Tuesday, February 28, 2017
Outra vez!...
Confesso que me sinto cada vez mais cansado e desiludido de tudo isto. Depois de décadas a apoiar animais nunca vi semelhante coisa. Quando cheguei ao abrigo o aspeto era este. (Ver foto). Nada de nada. Apenas a comida de gato ficou. A minha amiga Paula Maia foi lá ontem à tarde e ao que tudo leva a crer, depois de ter virado costas, tudo foi roubado. Acho inacreditável o que está a acontecer. É um desalento saber que os animais a que pretendemos matar a fome, nem chegam a ver a comida. Estive lá quase uma hora na expectativa de que o ladrão aparecesse. Carro escondido. Mas nada. Se é a pessoa que se pensa, controla facilmente a entrada e saída de viaturas do local. Apenas o grande carinho e amor que tenho a este infeliz que por lá aparece, - último duma grande matilha -, me faz continuar. Mas confesso que estou a chegar ao limite de exaustão. Deixei tudo abastecido, até ração deixei ficar, mas tenho a convicção de quando saí do local, tudo será retirado. Verdadeiramente inacreditável!...
Tempo de Carnaval
Estamos chegados a mais um Carnaval. Tempo de exageros, da bebida à carne, numa orgia dos sentidos que antecipam um tempo mais sombrio e introspetivo. O Carnaval é um festival do cristianismo ocidental que ocorre antes da estação litúrgica da Quaresma. Os principais eventos ocorrem tipicamente durante fevereiro, durante o período historicamente conhecido como tempo da septuagésima (ou pré-Quaresma). O Carnaval normalmente envolve festas públicas e/ou desfiles combinando alguns elementos circenses e máscaras. Ao usar-se trajes durante muitas dessas celebrações, tal permite perder a individualidade quotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social. Do Brasil a Veneza - estes são porventura os mais icónicos Carnavais - mas também os célebres desfiles de New Orleans com as suas famosas 'brass bands', ou até mesmo no Caribe. (De todos, e como já por diversas vezes aqui afirmei, o de Veneza tem para mim um fascínio muito especial, talvez fruto dum certo mistério e romantismo que a cidade encerra). É o tempo de mostrarmos um outro lado daquilo que é a nossa vida normal. Porventura, o tempo de assumir algo que gostaríamos de ter sido e não fomos. É também o tempo das máscaras, reais ou fictícias, que nos distorcem a personalidade. Embora cada vez mais, ande por aí muita gente com a máscara colocada todo o ano. Afinal para essas pessoas o Carnaval é um modo de ser e de estar. Por trás de máscaras normalmente é mais fácil assumir atitudes ou gestos que de outro modo nos coibiríamos de fazer. Este é o tempo do duplo sentido. Da dupla personalidade. Do irreal passar a ser real, e vice-versa, como num truque de mágica. Carnaval festa de folia. Tempo de alegria e prazer. E é bom que o celebrem porque amanhã será um outro tempo. O tempo de retirar as máscaras e assumir quem de facto somos. Pelo menos para alguns. Bom Carnaval!
Monday, February 27, 2017
Sunday, February 26, 2017
Roubada de novo!...
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Saturday, February 25, 2017
Parece que comeram!...
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Friday, February 24, 2017
Thursday, February 23, 2017
30 após a morte de Zeca Afonso
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Isto é o verdadeiro amor incondicional
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Wednesday, February 22, 2017
Tuesday, February 21, 2017
Monday, February 20, 2017
A vingança de Domingues
António Domingues era o administrador da CGD escolhido pelo governo. Foi-o durante alguns (poucos) meses. Porque achava que não tinha que seguir as regras tal qual todos os outros gestores públicos. Amuou. O ministro das Finanças cedeu. E tudo acabou desta maneira infeliz. Mas quando o governo e o presidente da República querem pôr um ponto final na questão, há quem não queira. Os partidos da oposição - que não têm já agenda alguma - vêm no facto algo que lhes caiu como por milagre nas mãos, - e até serve para perturbar a recapitalização da CGD que eles querem privatizar -, e logo para atacar o ministro que mais os incomoda. Incomoda e muito. Centeno tem resultados brilhantes para apresentar, que a oposição não queria, e que no estrangeiro são reconhecidos e alvo de manchetes. Mas há mais quem não queira. Aqueles que duma forma mais subtil, - sibilina até -, tentam minar a credibilidade do ministro e do próprio governo. Neste epicentro está a figura ressabiada de António Domingues. Sem coragem para dar a cara, utiliza os seus amigos para servirem de caixa de ressonância dele mesmo, enquanto covardemente se esconde atrás dum silêncio ensurdecedor. Os amigos vão passado para os jornais e para as televisões as mensagens e este, - porque não pode continuar escondido -, até já admite publicitar os famosos sms's numa comissão da inquérito da AR. (O curioso disto tudo, é que tendo passado para os media os tais sms's e deles se falar há tanto tempo ainda ninguém os viu! Porque será?). Tudo um lodaçal muito bem urdido, que até agora não produziu mais do que ruído. Incómodo sem dúvida, mas apenas e só ruído. Domingues lá continua escondido a fornecer elementos aos seus amigos, muito ao jeito subreptício dum MRPP onde ele militou, e que tenta esconder duma forma envergonhada. Parece que o defensor do proletariado de então, nem sequer gosta que se saiba qual o seu património, não vá o proletariado se insurgir. Uma chafurdice dum péssimo gosto, bem ao jeito duma opera bufa, que é o que tudo isto parece. Domingues é um grande gestor bancário, e disse julgo que ninguém tem dúvidas. Mas um homem que faz o que ele está a fazer e a maneira como está a proceder, não serviria para gerir nem um quiosque da baixa de que eu fosse proprietário. Porque quando se joga tão sujo, tão às escondidas, aponta sempre o perfil de carácter duma pessoa. António Domingues parece não o entender. Mas lá que aponta, aponta!...
Sunday, February 19, 2017
Penso que roubaram de novo!...
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Saturday, February 18, 2017
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
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Um apelo!...
Quando cheguei ao local onde anda o cachorro, ainda havia comida. (Ver foto). Sinal de que a minha amiga Paula Maia por lá passou. Aliás, o arranjo dos recipientes dizem que uma mão feminina por lá anda. Agradeço aqui, - mais uma vez -, à Paula pelo apoio que tem dado desde que assumiu ajudar também neste caso. Mas queria aqui fazer-lhe um apelo. Quando cheguei os recipientes vazio estavam a um canto bem lá no fundo. Se havia de chover foi precisamente quando cheguei ao local e ainda bem. Se não tivesse o guarda-chuva comigo, teria alguma dificuldade em ir buscar os recipientes. Ia pedir à Paula se os podia colocar sobre a direita, na zona onde não tem estrado, apenas as traves da palete para maior acessibilidade. Chego lá a maioria das vezes ainda de noite, e é difícil lidar com a situação estando eu sozinho. Se concordar, agradeço. Quando lá cheguei vi um gato siamês que lá estava a comer e que rapidamente abandonou o local. Nunca o tinha visto por ali. Não esperei que voltasse dado o mau tempo que se fazia sentir na altura como já referi. Mas, no essencial, pareceu-me que tudo estava dentro da normalidade possível.
Friday, February 17, 2017
Porque não vou ler o livro de Cavaco
Ontem foi apresentado no CCB em Lisboa o livro do ex-Presidente da República, Cavaco Silva, com o título, "Quintas feiras e outros dias". Pela máquina envolvida e pelo tempo político escolhido, confesso que esperava mais. Mas, se a impressão já não foi a melhor, ainda pior é o aspeto laudatório do mesmo, como se Cavaco tivesse a necessidade de voltar a aparecer, depois de ter a noção de que já ninguém se lembra dele, face ao baixo índice de popularidade que registava a quando da sua saída de cena política. (Caso invulgar na História deste país é bom lembrar). Sempre achei curiosa esta maneira de se dizer que se está fora da política e vai-se aparecendo aqui e ali, para combater o olvido. Fico sempre com aquela imagem dum político doutro tempo, - curiosamente do mesmo partido de Cavaco -, que dizia que "ia andar por aí". Enfim, coisas sui generis da nossa política. Mas voltemos ao livro que não li. Basta olhar para o índice do mesmo, para sabermos o que nos espera. Olhei para ele e verifiquei que a maior parte do livro era uma espécie de ajuste de contas com a governação de José Sócrates. Contudo, é preciso não esquecer o "namoro" que foi a governação de Sócrates e a presidência de Cavaco, durante muito tempo. Será que Cavaco já não se lembra disso? Mas também gostava de ver tratados os casos do BPN e do BES, - matérias tão caras ao professor de Economia -, e nada vi sobre isso. Até fiquei na dúvida se esses casos aconteceram num outro país que não aquele a que Cavaco presidia. Também acho curioso, quando se fala do travão às obras faroónicas, e logo vindo de quem também teve a sua "pirâmide", precisamente, o local onde apresentou este seu livro, o CCB. (Aos mais interessados convido a que consultem os media da época e vejam o que lá se dizia e o que respondia Cavaco). Mas também seria interessante falar do período em que Cavaco foi primeiro ministro. Não foi a ele que se deve a destruição da agricultura e das pescas, quando a troco dum punhado de euros de Bruxelas, mandou retirar as vinhas e destruir as embarcações? (Coisa que aliás os espanhóis não fizeram e é vê-los bem à nossa frente nestas matérias). Dir-me-ão que o livro é só sobre a presidência da República. Mas seria bom que Cavaco também se lembrasse de escrever sobre outros tempos. Todos sabemos desde há muito que Cavaco "nunca se enganava e raramente tinha dúvidas". Mas mesmo assim, não seria dispiciendo vir a terreiro também "prestar contas aos portugueses". (E já quando tenta fazer a ponte para a governação de Costa - até pelo pouco tempo que conviveu com ele - me parece um exercício no mínimo questionável). E, se estas razões já são bastantes para me recusar a ler o livro, ainda foram ampliadas pela senda laudatória do seu exercício político. Confesso que me sinto sempre um pouco confuso quando vejo políticos - sejam eles quem forem - a publicar livros em que se auto elogiam pelo trabalho feito. Fico sempre com a impressão de quem o faz, parece não estar seguro do que fez e do reconhecimento dos seus concidadãos, e vá que não vá, lá aparece o livrinho para ficar uma espécie de "memória". Seja como for, estão aqui demasiadas razões para não perder tempo com este livro. Definitivamente, não me interessa a "fofoquice" política, nem o auto elogio serôdio. Penso que existem coisas mais úteis nas livrarias para alimentar o meu intelecto do que livros destes. E é isso que vou fazer já de seguida.
Thursday, February 16, 2017
Wednesday, February 15, 2017
Tuesday, February 14, 2017
Dia de São Valentim
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Monday, February 13, 2017
Políticos menores
Temos vindo a assistir desde há vários meses a uma novela em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Problema que transitou do governo anterior de Passos e Portas mas que parece que estes senhores já esqueceram, ou julgam que nós esquecemos. Deixaram a banca de rastos, um país empobrecido, uma população na miséria. Mas julgam que nos esquecemos. Depois do problema do BES e da falência do Banif, a CGD seria o próximo problema se os sequazes ultraliberais não tivessem sido afastados do poder. Mas pensam que já esquecemos. Como não conseguiram resolver este problema, - como não foram capazes de resolver tantos outros -, criam esta parede de fumo, cheia de insinuações, vomitam nojenta bílis sobre uma pessoa que merece todo o nosso respeito. (Aqui afirmo, como já o fiz por diversas vezes, que este governo nem sequer é aquele que me enche as medidas. Mas convenhamos, queiramos ou não, que está a fazer um belo trabalho). Mário Centeno, um brilhante economista pertencente aos quadros do Banco de Portugal, sempre se pautou por uma certa serenidade, mesmo quando todos, dentro e fora do país, diziam que o país se estava a encaminhar para o colapso. Mas não. Os resultados estão aí, e até alguns deles mais promissores do que as projeções do governo admitiam. Isso é bom para o país, ou melhor, para parte do país, porque há uma outra parte que acha que não. Aquela que foi incapaz de tirar o país do atoleiro, que não se soube impor em Bruxelas, que viveu escondido atrás duma 'troika' incompetente, que nem sequer foi capaz de detetar os problemas graves que existiam na banca e que eram já crónicos à época. Mas o governo atual, - e Centeno em particular -, não se amedrontaram e mostraram que estavam certos calando as vozes dentro e fora do nosso país. Mas a direita acha que não. E como não consegue enfrentar a situação, recorre então ao jogo rasteiro bem típico dos políticos pequenos que são, de seguir a via do assassinato de carácter. As conferências de imprensa de quinta feira última do CDS/PP e do PSD, são bem o exemplo dessa mesquinhez política, ressabiada por privilégios perdidos, de implementação da agenda ultraliberal que tinha oculta e que iam aos poucos impondo ao país. Tudo muito reles, baixo, a cheirar a podre. Em Democracia deve-se fazer oposição. Até direi que é algo de fundamental para que a qualidade da mesma melhore. Mas quando, à falta de argumentos, se passe ao jogo de sarjeta de atentado de carácter, isso não. Mário Centeno tem mostrado, e penso que continuará a mostrar, que existe uma outra via. Substituindo a agenda ultraliberal por uma mais próxima do keynesianismo, - que muitas vezes defendi neste espaço -, demonstrando que se pode fazer melhor sem que as populações sejam arrastadas para a miséria mais abjeta. Podemos concordar ou não com a via traçada. Podemos estar ou não com esta governação. Mas nada justifica o atentado ao carácter duma pessoa, seja ela quem for, apenas e só para justificar a nossa visão diferente da política. Em política não pode valer tudo. E a impunidade com que estes sujeitos, - eleitos por todos nós, mas que da população se esquecem quando chegam aos areópagos do poder -, possam enlamear o bom nome de seja quem for e gozar de impunidade total. Pobre Democracia esta que tais sabujos tem. Não será assim que nos ergueremos das cinzas que a governação de PSD-CDS nos legou. Assim não, meus senhores! Não vale tudo. Não pode valer tudo.
Sunday, February 12, 2017
Meu Pai 29 anos depois
Começa um novo ano e o ciclo das minhas efemérides também. Agora trata-se do meu Pai que faz anos hoje que partiu. 29 anos para ser exato. Um homem que partiu ainda cedo - tinha 66 anos - mas que deixou a sua pegada no mundo como todos nós. Um homem que conheceu mundo muito para além do que era expetável nesse tempo. (Talvez seja dele que herdei esta ânsia de ser andarilho, de viajar pelo mundo, que cedo me fez cruzar os cinco continentes. Atividade hoje interrompida porque os animais estão primeiro e nunca deixo nenhum para trás). Mas voltando ao meu Pai, era um homem de condição simples, instrução básica, mas sempre com a certeza de sonhar com horizontes largos - também aqui a similitude com ele é impressionante - que o levou sempre a caminhar um pouco mais à frente do seu tempo. Com certeza que nem sempre olhando o mundo duma maneira clara fruto da sua limitada instrução. Mas a ânsia de progredir estava lá, sempre presente, e a vida acabou por presenteá-lo por isso. 29 anos passaram desde aquela tarde em que fui surpreendido por um telefonema a anunciar o seu passamento. Estava a acabar de almoçar. Já então estava doente mas tinham-nos dado muitas expectativas, talvez demasiadas, talvez mais do que deveriam. Mas foi assim. 29 anos depois, já nada resta a não ser a memória, - esta que aqui vos trago -, e que, como é suez dizer-se, enquanto existir, a pessoa não morre de facto. Talvez seja assim. Quero acreditar que é assim. Espero que lá onde estiver esteja em paz! Também é a minha convicção. Talvez para apaziguar a perda e o consequente vazio. Talvez! Até sempre, meu Pai! (P.S.: Esta foto que vos trago, foi tirada nas Ilhas Canárias, nos anos 60 do século passado, tinha eu cerca de 7 anos).
Fico na dúvida!...
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Saturday, February 11, 2017
De novo!...
Voltou a acontecer o inevitável. Tudo roubado! É incrível do que é capaz o ser dito humano. Quando cheguei ao local o aspeto era este. (Ver foto). Ontem, soube que a Paula Maia por lá passou. Destruíram-lhe a cabana que ela tinha feito para abrigar os gatos. Hoje isto. Apenas alguma comida seca ficou. Talvez porque não ouve tempo para mais. Confesso que passados quase 17 anos, que se cumprem no próximo mês de Abril, nunca tinha visto semelhante. Só acerca de dois ou três anos é que começamos nesta saga. E não é sempre. Estou cansado de tudo isto. Começa a ser difícil continuar, apenas o apego que tenho àqueles pobres seres me mantém na rota. Abasteci tudo, mesmo com ração. Neste momento em que escrevo já nem sei se a comida ainda lá estará. A gata apareceu, mas ao longe. Não se aproximou. Ela que vinha comer mesmo junto a mim. Anda visivelmente assustada. Mais uma infeliz por aquelas banda. Até quando continuaremos assim?
Friday, February 10, 2017
Espaços de responsabilidade
A blogosfera, as redes sociais e outras coisas similares são ótimas, mas também têm o seu lado perverso, como tudo o que é da real condição humana. Frequento muitos espaços que, como é natural, começaram com uma certa vertente e foram-se ajustando ao tempo, e com o tempo, consoante as evoluções que a vida - ou outras condições daí derivadas - impuseram. Curiosamente, abri estes espaços (ou melhor, um grande amigo meu o fez por mim!) mas estiveram praticamente inativos durante algum tempo. Nalguns casos chegou a anos. Até que percebi da sua força na demanda sempre necessária e urgente em prol dos animais. Assim, começou uma certa massificação de informação sobre animais, sobretudo, a denúncia dos maus tratos a que estes eram (são) sujeitos em Portugal e noutras partes dos mundo - porque o ser humano covarde existe em todas as latitudes - quer se tratasse de maus tratos perpetrados por pretensos 'donos', mas também, aqueles que existiam (existem) em instituições oficiais, como os canis e os matadouros, onde apesar de tudo, nem o respeito pela hora derradeira dum ser vivo, impede a bestialidade. As informações produzidas eram de tal jaez que muitos dos meus seguidores me foram informando, de que assim continuando, poucos me seguiriam pela violência das imagens que publicava. (Sempre é mais fácil olhar para o lado ou meter a cabeça na areia, mesmo vindo de pessoas que talvez se preocupem com os animais). Nem me tinha apercebido da violência que as informações que publicava estavam a produzir, - afinal era (é) a dura realidade -, mas compreendi a ressalva e 'adociquei' um pouco as coisas. (Mas cumpre dizer que, mesmo em prol da defesa dos animais, tal me trouxe poucos amigos, mas sobretudo, uma coleção grande de inimigos! Enfim, coisas que 'a própria razão desconhece', como diria o poeta). Mais tarde, veio a minha afilhada Inês e então, - sem perder a vertente de apoio animal que sempre caracterizou estes espaços -, as suas fotos foram ocupando mais e mais espaço, numa sôfrega atitude de padrinho babado e orgulhoso, que gostava de partilhar com os seus amigos a sua felicidade. Mas também isso mudou, aqui duma forma mais definitiva, e disso dei justificação em tempo útil em comunicado que fiz para os amigos portugueses, mas também para os estrangeiros, que seguiam - e eram muitos - este meu amor profundo e incondicional. (Não vou aqui falar mais sobre isso, o comunicado feito então, penso que é bastante esclarecedor). Então entrei numa outra fase - nunca perdendo a vertente última de defesa dos animais - mas mudando um pouco a direção para uma área mais cultural, algo que acho que falta muito nestes espaços, onde a baboseira parece ter assente arraiais duma forma perene e definitiva. Claro que logo aparecem os detratores - normalmente ligados às baboseiras - a dizer que é um chorrilho intelectual que interessa a uns poucos. Infelizmente é verdade. Mas antes me acusarem de intelectual do que ignorante. E se puder ser útil a outros nalguma evolução do pensamento, tanto melhor, afinal também vou bebendo conhecimento doutros 'intelectuais', e assim é que se criam cadeias de evolução. Cada um assume a direção da organização do seu espaço como entende e acha mais adequado ao seu perfil. Mas, é bom não esquecer, cada um também é responsável pelos espaços que ocupam no cyberespaço. E eu não sou exceção. Sempre me assumi como sou, quem sou, a minha imagem é conhecida, nunca sentindo necessidade de esconder a minha identidade atrás de outras imagens. Assim, o que escrevo e publico nesses espaços são da minha total responsabilidade e todos sabem quem sou. Não ando escondido de ninguém, nem fugido a nada. O meu rosto é conhecido. Sou assim e basta! Se estes espaços poderem ser úteis a alguém tanto melhor. Fico até contente e feliz. Quem não concordar, com certeza que encontrará com muita facilidade, outros mais ajustados aos seus interesses. É assim, com transparência e responsabilidade que aqui estou e pretendo continuar a estar sem conceções de espécie alguma. Até ao dia em que achar que devo seguir outros rumos. Obrigado a todos os que me seguem, por cá ou no estrangeiro, porque com o vosso contributo também me ajudais a ser uma pessoa melhor.
Thursday, February 09, 2017
O "Artista"?... (Continuação)
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O "artista"?...
Desde muito jovem que a arte e a cultura me interessam. Um fascínio que começou bem antes de saber o que tudo isso representava. Coisas que nascem connosco, talvez. Ao longo da vida, não só continuou, como até se ampliou, esta minha veia para as coisas da arte. Todos os testes psicotécnicos que fiz - e foram muitos - sempre indiciaram esta minha vertente. Não se enganaram de todo. Gosto de todas as artes: da pintura à escultura, da arquitetura às artes plásticas, da música à literatura. (Todas tento cultivar o melhor possível). Mas a música sempre teve - e continua a ter - um grande fascínio para mim. Em miúdo, sempre afirmava que gostava de ser pianista. Desejo nunca concretizado, mas o bichinho ficou e assim permanecerá até ao fim da minha vida. (Ainda hoje, quando passo por uma loja de instrumentos musicais, fico colado à montra, qual criança em loja de brinquedos. E então se alguém está a experimentar um piano, entro disfarçadamente, como a ver algo, com aquela sensação de puder tocar as teclas do mesmo, nem que seja por um segundo). Mas nos tempos da minha juventude, não haviam condições para isso. Eu até fui uma criança muito privilegiada face às outras, dessa época. Mas mesmo assim, um curso de piano era longo e muito caro, bem para além daquilo que o orçamento familiar comportava. E não haviam os apoios que hoje existem, talvez se assim fosse, o desfecho tivesse sido outro. Mas ainda fui estudar música durante alguns anos. Embora depois sem continuidade, o que faz com que hoje, pouco ainda reste dessa aprendizagem de então. Mas dir-me-ão os meus amigos que estão a ter a paciência de ler estas linhas, a que tudo isto se deve. Um desabafo que parece extemporâneo e até inconsequente. Pois deve-se a umas pequenas brincadeiras que faço vai para algum tempo, com montagens de fotografia. Sou um grande admirador de fotografia - embora um péssimo fotógrafo - mas confesso que abrilhantar uma foto é algo que me fascina. Vai daí a brincadeira foi tendo algum sucesso neste espaço e as "encomendas" até foram chegando. (Até tenho uma amiga que me trata, jocosamente com toda a certeza, por "pintor"!!! Vejam lá ao que isto já chegou...) Mas sempre permaneci pobre porque nada usufrui disto - apesar das más línguas! - apenas e só uma brincadeira, e nem sempre bem conseguida. (Já agora, as "más línguas" poderiam pagar qualquer coisinha que até dava jeito). Mas confesso que quando o faço me sinto uma espécie de "artista", talvez aquela ambição frustrada de gostar de o ter sido e que nunca passou disso mesmo, uma mera intenção. Mas para além disso, penso que os jovens deveriam ter alguma formação nas artes porque elas ajudam a formatar uma certa maneira de ver o mundo. A música e a matemática são um bom exemplo duma feliz correlação. A literatura com a arte de escrever e falar, dominar a língua que é a sua, e que tão maltratada é nos nossos dias, será uma outra. O saber apreciar uma escultura, saber interpretar uma pintura, são questões importantes na formação dum jovem que, infelizmente, nem sempre são cuidadas. Visitar museus, centros de cultura por excelência, deveriam ser quase obrigatórios como se vê noutros países. Se assim fosse, a cultura do nosso povo seria bem melhor, bem diferente da "cultura" das babuzeiras que se vêm por aí, e de que este espaço é plataforma privilegiada. Seja como for, artista ou não, pintor ou não, aqui permanecerei tentando dar à arte e à cultura um espaço que nem sempre se vê por aí. Se isso for útil a alguém fico feliz, se não, podem ignorar e passar ao lado.
Wednesday, February 08, 2017
Tuesday, February 07, 2017
Monday, February 06, 2017
Sunday, February 05, 2017
Pareceu-me normal!...
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Saturday, February 04, 2017
O ladrão assume-se!...
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Friday, February 03, 2017
Thursday, February 02, 2017
Coisas de loucura ou talvez não!...
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Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
Assim mesmo.
Um bom dia a todos!...
Wednesday, February 01, 2017
A Inês "pintinhas"
Muitos estarão agora a pensar quem será esta Inês "pintinhas"? Já tinham ouvido falar neste espaço duma certa Inês, mas "pintinhas" é que não! Pois é dessa mesma Inês que vos falei durante muito tempo, acompanhada de fotos a preceito, que povoou este espaço durante alguns anos. Essa Inês que adoro, que é símbolo duma certa felicidade já em final de linha, uma certa luz intensa que ilumina o que resta da minha vida. A minha querida afilhada, pois é dessa Inês que vos venho aqui falar. A Inês tem estado em casa doente com aquela doença que é tão comum nas crianças, a varicela. Ficou toda pintalgada, daí o epíteto de "pintinhas", a que ela acha imensa graça. Porque os seus padrinhos não tiveram essa experiência na devida altura, fomo-nos resguardando um pouco porque segundo os especialista, esta doença altamente contagiosa, que é benigna em idades mais tenras, apanhada em idades mais avançadas, pode ser muito perigosa. Mas as saudades ditadas pela sua ausência eram cada vez mais difíceis de suportar. Até que na passada segunda feira fomos visitá-la. Como a doença já está em eclosão o risco de contágio era baixo, senão inexistente. Ela recebeu-nos sempre com aquela alegria contagiante de quem faz da doença uma festa, sempre alegre e prazenteira, a querer mostrar isto e aquilo, numa tentativa de recuperar o tempo de ausência que teve de nós. Mas, e este é o motivo destas linhas, a Inês sempre teve uma atitude gentil e amável para connosco. Como já somos de idade equivalente aos avós, para ela somos uma espécie de outros avós, daí o cuidado que põe nos seus gestos ainda pequenos mas de grande simbolismo. Vai daí, e enquanto conversávamos com a sua mãe, sobre o seu estado de saúde, ela via-nos de pé em amena cavaqueira. Para ela aquilo era uma violência para pessoas já de tão proba idade. Então a Inês, sem dizer nada a ninguém, vai buscar duas cadeiras e insiste connosco para que nos sentemos. Gestos destes tem ela amiúde em nossa casa, não querendo que nos baixemos para apanhar algo, ou outro esforço qualquer que, na sua ideia, representará um esforço grande. Tenta ajudar, tenta mimar, tenta acarinhar. Pois foi o que desta vez aconteceu na sua própria casa. A Inês sempre atenta não deixou de, mais uma vez, tomar cuidado, estar atenta aos seus padrinhos, mostrar enfim, o seu amor e carinho que tentamos retribuir. A Inês agora com 5 anos, já começa a entender melhor os "ruídos do mundo" e a ter atitudes em conformidade. Um pequeno gesto, um gesto simples, mas que nos tocou o coração. A Inês ainda com algumas "pintinhas" lá vai driblando os pequenos escolhos que a vida lhe vai colocando pelo caminho. Sempre com aquela alegria contagiante que a caracteriza. Irradiando aquela luz brilhante e intensa que nos aquece o coração. As melhoras Inês! Para a semana voltamos ao trabalho escolar para contares aos teus amigos mais esta aventura que a vida te proporcionou.