Sunday, January 31, 2016
Restou a comida seca...
Quando ia a caminho do local onde alimento o cachorro, ia a pensar no que ia encontrar. Talvez tudo vazio de novo. Mas não! Desta feita, a comida húmida tinha desaparecido toda, mas a seca ainda havia bastante. (Ver foto). A que deixei e, talvez, mais alguma que o Bruno Alves Ferreira lá terá deixado ontem. Seja como for, e se ela foi roubada pela pessoa que habita lá perto, como disse o Bruno, e pela casa de quem temos sempre que passar quando lá vamos deitar a comida, desta feita parece que deixou a seca. Pelo menos isso. Não vi o cão ou cães que por lá andam, nem os gatos que habitualmente me esperam ultimamente. Mas espero que todos tenham comida para comer o dia de hoje. A que deixei dá bem para isso.
Saturday, January 30, 2016
Tudo vazio...
Quando cheguei ao local onde alimento o cachorro vi que nada existia. Nem a comida seca, que ultimamente tem resistido, lá se encontrava. Se foram o cão e os gatos que a comeram tanto melhor, temo é que não tenha sido. Seja como for, abasteci os recipientes e até deixai bastante comida seca que tinha comigo na altura. (Ver foto). Hoje, finalmente e após mais de mês e meio de ausência, consegui contactar alguns trabalhadores duma das empresas que laboram parcialmente ao sábado. Disseram-me que o cachorro por lá aparece todos os dias para comer, mas também me informaram que andam por lá dois outros pequenos, que apareceram recentemente, talvez abandonados. Nunca os vi até hoje. Gostava de informar disso o meu amigo Bruno Alves Ferreira para ver a possibilidade de os retirar de lá e evitar que tudo recomece de novo. O Bruno tem meios de que eu não disponho para a captura. Se puder por lá passar e ver o que se passa agradeço. Não sei até se já os viu. Seja como for, aqui fica o meu apelo. Obrigado.
Galileu - O método científico - National Geographic
A National Geographic brindou-nos com mais um número especial, desta feita dedicado a Galileu e ao seu método científico. A exemplo dos números anteriores dedicados a grandes cientistas, este também é um excelente exemplo de como se pode contar uma biografia e até o seu cientifismos duma forma apelativa, numa linguagem simples, entendível por todos, mesmo aos não iniciados nestas matérias. Profusamente ilustrado, com um resumo inicial sobre a vida de Galileu, este é um número de verdadeiro colecionador. Mesmo para jovens que agora começam a trilhar os primeiros conhecimentos destas matérias, talvez este seja uma excelente manual complementar aos que são obrigatórios. Este número tem por título "Galileu - O método científico" e como subtítulo 'A natureza escreve-se com fórmulas'. Com a qualidade da National Geographic esta é mais uma revista de grande qualidade a reter. A um preço acessível para a qualidade que encerra. Publico um fac-simile da capa em espanhol porque não encontrei a mesma em português, mas ela é em tudo igual aquela que se encontra à venda entre nós. Recomendável a todos os títulos.
Friday, January 29, 2016
Ecos da madrugada
Ainda não tinham batido as seis da manhã, já eu iniciava o meu habitual "jogging". Dez quilómetros me esperavam para serem percorridos. A madrugada estava fresca, com aquela frescura que se entranha na pele e nos faz sentir mais jovens. (Não gosto de falar de frio porque frio não estava, e então se compararmos com outras latitudes, nem é bom pensar). Não havia vivalma na rua, apenas um carro aqui ou ali que passava, lentamente, - até parece que o carro também tinha sono -, com o condutor a bocejar e a esfregar os olhos ainda mal acordado. Uma ou outra pessoa encolhida na paragem do autocarro, há espera que ele chegasse, para entrar no seu ventre aquecido, e acabar o sono que tinha sido interrompido antes de tempo. Algumas ruas mais iluminadas, outras nem por isso. Por incúria ou simplesmente por ela ainda ali não chegou. Mas nem era preciso. Um lindo luar de Janeiro era o meu companheiro de jornada como se ele também me quisesse acompanhar. É nestes momentos que me sinto melhor. Com música para aliviar a caminhada, ou sem ela, - como foi hoje o caso -, é sempre um momento em que nos reencontramos com nós próprios, com os pensamentos, vivências, memórias. Estes são momentos únicos que o ruído do acordar da cidade, o bulício do corre corre apressado de quem vai tarde em busca do seu trabalho, não nos deixa ter. São momentos em que nos cruzamos com o país real que somos. Onde uma outra cidade aparece miserável e carente, a coberto da noite e da vergonha, caminhando em busca do seu novo amanhã, que recomeça dia após dia. Um outro mundo, uma outra realidade, um outro país. Mas também temos que olhar para o céu, e hoje era bem visível um extraordinário alinhamento planetário que terá o seu apogeu no dia 2 de Fevereiro. Já era bem visível a olho nú. E a caminhada frenética lá continuava, os quilómetros iam sendo devorados momento a momento. Até se esgotarem. Depois um banho retemperador. Um novo dia começa. Apenas restam os ecos de mais uma madrugada.
Thursday, January 28, 2016
Centenário de Vergílio Ferreira
Passam hoje 100 anos sobre o nascimento do grande escritor português Vergílio Ferreira. Nasceu a 28 de Janeiro 1916 em Gouveia e viria a falecer a 1 de Março de 1996 em Sintra. Embora a sua formação fosse de professor, foi como escritor que se notabilizou, com obras como "Manhã Submersa" ou "Aparição". (Obras que posteriormente tiveram a sua passagem ao cinema). Viveu num país autoritário, totalitário mesmo, em pleno Estado Novo, onde a Igreja foi um dos pilares da sua sustentação. Ela que tanto aparece nos livros de Vergílio Ferreira, sempre alinhando pelo lado do poder instituído de então. Contrariando essa visão totalitária, levou a que Vergílio Ferreira fosse mais um dos proscritos do regime ao lado de tantos outros, apenas por não ser um incondicional da política de então. Os seus escritos atravessam duas áreas importantes: a do Neorrealismo e a do Existencialismo, onde a maioria da sua obra é catalogada. Mestre da ficção e do conto, sempre retratou os espaços do interior que ele tão bem conhecia, onde afinal tinha desenvolvido toda a sua identidade. Num período em que os mais jovens, - alienados pela tecnologia que hoje invade as nossas vidas, tenham deixado de ler -, talvez seja a altura de publicitar estes nomes maiores da nossa cultura e incentivar esses jovens a ler. A ler os livros, mas também, a ler a identidade do seu país, a cultura do povo a que pertencem, cada vez mais adulterada por estereótipos importados que nada têm a ver connosco e, por vezes, até de duvidosa qualidade. Vergílio Ferreira pode ser o princípio duma longa escada da cultura nacional. Estas efemérides também servem para isso. Preservar a memória deste mentores culturais e trazer as novas gerações, na sua infindável curiosidade, a descobrir a cultura do seu país.
Homenagem a Vasco Santana
Passam hoje 118 anos sobre o nascimento daquele que é considerado o maior ator português, Vasco Santana, nascido a 28 de Janeiro de 1898 em Lisboa , na freguesia de Benfica. O homem que se celebrizou em interpretações fabulosas no grande cinema dos anos 40. Grandes cenas se tornaram célebres, desde logo, a cena do candeeiro - que podem ver aqui https://www.youtube.com/watch?v=c7oBYqIqZRQ - e que é uma das mais encumeásticas do cinema português. Também trilhou os caminhos do drama, mas foi na comédia que se celebrizou em filmes como o "Pátio das Cantigas", "O Pai Tirano" ou "A Canção de Lisboa" apenas para citar alguns. Vasco Santana, que nunca foi um ídolo para o regime anterior que muito satirizou, trabalhou até morrer, nunca vendo reconhecido o seu talento pelos poderes da altura. Apenas o povo que ele enfrentava em palco o elevou ao estrelato onde hoje se encontra. Vasco Santana viria a falecer em Lisboa a a 13 de Junho de 1958. Parabéns, Vasco Santana pelas alegrias que nos destes e que ainda nos dás, quando revemos os teus filmes.
Wednesday, January 27, 2016
Tuesday, January 26, 2016
Monday, January 25, 2016
A história que se repete
Mais uma vez, assistimos ao mesmo. A indefinição do Partido Socialista (PS) a abrir alas à direita. Aconteceu assim a quando da eleição de Cavaco Silva e deu no que deu. Ontem repetiu-se de novo. Compreendo a dificuldade do PS em tomar posição. Afinal uma das suas militantes mais destacadas - Maria de Belém Roseira - antiga presidente do partido, tinha-se candidatado a Belém, já depois dum certo apoio tácito do PS ao Prof. Sampaio da Nóvoa. Essa particular situação, levou a que o PS não tivesse muito por onde caminhar. Ou apoiar Nóvoa contra uma sua destacada militante, ou apoiar Maria de Belém depois do apoio tácido dado a Nóvoa. Neste emaranhado de situações, acrescido com a proliferação de candidaturas (nada mais, nada menos do que dez) levou a uma proliferação de votos que beneficiava o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. A grande abstenção, que normalmente prejudica quem vai à frente, parece que desta vez teve um efeito perverso. Seja como for, esta tempestade perfeita serviu a candidatura de Marcelo. Mas dizer que a direita ficou contente parece ser redutor. Todos sabemos do incómodo duma certa direita ultraliberal em aceitar Marcelo - o "catavento político" como lhe chamou Passos Coelho - que apenas lhe deu apoio duma forma distante e tímida, porque contrária aquilo que pensavam dele. Mas o povo falou e escolheu e nada mais há a dizer. É isso a essência da Democracia. Mas estou curioso para ver o que Marcelo irá fazer. Ele que preparou meticulosamente ao longo de dez anos esta candidatura nos espaços televisivos em que participava. Para além da sua habilidade política, ainda restam algumas dúvidas. Porque ser comentador de tudo nas televisões - até de futebol - ou entrar em pastelarias, não é tudo, há muito mais a esperar dum Presidente da República. Será que vamos ter uma versão Cavaco revista e ampliada? Talvez, embora ache que Marcelo é suficientemente inteligente para se afastar do óbvio. Será que a estabilidade política ganhou com esta eleição? Não sei, o tempo se encarregará de dar resposta a isso. Demasiadas interrogações logo no dia seguinte, o que vem provar que toda a gente queria Marcelo, mas... Agora é tarde. A História repetiu-se de novo. Uma esquerda que não foi capaz de apresentar um candidato consensual. Uma militante do PS que apenas surgiu para atrapalhar. Talvez tivesse sido essa a intenção. Seja como for, Marcelo aí está, - embora pareça que ninguém (do espetro político) tenha ficado demasiado eufórico com isso - a encher o espaço das nossas vidas e, também, o espaço televisivo. De novo!... Mas agora, depois da refrega eleitoral, é hora de nos voltarmos para o país, pelo bem dos portugueses e de Portugal.
Sunday, January 24, 2016
Parece que estava normal...
Parece que tudo estava normal. Quando lá cheguei havia ainda muita comida seca e húmida. (Ver foto). Um dos gatos lá estava a fazer o repasto. Afastou-se um pouco para eu lhe colocar comida fresca. Depois, quando me vim embora, deve ter voltado, animado pelo odor da nova comida. Seja como for, parece que a comida tem permanecido no local. Não tem sido roubada ao que suponho. Ainda bem. Que assim continue para bem deles e para conforto meu e de todos os outros que os apoiam.
Saturday, January 23, 2016
Sinto-me melhor...
Assim, sim. Sinto-me, de facto, melhor. A comida parece que tem permanecido. Hoje quando lá cheguei ainda havia muita comida seca e húmida. (Ver foto). Sinal de que ninguém a tinha retirado, pelo menos até essa altura. Abasteci tudo normalmente. Não vi nem o cão, nem os gatos. Ainda era noite, provavelmente ainda estariam recolhidos. Venho de lá contente. Por eles e por todos os que, como eu, ajudam estes pobres animais.
Friday, January 22, 2016
Subvenções e presidenciais
Estamos chegados ao fim da campanha para as presidenciais até com vencedor pré-anunciado. Ao longo dela houve sempre aqueles pequenos truques para tentar influenciar este ou aquele candidato. O último dos quais, e talvez o mais flagrante, foi o das subvenções vitalícias aos políticos. Aqui critiquei em devido tempo que haja quem tenha pedido o aclaramento ao Tribunal Constitucional sobre a matéria, mas isso não significa que tal seja ilegítimo ou até ilegal. Estão nesta situação cerca de vinte e cinco deputados. E apenas estes porque esta benesse foi retirada em 2005 pelo governo chefiado por José Sócrates, para aqueles que têm memória mais débil. Assim, não se trata de repor uma prerrogativa já extinta, mas sim, o de clarificar o direito deste grupo de deputados. Seja como for, isto serviu de arma de arremesso político contra uma das candidaturas, a de Maria de Belém Roseira. Não sou apoiante desta candidatura, mas sempre me incomodou a maneira oportunista como se fazem aproveitamentos políticos. De falsos profetas, catrastofistas e quejandos, anda o mundo cheio. E o perigo desse populismo barato traduz-se ainda num maior afastamento dos cidadãos da política. O que é um primeiro passo para por em causa o próprio regime e a democracia. É curioso que uma das candidaturas que mais explorou este caso, não tenha tido uma palavra para um outro tipo de apoios, também eles vitalícios, que derivam de se ser deputado europeu. Com certeza foi por "esquecimento". Enfim, uma amálgama de confusões e diatribes, que só vêm beneficiar a candidatura que aparece nas sondagens à frente das restantes, sem que se perceba o móbil de tudo isto. Seja como for, será sempre bom que não percamos de vista que aquilo que parece nem sempre é. Na política como na vida, por vezes há quem ande a colocar pedrinhas na estrada na firme convicção de que, inevitavelmente, tropeçaremos nelas. Um alerta aqui fica. Antes de partirmos para o aparentemente óbvio, será bom que nos documentemos com mais profundidade. Só assim, deixaremos de ser joguetes nas mãos de pessoas que não olham a meios para atingir os fins. É tempo de dizer basta ao populismo barato que por vezes assola a nossa democracia. Basta de confusões. Basta de equívocos. Basta de golpes baixos. Não é assim que se reconstrói um país. Aqui fica a clarificação a bem da verdade.
No 26º aniversário do falecimento da minha avó
Começa mais um ano e com ele um novo ciclo de efemérides recomeça. (Dir-me-ão porque faço isso? Pois, porque o amor tem destas coisas, e a gratidão também. Amor que recebemos e que temos obrigação de retribuir. Gratidão pelo que fizeram por nós e isso não podemos retribuir, apenas resta homenagear a memória). A primeira dessas efemérides prende-se com a minha avó materna Margarida que hoje faz 26 anos que me deixou. Era uma tarde solarenga de Janeiro quando na empresa onde então trabalhava me chegou a fatal notícia. Já estava em declínio havia algum tempo, mas logo no dia em que parecia que estava a melhorar, foi aquele que se tornou o seu derradeiro. Dela guardo muitas e saudosas recordações como venho desfiando em cada ano que passa e em que celebro estas datas. Era o meu esteio, o muro sólido onde me amparava, a força que por vezes me faltava. 26 anos passaram e parece que foi ontem. O turbilhão de memória é avassalador nestas alturas. Porque elas aparecem sem pedir licença e até se confundem umas com as outras. Mas hoje, - à distância de mais de um quarto de século -, não queria deixar passar esta data. Uma data importante para mim. Uma grande perda que tinha começado no ano anterior com uma outra e que iria, em pouco tempo, desbastar a minha família quase na totalidade. Momentos únicos. Momentos doridos. Saudades eternas. 26 anos depois a memória permanece e com ela a sua vivência. Lá onde estiveres, avó Margarida, que estejas em paz. Por tudo o que fizeste por mim. Pelo que me amparaste, pelo que me ensinaste, pela educação que também me deste. Obrigado por isso, e muito mais, avó Margarida. Descansa em paz!
Thursday, January 21, 2016
Wednesday, January 20, 2016
Apesar de tudo!...
Apesar de tudo amar. Apesar de tudo viver. Apesar de tudo sentir. Apesar de tudo arriscar. Querer apesar de tudo. Crer apesar de tudo. Insistir apesar de tudo. Ser apesar de tudo. Ir apesar de tudo. Apesar de tudo é o melhor conselho que alguém pode dar a alguém. Por mais coisas que nos faltem na vida há tantas coisas que não nos faltam na vida apesar de tudo.
Tuesday, January 19, 2016
Monday, January 18, 2016
Momentos difíceis
Todos nós temos os nossos momentos menos bons. Todos nós temos o nossos momentos difíceis. Hoje quis aqui trazer um texto, mais do que um texto, uma declaração, profunda e sentida. Desesperada até. Vem duma amiga e colega, a Vanda. Não sei o que está por trás, mas imagino. Porque algo de muito sério será para motivar este texto. Ela sabe que pode contar comigo. Conhecemo-nos vai para 30 anos, quando ambos frequentávamos a Faculdade de Economia. Vivemos relativamente perto um do outro. Apesar disso, não nos vemos com frequência. Temos percursos na vida diferentes. Mas não podemos ficar indiferentes ao sofrimento de alguém. Alguém que partilha este texto nas redes sociais está, definitivamente, a pedir ajuda. Mesmo que ache que não. Mesmo que julgue que é apenas um desabafo. Pela profundidade do mesmo, resolvi trazê-lo a este espaço. Não estou a cometer nenhuma inconfidência, visto a própria o ter tornado público. O texto diz assim:
"Há formas diferentes de fazer o luto e há lutos diferentes. Não sei qual é o pior de ultrapassar se o luto por alguém que morreu ou o luto por alguém que continua vivo, mas que partiu também. Não, não estou a falar de emigrados, desterrados, viajantes que só regressam a nós esporadicamente. Estou a pensar naquelas pessoas que amamos, nos amaram e de quem perdemos o amor. Não, não estou a falar de relacionamentos falhados, de divórcios, de casamentos que acabaram. Não, é diferente e eu sei do que falo pois já vivi isso tudo. Estou a falar de outras relações- o amor, a amizade, o carinho fundem-se, por vezes, e levam-nos a quer ter aquela pessoa sempre do nosso lado- para rir, para falar ou para sentir os silêncios. Mas, quando os silêncios incomodam, é o primeiro sinal que algo não vai bem. E percebemos que já não podemos contar com ela. Simplesmente, partiu. E é então, que as recordações pesam como chumbo e aparecem em sonhos imagens de quando éramos cúmplices. E a gente tenta reatar, tornar a atar algo que se dissolveu. De que vale? De nada. Esfuma-se e damo-nos conta como a vida é intensa e efémera. E como nos apegamos desmesuradamente, quais idiotas, a coisas e pessoas e memórias. E guardamos pedacinhos de papel e bilhetes de cinema, capas de cd’s e objectos partidos, colares e conchas daquelas férias, calendários, aquela caneta que nos foi oferecida no dia tal, fotografias amassadas em envelopes amarelos com os negativos junto. Para quê?! Dizia eu que há formas diferentes de fazer o luto- uma delas é desfazer-se dessas coisas todas. Usem uma máscara, de preferência. Evita o pó e disfarça as lágrimas." - Vanda, aliás, Ladyred Bug.
Este é um texto que poderia ser de cada um de nós. Todos nós temos momentos assim. Uns piores que outros, mas temos. Este também é um texto para reflexão. Sobre os escolhos da vida. Sobre a vida em si mesma. Sobre este chão que pisamos e percorremos enquanto durar. Este é um texto sentido. Um texto que vem da alma. Um texto duma mulher extraordinária, que tem vivenciado a vida em toda a sua plenitude. Uma mulher que vive com intensidade. Uma mulher determinada e forte. Uma Mulher com M maiúsculo.
"Há formas diferentes de fazer o luto e há lutos diferentes. Não sei qual é o pior de ultrapassar se o luto por alguém que morreu ou o luto por alguém que continua vivo, mas que partiu também. Não, não estou a falar de emigrados, desterrados, viajantes que só regressam a nós esporadicamente. Estou a pensar naquelas pessoas que amamos, nos amaram e de quem perdemos o amor. Não, não estou a falar de relacionamentos falhados, de divórcios, de casamentos que acabaram. Não, é diferente e eu sei do que falo pois já vivi isso tudo. Estou a falar de outras relações- o amor, a amizade, o carinho fundem-se, por vezes, e levam-nos a quer ter aquela pessoa sempre do nosso lado- para rir, para falar ou para sentir os silêncios. Mas, quando os silêncios incomodam, é o primeiro sinal que algo não vai bem. E percebemos que já não podemos contar com ela. Simplesmente, partiu. E é então, que as recordações pesam como chumbo e aparecem em sonhos imagens de quando éramos cúmplices. E a gente tenta reatar, tornar a atar algo que se dissolveu. De que vale? De nada. Esfuma-se e damo-nos conta como a vida é intensa e efémera. E como nos apegamos desmesuradamente, quais idiotas, a coisas e pessoas e memórias. E guardamos pedacinhos de papel e bilhetes de cinema, capas de cd’s e objectos partidos, colares e conchas daquelas férias, calendários, aquela caneta que nos foi oferecida no dia tal, fotografias amassadas em envelopes amarelos com os negativos junto. Para quê?! Dizia eu que há formas diferentes de fazer o luto- uma delas é desfazer-se dessas coisas todas. Usem uma máscara, de preferência. Evita o pó e disfarça as lágrimas." - Vanda, aliás, Ladyred Bug.
Este é um texto que poderia ser de cada um de nós. Todos nós temos momentos assim. Uns piores que outros, mas temos. Este também é um texto para reflexão. Sobre os escolhos da vida. Sobre a vida em si mesma. Sobre este chão que pisamos e percorremos enquanto durar. Este é um texto sentido. Um texto que vem da alma. Um texto duma mulher extraordinária, que tem vivenciado a vida em toda a sua plenitude. Uma mulher que vive com intensidade. Uma mulher determinada e forte. Uma Mulher com M maiúsculo.
Sunday, January 17, 2016
Intimidades reflexivas - 537
"Tudo que existe existe talvez porque outra coisa existe. Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo. Sinto que eu nâo existiria, nesta hora — que não existiria, ao menos, do modo em que estou existindo, com esta consciência presente de mim, que por ser consciência e presente é neste momento inteiramente eu — se aquele candeeiro não estivesse aceso além, algures, farol não indicando nada num falso privilégio de altura. Sinto isto porque não sinto nada. Penso isto por- que isto é nada. Nada, nada, parte da noite e do silêncio e do que com eles eu sou de nulo, de negativo, de intervalar, es-paço entre mim e mim, coisa esquecimento de qualquer deus..." - Bernardo Soares (um dos heterónimos de Fernando Pessoa) in 'LIVRO DO DESASSOSSEGO'.
Tenho dúvidas!...
Certamente que fico com dúvidas! Parece que quem leva a comida deixa a seca para trás, ou então eles comem a húmida e a seca não. Se é o primeiro caso, acho que até posso aceitar. Assim, o cachorro e os gatos têm sempre algo para comer. É que comida seca de cão e gato ainda havia muita. Quanto à húmida não, até parece que os recipientes tinham sido lavados. (Ver foto). Seja como for, ainda havia comida para uns e para outros e isso, só por si, já é uma boa notícia.
Saturday, January 16, 2016
Será?...
Fiquei com dúvidas hoje quando fui deitar comida ao cachorro. Havia bastante comida seca de cão e gato, o que significa que o meu amigo Bruno Alves Ferreira por lá passou. Contudo, a disposição dos restantes recipientes deixou-me dúvidas. (Ver foto). Seja como for, abasteci-os e, embora o cachorro não tivesse feito a sua aparição, um dos gatos por lá andava à espera que eu viesse embora. Esse, assim espero, ainda irá a tempo de beneficiar do repasto.
Friday, January 15, 2016
A problemática das 35 horas
Temos vindo a assistir a várias alterações com a atual governação face à anterior. Nada de surpreendente, visto estarem consagradas no programa do governo do PS. Entre elas, está a questão da reversão das 35 horas da função pública. Mas a medida tem impactos que será bom pensarmos com cuidado. Sobretudo, num ambiente em que ainda as nossas contas continuam a ser escrutinadas, onde o nosso grau de liberdade não é total, apesar da fanfarronice do anterior executivo. E se a passagem das 35 para as 40 horas poderia ser polémica - e digo, poderia ser, porque esta questão não é tão linear assim - a sua reversão é mais complicada, sobretudo, face à pressa com que os partidos que suportam o governo dão mostras. Para o BE penso que se fala em cinco dias, quanto ao PCP já se alarga um pouco e vai para os trinta dias e a proposta do PS é mais cautelosa apontado para início do segundo semestre. Todos sabemos que esta medida vai ter impactos grandes, - desde logo no OE -, e que a sua redução ainda implica um eventual aumento das horas extraordinárias e/ou recrutamento de novos funcionários. A pressa, nesta como em outras questões, nunca é boa conselheira. (E não esqueçamos que o assunto está em sede parlamentar o que torna esta questão mais curiosa e a pressa mais incompreensível). E aquela que a CGTP parece ter é inaceitável. Porque a CGTP não tem a responsabilidade da governação e pensa que basta carregar num botão para que tudo aconteça. Aliás, a manutenção da greve para o dia 29 deste mês, diz bem do caráter anómalo, vindo dum organismo que tem no PCP um forte apoio, o mesmo PCP que apoia o governo. Não deixa de ser estranho a irresponsabilidade (ou oportunismo) de alguns face à realidade do país. Daí que o PCP deveria corrigir o prazo que consta da sua proposta, e levar a CGTP a pensar com mais cuidado, medidas que não são tão fáceis assim de implementar. Esta medida só por si, terá impactos na produtividade, para não falar no chamado custo unitário do trabalho, que aqui não vou aprofundar pela sua complexidade, mas que é um fator que pode ser bem complexo. Da justeza da medida ou não, deixo a cada um de, para além das suas simpatias políticas, analisar com profundidade. Mas o que acho importante, é que se meçam bem os 'timings' desta e doutras medidas para não criar uma situação de bloqueio na governação que seria impensável a tão curto prazo. Cada medida tem necessariamente associado um custo, custo esse que terá repercussões no OE, o mesmo OE que antes de ser discutido na AR terá que passar no crivo de Bruxelas. A mesma Bruxelas de quem dependemos, queiramos ou não. Tal não deve ser esquecido embora não deixe de ser importante que aconteçam correções à fúria devastadora do anterior executivo. A bem do país. Ao fim e ao cabo, a bem de todos nós.
Thursday, January 14, 2016
A todos os que amam e ajudam os animais
"Humano, vejo que estás chorando porque chegou meu momento de partir. Não chores por favor, quero te explicar algumas coisas. Tu estás triste porque eu fui embora, e eu estou feliz porque te conheci. Quantos como eu morrem diariamente sem ter conhecido alguém especial? Os animais às vezes passam tanto tempo sozinhos à nossa própria sorte. Só conhecemos o frio, a sede, o perigo, a fome. Temos que nos preocupar em como conseguiremos algo para comer e aonde passaremos a noite protegidos. Vemos muitos rostos todos os dias, que passam sem nos olhar, e as vezes é melhor que nem nos vejam, antes de se darem conta que estamos aqui e nos maltratem. Às vezes temos a enorme sorte que entre tantas pessoas passa um anjo e nos recolhe. Às vezes, os anjos vêm e são organizados em grupos, às vezes há outros anjos longe e enviam muita ajuda para nós. E isso muda tudo. Se necessário nos levam a outro tipo de anjo que sabem muito, e nos dão remédios para nos curar. Nos escolhem uma palavra que pronunciam cada vez que nos vêem. Um NOME. Eu acho que o que você diz, é que somos "especiais", deixamos de ser anónimo, para ser um de muitos, e um de vocês. E conhecemos o que é um lar! Você não tem ideia de como isso é importante para nós? Nós já não temos que ter medo nunca mais, não temos mais fome, ou frio, ou dor, ou perigo. Se você pudesse calcular o quão feliz que nos faz. Para nós qualquer casa é um palácio! Nós já não nos preocupamos se vai chover, se vai passar um carro muito rápido ou se alguém vai nos ferir. E, principalmente, não estamos sozinhos, porque nenhum animal gosta de solidão, o que mais se pode pedir? Eu sei que te entristece a minha partida, mas eu tinha que ir agora. Quero te pedir que não se culpe por nada; te ouvi soluçar que deveria ter feito algo mais por mim. Não diga isso, fez muito por mim! Sem você não teria conhecido nada da beleza que carrego comigo hoje. Você deve saber que nós, animais, vivemos o presente intensamente e somos muito sábios: desfrutamos de cada pequena coisa de cada dia, e esquecemos o passado ruim rapidamente. Nossas vidas começam quando conhecemos o amor, o mesmo amor que você me deu, meu anjo sem asas e duas pernas. Saiba que mesmo se você encontrar um animal que está gravemente ferido, e que só lhe resta apenas um pouquinho de tempo neste mundo, você presta um enorme serviço ao acompanhá-lo em sua transição final. Como te disse antes, nenhum de nós gostamos de estar só, menos ainda quando percebemos que é hora de partir. Talvez para você não seja tão importante, que um de vocês esteja ao nosso lado nos acariciando e segurando a nossa pata, nos ajuda a ir em paz. Não chores mais por favor. Eu vou feliz. Tenho na lembrança o nome que você me deu, o calor da sua casa que neste tempo se tornou minha. Eu levo o som de sua voz falando para mim, mesmo não entendendo sempre o que me dizia. Eu carrego em meu coração cada caricia que você me deu. Tudo o que você fez foi muito valioso para mim e eu agradeço infinitamente, não sei como dizer a você, porque eu não falo sua língua, mas certamente em meus olhos pôde ver a minha gratidão. Eu só vou pedir dois favores. Lave o rosto e começa a sorrir. Lembre-se que bom que vivemos juntos estes momentos, lembre-se das palhaçadas que fazia para te alegrar. Reviva como eu todo o bem que compartilhamos neste tempo. E não diga que não adotará outro animal porque você tem sofrido muito com a minha partida. Sem você eu não viveria as belezas que vivi. Por favor, não faça isso! Há muitos como eu esperando por alguém como você. Dê-lhes o que você me deu, por favor, eles precisam assim como eu precisei de ti. Não guarde o amor que tens para dar, por medo de sofrer. Siga o meu conselho, valorize o bem que compartilha com cada um de nós, reconhecendo que você é um anjo para nós os animais, e que sem pessoas como você a nossa vida seria mais difícil do que às vezes é. Siga a sua nobre tarefa, agora cabe a mim ser o seu anjo. Eu vou estar acompanhando você no seu caminho e te ajudarei a ajudar os outros como eu. Eu vou falar com outros animais que estão aqui comigo, vou lhes contar tudo o que você tem feito por mim e eu vou apontar e dizer com orgulho: "Essa é a minha família". Hoje à noite, quando você olhar para o céu e ver uma estrela piscando quero que você saiba que sou eu piscando um olho; avisando a você que cheguei bem e dizendo-lhe "obrigado pelo amor que você me deu". Eu me despeço agora não dizendo "adeus", mas "até logo". Há um céu especial para pessoas como você, o céu para onde nós vamos e a vida nos recompensa tornando a nos encontrar lá. Eu estarei te esperando!" - Tom Masiero.
110º aniversárario da Livraria Lello & Irmão
Hoje celebram-se os 110 anos da Livraria Lello & Irmão. Transcrevo na íntegra um excelente artigo publicado no jornal Público, assinado por Ana Fernandes.
' "O ministro da Cultura referiu a Lello como exemplo de que “a cultura pode ser motor para o desenvolvimento”. Até às 21h, a Lello está aberta ao público e em festa na Rua das Carmelitas.
Foi com o discurso do recém-nomeado Ministro da Cultura, João Soares, que a Livraria Lello abriu na manhã desta quarta-feira as suas portas ao público para comemoração do seu 110º aniversário. Os parabéns cantaram-se ao som do quarteto da Banda Sinfónica Portuguesa e os visitantes tiveram direito a postais, doces típicos, e poesia de Guerra Junqueiro e Florbela Espanca.
A 13 de Janeiro de 1906 que a livraria Lello, classificada em 2013 como património histórico da cidade, foi inaugurada na presença de políticos e intelectuais, entre eles Afonso Costa e Guerra Junqueiro, primeiro nome no Livro'Ouro da casa, que foi também hoje assinado por João Soares.
O ministro da Cultura assinalou no seu discurso que se revê nas “tradições republicanas” da livraria, inaugurada quatro anos antes da Implantação da República, palco de tertúlias para os intelectuais da época, e que agora “cumpre 110 anos em boas mãos”. João Soares agradeceu ainda à família Lello pelo seu papel na valorização da cultura nacional. “Este é um trabalho que serve o país, que serve a nossa cultura, e que tem que ser agradecido do fundo do coração por quem agora transitoriamente tem a responsabilidade do ministério da Cultura em Portugal”.
Nas declarações à imprensa, o ministro acrescentou que a livraria “é a prova de que a cultura tem mercado e tem um espaço de afirmação no plano comercial para o país, mas sobretudo que a cultura pode ser um motor para o desenvolvimento”. Ponto de referência na rota turística do Porto, a Lello atrai diariamente centenas de visitantes, e desde Julho do ano passado começou a cobrar a entrada com vouchers de 3€, dedutíveis na aquisição de livros.
“Conseguimos resgatar a essência da livraria”, afirma José Manuel Lello, director e bisneto de José Lello, co-fundador da Lello & Irmãos. “No Verão chegávamos a ter cerca de cinco mil pessoas a entrar aqui dentro, muitas delas sem interesse nem na arquitectura, nem nos livros.” Apesar de o número de visitantes ter diminuído, José Manuel Lello adianta que a medida “permite que as pessoas estejam aqui num ambiente tranquilo, calmo, e que, com o voucher, comprem mais livros”.
Resultado disso é que as vendas da Lello aumentaram 300% nos últimos seis meses. De uma média de 190 livros por dia, a livraria passou a vender cerca de 522, e é Fernando Pessoa que se destaca no topo das vendas. O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, presente na cerimónia, admitiu-se fã confesso das obras do poeta, e admira que a Lello tenha tido “a inteligência de as ter disponíveis em varias línguas, o que faz com os turistas também a adquiram”.
"É um museu vivo" diz Eliane Oliveira, de Minas Gerais, Brasil, que já conhecia a Lello. Foi um dos primeiros lugares que quis visitar quando chegou à cidade pela primeira vez, em Julho do ano passado. Agora a viver cá, Eliane regressa à Lello sempre que pode, e esta quarta-feira voltou para fazer parte da festa e deixar uma mensagem no livro de honra, aberto aos visitantes. "Escrevi parabéns, e disse que a livraria nos inspira, alimenta a nossa imaginação".
É na promoção da cultura e da história do país que a Lello mais tem apostado. “Tornámo-nos grandes exportadores da cultura portuguesa, da gastronomia, dos azulejos, de várias temáticas”, diz José Manuel Lello. As traduções das mais importantes obras da língua portuguesa têm lugar de destaque, havendo também espaço para novos autores e criações.
“Um dos méritos que esta casa teve ao longo destes 110 anos foi conseguir adaptar-se às grandes mudanças no ramo editorial e livreiro”, diz José Manuel Lello. “Tenho a certeza de que se o meu bisavô, fundador desta casa, estivesse aqui hoje ficaria boquiaberto ao ver como se transformou. O que era uma boa livraria em 1906, é uma boa livraria em 2016, e uma atracção turística da cidade do Porto”.
Pedro Pinto, que chegou no ano passado à administração da Lello, revela que, em 2016, a livraria irá lançar um prémio de fotografia internacional, um guia da própria livraria e uma reconstituição da fotografia de Afonso Pais do dia da inauguração, em 1906, com intelectuais da actualidade.
Uma programação que pretende integrar os portuenses na já longa vida da livraria. “Entendemos que temos de partilhar com as instituições da cidade parte deste projecto. Nós queremos que isto seja uma casa sempre aberta às pessoas do Porto. Temos um grande orgulho em estarmos nesta cidade, uma cidade que amamos", afirma Pedro Pinto. '
Que outros 110 venham para bem da cidade do Porto e da cultura em geral. Parabéns, Livraria Lello & Irmão, por onde tantas vezes tenho passado.
Wednesday, January 13, 2016
Tuesday, January 12, 2016
R.I.P. David Bowie!...
Vocês sabiam (provavelmente não) que Bowie ajudava inúmeros Abrigos na Europa? Além disso era entusiasta, defensor e um dos financiadores do Whale/Shark Wars. Sensacional. Bowie também lutava pelo fim da caça legal de rinocerontes e elefantes na África. Esta é uma outra faceta menos comhecida, bem longe dos grandes palcos, mas bem perto de outros, os palcos da vida. Descansa em paz, David Bowie!
Monday, January 11, 2016
Morreu David Bowie, o "Camaleão do Rock", aos 69 anos de idade
Tinha editado um disco recentemente com novas propostas musicais e novos avanços como sempre fez esse grande cantor andrógeno de nome Davis Bowie. O "Camaleão do Rock" partiu agora, ainda não muito velho, mas deixou um enorme legado para a posteridade. Só daqui a muito tempo poderemos vir a entender definitivamente a sua enorme obra. RIP, David Bowie!... O Jornal Público publicou um excelente artigo sobre este tema que passo a citar...
"O músico britânico David Bowie, uma das maiores celebridades de sempre da cultura popular, morreu no domingo, aos 69 anos, de cancro. A notícia foi anunciada na página do Facebook e de Twitter do cantor. O publicista de Bowie, Steve Martin, confirmou a morte do músico à Sky News. "10 de Janeiro de 2016: David Bowie morreu tranquilamente hoje, rodeado pela sua família, após uma corajosa batalha contra o cancro durante 18 meses", diz a nota publicada no Facebook e no Twitter do músico, cerca das 6h30 desta segunda-feira. "Muitos de vós partilham esta perda, mas pedimos que respeitem a privacidade da família durante o tempo de luto", completa a nota. David Bowie tinha acabado de lançar um novo álbum, BlackStar, bem acolhido pela crítica. No PÚBLICO, Vítor Belanciano descreveu este 25.º álbum do britânico como inspirado pelo jazz e como um álbum ousado. Nasceu a 8 de Janeiro de 1947, em Londres. Os pais chamaram-lhe David Jones, nome que o músico mudou 19 anos mais tarde, em 1966, devido ao êxito alcançado por um outro David Jones – o dos Monkees. No ano seguinte, lançou o primeiro disco: David Bowie. A discografia viria a ser longa: 26 álbuns de estúdio (dois dos quais com os Tin Machine), nove álbuns ao vivo e três bandas sonoras. Mais uma mão-cheia de EP e mais de uma centena de singles. Space Oddity (1969) e The Man Who Sold the World (1970) – um título que as gerações mais novas conheceram na voz de Kurt Cobain – prepararam o caminho para o sucesso que foi Hunky Dory (1971), o seu primeiro álbum de platina no Reino Unido, e The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972), pico criativo do artista britânico. Com estes dois últimos discos, Bowie começaria a sua relação com a RCA, que durou toda a década de 1970 e que logo a seguir deu mais frutos, com a estreia do músico no número um do top britânico com Aladdin Sane – continuando com a personagem Ziggy Stardust, talvez a mais conhecida de muitas – e Pin Ups (ambos de 1973), e Diamond Dogs (1974), onde se preconiza a revolução punk que estava à porta. Outra persona de Bowie, o Thin White Duke, surge com Station To Station (1976). Em 1977, dá início à Trilogia de Berlim. Três álbuns gravados na capital alemã com Brian Eno ao leme: Low (1977), Heroes (1977) e Lodger (1979). Influências futuras da new wave e do pós-punk, os trabalhos causaram estranheza na altura, mas não tanto como a que Bowie promoveria nos anos 1980, primeiro com Scary Monsters (and Super Creeps) (1980) e depois comLet's Dance (1983), um estrondoso êxito mundial para o qual os fãs ainda olham com desconfiança."
Intimidades reflexivas - 531
Foi esperando quase nada que um quase tudo apareceu. Simples como um fim de tarde. No começo era medo, incerteza, insegurança surgindo como relâmpago no céu. Depois, uma sensação de paz, de alegria por encontrar um sentimento desconhecido, mas que fazia bem. Não teve espumante, holofote, tapete vermelho. Foi simples como um fim de tarde. Algum frio na barriga, interrogações deslizando pelas mãos suadas, uma urgência em saber se aquilo era ou não para ser. É que um dia alguém nos ensina que quando é para ser a gente sente... porque quem ama cuida.
Intimidades reflexivas - 530
Se a vida tem sentido, tem sentido no que amamos, no que bendizemos, no que prezamos. Nosso tesouro está onde nossa alma sorri, no que não tem preço, no que motiva a mudança, a transformação, o ser melhor. Se a vida faz sentido, faz sentido ser família, faz sentido celebrar, faz sentido muito amar e tudo o mais relevar... cada minuto é eternidade, cada segundo deixa saudade, cada estar junto é FELICIDADE!
Sunday, January 10, 2016
Voltamos ao mesmo!...
Pois é, voltamos ao mesmo! Depois de ter atravessado grosso vendaval lá cheguei ao local onde alimento o cachorro. Tudo roubado de novo. Ontem, nem o cachorro, nem os gatos, devem ter comido algo. Não vi o cachorro e muito menos os gatos, dada a forte intempérie que por lá se abatia. Quando vim deixei tudo abastecido, exceto a comida seca, porque já não tinha nenhuma comigo. (Ver foto). Assim, e mais uma vez, pedia ao meu amigo Bruno Alves Ferreira para que, se tivesse oportunidade, fosse lá colocar alguma. Sei que o tempo não está propício, mas mesmo assim, atrevo-me a fazer o pedido. A foto que publico dá a ideia que tem comida seca, mas apenas deixaram um resto encostado ao recipiente, talvez para dar a ideia a quem vai, - ou à fotografia -, de que existe comida. Mas é falso. Já agora, aproveito a oportunidade para saudar todos os amigos dos animais. Daqueles que, indiferentes à inclemência do tempo, não deixam de tentar ajudar esses infelizes que andam na rua sem nada, nem ninguém, para os defender. É importante os 'likes' e os 'shares' no facebook, mas a verdadeira ajuda vem do terreno. Sair da sua área de conforto e ajudar. Se todos fizessemos um pouco, o mundo seria bem melhor. Como vos admiro a todos, em especial alguns com quem me cruzo há anos e que, tal como eu, acham que é da ação efetiva que se pode ajudar alguém, mesmo um animal e, sobretudo, um animal. Bem hajam todos. Continuem nessa vossa (nossa) missão. Não queremos louros ou louvores, apenas o afago dum animal agradecido. E tantos que já recebi.
Saturday, January 09, 2016
30 anos de Europa
Passaram ontem 30 anos sobre a data de adesão de Portugal à então chamada Comunidade Económica Europeia (CEE). Caminho longo, por vezes de pedras bem duras, mas no balanço geral acho que valeu a pena. Esta afirmação não surpreenderá muitos. Afinal, já por diversas vezes me tenho assumido aqui como europeísta. Cerimónia assinalada com dignidade no Mosteiro dos Jerónimos, o mesmo local onde em Julho de 1985 foi assinado o tratado de adesão europeu, conjuntamente com a Espanha, e que entraria em efetividade alguns meses depois, precisamente a 8 de Janeiro de 1986, há precisamente 30 anos. A quando da adesão, um dos seus elementos mais notáveis - Jacques Delors - teria proferido algo como ' A Europa não ficaria completa sem a adesão de senhores de tão ilustre país'. Nessa altura, Portugal (tal como a Espanha) recebeu mais fundos estruturais do que os restantes países. O objetivo era repor a competitividade dos países ibéricos face à restante Europa mais desenvolvida. O certo é que não aconteceu tal quanto se esperava. Houve muitos erros e tergirvações que impediram que tal acontecesse. Mas a incapacidade dos homens não significa a inviabilidade dum projeto. O saldo depois destes 30 anos é muito positivo apesar de tudo. Só quem conheceu o que era Portugal antes da adesão pode avaliar o muito que foi feito e o desenvolvimento implícito que trouxe. A visão da governação de então liderada por Mário Soares e apoiada pela maioria dos partidos na Assembleia da República acabou por impulsionar esta adesão. Efetivamente, esta foi a maneira mais lógica de fomentar o desenvolvimento dum país profundamente atrasado e provinciano, mas também, nos tempos agitados de então, foi uma maneira de consolidar o regime democrático em Portugal. As várias presidências europeias da responsabilidade de Portugal, foram momentos altos em que demos mostra do nosso empenho neste grandioso projeto europeu. Como diria Fernando Pessoa: ' Não somos do tamanho da nossa altura, mas daquilo que vemos'.
Ainda havia comida!...
Ainda havia comida! Quando fui abastecer os recipientes do cachorro, vi que nada existia de comida húmida, embora ainda houvesse muita seca. (Ver foto). O que significa que, se o cachorro por lá passasse, ainda teria que comer, bem como os gatos. Não vi, nem um, nem outros. Ainda estava o dia a abrir, e o tempo aziago fazia-se sentir. Talvez por isso, eles estivessem abrigados. Espero que apareçam e comam aquilo que com muito amor e carinho lhes deixo lá fica.
Friday, January 08, 2016
Thursday, January 07, 2016
Pierre Boulez o fim duma era
Soubesse ontem a notícia do falecimento de Pierre Boulez. Foi um ícone da música clássica, como maestro, pedagogo musical, ensaísta e compositor francês de música erudita. Para aqueles que seguem estes temas, não se pode ficar indiferente ao desaparecimento de homem de tal estatura. Boulez passou várias vezes por Portugal, sendo mesmo condecorado em 2001 com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago, pelo presidente da República de então, Jorge Sampaio. Boulez nasceu em Montbrison, França a 26 de Março de 1925 e faleceu a 5 de Janeiro deste ano de 2016, - com 90 anos -, em Baden Baden na Alemanha. Muitos dos seus trabalhos foram admirados pelos quatro cantos do mundo, sobretudo, ao nível da música clássica mais contemporânea. De Pierre Boulez quero aqui deixar a recordação duma célebre direção de orquestra quando dirigiu a "Tetralogia" de Richard Wagner. Um monumental conjunto de quatro grandes obras, que notabilizaram Boulez, numa das mais incríveis direções de orquestra feita até hoje. (Existe uma edição de colecionador à venda em Portugal desse momento histórico da música clássica). Ele será sempre um símbolo para todos os que, dentro deste género musical, admiram a genialidade e inovação. Com a morte de Pierre Boulez, é uma era notável da história da música, que chega ao fim. Descansa em paz, Pierre Boulez!