parte do senhor Governador do Banco de Portugal, de que o nosso sistema financeiro não se encontra, por si só, em condições de garantir o apoio necessário para que o Estado português assegure as suas responsabilidades externas em matéria de pagamentos durante os meses mais imediatos. Ainda esta manhã o senhor Presidente da Associação Portuguesa de Bancos transmitiu-me idêntica informação.
Estes factos não podem deixar de motivar a minha profunda preocupação.
Não desconheço que o Governo tem repetidamente afirmado que Portugal não necessitará de recorrer a qualquer mecanismo de ajuda externa e é certo que a competência pela gestão das responsabilidades financeiras do país cabe por inteiro ao Governo.
Não disponho de informação sobre as acções e diligências que o Executivo estará a desenvolver para assegurar o cumprimento dessas obrigações. Porém, é do conhecimento público a situação do mercado que a República vem defrontando, desde há vários meses a esta parte, bem como o facto de o sistema bancário se encontrar sem acesso ao mercado desde há mais de um ano.
Atenta a especial sensibilidade desta matéria e as gravíssimas consequências que decorriam para o nosso país de qualquer eventual risco de incumprimento, é essencial que o Governo garanta, com toda a segurança e atempadamente, adopção das medidas indispensáveis para evitar tal risco.
Nestas circunstâncias, entendo ser meu dever levar ao seu conhecimento que, se essa vier a ser a decisão do Governo, o Partido Social Democrata não deixará de apoiar o recurso aos mecanismos financeiros externos, nomeadamente em matéria de facilidade de crédito para apoio à balança de pagamentos.
Considerando a extrema relevância desta matéria, informo ainda que darei conhecimento desta carta confidencial ao senhor Presidente da República.
Com os cumprimentos,
[assinatura]
Pedro Passos Coelho
Lisboa, 31 de Março de 2011"
Agora, tudo fica mais claro. Não se trata duma fantasia, duma narrativa (como hoje se diz), mas sim de factos que a História há-de e deve julgar.
Tuesday, September 15, 2015
Emigrantes, refugiados ou a radicalização nacionalista?
Tenho lido e discutido muito neste últimos dias sobre a questão mais pendente na Europa atualmente como é a dos refugiados. É uma questão onde à primeira vista todos parecem ter razão. Desde logo, a aculturação da Europa, embora tal já vem sendo feita por outros povos e desde à muito tempo; depois, porque nessa leva de gente que foge da guerra alguns virão que não o são, gente infiltrada com outros objetivos. Tenho a consciência disso, mas tal não pode impedir que se seja solidário com gente que, para além da crença religiosa ou política, é gente como nós, que apenas quer viver em paz, acordar sem o ruído das bombas ou de algo bem pior se tal ainda é possível. Este fenómeno que é transversal na Europa, não nos devia deixar tão preocupados assim. Em alerta sim, mas não de portas e, sobretudo, de mentes fechadas. Já no pós-II guerra mundial, Portugal, bem como outros países, foram assolados pela leva de judeus que por aqui passaram e que nem sequer queriam ficar, apenas transitar para outro "El Dorado" que na época era a imagem dos EUA. Também nessa altura, vieram muitas pessoas infiltradas que transformaram Lisboa num entreposto de espionagem como é sabido. Mas isso não significou que homens como Aristides de Sousa Mendes arriscassem tudo apenas para salvar vidas. Se hoje temos necessidade de lembrar pessoas como ele, porque não homenagear a sua memória ajudando outros como ele fez? E já agora, ponham-se na pele dum francês, quando nos anos 60 viu o seu país "invadido" por magrebinos, turcos e sobretudo... portugueses. Viajo pelo mundo desde muito novo, e ainda me lembro de ver nos arredores de Paris os tristemente célebres "bidonville" onde os portugueses e outras minorias viviam. Para os que não sabem, os "bidonville" eram uma espécie de bairros de lata, mal afamados e andrajosos, onde os portugueses viviam nos anos 60. E alguns dos nossos, também não éramos pessoas tão recomendáveis assim, podem crer. Mas uma árvore nunca faz, só por si, a floresta. (E já agora, será que se ouviu alguma crítica coletiva a tantos brasileiros que demandaram a terra lusa, na sua maioria marginais, que só aumentaram a criminalidade entre nós?) Hoje é diferente mas nem sempre foi assim. Até termos adquirido a posição que hoje temos na sociedade francesa, muito sofrimento existiu, face ao olhar enviesado de franceses que viam gente tão reles invadir a sua pátria de cultura, mas também de liberdade, a mesma liberdade que criou espaço para que por lá permanecêssemos todos estes anos, contribuindo para o enriquecimento do país, fazendo aquilo que os nativos já não queriam fazer. Agora, nesta sociedade cada vez mais envelhecida como a nossa, esta gente pode até ser um bastião de equilíbrio que se foi perdendo com o tempo. Afinal, eles já por cá andaram, noutros tempos. A sua cultura vai surgindo aqui e ali, restos dum tempo em que a Península Ibérica fazia parte do Al-Andaluz, e mesmo depois, ainda por cá foram ficando. E quando tanta gente mais bem informada e culta do que nós, sobretudo no norte da Europa, os acolhe com dignidade, porque será que alguns de nós têm tanto receio? Nós que já convivemos com eles noutros tempos? Que consciência pesada será essa e porquê? Contrariamente aos portugueses que foram para França, muita desta gente é culta, até bem melhor formado do que muitos por cá. Basta ver como alguns falam inglês com alguma fluência, - que é uma língua bem difícil de aprender face à sua língua natal - bem longe, do analfabeto lusitano que depois de demandar o Brasil e a Venezuela, "invadiu" a França. Percebo os receios do choque de culturas, mas também tenho por adquirido que esse choque também é benéfico para ambos. Povos diferentes que aprenderão uns com os outros num ecumenismo de que tanto o mundo precisa. E não me venham falar dos pobres de cá, do desemprego e de outras tristes realidades, que apenas pretendem desfocar outros interesses. Não é por acaso que nas redes sociais circula muita propaganda contra esta gente desesperada, como se todos fossem terroristas e bombistas prontos a aniquilar o Ocidente. E também não deixa de ser sintomático que muita dessa gente percorra caminhos de extrema-direita, daquela mais sinistra que tantos refugiados produziu no século passado. É preciso que comecemos a pensar racionalmente e não nos deixarmos arrebanhar por propaganda fácil que tem outras finalidades. Até o Vaticano, sempre tão prudente e cauteloso, não fica indiferente. Será que o Papa Francisco, por os defender, também já está catalogado como um perigoso terrorista? Será que o Vaticano está a fomentar a islamização da Europa? Senhores sejamos sensatos. Prudentes, atentos, mas sensatos. E quando se suspende os Acordos de Schengen, isso só traduz uma certa má consciência com que a Europa está a lidar com esta questão. Sem ideias, firmes, cada um para seu lado, assim vai a UE que apenas se uniu para impor uma humilhante austeridade aos povos do sul.
Monday, September 14, 2015
Intimidades reflexivas - 393
"Permaneça disponível ao novo. Morra sempre para o passado. Ele está terminado! Ontem foi ontem e nunca poderá voltar. Se você se apegar a ele, estará morto com ele; ele se tornará seu túmulo. Abra o coração para o que está vindo. Dê as boas vindas ao nascer do sol e sempre diga adeus ao pôr do sol..." - Osho.
"O Assassinato de Pitágoras" - Marcos Chicot
Pitágoras sempre foi uma figura que me fascinou. Pelo filósofo que foi, pelo matemático venerado que ainda hoje é. Daí que este livro entrasse naturalmente no meu arquivo para leitura. Ao evoluir sobre a história, veio-me à memória esse espaço / tempo em que Pitágoras viveu. Todo o romance é baseado em muitos factos reais, dentro do pouco que se conhece de Pitágoras. O fascínio que o autor coloca no livro, prende-se com o evoluir da comunidade pitagórica. Para quem não conhece, a ciência matemática sempre foi considerada uma ciência um tanto ou quanto hermética, cabalística até, onde a magia do número era algo porque se matava e morria. Pitágoras viveu nesse tempo áureo de descoberta, criando essa comunidade, hermética que influenciou a política da antiga Grécia. Partindo de Crotona e evoluindo pela Magna Grécia, esta comunidade deteve um poder político muito para além daquilo que se pensa. O poder da matemática, levada quase ao extremo de exoterismo, é algo que ainda hoje existe, embora adormecido. A influência de Pitágoras foi tal que podemos dizer que essa corrente foi uma das traves de influência do Cristianismo que surgiria mais de 400 anos depois. Essa atitude pacifista, contemplativa, de amor pelo outro, da rejeição de toda a forma de agressividade, entronca no desiderato cristão. Esta história desenrola-se no ano 510 a.C. numa altura em que Pitágoras era já um homem com alguma idade, com ideias consolidadas e com uma força moral ímpar. Este livro, como diz o seu autor, é uma história em torno do Pi grego, numa altura em que o cálculo matemático não tinha ajuda para além do desempenho cerebral. Um romance histórico fascinante que foi finalista do Prémio Planeta. O seu autor, Marcos Chicot, é um espanhol nascido em 1971 em Madrid. É licenciado em Psicologia Clínica, Psicologia do Trabalho e Economia. Este seu romance foi o mais vendido em formato digital em 2013. A edição é da Editorial Presença. Um "thriller" muito interessante, com a novidade de ser baseado em pesquisa documental da época, o que vem enriquecer toda a trama. Talvez sejam livros deste que podem ter um importante contributo junto dos estudantes que, sem sequer saberem porquê, rejeitam a matemática liminarmente. Até por isso, é um livro que considero recomendável.
Sunday, September 13, 2015
Será que sim ou será que não...
Quando cheguei ao local onde o cachorro habita vi que tudo estava mexido. (Ver foto). Contudo, ainda havia a comida seca que ontem deixam e alguma húmida. Será que quem rouba deixou alguma para iludir quem por lá vai ajudar o cachorro? Ou será que o cachorro ou algum outro que por lá passou usufruiu da comida que lá deixei? Estas são interrogações para as quais não tenho resposta. A ver vamos o que o futuro nos reserva.
Saturday, September 12, 2015
Inacreditável!...
Já não basta o roubo da comida, agora é a destruição gratuita, pura e simples de tudo o que lá existe. (Ver foto). Vi que ontem lhe deixaram muita comida, havia lá vários recipientes que não são habituais no local. Mas tudo estava vazio e desbaratado. Até um recipiente que o meu amigo Bruno Alves Ferreira tem por lá escondido para o caso de roubarem a comida, foi descoberto e também estava vazio. É inacreditável o que lá está a acontecer. Vejo-me impotente para contornar a situação e o Bruno também. Já não sei mais o que fazer.
Santiago de Compostela - Local de culto anterior ao Cristianismo
“A Europa está coberta por um vasto sistema de linhas de energia. Este sistema de linhas de energia tem a sua origem no monte Pamir (por sinal uma das montanhas sagradas dos arianos), estendendo-se até Teerão, onde se divide. Uma das bifurcações vai para a Rússia ocidental, enquanto a outra segue em direcção a Jerusalém, onde volta a dividir-se. Uma das novas linhas continua até às Pirâmides, indo depois para África, enquanto a outra penetra na Europa através de Chipre, Rodes e Santorini. Montanhas sagradas europeias e santuários de peregrinação, como Santiago de Compostela, na Galiza, estão todos ligados a este sistema de energia com origem no monte Pamir. Daí que as peregrinações ao local de culto de Santiago de Compostela já se fizessem na antiguidade, muito antes de ter surgido o cristianismo. A atual catedral foi erigida por cima de templos druídicos e romanos. Assim, não constitui surpresa verificarmos que ao longo da história encontramos o fenómeno de apropriação de lugares sagrados ou mágicos e que, quando uma religião nova chega pela primeira vez a um território, tenha a tendência de substituir a fé anterior, tomando para si os antigos locais sagrados, os santuários. Esta tem sido a fórmula encontrada para o sucesso da nova religião que, assim, não rechaça de forma brusca a antiga crença, antes aceitando os antigos locais de culto para uso próprio. A cristianização é o caso mais concreto da forma como eram transformados os antigos templos de culto , de cariz pagão, em templos de tradição religiosa cristã, bastando para o efeito colocar uma imagem ou uma cruz em cima do monumento, sendo este muitas vezes um megálito, sobretudo em Portugal e na costa atlântica europeia. A título de curiosidade, é importante lembrar que Portugal também possui uma linha energética recta, que vai de Santiago de Compostela a Tomar.” - Eduardo Amarante in "Templários", vol 1.
Friday, September 11, 2015
Thursday, September 10, 2015
O Velho do Restelo - Eduardo Amarante
“Personagem quase histórico da epopeia lusíada, o Velho do Restelo é, contudo, um símbolo que adquire especial vigor nos momentos cruciais da História, na charneira entre um passado já gasto e um futuro alimentado pela Alma de um povo que se reencontra. Destino histórico, evolução, grandeza, são ideias que só de as ouvir fica arrepiado. Mudo, trémulo, acobardado nos momentos de glória, nunca se dá por vencido e aproveita as menores falhas para esgrimir as suas sentenças injuriosas a coberto de um falso humanismo adaptado às situações criadas. É um sobrevivente. Eternamente apoiado nos valores estabelecidos, é incapaz de fazer História, mas vive à custa da história que os seus “inimigos” fizeram. Tem a capacidade reptante de se moldar às situações novas, mas, tal como um parasita, em vez de as servir, serve-se delas para seu próprio interesse. É um oportunista. Muda na forma, mas nunca no conteúdo. Quando os “ventos” sopram a favor, o medo que nunca o larga adquire segurança, o rosto descontrai-se-lhe e a voz emite tons afáveis e monocórdicos em detrimento da verve iracunda. Porém, pouco importa de onde sopram os ventos, pois o medo fá-lo andar sempre armado com a fiel Demagogia. Este Velho continua bem vivo (e rejuvenescido para a idade que tem) nos dias de hoje, pululando alegremente (tipo menino rabino) nas ruas, templos, casas e parlamentos, fustigando o seu látego envolto na melosa e pérfida voz da demagogia. Demagogia esta que recobre o medo de perder os seus pergaminhos. Entretanto, subrepticiamente, lá vai roubando o vigor das nossas almas. Bufão, hediondo, mascarado de rei, enfeitiça-nos com as suas danças macabras e histéricos risos. Tomou o trono vazio, convertendo-nos em enganados prosélitos de seu jogo. O Velho do Restelo vive entre nós. Durante anos e anos sucumbimos, por falta de experiência, ao seu encanto. Porém, quando novos valores se alevantarem a sua malediciência, cobardia e conservadorismo estéril serão transmutados.” – Eduardo Amarante.