Conversas comigo mesmo - CII
Neste lado do paraíso existe um lugar chamado Ponte do Arco-Íris. Quando um animal morre, aqueles que foram especialmente queridos por alguém, vai para a Ponte do Arco-Íris. Lá existem campos e colinas para todos os nossos amigos especiais, pois assim eles podem correr e brincar juntos. Lá existe abundância de comida, água, e raios de sol, e nossos amigos estão sempre aquecidos e confortáveis.Todos os animais que já ficaram doentes e velhinhos estão renovados com saúde e vigor; aqueles que foram maltratados ou mutilados estão perfeitos e fortes novamente, exatamente como nós nos lembramos deles nos nossos sonhos, dos dias que já se foram. Os animais estão felizes e alegres, exceto por uma coisinha: Cada um deles sente saudades de alguém muito especial, alguém que foi deixado para trás. Todos eles correm e brincam juntos, mas chega um dia quando um deles pára de repente e olha fixo na distância. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo impaciente começa a tremer levemente. De repente, ele se separa do grupo, voando por sobre a grama verde, mais e mais rápido. Você foi visto e quando você e seu amigo especial finalmente se encontrarem ficarão unidos num reencontro de alegria, para nunca mais se separar. Os beijos de felicidade vão chover na sua face; suas mãos vão novamente acariciar tão amada cabecinha, e você vai olhar mais uma vez dentro daqueles olhos cheios de confiança, que há muito tempo haviam partido da sua vida, mas que nunca haviam se ausentado do seu coração. Então vocês, juntos, cruzarão a ponte do Arco-Íris.

azendo malabarismos com cinco bolas no ar. Estas são: o seu Trabalho - a sua Família - a sua Saúde - os seus Amigos e a sua Vida Espiritual, e você terá de mantê-las todas no ar. Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la, ela rebate e volta. Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma. Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso. Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário. Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos. Faça exercício, coma e descanse adequadamente. E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno. Shakespeare dizia: "Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém. Esperar sempre dói. Os problemas não são eternos, sempre têm solução. O único que não se resolve é a morte". A vida é curta, por isso, ame-a! Viva intensamente e recorde: Antes de falar... Escute! Antes de escrever... Pense! Antes de criticar... Examine! Antes de ferir... Sinta! Antes de orar... Perdoe! Antes de gastar... Ganhe! Antes de render... Tente de novo! ANTES DE MORRER... VIVA!” Pela sua importância trouxe aqui este documento que pode bem ser uma boa reflexão para ocupar os nossos espíritos este fim-de-semana.
 "Ecce homo!" "Eis o homem!", melhor dizendo eis os homens, espíritos lúcidos do seu tempo, que não tiveram medo de dizer que o rei vai nú. Separados pelos tempo, unidos na mesma crítica mordaz aos poderes instituídos que, por baixo do seu ar cândido, escondem por vezes outras intenções. Um deles foi notícia há dois dias atrás, embora volta e meia, vá dando que falar. Falamos de D. Januário Torgal Ferreira que não teve pejo em dizer que "este governo é corrupto e não acredita em alguns ministros". Na TVI24, o bispo das Forças Armadas fala mesmo em "diabinhos por comparação com o governo anterior". E acrescenta: «Há jogos atrás da cortina, habilidades e corrupção. Este Governo é profundamente corrupto nestas atitudes a que estamos a assistir», frisou, acrescentando: «Nós estamos numa peregrinação em direção a Bruxelas e quando tudo estiver pago daqui de Portugal sai uma procissão de mascarados a dizer: vamos para um asilo, salvem-nos». Com a clareza habitual de quem não tem medo das palavras e do seu significado, o bispo das forças armadas volta à carga: «O problema é civilizacional, porque é ético. Eu não acredito nestes tipos, em alguns destes tipos, porque são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube, porque pressionam a comunicação social, o que significa que os anteriores, que foram tão atacados, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros que acabam de apa
recer», frisou no programa «Política Mesmo». E o escândalo foi muito nas hostes bem falantes dos políticos. Ao fim e ao cabo, alguém teve a coragem de dizer que o rei ia nú. Dando vós aos que não a têm, as palavras de D. Januário foram acolhidas com a sibilina compreensão muito típica das figuras da Igreja. A conferência episcopal, veio demarcar-se do seu bispo, embora nunca o critique, mas lá foi dizendo que "é bom que hajam pessoas a dizer a verdade". Descodificando, isto significa que a Igreja se revê nas palavras do seu membro, embora duma forma não ostensiva. Afinal, a Igreja que tanto tem apontado o empobrecimento das populações e de como começam a ter dificuldade em suprir as carências dos necessitados cada vez em maior número, terá visto nas palavras dos seu bispo, o grito de revolta que encarna a posição de muitos portugueses. Mas D. Januário Torgal Ferreira não foi o único a fazê-lo, senão vejamos: "Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesma baixeza de caráter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal". Qualquer pessoa dirá que isto só pode vir dum qualquer elemento da oposição, radical e furibundo, contra o governo. Mas desengane-se quem assim pensa. As palavras citadas atrás são da autoria de Eça de Queiroz, nas suas "Farpas". É verdadeiramente impressionante o paralelismo. Afinal parece que desde 1872 até hoje, não melhoramos assim tanto, e os mesmos cancros sociais, os mesmos politiqueiros - com ou sem equivalências - parecem que se vão perpetuando ao longo do eixo do tempo. Mas Eça não fica por aqui. Quem se lembra das palavras publicadas no Distrito de Évora em 1867: "A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse". Que atuais são estas palavras. Parecem terem saído dum qualquer cronista dos nossos dias e afinal já passaram sobre elas 139 anos!!! Afinal porque se escandalizam tanto os poderes instituídos contra D. Januário? Se Eça vivesse neste nosso tempo atribulado e com déficit de caráter, para além do outro déficit, teria dito o mesmo ou algo pior. E para terminar, ainda recorramos a Eça: "Os políticos e as fraldas devem ser mudadas frequentemente e pela mesma razão".
    
    
Ontem tive uma má notícia. O músico britânico Jon Lord, co-fundador dos Deep Purple e teclista da banda, morreu aos 71 anos, em Londres, de cancro. Influenciado pela música clássica, pelos blues e pelo jazz, Lord nasceu em Leicester e começou a tocar em pubs com Ron Wood, futuro guitarrista dos Rolling Stones, tendo sido também músico de estúdio e gravado com os Kinks ou os Nazareth. Em 1968, formou os Deep Purple, depois do seu encontro com o guitarrista Richie Blackmore. O grupo incluía ainda o cantor Ian Gillan, o baterista Ian Paice e o baixista Roger Glover. Entre as canções mais conhecidas dos Deep Purple estão 'Smoke on the Water' ou 'Highway Star', onde se destacam o som forte do órgão Hammond do teclista. Jon Lord continuou paralelamente a compor obras de recorte mais clássico e depois da dissolução dos Deep Purple, em 1976, formou os Paice, Ashton and Lord e tocou em seguida com os Whitesnake, tendo também assinado dois álbuns a solo. Os Deep Purple voltaram a formar-se em 1984 e dar concertos, e Jon Lord a gravar álbuns mais virados para os blues e a música clássica, tendo também composto várias peças de câmara e orquestrais. Em 2002, abandonou definitivamente os Deep Purple. Um dos seus discos de eleição foi "Pictures Within" onde a música clássica aparece em todo o seu esplendor. É para mim um dos seus discos a solo mais conseguidos. Jon Lord preencheu muito do meu imaginário de adolescente quando integrou os Deep Purple. Numa altura em que os músicos de rock tinham na sua formação musical passagens pelos conservatórios onde a dimensão musical ia para além dos tradicionais dois tons. Era o caso de Jon Lord. Pelos momentos de felicidade que me proporcionou, só me resta dizer que, lá onde estiver, que esteja em paz. R.I.P. Jon Lord! 

Este foi um Euro de vergonha!
Tanta festa, tantos adeptos, tantos gritos de alegria ou exclamações de
desapontamento, e quantos se lembraram daqueles seres – mais de 250.000! – que foram
sacrificados para que tal acontecesse. Quantos se lembraram que em cada pontapé
dado, não era na bola que acertavam, mas num pobre ser, morto em condições
horríveis, infames, indignas duma qualquer condição de humanos que a isto se
prestaram. A Ucrânia mostrou ser um país subdesenvolvido onde os direitos dos
animais não existem, nem sequer os dos humanos, onde um presidente menor, -
Viktor Yushchenko – que a história há-de esquecer, não teve pejo em assinar um
decreto para que se cometesse tal atrocidade. No fundo, já está habituado.
Quando manda encerrar uma ex-primeiro-ministro – Yulia Tymoshenko –  e sujeitá-la à tortura, não há muito mais para
dizer. Mas se a Ucrânia e as suas autoridades, não mostraram ser dignas da
Europa evoluída e civilizada, muitos outros também seguiram pelo mesmo
diapasão. Vi o meu povo saltar de euforia, vi o meu povo baixar a cabeça de
desilusão. Nesse povo estavam muitos que se dizem defensores dos animais.
Muitos até se arrogam o direito de serem os campeões da defesa dos animais.
Outros até acham que fazem mais do que ninguém, criticando aqueles que, sem
propaganda, ajudam os animais a sobreviver. Vi nesses grupos, aqui e ali,
alguns deles. Eram meus amigos! E isso chocou-me. É o mesmo que aqueles
defensores dos animais que fazem reuniões com um chazinho acompanhado de sandes
de fiambre, ou aqueles ainda, que reúnem amigos para definir estratégias de
defesa dos animais, em frente a um belo almoço ou jantar, servido de carne
assada. (E podem crer que não se trata duma falácia jocosa, conheço casos
desses!). Afinal, onde estão esses princípios que dizem defender? Será que não
percebem que tantas vidas foram ceifadas para o prazer de uns quantos? 
Será que
conseguiram olhar para os ecrãs de televisão sem neles verem manchas de sangue,
- de sangue inocente -, apenas para gáudio de alguns. Então onde anda essa
coerência? Quantos que se dizem defensores dos animais, partilharam bandeiras,
fotos de equipas e de jogadores, não percebendo que com isso estavam a
legitimar a carnificina! Quantos aceitaram isso como um prazer efémero, que em
nada vem melhorar a situação de cada um, apenas servindo para a vã glória de
uns tantos, pouco mais que analfabetos, que ostentam riquezas que chocam um
país empobrecido, pleno de gente desgraçada, enquanto eles esbanjam dinheiro
sem nexo, com orgias, carros luxuosos, atitudes sobranceiras de quem é melhor
de que ninguém e que, no fundo, mal sabem alinhar duas frases. Gastaram-se
milhões que tanta falta fazia a muitos, em hotéis luxuosos, - porque os mais
modestos não eram dignos de tais criaturas que continuam sem ganhar nada! -, enquanto tanta gente vive abaixo
do limiar de pobreza, perdendo a casa que tanto lhes custou a comprar, para
além da dignidade que já tinha ido há muito. Estes também têm as mãos
ensanguentadas. E senhores responsáveis da hierarquia futebolística onde anda
essa vossa dignidade? Não vi nenhum responsável ou jogador dar visibilidade a esta carnificina para a criticar para, ao menos, dela se distanciar. 
Senhor Michel Platini não o vi comentar nada sobre este seu Euro
2012 afogado em sangue. Não o vi com cara menos amistosa quando rodeado pelas
autoridades que deram ordem para a matança. Afinal senhores todo-poderosos do
mundo da bola onde está a vossa dignidade? Será que os milhões que arrecadaram
tingidos de sangue não vos incomodam, não vos sujaram as mãos? Ou sois como
Pilatos que as lavastes apressadamente do sangue dos inocentes? Vós que pedis
tanto “respeito” – via-se a palavra “respect” por todo o lado ainda antes do
começo do evento – onde está o respeito perante a vida decepada de milhares de
inocentes? Sei que o dinheiro não tem rosto. Sei que ele é mais importante – felizmente
só para alguns! – do que a dignidade que deveriam ter. Mas isso não vos
incomoda? Ou a ostentação em que viveis, de cima do vosso poder sempre efémero,
vale tudo isso e impede-vos de enxergar mais além? Mas de vós todos, homens da
bola, não espero muito. Mas também não vi nos “media” nenhum comentário sobre
este tema, (ou então ao de leve e rapidamente), embora tenham existido outros
bem infelizes! Mas, mesmo envolto em silêncio, quando se fizer a história deste
evento, ele ficará sempre associado ao sangue inocente derramado, à ignomínia
dos governantes que deram as ordens, à desumanidade dos que as executaram sem
pudor. Mas destes também, não espero nada. Mas dos outros, daqueles que se
dizem defensores dos animais, sim. Mesmo quando se acham uma raça à parte,
bendita por Deus, se possível quando a sua ajuda é visível. E não foi isso que
vi. Vi indiferença, vi esquecimento, vi o parêntesis que se levanta enquanto a
festa dura, pá! Vi tudo isso e o meu coração ficou triste. Eram meus amigos! Se
já tinha algumas reservas sobre este mundo dos ditos defensores dos animais,
agora tenho certezas. Só me resta aqui trazer a memória dos muitos
sacrificados. Do silêncio destes inocentes. Que o seu sacrifício não seja em
vão. Que o sangue derramado caia sobre as cabeças de quem o ordenou. A vós
inocentes, sacrificados neste holocausto da ignomínia humana, desejo que
descansei em paz. Que a memória do vosso sacrifício atormente essa gente sem
princípios e sem dignidade, que envergonham a Europa a que pertencemos. Para
aqueles que se escondem atrás das más-consciências, deixo-vos aqui um vídeo no
link http://www.myspace.com/video/583288015/massacres-de-c-es-na-ucr-nia-durante-o-euro-2012/108781513
para lembrar a todos que este sacrifício não foi em vão, nem pode ser
esquecido. Afinal, como diz o poeta: “Há sempre alguém que resiste, há sempre
alguém que diz, não!”