Tuesday, October 31, 2017
E viva o Halloween!...
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Monday, October 30, 2017
Intimidades reflexivas - 1118
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Sunday, October 29, 2017
Não havia nada!...
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Repinhas - Uma saga sem fim
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Saturday, October 28, 2017
Mudança da hora
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O último abencerragem
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Dentro da normalidade!...
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Friday, October 27, 2017
Descanse em paz, Dr. Renato Arantes!
Thursday, October 26, 2017
Wednesday, October 25, 2017
Tuesday, October 24, 2017
72º aniversário da ONU
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Monday, October 23, 2017
Sunday, October 22, 2017
Nada no abrigo!...
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Saturday, October 21, 2017
Não havia nada!...
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Friday, October 20, 2017
"Origem" - Dan Brown
Mais uma obra de Dan Brown apareceu nas nossas livrarias, este com o Título 'Origem'. Dan Brown sempre tem pisado os caminhos da simbologia, essencialmente religiosa, sobretudo, e talvez por isso mesmo, desde o seu famoso 'bestseller' 'O Código Da Vinci', que é considerada a sua obra maior. Este novo livro não foge à regra, mas confronta-nos com algo bem mais atual, que se prende com a evolução tecnológica. Esse novo deus que vai ocupando cada vez mais espaço nas nossas vidas. Basta sair à rua e ver como as pessoas andam agarradas aos seus 'smartphones', quase indiferentes ao mundo que as rodeia. Esse 'Technium' que vai ocupando os nossos espaços pode vir a ter consequências perigosas. (Assumindo-se até como uma nova era). Já há muito tempo que se fala da evolução da chamada Inteligência Artificial (IA). Muito já até foi avançado pelas artes, nomeadamente, pelo cinema. Alguém me dizia há um bom par de anos, que a indústria cinematográfica era uma espécie de campo para se ir fazendo a transformação das mentalidades dos seres humanos. E posso dizer que até subscrevo isso mesmo. Muitos de vós terão certamente visto um filme muito interessante que a RTP 1 passou na passada segunda feira sobre o chamado grupo de Bilderberg. O filme chamava-se 'Bilderber - o filme'. (Filme que aqui fiz referência na passada terça feira). Nele se falava numa nova ordem mundial que este clube vem defendendo, tanto quanto se sabe, dentro do seu habitual secretismo. E nesse filme - baseado num livro que se tornou famoso há alguns anos - falava-se na maneira como a inteligência artificial será cada vez mais evoluída ao ponto de superar o próprio ser humano que passa a ser descartável. Esta ideia está desde a década de 70 presente na saga da famosa 'Guerra das Estrelas' que tantos seguidores tem em todo o mundo. Desde os robôs que compõem os exércitos, às naves ultrasónicas, tudo aquilo a que estamos a assistir hoje, parece um 'déjà-vu' dessa saga. Ainda me lembro de na minha juventude me questionar sobre algumas coisas que ali se viam como fantasias, e que muito rapidamente, entraram no nosso dia a dia. É disto que nos fala Dan Brown. Dum mundo onde os computadores adquirem uma certa 'vida própria' - veja-se o 'Winston' - superando em muito o ser humano, pela maneira rápida e ágil de fazer aquilo que um ser humano faria em muito mais tempo. E essa IA está entre nós, sem que dela nos apercebamos devidamente, - banalizando-a até -, sem que entendamos que cada vez mais o ser humano é substituído por uma máquina que é fria, racional e, sobretudo, eficiente. Essa assunção do tecnológico que nos esmagará um dia. Alguém dizia que 'enquanto os computadores não forem racionais, não me preocupo', mas o certo é que cada vez mais eles são racionais parecendo, aqui e ali, adquirirem vida própria. As novas gerações, que hoje idolatram as novas tecnologias, poderão ser as principais vítimas delas próprias, sem que se apercebam disso. Este livro interroga-nos muito sobre tudo isto. Um verdadeiro alerta nos nossos dias. Quanto ao autor, dispensa apresentações. O seu palmarés já é por demais conhecido e cada livro seu é sempre esperado com ansiedade. A edição é da Bertrand Editora. Um livro que recomendo vivamente. Mais do que um romance, um 'thriller', este é um livro que nos interpela e nos faz pensar. E é com esse espírito que deve ser lido, na minha opinião.
Thursday, October 19, 2017
Wednesday, October 18, 2017
Intimidades reflexivas - 1107
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Tuesday, October 17, 2017
Bilderberg - o filme
Ontem a RTP 1 exibiu um filme para quem peço a vossa melhor atenção. Trata-se de "Bilderberg - o filme" baseado no livro 'O Clube Bilderberg' de Daniel Estulín. (Podem ver na RTP Play clicando aqui: Parte 1 - https://www.rtp.pt/play/p3970/bilderberg-o-filme; Parte 2 - https://www.rtp.pt/play/p3970/e311084/bilderberg-o-filme/608909 . Estará disponível durante os próximos sete dias). Nele se faz referência ao poder secreto duma certa ordem mundial que vai dominando o mundo a seu belo prazer, definindo as condições dos povos. Defensores da chamada 'crise benéfica', este grupo de pessoas vai criando e desenhando o mundo a seu bel-prazer, alinhado com os seus interesses. Ao fim e ao cabo, estão de ambos os lados da equação. Paulatinamente vão destruindo o chamado estado-nação para dar origem a um governo supranacional mundial, este grupo que agrega no seu seio políticos, banqueiros, militares, jornalistas, vai impondo uma certa visão e orientação das nações e dos povos. (Alguns políticos portugueses por lá também têm passado e até tínhamos um representante para Portugal ligado aos 'media'). A propósito do livro que deu origem ao filme - embora este é mais abrangente e vem até aos nossos dias - já aqui dele fiz eco e até travei algumas discussões interessantes com pessoas que quiseram dar o seu contributo. Se leram o livro, não deixem de ver o filme. Se viram o filme, consolidem as vossas opiniões lendo o livro. Sempre me tenho interrogado sobre a nossa missão no mundo e se, aquilo a que chamamos de livre arbítrio, existe de facto ou não. Se não somos todos governados (quais marionettes) por poderes que estão muito para além do que imaginamos. Será que os governos que nos governam têm de facto poder? Será que os 'media' que nos informam o fazem livremente ou, por outro lado, nos condicionam dentro de certas baias? Afinal o que é a nossa dita 'liberdade'? Será que afinal vivemos numa espécie de matrix? Se sim, o que advirá daí? Perguntas perturbadoras que temos que fazer e para as quais as respostas não são imediatas. Depois de ler o livro, confesso que me senti perturbado. Depois de ver o filme não fiquei mais tranquilo. Este é um tema para olharmos de frente e refletirmos com profundidade. Se somos alienados todos os dias pelo mundo que nos rodeia, talvez seja tempo de pararmos e pensarmos no que realmente interessa. Afinal, é a bíblica demanda da separação do trigo e do joio. Aproveitem a oportunidade e não deixem de ver. Talvez encontreis algumas respostas que até agora vos perturbaram e para as quais não tínheis uma resposta imediata.
Regressados do inferno
Logo pela madrugada fui surpreendido por uma publicação dum grande amigo meu sobre este inferno dos incêndios que nos tem assolado. Na sua publicação, esse amigo dizia algo como: 'Que venham depressa mais eleições, porque durante esse período não há incêndios'! Esta frase motivou a minha reflexão sobre este tema de tão trágica atualidade. A afirmação deste amigo sugere a ligação da política aos incêndios duma forma mais ou menos velada. Nada que seja novidade. Os menos jovens devem-se lembrar que, ainda em tempos de ditadura, se dizia que os incêndios - também os havia nesse tempo, mas a censura impedia que fossem mediatizados como hoje - era culpa dos opositores. (Normalmente, quando se falava de opositores, queria-se dizer 'comunistas'). E com esse rótulo logo os 'progroms' começavam, a torto e a direito, legitimados por essa asserção. Depois veio o tempo da democracia, - e os incêndios continuaram -, mas agora dizia-se que eram os saudosistas do anterior regime que os perpretavam para dificultar a consolidação do novo regime. Mais tarde, - os incêndios continuaram - e agora dizia-se que, era a esquerda, quando a direita estava no poder; ou era a direita, quando a esquerda estava no poder. Sempre foi assim, e assim continuará a ser, seja qual for o regime ou partido da moda. A afirmação do meu amigo vai neste sentido o que, face à situação vigente, até tem a sua legitimidade. Mas chegado aqui, quero introduzir mais uma questão, que se prende com as alterações climáticas. Mais uma vez apelo aos menos jovens que quase diariamente viam entrar por suas casas dentro a figura do Professor Anthímio de Azevedo quando vinha dar a informação meteorológica. Mas Anthímio de Azevedo para além dessa função mais visível, tinha uma série de estudos sobre o clima que eram alertas que ninguém levou a sério. Durante décadas, ele afirmava que isto ia acontecer, sobretudo na bacia do Mediterrâneo, face às alterações do clima. Pregou no deserto durante todo esse tempo, - ainda me recordo que antes de falecer, ele alertava para esta problemática, e lamentava-se que ninguém queria acreditar no que dizia -, talvez agora seja tempo de recuperar esses estudos e fazer justiça à sua memória. Ainda ontem foi divulgado por alguns canais televisivos um mapa sobre os incêndios na Europa, e era claro que os países da, ou próximos da, bacia do Mediterrâneo, estavam a braços com este problema. Parece que agora, e dada a gravidade da situação, se começa a olhar para algo de que se fala à imenso tempo, mas que até agora não tem tido efetivação prática, que se prende com a reestruturação das florestas. Mas tal não pode andar ao sabor dos governos - tenham eles a matiz que tiverem - mas será urgente um pacto de regime sobre esta questão. A comissão independente que foi criada para analisar esta matéria - por sugestão do PSD e aceite pelos outros partidos - apresentou o seu trabalho. Talvez agora, seja importante que, todos os partidos - os que apoiam a governação e a oposição - dêem finalmente as mãos no sentido de se definir uma política para as florestas. Isso é mais importante e construtivo do que passarem o tempo a gritar e esbracejar sobre possíveis demissões que nada resolvem. (Aliás, esta é uma pecha da política portuguesa que tem muito poucos seguidores na Europa comunitária, felizmente). Assim, será mais construtiva e consequente uma atuação que não será para uma legislatura mas para um período longo, seja qual for o governo que esteja nessa altura em funções. Essa sim, será uma estratégia que os portugueses perceberão, bem longe do vil aproveitamento político que se está a fazer, e que só desqualifica quem vai por aí. Essa estratégia poderá de certo modo, abarcar os pressupostos que aqui trouxe. Uma possível motivação política - que também não excluo -, as alterações do clima - que são uma evidência -, e, como corolário disso, a ordenação do território - tarefa tão urgente e sempre adiada, para a qual um pacto de regime é urgente. Não nos podemos esquecer que CDS, PSD e PS são responsáveis por tudo isto, porque queiramos ou não, têm sido ele que governaram nos últimos quarenta anos, e não podem daí lavar as mãos como Pilatos. Todos são responsáveis por mais que se ponham em bicos de pés a gritar por demissões inconsequentes, a não ser motivados por um certo e pobre aproveitamento partidário, à falta de agenda política para se manterem à tona de água. Mais do que tudo é preciso uma reflexão séria e um empenhamento de todos. De todos mesmo. Sem jogos de bastidores ou amuos de circunstância. É altura de regressarmos do inferno.
Monday, October 16, 2017
62 anos é muito tempo
Sunday, October 15, 2017
Tudo na mesma!...
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Saturday, October 14, 2017
Tudo normal!...
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Friday, October 13, 2017
Atenção, sexta feira, 13
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Thursday, October 12, 2017
No 6º aniversário da nossa afilhada Inês
Seis anos passaram e parece que foi à pouco que nasceste e te tive nos meus braços. Mas, apesar da tua pouca idade, já muito passou por ti. Experiências vivenciadas, amores cruzados, amizades feitas. Tudo tem sido a tua experiência de vida. Ainda curta é certo, mas tudo tem um começo e o teu é agora. Das casas partilhadas com os pais, avós, padrinhos, onde apesar das diferenças, todas tinham uma coisa em comum, o amor que te dedicaram e dedicam. Fostes crescendo e aprendendo que o saber tem muitas formas e se adquire em diferentes lugares. Passaste pelo infantário, o teu primeiro encontro com uma realidade diferente da família que até aí, tinha sido a única que tinhas percecionado até então. Nem sempre foi fácil, tudo era estranho para ti. Mas foste habituando. Depois veio a pré-escola onde te sentiste mais confortada. Gostavas de ir ter com os teus amigos. Aqueles amigos que passaste a trazer para a tua casa. Era o corolário de brincadeira que te foi moldando. Aprendendo coisas novas a brincar. E isso te ajudou a crescer. Agora, uma nova etapa da vida estás a enfrentar. A escola básica aí está. Mais a sério, com menos brincadeira, mas que parece estar moldada à tua medida. Tens gostado da experiência e nem sabes o quanto isso me deixa feliz. O saber é muito importante. Agora ainda não sabes o que isso quer dizer, mas o tempo se encarregará de te mostrar. Nunca te esqueças daquela frase logo à entrada da tua escola "um homem culto é um homem livre". E que orgulho temos em ti. Volta e meia, estes teus padrinhos babados, lá vão na hora de almoço, ver-te ao recreio. Saber como estás, sentir o que pensas. E que alegria a tua de nos ver e como corres para nós. E nem sabes como enches estes corações de alegria, já envelhecidos pelos anos, mas sempre jovens para acamaradarem com o teu. Seis anos passaram desta tua tão curta experiência de vida. Mas para nós a alegria é sempre a mesma, renovada minuto a minuto com a tua jovial presença. Sentimos o retorno do grande amor que te dedicamos e isso nos basta. Disse-te desde o dia em que nasceste, que caminharemos sempre a teu lado enquanto o pudermos fazer e tu o quiseres. Mantemos esse compromisso. Porque as promessas são para cumprir. Terás sempre nos teus padrinhos uma parede sólida onde te apoiares. Hoje celebramos mais um teu aniversário, o sexto. Já passaram seis anos desde aquele dia em que tive uma das mais entusiasmantes experiência de vida. O teu sorriso ao meu colo. Aquela luz brilhante que iluminava o teu rosto. Aquela fragilidade de quem chega ao mundo caminhando silenciosamente sobre nuvens. Que tenhas sempre uma vida feliz, luminosa, são os votos dos teus padrinhos. Que a estrada da tua vida sempre seja plana e de veredas verdejantes, como costumamos dizer. Que esse sorriso lindo e luminoso que tens nunca se apague, nunca esmoreça. Afinal tu és um ser de luz. Daquela luz que ilumina, mas que também encandeia. Farol que previne, mas também que indica o caminho. És a luz, nunca te esqueças. Nunca deixes apagar esse facho dentro de ti. Se o conseguires serás sempre feliz. E a tua felicidade será também a nossa. Tem um feliz aniversário, Inês!
Wednesday, October 11, 2017
Tuesday, October 10, 2017
Equívocos e preconceitos - III
Desde domingo que venho publicando algumas reflexões sob este mesmo título com vista a dar uma perspetiva da importância da leitura da Bíblia para além do seu aspeto mais conhecido: o da religião. As mensagens que tenho recebido e os e-mails, dão-me bem a dimensão do interesse que o tema despertou. Espero ter contribuído para um aprofundar do tema e despertado o interesse pela leitura e, sobretudo, a predisposição à análise às entrelinhas, dum livro tão famoso como a Bíblia. Se para alguns esta abordagem é redutora, para outros ela vai no sentido da descoberta, sentido último da nossa caminhada na vida. Todos sabemos que pela religião e em nome dela, muito se fez, e nem sempre pelo lado mais construtivo. Muitos conheceram as prisões mais abjetas, a tortura mais horrenda, a morte mais ignóbil. A simples abordagem que aqui vos proponho duma leitura alternativa, seria mais do que suficiente para que, num outro tempo, fosse queimado num qualquer auto de Fé. O que prova que, apesar de tudo, muito caminho se fez desde então. Sempre as religiões se combateram mesmo nos dias de hoje, o que me parece um absurdo. Cada uma delas parece tentar demonstrar com esses atos, qual a mais verdadeira, qual aquela que apresenta, e representa, o 'verdadeiro' Deus. Confesso que em pleno século XXI me custa aceitar tal, embora saibamos todos, que nem sempre é assim, em locais onde a intolerância religiosa é definitiva. E isso leva necessariamente aos radicalismos que tanto sofrimento tem espalhado pelo mundo, como é bem visível nos nossos dias. Curiosamente essa intolerância acontece nos mesmos locais que à séculos atrás eram os pilares da ciência e do conhecimento. Coisas estranhas, que a Humanidade vai produzindo ciclicamente, e com isso vai espalhando mais dor, sofrimento e luto, pelo mundo, já tão massacrado por situações bem pouco construtivas. Enquanto o conhecimento é relegado para as trevas. Mas o debate foi lançado e parece que produziu os seus frutos. Não pretendo aqui desrespeitar as crenças de ninguém, até porque se o fizesse, estava a desrespeitar as minhas próprias crenças. Mas gostava de ver espíritos mais abertos a analisarem um livro fundamental no mundo, com a abertura para aprofundar conhecimento e interpretar com mais lucidez. O aceitar ferreamente o discurso oficial pode ser confortável, mas não é de todo o melhor para a descoberta e a compreensão duma realidade transcendental que as religiões encerram em si mesmas. E reafirmo aqui o que já venho a dizer à três publicações atrás: a Bíblia tem muitas leituras possíveis e delas se pode tirar grande conhecimento dum período particularmente importante da história da Humanidade. Enquanto escrevo estas linhas, vem-me à memória a frase de Frei Fernando Ventura quando afirmou: "Felizmente, Deus não tem religião". Este homem que tanto aprecio, um dos maiores biblistas dos nossos dias, é bem o exemplo daquilo que vos proponho. A leitura desprendida e sem preconceitos. De espírito aberto e grande latitude intelectual no sentido de compreenderemos o que de importante esse livro magnífico encerra e nos pode oferecer. E o que nos pode dar está muito para além da crença religiosa.
Monday, October 09, 2017
Equívocos e preconceitos - II
Pela reação que tive ao texto que ontem publiquei, - por mensagem privada e/ou por e-mail -, vejo-me na contingência de ir um pouco mais longe. Aqui reafirmo de novo que a Bíblia é um excelente manual de História. Da História duma época precisa na fita do tempo, que está muito para além do entendimento da nossa época. (Há até quem diga que a época em que esta foi escrita, será certamente, um dos períodos da História mais estudados e aprofundados, dada a quantidade de informação que a Bíblia nos transmite). Mas se algumas consciências se sentiram 'ultrajadas' - aquelas que vêm na Bíblia apenas e só um livro religioso -, outras há, que fizeram bandeira até com alguns arremedos sem sentido e, em alguns casos, esses sim, ultrajantes - aqueles que tudo põem em causa, sobretudo, aquilo que não entendem mas que julgam o contrário - uns e outros, mais uma vez, barricados nas suas trincheiras ideológicas, não são capazes de saltarem o muro dos preconceitos. Mas voltemos ao tema. A Bíblia como ontem afirmei, tem na sua génese muitas e saudáveis leituras. E, reafirmo, pode até ter uma leitura 'economicista'! (Aprendi algumas das coisas inerentes à Ciência Económica com Mestres que a utilizavam para nos mostrar a evolução do pensamento e da 'praxis' económica e, eu mesmo, mais tarde, quando dou formação a quadros superiores da banca e das empresas, a utilizo também com o mesmo propósito. E não tentem ver aqui um qualquer herege, digno duma qualquer fogueira, duma qualquer Santa Inquisição, dum tempo de antanho. Sou crente como sabem, mas isso não me tira a capacidade de olhar para as coisas com sentido crítico. Sempre fui capaz de dar uma latitude larga ao pensamento intelectual, goste-se ou não). Mas já agora, se para além da leitura histórica, filosófica, política, económica, social, se lhe juntar uma outra mais controversa, e dizer que até uma leitura 'erótica' é possível, podem crer que assim é. Sei que alguns 'puritanos' já se estão a erguer com a face ruborizada perante tamanho 'sacrilégio', perfilando-se de dedo erguido, condenatório de tamanho desaforo, mas antes de dizerem alguma coisa - que até se pode virar contra vós - tentem ler o Cântico dos Cânticos. Os Cânticos de Salomão - como também é conhecido - são um livro dum erotismo enorme e até, de certo modo, explícito. Talvez julguem que não porque a linguagem usada é dum outro tempo, e as sucessivas traduções e adaptações foram feitas para amaciar as coisas face aos tempos seguintes. Mas, talvez com algum esforço, consigam perceber o que lá se diz e duma forma explícita. Explícita para a época, sem dúvida, mais torneada para os nossos tempos que usam uma outra terminologia, disso não existem dúvidas. Esse aliás, tem sido um dos temas que normalmente se passa ao largo. Num conceito assexuado que se pretende impor - embora quando legitimado pelo 'contrato' de casamento até passa a ser uma benção - pois tudo isto são algumas das muitas contradições que o desenvolvimento das religiões têm, seja as de inspiração cristã, seja a de outras matizes. Daí que o conceito filosófico de abordagem dum livro tão importante como a Bíblia seja fundamental. E não tenham medo de o fazer. Não tenham receio dum qualquer 'pecado' induzido por um qualquer demónio que ande por aí. As coisas são bem assim e até já o foram ensinadas de forma clara. Coisas que os tempos hodiernos - sempre tão viciados em tudo - tentam escamotear. Vejam a filosofia do caterismo, e da maneira sangrenta como foi reprimido, até à nova abordagem de Maria Madalena. Coisas dos textos apócrifos, dirão os puristas. Mas que eles existem é um facto. E não devemos ter medo de os estudar. (Como se costuma dizer é a escutar o diabo que melhor podemos apreciar a voz de Deus). Só assim compreenderemos a(s) religião(ões) na sua verdadeira amplitude. Sem preconceitos. Se calhar é por aí que se irá um dia buscar o tão ansiado diálogo civilizacional que todos falam, mas para o qual tão poucos contribuem.
Sunday, October 08, 2017
Equívocos e preconceitos
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Não havia nada!...
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Saturday, October 07, 2017
Tudo bem!...
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Friday, October 06, 2017
"Gloriana" - Benjamin Britten
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"A Cabeça de Velho" de José Malhoa
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"A Sétima Praga" - James Rollins
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Thursday, October 05, 2017
107 de República
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Tudo na mesma!...
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