Turma Formadores Certform 66

Friday, July 31, 2020

Boas férias

E eis-nos chegados às tão merecidas férias. Estas bem diferentes e atípicas para todos nós ou pelo menos para a maioria. Porque estamos confinados de certo modo e com o receio de nos ausentarmos fruto dum vírus que por aí anda a rir-se de todos nós. No meu caso, até nem será uma diferença tanto assim. Há cerca de vinte anos que não as tenho na realidade porque tinha animais e estes nunca ficariam para trás. (Confesso que nunca entendi quem vai alegre e feliz para férias e deixa os seus companheiros de vida para trás. Poderá ser normal para alguns, mas para mim não). Agora, - e embora me sinta mais distanciado - vou tendo a Rosita e o Perninhas. Sei que não são meus, mas fui-me habituando a eles e quando não os tenho por perto sinto-me triste. Esta é a saga de quem gosta de animais e os tenta ajudar na jornada da vida. Mas este período também é trágico porque é nele que aumentam os abandonos. Pessoas cobardes e sem coração que descartam os seus companheiros como se de lixo se tratasse. Começam a andar por aí, sem destino e sem amanhã, com fome e sede, e lá vamos de novo recomeçar o nosso calvário a socorrer esses pobres seres para que outros tenham as tão 'merecidas férias'. Por mais apelos que se façam acabamos sempre no mesmo ponto. Este período também representará um certo laxismo em relação ao convívio neste espaço. Afinal férias são férias mesmo que confinadas. Não deixarei de andar por aqui mas talvez duma forma mais solta. Quero aqui desejar a todos umas ótimas férias e deixo o apelo de sempre que nunca é ouvido e muito menos seguido, não abandonem os companheiros da vossa vida. Eles (os animais) nunca fariam isso convosco. Boas férias a todos!

Thursday, July 30, 2020

Intimidades reflexivas - 1206

"Nós somos casas muito grandes, muito compridas. É como se morássemos apenas num quarto ou dois. Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas." - António Lobo Antunes

Wednesday, July 29, 2020

"Coronavírus - Um vírus assassino" - Igor Prokopenko


Há livros que nos encantam e outros que nos atormentam. Este é um deles 'Coronavírus - Um vírus assassino' da autoria de Igor Prokopenko. Não o conhecia e chegou-me até mim através de mão amiga. Comecei a lê-lo e logo percebi que estava metido numa grande embrulhada. Algumas coisas que lá se podem ler, já aqui as trouxe, eram suspeitas que tinha. Hoje são mais o que isso. Mas este livro vai muito para além do Covid-19. E isso é 
perturbador deixando-nos a sensação duma impotência total face a outros poderes, meras marionetas jogadas num imenso tabuleiro de xadrez. Lê-se na sinopse: 'O coronavírus apareceu na China no final de 2019. Durante o primeiro mês, as estatísticas confirmaram 32 mil casos. Não há cura nem vacina, há centenas de mortes. De onde veio este vírus, desconhecido da ciência? Segundo a versão oficial, a fonte de infeção é o mercado Huanan. Houve um acidente fatal: alguém estava a vender carne de animais selvagens, outra pessoa não lavou as mãos antes de comer. Podemos confiar nesta versão? - O vírus estava pronto para transmissão entre humanos e a reação em cadeia começou imediatamente. Porque não acontecera antes? - O que dizem os participantes e as testemunhas oculares da tragédia de Wuhan? - Há alguma razão para dizer que o número real de vítimas do novo coronavírus é dez vezes maior e que cresce rapidamente? - Estará a humanidade no limiar de uma pandemia letal? - Como se proteger de uma doença terrível?' Estas são algumas das muitas questões que o livro nos coloca interpelando-nos a ir mais além. Mas o ir mais além apenas é sinónimo da nossa fraqueza, da nossa insignificância, o que nos deixa incomodados. Este é um livro que, como atrás referi, nos leva muito para além da pandemia por que estamos a passar. É um livro a merecer a vossa atenção e uma rápida e aturada leitura. Sobre o autor, Igor Stanislavovitch Prokopenko é um dos mais famosos jornalistas russos e autor de investigações científicas políticas e populares. Na década de 1990 trabalhou como jornalista nos jornais Krasnaa Zvezda, Moskovski Komsomolets, Rossiyskaya Gazeta, entre outros, e como correspondente de guerra para os programas de informação Vremia, Segodnia e Vesti. A edição é da Marcador uma chancela da Editorial Presença, S.A.. Um livro a merecer uma leitura urgente.

Tuesday, July 28, 2020

"Alice no País das Maravilhas" - Lewis Carroll

Há poucos dias atrás falei-vos dum livro muito interessante 'O Amigo Imaginário' e na altura disse que ele era uma espécie de 'Alice no país das Maravilhas' numa linguagem mais adulta. Hoje trago aqui este último livro da autoria de Lewis Carroll. Todos ou quase todos nós já o leram. Eu ainda criança tive contacto com o livro através da banda desenhada que o então jornal 'O Primeiro de Janeiro' publicava aos domingos. Depois foi a leitura obrigatória deste livro do fantástico. Lê-se na sinopse: 'Alice no País das maravilhas é provavelmente o livro de fantasias mais famoso de todos os tempos. Nas aventuras da pequena Alice, tudo é possível, tudo é maravilhoso, e na sua jornada desde que cai pela toca do coelho, a menina encontra personagens inesquecíveis e que povoam os sonhos da nossa infância, como o Coelho Branco que anda sempre atraso, o Gato de Cheshire que não pára de rir, o Chapeleiro Louco, ou a Rainha de Copas, uma monarca com muito mau feitio e especial apetência por decapitações.' Esta é uma outra visão, mais infantil, da descoberta do que está no outro lado do espelho como costumo dizer. Estes dois livros encaixam um no outro, separados por muitos anos e dirigidos a públicos diferentes. Sobre o autor deste clássico, Lewis Carroll (1832-1898), pseudónimo de Charles Lutwidge Dodgson, distinguiu-se como escritor, matemático e fotógrafo. Autor de contos e poemas como 'Jabberwocky', obteve a consagração com 'Alice no País das Maravilhas' e 'Alice do Outro Lado do Espelho', este último escrito na sequência do sucesso do primeiro mesmo junto do grande públido e da própria rainha Vitória que ficou sempre uma admiradora de Carroll. A edição é da Bertrand Editora, Lda. Um livro a merecer atenção e uma (re)leitura. Existe uma edição de bolso a um custo quase simbólico.

Monday, July 27, 2020

Intimidades reflexivas - 1205

"Quando se gosta de alguém, gosta-se apesar das suas falhas. Quando se ama alguém, ama-se com as suas falhas." - Hermann Hesse (1877-1962), escritor, Prémio Nobel em 1946

Sunday, July 26, 2020

O Dia dos Avós

Comemora-se hoje mais um dia de qualquer coisa. Desta feita, o Dia dos Avós. E apesar de não me sentir escravizado pelos dias de qualquer coisa, este tem um sentimento especial para mim. Já perdi os meus avós há muito tempo atrás, mas são estes pequenos fetiches que nos levam a abrir o baú das memórias e a recordar tempos passados e felizes. Fui criado pelos meus avós maternos até há minha juventude, e esses laços foram-se fortificando ao longo do tempo e ainda hoje permanecem. Porque como diz o povo "avós são pais duas vezes". Não sei se é assim, mas no meu caso, marcou-me duma forma indelével. Dou por mim neste dia a pensar nas traquinices, nas birras que eles me aturavam, no tudo que faziam para que eu fosse um criança feliz. Nessa época não haviam computadores, telemóveis, internet. Onde o brinquedo novo só aparecia no Natal e, talvez, no aniversário. Nada disso. Os afetos eram os reais, aqueles que resultam da relação entre pessoas, e não dum qualquer ser virtual. Era a voz, o toque, a fala, o gesto. Era a pureza do contacto que deve existir entre dois seres. Eram assim esses tempos. Em que à mesa se fazia, muitas vezes, o balanço do dia, ou o programar do seguinte. Onde se debatiam as dificuldades, os obstáculos que sentia que a vida me colocava no caminho, não aquele mundo isolado onde as crianças agarradas aos telemóveis, tablets ou computadores, acreditam mais no mundo virtual que têm perante os olhos do que o afeto do ser que está ali ao lado e que eles nem dão por isso. Hoje, apesar de tudo, dou comigo a pensar nesses momentos de meninice. Na educação rígida desses tempos, mas sempre pautada por um imenso amor e carinho. Carinho de quem me ia levar e buscar à escola, com calor ou frio, canícula ou temporal, a pé enfrentado os elementos, porque nessa altura eram poucos os privilegiados que tinham carro. Os ensinamentos em casa para que pudéssemos fazer boa figura no dia seguinte na escola, porque nesse tempo não haviam explicadores, ou salas de estudo. Tudo era fruto do esforço de todos. Do jovem e da família em redor que lhe tentava proporcionar um ambiente propício. E como eu fui feliz nesses tempos, sem as tecnologias, numa vida por vezes rotineira mas regrada, na felicidade dum passeio com estes meus avós e mentores. Por isso, por tudo aquilo que me proporcionaram, estou-lhes grato. E apesar de não ser um defensor dos dias de qualquer coisa, aqui estou a celebrá-lo, à minha maneira, mas de coração cheio. Obrigado Avós por tudo o que fizestes por mim. Jamais vos esquecerei. Falos dos avós maternos e meus padrinhos também porque o meu avô paterno nunca conheci e a minha avó morreu era eu ainda muito criança e dela tenha uma memória muito fugaz. Nem fotos tenho numa altura em que tal era um acontecimento e não a banalidade que é hoje. Feliz Dia dos Avós para quem ainda os tem e, sobretudo, para quem é avô ou avó, esse estágio duma certa maternidade e paternidade em estado mais evoluído. Feliz Dia dos Avós para todos os avós do mundo.

Saturday, July 25, 2020

Pandemia versus economia

Estamos a passar por tempos difíceis do ponto de vista sanitário como nunca pensamos ver no decurso das nossas vidas. Todos queremos que tudo isto passe e depressa. Contudo esta pandemia tem efeitos colaterais que a maioria das pessoas ainda não se apercebeu. Com o confinamento perdeu-se tudo aquilo que se tinha conseguido em termos económicos e financeiros numa recuperação histórica que não passou despercebida aos nossos pares. Para além das fragilidades duma economia aberta dum país pequeno como o nosso, tudo o que então se atingiu foi notável. Mas se o confinamento evitou uma maior propagação do vírus teve efeitos sobre a economia devastadores. O lay-off, apesar de ter sido uma boa medida, não evitou que o desemprego fosse aumentando, embora a valores bem mais baixos do que se não tivesse existido, as exportações caíram a pique e as importações também, fruto do encerramento das fronteiras, tendo muitos empresários visto ir por água abaixo tudo o que tinham adquirido com os seus negócios. Com o desconfinamento alguns já nem sequer abriram porque já não tinham lastro financeiro para isso. E se as empresas não abrem, os empregos perdem-se. Depois foi o fenómeno do teletrabalho, medida que já há muito se falava nos meios empresariais e que a pandemia acabou por potenciar. Só que o teletrabalho que é muito usado em alguns países há muito tempo, no nosso é uma novidade e, como ainda não está devidamente regulamentado, pode ser uma arma contra quem trabalha, embora numa primeira fase possa parecer que não. A dívida sempre elevada e que teimamos em não conseguir encolher começou a aumentar de novo fruto de toda esta desregulação financeira, o mesmo se passando com o déficit a que voltamos depois de termos atingido um histórico superavit. Tudo isto deu uma volta de 180º e nada será como dantes. O retomar da economia tem sido lento e com muitos escolhos e assim continuará por muito tempo. Enfrentaremos no curto prazo uma crise bem maior da que vivemos há uma década atrás, e a maioria das pessoas nem disso tem noção. E não se pense que tem a ver com este ou aquele governo. Seja ele qual for, o espaço de manobra será muito curto e não haverá diferenças substanciais para além do discurso político. Quando o Primeiro Ministro fala em que não haverá austeridade, está de certo modo, a apelar à força de cada um de nós para nos prepararmos para o que aí vem. Em boa verdade ela já aí está, subreptícia, mas com a visão keynesiana desta governação, a austeridade poderá ser minimizada pelo investimento quer seja público ou privado. O extraordinário envelope financeiro que esta semana veio de Bruxelas pode ser o bálsamo para amenizar a situação. Mas será necessário um amplo consenso sobre os investimentos a fazer porque esta tarefa não será de uma só legislatura, mas de várias, não será de um governo, mas de vários. Contudo, e apesar de todas as conjeturas, temos que nos ir preparando e não ficar na praia a ver a onda formar-se e pensar que será uma ondazinha. Quando ela rebentar veremos que se trata dum tsunami e, se não nos formos preparando, não teremos tempo de fugir e escapar. Tempos muitos difíceis se avizinham. Tempos difíceis para todos nós. Tempos favoráveis para os populismos que por aí andam. É preciso estar atento para que ao fugir do tsunami nos atiremos para um abismo onde  ao fundo do  qual pensamos estar uma piscina de água cristalina e afinal só tem pedras angulosas. É tempo de nos mentalizarmos que o paraíso não nos foi negado, mas sim, que teremos que ter a provação do purgatório antes de lá chegar.

Friday, July 24, 2020

Da propaganda à realidade

Por vezes ficamos tocados por fotos, umas pelo lado positivo, outras pelo negativo. Da propaganda institucional até à dura realidade vai um caminho de pedras pontiagudas, necessariamente difícil e normalmente longo. Em todos os lados nos cruzamos com o que de melhor e pior tem o ser dito humano, e tal reflete-se nas instituições. É um ciclo inevitável que nunca se quebra. Deixo aqui duas fotos. Não vou tecer nenhum comentário a elas por achar desnecessário. Falam por si. Gritam bem alto. Ficam aqui apenas para que vejam e pensem. Se quiserem comentar, pois façam-no. Por mim, já disse tudo... menos o grito que me vai na alma.

Thursday, July 23, 2020

Esta é a hora...

Esta é a hora de nos reunirmos, de nos juntarmos, de sermos como um só, mais fortes, mais resilientes. Uma parede intransponível. Deixemos para trás aquilo que nos divide. Esta é a hora de dizer 'presente', de não virar as costas à luta e deixar espaço ao inimigo comum. Esta é a hora de não esquecer. Os mártires de Santo Tirso a isso nos convocam, a isso nos exultam para que a sua memória não seja esquecida, para que consigam finalmente a paz que tanto desejaram. Esta é a hora da luta sem quartel a todos os que exploram os animais sob as mais diversas formas. Esta é a hora de dar voz aos que não a têm. Esta é a hora de mostrar a todos aqueles que menorizaram a situação, que ignoraram os apelos, que impediram o auxílio, que tentam 'sacudir a água do capote' a todo o custo, que vertem lágrimas de crocodilo, dizer que não nos enganam. É hora de secar as lágrimas e erguermo-nos em nome dos animais que sofrem, seja em que latitude for e sob que forma for, é nossa obrigação mostrar que estamos com eles. Agora. Porque agora é a hora. Esta é a hora!...

Wednesday, July 22, 2020

O crime de Santo Tirso

No passado fim de semana deu-se em Santo Tirso um crime. Muitos animais foram sacrificados pelo fogo pelo desleixo e incúria das pretensas 'protetoras', que de protetoras não têm nada. Depois foi o cortejo de horrores que se lhe seguiu. Atrás deste caso outros vieram porque as ditas 'senhoras' têm vários onde estão cães e gatos abandonados, alguns provavelmente roubados - não interessa se com chip ou não - para abastecer um potativo negócio de criação de que se fala. As autoridades sabiam disso, as denúncias já existiam à vários anos, mas os interesses deveriam ser enormes para que ninguém desse continuidade às denúncias. Até em determinada altura os processos chegaram a ser arquivados. (Faz-me lembrar aqueles casos de violência sobre crianças e/ou mulheres que são arquivados e só se fala deles quando têm um desfecho trágico). Depois do escândalo que tudo isto deu, seguiram-se as movimentações populares. Logo as autoridades mobilizaram as forças - sempre desproporcionadas -  evitando o socorro aos animais que entretanto iam morrendo carbonizados e numa agonia inimaginável. Depois, como sempre acontece com estes poderes apodrecidos que vamos mantendo no poder, logo vieram as justificações: a autarquia não sabia de nada, o veterinário municipal ainda menos, a GNR apenas cumpriu ordens (onde eu já ouvi insto!) mesmo face aos inúmeros vídeos que começaram a correr nas redes sociais, a Proteção Civil impoluta não fosse a organização um antro angelical. Mas o escândalo não parava e nos dias seguintes outros campos de terror e morte foram descobertos pelas populações e o processo repetiu-se e daqui a dias virão mais umas desculpas. (Nunca ninguém disse a esta gente que as desculpa não se pedem, evitam-se). O MAI, e face a tão grave situação, não deixou de abrir o seu inquérito. Oxalá que não siga outros que por cá se abrem e tudo fique na mesma depois de apaziguados os ímpetos populacionais. Quanto ao PR não se ouviu uma palavra. Confesso que estranhei, afinal quem se pronuncia sobre tudo e nada, o seu silêncio tem sido mais ensurdecedor que as trombetas de Jericó que derrubaram os muros de Jerusalém. Porque será? Sei bem que os animais não votam, poderá ser uma razão; ou então, os animais, porque o são, não deixam de ser descartáveis, embora isso não assente bem a um católico praticante, mas isso são outras questões. Porque para além disso, existe a vergonha nacional. O assunto tem corrido mundo através da internet e, no meu caso, posso dizer que tenho recebido perguntas sobre o sucedido que vão desde o Brasil até Hong-Kong. Se isto não justifica uma palavra dos responsáveis, então não entendo aquelas laudas dadas a futebolistas milionários que nunca fizeram nada pelos animais, pelos menos a maioria. Coisas que a própria razão desconhece. Agora é o tempo do rescaldo. E espero que as gentes que se mobilizaram em torno do caso em defesa dos pobres animais, não esmoreçam e daqui a dias tudo caia no esquecimento, - como é hábito entre nós -, essas 'senhoras' criem novos negócios e ainda se riam dos 'saloios'. E espero também que as investigações vão fundo porque se trata dum crime que está a envergonhar o meu país. E que no fim, depois de sábios e longos escritos, não se chegue à brilhante conclusão que afinal a autarquia não tem culpa, o pobre veterinário municipal muito menos, a GNR apenas atuou a cumprir ordens e o antro angélico da Proteção Civil nem deu por nada, as 'senhoras' porque se dedicam à causa anima até deveriam ter um elogio público e, no fim, os culpados são os animais que não tinham que estar a 'fumar' naquele local, naquela altura. Há que abrir os olhos e estarmos atentos. Este caso está longe do fim. E se se abrandar a pressão, corre-se o risco de tudo voltar ao princípio. E, estou certo, ninguém que ame os animais gostaria que tal acontecesse.

Tuesday, July 21, 2020

Intimidades reflexivas - 1204

"O silêncio não é a ausência da fala, é o dizer-se tudo sem nenhuma palavra." - Mia Couto

Monday, July 20, 2020

Intimidades reflexivas - 1203

"Não te alongues a contar as tuas façanhas, nem os perigos que terás passado; não podes querer que os outros tenham tanto prazer em escutar-te como tu em contá-los." - Epiteto (55-135)

Sunday, July 19, 2020

Quem diria!

Os animais sempre povoaram a minha vida desde que tenho consciência da minha existência. E não falo só do cão e do gato. Depois os cães tiveram uma preponderância enorme, desde a pequena Tobby até ao velho Nicolau. Foi um cortejo de amor incondicional. (Já para não falar dos muitos que povoaram a minha existência sem dono que se lhes conhecesse). Quando o Nicolau se aproximava do seu fim apareceu por cá uma pequena gata. Tentei afastá-la porque o Nicolau não aceitava gatos e isso ponha-o nervoso. Mas ela foi ficando. Achamos que era vadia e logo a minha afilhada a batizou de Rosita, - mal sabíamos que tinha donos que moram a cerca de vinte metros da minha casa -, que se dava pelo nome de Mariana e que tinha uma irmã Maria. A irmã por cá vem muito de vez em quando. A Rosita não sai deste espaço, embora todos os dias ao fim deste vai para a sua casa visitar os seus. Muito dócil e meiga, não deixou de já dar prejuízos avultados por cá. Mais recentemente apareceu um gato. Vinha muito ferido numa pata mas nunca se deixou apanhar. (Daí o ficar com o nome de Perninhas). É muito arisco e tem o mau hábito de atacar as pernas. Esfrega-se nelas muito tempo e depois, sem que ninguém se aperceba, arranha e ferra, um verdadeiro tormento. Não sei se tem dono ou não. Ainda hoje não apareceu para comer todo o dia. Isso acontece com frequência. Parece que tem onde ficar. Ambos me seguem como se de cachorros se tratassem. Nunca vi nada assim. Onde eu estiver eles estão. Os dois. Parece uma guarda de honra, embora não se tolerem muito um ao outro. Têm onde dormir, comida e água à farta no jardim. Pensei que o Nicolau encerraria esta saga mas parece que não. Apesar de não serem meus, volto a ter a preocupação das ausências de casa - porque nunca deixo animais para trás, mesmo que não sejam meus - porque eles são importantes para mim. Não me quero apegar a eles, mas parece que já vou tarde nessa intenção. Quem diria que tal me ia acontecer de novo! Que vêem estes seres em mim para me procurarem sem que eu faça nada por isso? Perguntas que ficarão sem resposta mas que me bailam na mente dia após dia.

Saturday, July 18, 2020

Intimidades reflexivas - 1202

"Para que as luzes do outro sejam percebidas por mim devo por bem apagar as minhas, no sentido de me tornar disponível para o outro." - Mia Couto

Friday, July 17, 2020

'Um mundo aflito - Memórias de um tempo de ausência' - José Jorge Letria

Aqui está o primeiro livro que analisa estes dias estranhos de confinamento por que passamos. Chama-se 'Um mundo aflito - Memórias de um tempo de ausência' da autoria de José Jorge Letria com grandes fotos desse fitógrafo tão premiado que é Inácio Ludgero. Lê-se na sinopse: 'Magnífica combinação de texto e imagem reflectindo e dialogando com o confinamento e os efeitos que ele teve na nossa paisagem psicológica e física. José Jorge Letria escreveu e Inácio Ludgero fotografou. Neste livro e nesse encontro da escrita e da fotografia somos surpreendidos e comovidos pela incrível mudança das ruas, dos jardins, dos transportes públicos, dos seres humanos. A Covid-19 e o confinamento que ela causou deram lugar a um mundo de ausência e abandono, como nunca o tínhamos lido, como nunca o tínhamos visto.' Acresce ainda acrescer que este livro conta com um belo prefácio assinado por Pedro Abrunhosa. Sobre o autor, José Jorge Letria. Ficcionista, mas também jornalista, poeta, dramaturgo. Nasceu em Cascais, em 1951, onde foi vereador da Cultura entre 1994 e 2002. Tem livros traduzidos em mais de uma dezena de idiomas e foi premiado em Portugal e no estrangeiro, destacando-se dois Grandes Prémios da APE, o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, o Prémio Internacional UNESCO, o Prémio Eça de Queiroz – Município de Lisboa e o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte. O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia 'O Fantasma da Obra'. Ao lado de nomes como José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, foi um dos mais destacados cantores políticos portugueses, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade. É mestre em Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa e pós-graduado em Jornalismo Internacional.Doutorou-se com distinção em Ciências da Comunicação no ISCTE, em Setembro de 2017. É presidente da Sociedade Portuguesa de Autores e do Comité Europeu de Sociedades de Autores da CISAC. É coautor, com José Fanha, de várias antologias de poesia portuguesa. Quanto ao fotógrafo Inácio Ludgero tem o curso de Escultura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Foi repórter fotográfico de 'O Jornal' desde a sua fundação até ao seu desaparecimento. Tem no seu curriculum vários prémios, dentre eles o Prémio Gazeta pela capa da revista Visão, que intitulou a 'Pietà Negra' que foi distinguida como uma das 50 fotos do século XX pela Associated Press. Quanto a Pedro Abrunhosa, cantor, compositor, poeta e homem de cultura, é por demais conhecido e não carece de mais explicações. A edição é da Guerra e Paz.

Thursday, July 16, 2020

Intimidades reflexivas - 1201

"Todo ser humano deve procurar ser como um artesão que faz de cada dia de sua vida uma obra de arte, trazendo constantemente uma relação harmoniosa entre seus pensamentos, seus sentimentos e suas acções." - G. I. Gurdjieff (1866-1949)

Wednesday, July 15, 2020

Intimidades reflexivas - 1200

"Devemos de dar tudo para tornar a vida tão bonita quanto os sonhos que dançam na nossa imaginação." - Roman Payne

Tuesday, July 14, 2020

Em torno da Revolução Francesa

Comemora-se hoje o 14 de Julho, dia nacional em França. Neste dia, no longínquo ano de 1789, teve lugar a tomada da Bastilha. (A Bastilha era uma prisão com uma fama horrível onde eram detidos, torturados e mortos os opositores da monarquia então vigente). Um local odiado como todas as prisões políticas pelo mundo fora que existem no nossos dias onde se cometem as maiores atrocidades. Nesse dia o povo francês revoltou-se e tomou a tão odiada prisão reduzindo-a a cinzas. Ia começar a chamada Revolução Francesa, com um cortejo de não menores horrores como sempre acontece. Meses depois deste ato mais que simbólico, o rei Luís XVI que era o rei à época, viria a ser guilhotinado na atual Place da la Concorde - que na época tinha sido batizada de Place de la Revolution - onde algumas semanas mais tarde viria a ter o mesmo destino a sua mulher Maria Antonieta. Mas é usual dizer-se que a revolução devora os seus próprios filhos, e foi o que aconteceu. Esta era dirigida por um triunvirato constituído por Robespierre, Danton e Marat. O primeiro viria a ser também condenado à guilhotina no mesmo local onde tempos antes a realeza tinha sido decapitada; Danton - uma espécie de alma negra da revolução - viria a encontrar a morte também na guilhotina e o último dos líderes revolucionários teve uma morte bem menos prosaica. Foi assassinado na sua casa, na banheira enquanto tomava banho, por uma criada normanda que tinha sido aliciada pela reação, de nome Charlotte Corday. Apesar disso, a revolução impôs a República que, com altos e baixos, avanços e recuos, como sempre acontece num regime que se está a impor, viria a resistir sendo o regime político vigente nos nossos dias.

14 de Julho

Faz precisamente hoje, um bom par de anos, dia 14 de Julho, que estava na cidade francesa de Carcassonne. (Cidade medieval de grande carga histórica que muito tem a ver com os Cátaros). Não me lembrei que era o dia nacional de França. Quando lá cheguei, vi um grande alvoroço e só depois soube do evento. Fui convidado para assistir à noite ao chamado 'incêndio da muralha'. Não sabia o que era e fiquei expectante. E valeu a pena. Noite dentro toda a cidade,  - ou melhor cidadela -, se encheu de luz e cor com imenso fogo de artifício dando a ideia da muralha estar a arder. Um momento único que partilhei com os meus amigos franceses. Recordo este dia porque foi um dos mais improváveis 14 de Julho que lá passei e que recordo com  saudade. Vive la France!

Monday, July 13, 2020

A descoberta dum pintor num local improvável

Proponho-vos hoje um grande pintor francês, Renoir e um dos seus belos quadros, 'Retrato de Madame Henriot' de 1876. Cruzei-me com Renoir num local improvável - ou talvez não - mais concretamente em Paris, Montmartre. Foi lá que um dos muitos artistas de rua por lá proliferam me falou de Renoir e deste quadro quando me mostrou com orgulho uma réplica que dele tinha feito. Da maneira como falou e das explicações detalhadas que me deu sobre Renoir, - pintor que ele muito admirava - acicatou-me a curiosidade. Depois foi a descoberta deste grande pintor que aqui vos trago. Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) foi um pintor francês que iniciou o desenvolvimento do movimento impressionista. C.onhecido por celebrar a beleza e, especialmente, a sensualidade feminina, diz-se que Renoir é o último representante de uma tradição herdada diretamente de Rubens e terminando com Watteau. Ele foi pai do ator Pierre Renoir (1885–1952), do cineasta Jean Renoir (1894–1979) e do ceramista Claude Renoir (1901–1969). Foi avô do cineasta Claude Renoir (1913–1993). Reproduzo em anexo o quadro que me levou a cruzar-me com este grande artista francês.

Sunday, July 12, 2020

"Amigo Imaginário" - Stephen Chbosky

Proponho para este dias um livro muito interessante, trata-se de "Amigo Imaginário" de Stephen Chbosky. Este livro propõem-nos uma visão da luta entre o bem e o mal, travada num mundo imaginário, já tratado num outro plano e numa outra vertente pela "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll. Nem sempre aquilo que nos parece ser o bem o é de facto, como nem sempre aquilo que nos parece ser o mal também pode não o ser. Lê-se na sinopse: 'Kate Reese e o filho, Christopher, estão em fuga. Kate é jovem mas tem já uma longa lista de desaires na bagagem. A única coisa em que nunca vacilou foi no seu amor incondicional por Christopher. É esse amor que a leva a partir a coberto da noite, deixando para trás uma vida em que as boas recordações são raras. Mãe e filho só param quando, por instinto, chegam à pacata vila de Mill Grove. Subitamente, o sonho de um verdadeiro lar afigura-se possível. E a princípio, parecem ter feito a escolha certa. A vila é pequena e segura, e os novos vizinhos são acolhedores. Mas é então que Christopher desaparece. Durante seis penosos dias, não há notícias dele. E quando reaparece, vindo de um bosque, o rapaz aparenta estar bem. Mas o que ninguém sabe é que ele não voltou sozinho. Christopher traz consigo uma missão e um amigo imaginário - uma voz que apenas ele ouve; o prenúncio da uma tragédia…' 'Amigo Imaginário' é uma obra-prima, fruto de uma imaginação sem limites e de uma profundidade emocional tremenda. Não é apenas um livro de suspense: Stephen Chbosky proporciona-nos uma experiência de leitura extraordinária e inesquecível que se desenrola por mais de 800 páginas. Sobre o autor, Stephen Chbosky é um romancista, guionista e realizador de cinema americano. O seu romance 'As Vantagens de Ser Invisível' e subsequente adaptação cinematográfica (com Emma Watson num dos principais papéis) catapultaram-no para a fama. Desde então já trabalhou em inúmeros projetos televisivos e cinematográficos, incluindo a adaptação para o grande ecrã do romance Milagre, de R.J. Palacio (publicado pela LeYa), com Julia Roberts e Owen Wilson. Atualmente reside em Los Angeles, Califórnia.  Um livro recomendável com uma história emocionante que nos leva numa vertigem. A edição é da ASA.

Saturday, July 11, 2020

Intimidades reflexivas - 1199

"As pessoas que verdadeiramente amamos nunca nos são tiradas. Não há ladrões de memórias!" - Sérgio Lizardo

Friday, July 10, 2020

Intimidades reflexivas - 1198

"De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos." - Fernando Pessoa (1888-1935)

Thursday, July 09, 2020

Intimidades reflexivas - 1197

"Não morre quem se ausenta, morre quem é esquecido." - Mia Couto

Wednesday, July 08, 2020

No 97º aniversário da morte de Guerra Junqueiro

Hoje cumpre-se o 97º aniversário do falecimento do poeta que foi dos mais importantes na passagem dos séculos XIX para o XX. O seu livro mais célebre é 'Os Simples'. Há um belo poema de Guerra Junqueiro cantado por Luís Cilia chama-se 'Cavador do Douro'. Não sou admirador do cantor mas acho que esta foi uma feliz interpretação. Lá onde estiveres que estejas em paz, Guerra Junqueiro!

Tuesday, July 07, 2020

Nos 160 anos do nascimento de Gustav Mahler

Um pequeno extrato da segunda sinfonia de Mahler conhecida por Ressurreição. É uma peça que me diz muito, que tem a ver com o meu passado, presente e futuro. Já aqui expliquei o porquê numa outra altura. Hoje trago esta peça para celebrar os 160 anos deste grande compositor, um daqueles que considero sublime. Parabéns, Gustav Mahler!

Monday, July 06, 2020

Intimidades reflexivas -1196

"A solidão é perigosa e viciante. Quando alguém se dá conta da paz que existe nela, não quer mais lidar com pessoas." - Carl G. Jung (1875-1961)

Sunday, July 05, 2020

Intimidades reflexivas - 1195

"Os ricos enriquecem, os pobres empobrecem. E os outros, remediados, vão ficando sem remédio." - Mia Couto

Saturday, July 04, 2020

Memórias boémias

Conheci a obra de Toulouse-Lautrec numa situação inesperada. Estava então em Paris e um amigo francês falou-me do pintor e da sua obra essencialmente boémia ligada ao célebre cabaret Moulin Rouge. Falou-me tanto dele que acabei por ir ao famoso local de diversão noturna com o meu amigo a servir de cicerone apontando para perspetivas do espaço ligados à obra do pintor. Nestes tempos modernos, o Moulin Rouge é bem diferente daquele outro do tempo do artista em pleno século XIX. Mas mesmo assim, o meu amigo vi-a ligações improváveis em tudo. No dia seguinte levou-me a uma exposição a ver uma parte da obra de Lautrec. Fiquei fascinado. Um dos primeiros quadros que me mostrou foi este que aqui trago, 'Baile no Moulin Rouge'. Depois foi a descoberta deste pintor boémio como muitos que passaram por Paris. Toulouse-Lautrec nasceu em 1864 e viria a falecer em 1901. A sua obra situa-se no pós-impressionismo. Conhecido por pintar a vida boémia de Paris do final do século XIX num registo impressionante quase todo ele ligado ao Moulin Rouge. Trabalhou por menos de vinte anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade das suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte. Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau. Ainda hoje se podem ver alguns dos cartazes que fez para o Moulin Rouge e que este ostenta no seu espaço. A ele se deve a fixação em tela da dança mais icónica que por lá se pode ver, falo do famoso 'Can-Can'. Em 1891, Toulouse-Lautrec fez seu primeiro cartaz que foi intitulado como 'Moulin Rouge – La Goulue' (Paris). Este poster ganhou fama crescente mesmo rejeitando a noção de alta arte, feita no meio tradicional de óleo sobre tela. 'La Goulue' tinha a ver com os artistas de cariz mais popular, muito próximo dos palhaços de hoje em dia.

Friday, July 03, 2020

No 29º aniversário do seu falecimento

Passam hoje 29 anos do passamento do meu avô materno e padrinho José. Recordo esse dia como se tivesse acontecido agora, tal como recordo os muitos momentos que passei com ele ao longo da vida. Do ensino das primeiras letras ao gosto pela cultura, pelo estudo, pelo saber. Recordo a ida com ele aos ramalhos - como então lhe chamávamos - para construir uma bela cascata São Joanina. Recordo aqueles momentos em que me ajudava a fazer os trabalhos manuais (hoje chamam-se oficinais) ao seu neto que não tinha jeito nenhum para isso. Recordo da força que me incentivava a ir mais além. O saber para ele, homem simples que era, era algo de muito importante. Não teve oportunidade disso na sua vida, mas gostava que a sua descendência fosse diferente. Ainda chegou a ver o meu apogeu e ficou feliz. No fundo ela era o criador, o artista, que estava a contemplar a sua obra concluída. Hoje resta a memória, esta que aqui trago, profunda e sincera. Lá onde estiveres avô José, que estejas em paz!

Thursday, July 02, 2020

Intimidades reflexivas - 1194

"Se pudéssemos ver o milagre duma simples flor, toda a nossa vida mudaria." - Buda

Wednesday, July 01, 2020

No centenário de Amália Rodrigues

Passam hoje 100 anos sobre o nascimento da grande fadista Amália. Uma das suas mais belas canções foi 'Povo que lavas no rio' com poema de Pedro Homem de Mello, uma canção que me é cara por dois aspetos: o primeiro é que sendo o poema de Pedro Homem de Mello não ter quase nenhum ritmo, Amália consegui fazer da sua voz um outro poema; o segundo, é a memória do poeta que conheci ainda menino na televisão, então canal único e a preto e branco, onde tinha um programa sobre folclore e, mais tarde, pessoalmente, quando muitas vezes viajamos juntos no célebre eléctrico 6 que me levava para a escola Gomes Teixeira onde comecei os meus estudos e ele, então professor, ia dar aulas para uma escola próxima, a Escola Industrial Infante D. Henrique. Para além do grande poema, e da célebre interpretação, também por cá andam muitas das minhas memórias. Parabéns, Amália!

Feliz aniversário, Salgueiro Maia!

Faria hoje 76 anos. Um símbolo de Abril. Ficou célebre a frase : 'Não morrerei sem ver o meu país livre'. E viu... RIP Salgueiro Maia.